The Tiny Dancer

By BrigssBends

1.2M 82.6K 98.8K

TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo: Perturbação mental caracterizada por obsessões e compulsões. Obsessõe... More

Despertar
Quem sabe dá certo
Acredite em si mesma
Seja bem vinda
Garota Linda
O Rock do Crocodilo
Para Ela Dançar
Deixe Levar
Você Balançou Meu Mundo
Enamorada
Café Louis
Dra. Demi, Conselheira Amorosa
Happy Halloween I
Happy Halloween II
Pequenas vitórias
Te conhecer melhor
Sem chuva
Esperando por você
Era uma vez eu podia me controlar
Cuide bem do seu amor
Não entendo a maldade
Feliz Navidad
Aishiteru
Oceans
Tudo novo de novo
Encontrando paz
O Homem Foguete
Canta para eu dormir?
Surpresas Boas
O Amor sempre vai te encontrar
Os bons, os maus e os feios
Começando
Progressos
Virando o jogo
Entre anjos e demônios
Alguém me disse
Do outro lado do rio
O amor é bem mais
A vida é boa
Novas perspectivas
Sea Fuerte
Amor é tudo que conhecemos
Perseguindo Carros
Queridos Amigos
Presentes
Eu encontrei o amor I
Eu encontrei o amor II
The Tiny Dancer
Epílogo I
Epílogo II

Miami

34.5K 1.7K 2K
By BrigssBends

Oiê, meus leitores preferidos! Só tenho vocês, por isso são meus preferidos 😝
Brincadeira, amo oceis tudo! ❤️❤️
Demorei um pouco, mas estou me esforçando pra trazer o melhor pra vocês, divirtam-se 😘😘😘

Queria pedir a ajuda de vocês também pra uma coisa muito triste que aconteceu, algum espírito sem luz entrou na conta da minha filha AriCabeYo e apagou a fic nova da bichinha, ela perdeu seis capítulos inteiros! Se não for pedir demais, seria possível entrarem na conta dela e ler e votar na que já está concluída, The Pain? Ela tá muito tristinha, acho que isso a deixaria mais feliz. Obrigada ❤️❤️❤️
_____________________________________

Lauren

Vinte e nove de dezembro, daqui há duas horas estarei num avião para Miami, minha primeira vez dentro de um. Ainda era muito cedo pra sair de casa, mas Chris e eu já estávamos prontos, eu havia verificado minha mala e do meu irmãozinho umas seis vezes e ainda sentia que faltava alguma coisa, e Verônica chegou há pouco para ir conosco.

Vero disse que o voo duraria quase duas horas, e eu estava ansiosa por isso, então acabei tomando mais banhos do que o costume e já limpei a casa tantas vezes que perdi as contas, e olhe que ainda são seis e meia da manhã, mas isso me acalmou, e também pensar em Camila, e na noite que noite que passamos antes de ontem.

Eu pensei que fosse morrer, meu coração quase escapou do meu peito tantas vezes, mas a sensação era tão boa que eu não conseguia parar, e ela chamava meu nome de um jeito que ninguém jamais fez antes, ela gostou, eu a fiz se sentir bem, isso me deixa tão feliz que só de lembrar me dá vontade de chorar e rir ao mesmo tempo.

- Você vai ficar aí com essa cara de bunda ou vai me ajudar com essas malas? – A voz de Verônica me trouxe de volta a realidade e Chris gargalhou do que ela disse.

- Não, eu ajudo, desculpa! – Sorri pegando o estojo com meu violão.

- Vamos, temos que chegar uma hora antes do voo.

- A Lucy vai? – Perguntei e ela suspirou, ainda não entendo muito bem esse namoro das duas, tem umas coisas meio mal explicadas, misteriosas, mas a Vero disse que assim que possível vai me esclarecer.

- Ela disse que nos encontrará no aeroporto, espero que ela consiga.

- Ok. – Falei em dúvida, mas não perguntei nada.

Pegamos um táxi até o aeroporto e já na entrada encontramos a Mani e a DJ, eu tinha sugerido que Mani dormisse lá em casa para vir comigo, Chris e Vero, mas ela dormiu na casa da Dinah, a relação das duas está cada vez mais íntima, só não consigo entender ainda porque nenhuma das duas pediu a outra em namoro, e também fiquei imaginando se a DJ já contou pra Normani sobre seu problema de saúde, mas acho melhor deixar quieto, isso só diz respeito a elas.

Bolinha de neve! – DJ me deu aquele abraço típico e os outros riram da minha cara aflita. – Vamos pra sala de embarque? Ally e Bebel já estão lá.

- Mas e a Camila? – Perguntei.

- Atrasada como sempre. – Dinah revirou os olhos e eu fiz um bico um tanto decepcionado.

- Não se preocupa copinho de leite, ela vai chegar daqui há pouco. – a loira bagunçou um pouco meus cabelos.

Nós fizemos o check in e depois fomos encontrar Ally e Bebel na sala de embarque, estranhei, ela disse que o Troy iria conosco, talvez tenha ficado ocupado com as coisas da empresa dele.

- Bel! – Meu irmãozinho correu para cumprimentar a amiga, que estava com uma carinha sonolenta no colo da mãe.

- Oi Chris... – Ela falou meio tristonha e abraçou o Christopher. Franzi o cenho, porque sempre que penso na Bebel a primeira frase que me vem à cabeça é “alegria de viver”, só que agora ela não parece muito alegre, me apertou o peito.

- O que há com ela? – Vero perguntou a Ally, que parecia tão triste quanto a filha, mas tentava disfarçar.

- O Troy não vai passar o Ano Novo conosco, surgiu um imprevisto numa filial em San Francisco, e ele foi correndo. – Ela disse um tanto aborrecida.

- Sinto muito Ally. – falei sinceramente.

- Ele disse que vai tentar chegar pelo menos no dia primeiro de janeiro, espero que ele chegue, ou eu terei uma garotinha muito mais triste no primeiro dia do ano.

- Ele vai chegar, se Deus quiser. – Mani sentou ao lado de Ally e a abraçou de lado, eu queria ajudar, não suporto ver ninguém triste, então catei na minha mochila algo que achei que poderia ser que elas gostassem.

- Ally. – Lhe entreguei um pequeno croissant e um a Bebel.

- Obrigada Laur, você é um amor, Camila tem muita sorte. – Ela sorriu ainda um pouco triste e as duas começaram a comer.

- Não, eu que tenho sorte, a Camz é maravilhosa, nem sei se mereço uma mulher incrível e tão linda quanto ela.

- Você merece muito mais. – Ouvi uma voz atrás de mim e a reconheci rapidamente.

- Camz! – Meu sorriso mal cabia no meu rosto e ela me abraçou apertado, que abraço bom...

- Oi meu amor. – Ela me beijou e o pessoal ficou fazendo sons nasais, eu fiquei envergonhada, mas não conseguia impedir meus lábios de sorrirem para ela.

- Oi amor. – Falei ainda mais tímida, mas eu gosto muito de chamá-la assim, ela é o meu amor afinal.

- Oi gente! – Ela cumprimentou o pessoal que começou a abraça-la, no final Camz pegou a Bel no colo e ficou tentando fazê-la rir, e deu certo, acho que as piadas da Camz são tão ruins que até as crianças percebem e riem de tão sem graça que são. Mas aquele jeitinho dela com a pequena me fez sentir um calorzinho bom no peito, pela primeira vez eu imaginei como seria casar com alguém, ter filhos...

- Camz, seus pais e Sofia não virão? – Perguntei em dúvida.

- Eles voltaram pra Miami ontem, Sofi vai fazer as provas finais, mas sabem onde fica a casa da DJ, passarão a virada do ano conosco.

- Eba! Eu gosto muito da Sofi! – Chris deu uns pulinhos. – E da vovó Sinu e do vô Alê também. – e Camila lhe lançou um olhar derretido.

- Eles também gostam muito de você. – Ela lhe deu um beijinho na cabeça.

- O tio Harry e o tio Lui não vem Loli? – Meu irmãozinho olhou pra mim.

- Eles veem sim, mas só chegarão amanhã, porque o Louis quer apresentar o Harry para a família dele. – expliquei e ele assentiu em compreensão. O namoro dos dois está ficando sério.

- A Nina não viria conosco? Desistiu? – Camz olhou para a Mani.

- Ela vem, deve estar chegando a qualquer momento. – minha amiga respondeu e de repente Verônica deu um sorriso radiante olhando um ponto atrás de mim, eu já imaginava quem seria, e mesmo que não soubesse, Christopher denunciou.

- Jake! – meu irmãozinho correu pra cumprimentar o amiguinho, que vinha acompanhado da mãe e de um senhor de mais ou menos uns sessenta anos.

- Oi. – Vero sorriu e abraçou Lucy lhe dando um beijo rápido, olhando para todos os lados e em seguida cumprimentou o homem.

- Ei gente, já conhecem a Lucy, esse é o Joe Vives, pai dela. – Cumprimentamos o Joe, ele era bem bonachão e simpático, lembra o pai da Dinah, pela descrição que Mani me fez outra dia.

- Bem, estão quase todos aqui, só falta a Nina. – Camila me abraçou de lado e eu retribuí observando com ternura o Jake e o Chris tentando animar a Bebel.

- Não falta mais! – Nina finalmente chegou, ela vinha toda atrapalhada com um casaco numa mão e a bolsa na outra.

- Nossa, onde tu tava criatura?! Tua irmã já estava quase arrancando meus cabelos aqui! – Dinah falou e nós rimos, DJ é exagerada.

- Mamãe queria que eu fosse com eles para Down South de todo jeito! – Ela bufou e nós rimos. – Eu não queria passar mais um Réveillon ouvindo da tia Amélia como o estômago do tio Walter é sensível, não mesmo! – e acabamos gargalhando, já ouvi da Mani essas histórias.

- Bem, que bom então que você resolveu vir com a gente! – Camila sorriu tão bonito que senti meu coração até acelerar um pouco. – E meus pais e Sofia foram na frente, mas vão passar a virada do ano conosco.

- Ah, que bom então! – Nina disse tímida e desviou o olhar para sua bolsa procurando alguma coisa, DJ deu um sorrisinho para Mani que eu não entendi.

O voo não atrasou, o que Camila disse ser praticamente um milagre, pois sempre que viaja para Miami ele atrasa, ela também disse que a casa dos pais da DJ, que voltaram pra Denver, era bem afastada do centro, numa praia onde ninguém ia, praticamente particular, eu não acho legal esses ricos que cercam as praias e fazem delas sua propriedade, afinal é um espaço público, a não ser que comprem uma ilha, aí sim eles podem restringir o uso, mas Camz falou que é quase particular porque ninguém vai lá mesmo.

Eu não estava me sentindo muito bem, imaginando um milhão de coisas ruins que podem acontecer numa viagem de avião, e resolvi tomar o remédio mais forte, mas antes disso liguei para a Doutora Moore, ela me recomendou tomar apenas metade de um, porque eu já estava acostumada com o mais fraco e podia ser que tivesse alguma reação.

- Sente-se melhor?

- Sim, obrigada Camz.

- Dorme um pouquinho, quando acordar já estaremos em Miami. – Ela fez carinho nos meus cabelos e eu olhei para o lado, Chris já havia pego no sono, ele acordou muito cedo.

- Eu não consigo, mesmo tomando o remédio, m-minha cabeça não desliga. – Falei agoniada apertando os olhos e ela me puxou para descansar a cabeça no seu ombro.

- Então fica aqui comigo bem quietinha, daqui há pouco acaba. – Ela beijava minha cabeça enquanto afagava meus cabelos.

- Eu estou meio agoniada, m-mas me sinto bem melhor assim com você anjo, obrigada.

- Eu estou muito feliz que você apareceu na minha vinda cariño, te amo. – Ela disse olhando pra mim e meu coração acelerou mais uma vez, Camila tem o dom de me fazer perder o ar até com pequenos gestos.

- E-eu também amo você, muito. – Até me emocionei um pouco e a beijei de leve, então me aconcheguei nela, meu porto seguro, meu lar.

(🎵)

Miami, finalmente! – DJ esticou os braços se espreguiçando assim que saímos do Aeroporto Internacional de Miami, o frio não chegava nem perto do que fazia em New York. – Até já sinto o cheiro do mar. – Ela inspirou fundo e Mani riu a abraçando e lhe dando beijos na bochecha.

- Eu também estava com saudades daqui Di, já tem um bom tempo que não venho. – Camz falou e logo virou pra mim. – Agora teremos que fazer uma pequena viagem de carro, está bem?

- B-bom, pra quem viajou de avião, o carro n-não é mais grande coisa. – Forcei um pequeno sorriso e ela me beijou.

- Estão todos aqui? – Ally olhava em volta preocupada, ela às vezes parece que ainda está dirigindo um espetáculo, ou parece aquelas matriarcas que não descansam enquanto todos os seus protegidos não estiverem debaixo de suas asas.

- Vamos fazer a chamada! – Vero sorriu e Ally concordou. E elas realmente fizeram a chamada, éramos em doze, as crianças gostaram da “brincadeira” e a Bel até estava um pouco mais animada, acho que a presença dos meninos a alegrou.

DJ já havia combinado tudo e nós só esperamos as vans que ela contratou para nos levar à casa de praia da família dela, ela disse que estava tudo limpinho e arrumado apenas aguardando nossa chegada.

A viagem foi um pouco longa como Camila disse, passamos pelo centro que estava bem agitado cheio de gente, muita, mas muita gente mesmo, comprando, rindo, andando pra todos os lados, uma verdadeira bagunça, mas eu sorria, nunca estive em Miami, era tão diferente de New York, é claro que minha cidade era sempre cheia de gente, mas pessoas sérias e apressadas, aqui é diferente, as pessoas sorriem, parecem mais felizes, pode ser também porque estamos há dois dias do Réveillon.

Chegamos na casa por volta da uma da tarde e eu já estava com muita fome, Camila, Dinah, Vero e Chris comeram todos os sanduíches naturais que eu fiz, claro que minha namorada guardou um pra mim, mas mesmo assim era muito leve e não me saciou por muito tempo.

A casa, ou melhor, mansão era belíssima, tudo muito amplo e arejado, com várias áreas comuns, primeiro andar, sala de jogos, varandas, móveis incríveis e a praia na frente da varanda principal era simplesmente de tirar o fôlego, pros outros porque era bonita, pra mim porque era uma imensidão de água e me intimidou um pouco.

- Lindo não é? – Vero chegou ao meu lado na varanda.

- Sim, mas dá um pouquinho de medo. – Sorri sem jeito.

- Não precisa ter medo, estamos todos aqui com você. – Ela balançou meu ombro de leve e me deu um sorriso reconfortante, as vezes eu fico imaginando se mereço tanta gente incrível cuidando de mim.

- Pessoal, pessoal! – Dinah chamou na sala principal e todos fomos em direção a ela. – Eu separei os quartos, espero que todos concordem com a divisão que eu fiz. Mani e eu vamos ficar com o quarto principal, aqui embaixo, Mila e Laur no último do corredor lá em cima à direita, Vero e Lucy ao lado, as crianças no quarto maior de frente pro quarto da Vero, Nina no quarto de frente pra Mila, eu tinha separado o quarto ao lado das crianças pra você e o Troy, Ally, mas você vai ficar sozinha nele. – Ela fez uma careta de “sinto muito” e prosseguiu. – E o Joe pode ficar num quarto de hóspedes aqui embaixo.

- Nossa, quantos quartos tem essa cada Di? – Mani perguntou pasma.

- Bom, tirando os sete que vamos ocupar, sobram três. – Ela deu de ombros. Eu fiquei tão surpresa quanto a maioria ali, Mani falou sobre a casa da família dela em Inwood, só não sabia que todas as casas deles eram assim. – E não se preocupem, todos os quartos tem suíte. – agora mesmo que estávamos boquiabertos, menos a Camz, a Ally e a Bel, acho que elas já vieram aqui.

- Bom, vou subir para acomodar as crianças. – Ally anunciou e pegou a mala do Chris da minha mão.

- Não precisa Ally, eu levo ele. – Falei.

- Não é incômodo nenhum. – Ela sorriu.

- Eu te ajudo Ally. – Nina falou e pegou as coisas do Jake, Lucy e Vero agradeceram e as duas foram com os três pequenos pulando atrás delas, eles estavam felizes demais.

Aos poucos todos iam para os quartos que DJ falou, ela realmente pensou em tudo, o quarto que ela designou a mim e Camila era muito bonito e organizado, o banheiro limpinho e muito cheiroso, as roupas de cama também, e a vista da praia lindíssima.

- Amei esse quarto! – Camz sorriu assim que colocou a mala ao lado da cama.

- Também gostei, é m-muito limpo e organizado. – Ela sorriu e me abraçou. – Você já veio aqui?

- Sim, mas sempre ficava no quarto que a Nina está, ele é um pouco menor.

- Ah... – Torci um pouco a boca com um pensamento desagradável, porque fui lembrar disso agora?

- Que foi? – ela já me conhece bem.

- N-nada, bobagem da minha cabeça. – Tentei sorrir.

Camz cerrou os olhos e me observou, era meio intimidante, parece que ela consegue ler meus pensamentos quando faz isso. – Está imaginando se já estive aqui com o rato?

- S-sim, digo, ele era seu, enfim...

- Ele nunca esteve aqui. – A olhei surpresa. – Eu nunca quis trazê-lo, essa casa é parte importante da minha infância e adolescência, e eu jamais me senti a vontade em dividir isso com ele, ou com qualquer outra pessoa.

- Então eu sou a primeira que t-traz aqui?

- Sim, e eu espero que seja a única. – Ela sorriu lindamente, me deu um beijo e foi em direção à mala. – Vou tomar um banho para almoçarmos, quer vir junto?

- Quer d-dizer tomar banho com você?

- Exatamente.

- E-eu demoro muito.

- Eu espero você.

- Tá bom. – Ela me pegou pela mão e me levou para o banheiro, eu fiquei nervosa, Camila estava com a mesma expressão de dois dias atrás, quando dormimos na casa da Asami.

Camz entrou no banheiro e começou a tirar a roupa como se não fosse nada! Eu arregalei os olhos enquanto ela tirava peça por peça, ficando completamente nua!

- Você vai tomar banho de roupa? – Ela riu pegando uma toalha.

- N-não, é que, é... V-você... – eu não conseguia falar e piscava os olhos demais, eu nunca vi uma mulher tão linda e perfeita quanto Camila, acabei baixando a cabeça para não olha-la diretamente, era beleza demais para os meus olhos tímidos.

- Ei, pode me olhar, eu sou sua namorada. – Ela se aproximou e meu coração quase saiu pela boca. – Você pode olhar, pode tocar, quando e como você quiser, contanto que seja com carinho. – Camila pegou minha mão e levou em direção ao seu seio, eu tremi duas vezes mais que antes, mas era bom toca-la ali, ela tem a pele tão macia e bonita...

- E-eu, você é muito linda... Acho que é demais p-pra minha cabeça. – Sorri tímida e apertei os olhos balançando a cabeça levemente.

Camila sorriu. – E você é belíssima meu amor, eu também fico ansiosa perto de você. Mas eu também me sinto muito feliz, e isso não é errado, de forma alguma. – Ela puxou meu queixo levemente me fazendo olha-la. Que pele linda, bronzeada, os quadris um pouco largos, perfeitos, os seios pequenos belíssimos, a cintura fininha, eu não mereço tudo isso.

- Você é... É muito, muito... – Ela não me deixou terminar, tirou meu casaco e logo em seguida minha blusa de dentro da calça, minha respiração ficou um pouco mais rápida, mas eu deixei que continuasse, levantei os braços para ela tirar minha camisa e tirei os tênis.

- Você também é tão linda... – Ela beijou meu colo e eu me arrepiei inteira, logo suas mãos delicadas estavam desabotoando minha calça, mas antes de prosseguir ela me olhou, eu assenti apesar de estar extremamente nervosa, ela tirou minha calça completamente e eu fiquei só de top e calcinha.

- Eu ainda tenho um pouquinho de v-vergonha. – sorri sem jeito e me cobri com os braços da forma que consegui.

- Mas não deveria. – Ela sorriu e foi ate a pia para tirar as lentes de contato e colocá-las no estojo, tirei meus aparelhos auditivos e os coloquei dentro do estojo em cima da pia também.

Camila se aproximou de mim e eu me preocupei em segurar suas mãos, por que enxergando bem ela já tropeça, imagina sem suas lentes de contato?

– Tão branquinha, tão linda. – a ouvi dizer muito baixo, por estar sem aparelhos auditivos, ela se curvou um pouco para beijar logo acima do meu umbigo, subiu seus beijos até chegar nos meus lábios, e eu fechei os olhos respirando fundo. Acho que agora eu estava mais nervosa que na nossa primeira vez porque que estava bem mais claro e eu podia vê-la melhor, e ela a mim.

- Camz... – Ofeguei e ela tirou meu top, em seguida minha calcinha, e nós fomos para o box.

Camila ligou o chuveiro e eu entrei primeiro, ela sorriu com sua ternura costumeira e pegou o sabonete líquido, eu notei que era da marca que Chris e eu usamos, acho que isso foi um pedido dela. Ela passou o sabonete nos meus braços, suavemente, deslizou as mãos pelo meu abdômen e se aproximou encostando os seios nos meus, ofeguei e ela passou a esfregar minhas costas enquanto beijava meu queixo, meus braços foram automaticamente para sua cintura.

Eu a puxei mais para perto e ela me olhou sorrindo, então me beijou lentamente, ainda passando o sabonete líquido no meu corpo, eu estava muito excitada, não podia negar, imagina estar assim com Camila, completamente nuas enquanto ela acariciava minha pele com tanto carinho?

Apesar de estar muito nervosa, eu sei que tive muitas saudades de sentir o calor da pele dela na minha, até sonhei com a nossa primeira vez, e fico feliz demais em perceber que não me sinto culpada por isso, ela me deixa a vontade para pensar nela da forma que minha imaginação desejar, e não tem nada no mundo que pague estar tranquila com esses pensamentos, pela primeira vez na minha vida.

Só que ainda não tenho muita experiência e fico parecendo uma adolescente cheia de hormônios descontrolados, Camila me entende, ela lê meus gestos e atitudes, sabe o que eu preciso, a intensidade e o momento em que preciso, como agora, ela passou as mãos lentamente pelas minhas costas até chegar no meu bumbum, eu gostei dela ter me tocado ali, não posso mentir que não.

- Você é linda meu amor, não precisa se esconder de mim, eu amo sua pele... – Ela beijou meu pescoço. – Amo sua boca, seus lábios, seus olhos... Pra mim você é a criatura mais perfeita do mundo. – Ela sorriu e eu retribuí, até me emocionei com o que ela disse, eu ouvia sua voz ainda baixinha, mas sei que ela estava falando alto suficiente para que eu ouvisse.

- Você que é perfeita Camz... – Ela sorriu e me beijou novamente, suas mãos percorreram meu corpo, desta vez deslizando pelos meus quadris até chegarem bem perto da minha intimidade. Eu ofeguei e ela me olhou, eu assenti, eu queria, queria muito.

Camila deslizou seus dedos delicados sobre meu sexo, eu puxei o ar com força e escondi o rosto no pescoço dela a abraçando, mesmo seu toque mais sutil jogava minha cabeça na lua, era intenso demais.

Ela começou a estimular meu clitóris e eu gemi no ombro dela, Camila beijava meu ombro e minha bochecha e enquanto seus dedos habilidosos me davam uma sensação de prazer indescritível, minhas mãos foram parar na sua bunda, eu pediria desculpas pelo deslize, mas ele sorriu no meu pescoço e falou.

- Isso, pode pegar meu amor, é todo seu, só seu... – Eu me senti mais confiante e sem pensar no que estava fazendo, percebi minhas pernas se afastando para dar mais espaço a ela.

Minha namorada me encostou na parede fria, ergueu uma de minhas pernas a apoiando em sua cintura e posicionou um dedo em minha entrada olhando pra mim.

- Posso? – Ela beijou meu queixo.

- Sim. – Eu assenti, envolvi seus ombros com os braços e escondi o rosto em seu pescoço, lentamente ela introduziu o dedo médio no meu canal, que se contraiu ao recebê-la, mas sentir Camila dentro de mim era a melhor sensação do mundo! Eu estava em êxtase e sem perceber rebolei contra o dedo dela.

- Isso amor, assim é mais gostoso... – ela chupava meu pescoço. Nossa! – Vou pôr mais um, tudo bem? – Novamente assenti, eu não tinha condições de negar nada àquela altura. Camila me estocava com carinho e precisão, e eu só me deixei levar pelo prazer.

- Humm, Camila... – Eu gemia baixinho, era bom demais senti-la aqui dentro, eu era dela, ela podia me tocar onde e quando quisesse. Ela me estimulou mais rápido e eu ofeguei quase sem fôlego, e como na primeira vez em que fizemos amor meu ventre e meu sexo se contorciam, era muito bom sentir isso, na verdade era maravilhoso.

Senti a sensação se aproximando e ela soube no exato momento o que estava para acontecer, então deslizou os dedos mais rápido e apertou meu clitóris com o polegar, e começou a me beijar, meus quadris se mexiam sozinhos, e sem que eu pudesse evitar, o orgasmo me atingiu em cheio, mais forte que na nossa primeira vez, minhas pernas fraquejaram e eu me agarrei em Camila com força, ela me segurou ali com ela. 

Sem dizer nada eu abri os olhos e ela sorriu para mim retirando seus dedos lentamente, eu sorri timidamente e Camila beijou minha bochecha, arrastando os lábios sobre ela, mas logo ela passou seus beijos para minha boca, eu retribuí, não tinha mais controle sobre meus instintos, e eu não tive mais tanto medo que isso acontecesse, não com ela.

Eu olhei o corpo dela depois que paramos um pouco o beijo, então Camila me lançou um sorrisinho levado e virou de costas para mim colando sua bunda no meu sexo.

- Ah Camila... – ofeguei.

Vem cá... – Ela pegou minha mão e a fez deslizar pelo seu quadril esquerdo, até alcançar seu sexo, eu quase enfartei nesse momento, era tão... Tão quente e úmido, extremamente macio... Eu queria senti-lo melhor, eu precisava, então criei coragem para explora-lo, Camila gemeu e me fez agarrar seu seio com a outra mão, foi como ativar algo dentro de mim.

Deixando me levar pela minha vontade, eu beijei e chupei o pescoço da minha namorada, enquanto deslizava os dedos sobre seu clitóris, e massageava e apertava seu seio, ela começou a rebolar e gemer sem parar, eu gostei demais de fazê-la se sentir assim, e sem me conter comecei a rebolar junto com ela.

- Isso Lo, você é incrível amor, assim... – ela sorria e gemia ao mesmo tempo, me fazia sentir tão, mas tão bem, não havia palavras para explicar a sensação maravilhosa de fazer minha namorada tão feliz e satisfaze-la assim.

Camila segurou minha nuca com as duas mãos, enquanto seu corpo se contorcia e seus quadris pareciam fora de controle sob meus dedos. Foi quando sua mão apressada forçou a minha contra seu sexo e eu acomodei dois dedos dentro do seu canal quente, úmido e um tanto apertado, Deus!

Eu poderia ficar sem ação, nunca estive assim com uma mulher antes, mas antes disso ela me guiou, e eu estoquei meus dedos nela enquanto meu polegar apertava seu clitóris rijo e quente.

- Ah Lauren, assim... Assim... – ela sorria de prazer e eu acabei sorrindo e derramando algumas lágrimas de alegria, eu estava dando prazer a mulher que eu amo, ela me queria ali com ela, ela me amava.

Eu queria que ela sentisse o mesmo que eu há pouco, então fui mais rápida, ela quase gritou meu nome e abriu mais as pernas rebolando freneticamente na minha mão, e eu senti seu sexo esmagando meus dedos, eu sabia o que era, eu a levei ao orgasmo, e estava quase explodindo de felicidade nesse momento.

Camila

Se no início os toques dela eram delicados, sutis, agora ela me tomava com fervor, na hora em que virei de costas e a levei até onde eu tanto queria, fiquei com medo de que ela se assustasse e parasse, mas não foi o que aconteceu, suas mãos alvas me possuíam com vontade, me levavam à loucura!

Demorou um pouco, mas quando Lauren e eu finalmente tivemos intimidade suficiente para fazer amor, toda aquela espera valeu muito a pena, eu nunca senti tanto prazer durante o sexo, com ninguém, ela me traz uma sensação única, diferente, eu não sei bem o que é, mas é magnífico sentir isso.

Eu a amo, não tenho dúvidas ou receios de dizer isso com todas as letras, mesmo que faça pouco tempo desde que começamos a namorar, eu sinto que o que tenho com ela é mais forte do que jamais tive com alguém, essa mulher meiga e gentil, doce e inocente, tira meu chão, e não precisa se esforçar muito para fazer isso, basta ser ela mesma e eu já estou perdida, completamente.

- Hum... – gemi manhosa depois que ela tirou seus dedos de dentro de mim, e virei de frente a abraçando e distribuindo beijos carinhosos pelo seu rosto. Eu me sinto tão segura, tão em paz nos braços dela.

- Camz... – ela me chamou depois que de um tempo apenas fazendo carinho e dando banho uma na outra, e desligou o registro do chuveiro.

- Oi meu dengo. – Lhe dei um selinho manhoso.

- V-você está feliz? Digo, feliz comigo, assim... Sabe... – Ela olhou pra cima pensando e eu esperei pacientemente. – E-eu quero dizer assim... Eu te faço sentir...

- Satisfeita? – Tentei.

- Sim, satisfeita comigo... – Ela olhou pra baixo tímida.

- Você não tem noção do quanto. – Sorri e lhe dei um beijo, depois peguei uma toalha e a joguei na cabeça dela.

- Ei! Não vejo nada! – ela me agarrou e nós ríamos enquanto ela tentava me fazer cócegas, num certo momento eu ergui a toalha enquanto Lo me abraçava, para descobrir seu rostinho risonho lindo bem de perto, me fitando com aqueles olhos verdes meigos que encantam e me fazem perder o prumo.

- Você me faz sentir a mulher mais amada, mais desejada do mundo Laur, e eu jamais me senti tão satisfeita e radiante depois de um orgasmo, só você me faz sentir assim.

- Jura? – ela sorriu meiga e ainda muito tímida.

- Juro, mas nem precisa, está escrito na minha testa! – Eu ri e ela beijou minha bochecha. – Dinah já me azucrinou tanto com isso!

- Te azucrinou como?

- Rindo da minha cara de besta, me chamando de trouxa! – E nós rimos.

- Você não é trouxa, é linda. – Ela respirou fundo e tocou meu rosto me admirando com extremo carinho e devoção.

- Você também é cariño... Mas eu lembro de alguém me dizendo que estava com muita fome! – Brinquei e ela riu.

- Verdade, e-eu tinha esquecido, mas agora que você falou.

- Vem, vamos por um roupa e almoçar com o pessoal.

Nos enxugamos e só depois que saímos do banheiro percebemos que caia o maior temporal lá fora, vestimos as roupas, ela pôs os aparelhos de volta e eu as lentes, e eu percebi minha namorada um pouco agoniada, ela não gosta de chuva forte, não tem jeito.

- É só chuva, só chuva. – Ela respirava fundo enquanto descíamos as escadas e segurava minha mão firmemente.

“Isso mesmo coisa linda, só chuva.” Pensei comigo mesma e sorri para ela, Lo retribuiu com um beijo na minha bochecha.

- Ei, pensei que vocês não fossem mais descer Camren! – Dinah falou com um sorrisinho malicioso e chamou para irmos até a cozinha, que por sinal era enorme, e já estavam todos lá. Sentamos à mesa lado a lado e eu percebi que Lo não usou o álcool gel nenhuma vez desde que chegamos, não comentei nada pra não lembra-la disso, mas eu estava muito feliz.

- Nossa, que temporal hein! Não vai dar nem pra gente ir à praia hoje. – Vero comentou enquanto partia um bife para o Jake sob o olhar derretido de Lucy e de seu pai, Joe.

- É mesmo uma pena, no jornal disse que vai ficar assim até a noite. – Mani falou e sentou no colo de Dinah assim que a loira se acomodou na cadeira.

- Não tem problema, aqui tem muitas coisas pra fazer, tem sala de jogos, videogame, uma pequena sala de cinema, sala de exercícios, piscina interna, e a gente também pode comer até não aguentar mais! – Dinah sorriu e Mani lhe roubou um selinho.

- Tem pebolim? – Nina perguntou entusiasmada enquanto dava comida para o Chris.

- Claro, aqui é praticamente um parque temático! – Ally, que estava com Bel no colo, exagerou e todos riram, mas era mais ou menos isso mesmo.

- Quem topa uma partida depois do almoço?

- Eu quero! – Dinah e Vero disseram ao mesmo tempo.

- Ótimo, vocês duas podem fazer uma dupla, quem quer ser a minha?

- Eu posso jogar com você Nina! – Ally sorriu. – Mas vou logo avisando, sou péssima nisso.

- Não se preocupe Ally, nós vamos dar de lavada nessas duas!

- Qual é Nina, já está cantando vitória? – Vero sorriu.

- Não, mas eu vou logo avisando que ninguém me vence no pebolim há quase dois anos, e eu jogo bastante. – Ela piscou e o pessoal fez um oooohhh bem debochado, acabamos gargalhando novamente.

Eu já estava adorando essa viagem, mesmo que ficássemos dentro de casa até o Ano Novo por causa da chuva, eu não ligava, por que ver minha namorada tão feliz e descontraída enchia meu coração de uma alegria que poucas vezes senti na vida, ela estava contente, sorrindo como uma menina, tinha até esquecido da chuva, eu tinha que me segurar para não suspirar o tempo todo olhando para ela, ou já sabem, Dinah e até mesmo Vero fariam chacota até não poderem mais.

Depois do almoço fomos para a sala de jogos ver esse tal jogo de pebolim, eu não lembro de ter rido tanto nesse lugar como agora, Nina é mesmo boa como disse, e Dinah e Vero só faltavam bater as cabeças de tanto que tentavam ganhar dela e Ally, que ria mais que tudo.

Os que não estavam jogando fizeram uma pequena torcida, Lo, Jake, Lucy e eu torcíamos por Vero e DJ, e Joe, Mani, Bebel e Chris, por Nina e Ally, só que a gente não conseguia organizar essa torcida de jeito nenhum, por que as duas mais altas faziam a gente rir o tempo todo.

- Qual é Vero, protege esse gol aí caramba! – Dinah reclamou.

- Eu tô tentando, mas ela é muito rápida! Vem pro gol você se tá achando fácil! – As duas trocaram de posição, mas Nina e Ally continuaram na mesma, Nina no meio de campo e ataque e Ally na defesa e no gol, afinal Vero e DJ não conseguiam passar pela irmã de Mani de jeito nenhum.

- Toma essa aí cunhadinha! – Nina comemorou ao fazer mais um gol.

- Uau que golaço! – Vero arregalou os olhos.

- Você vai passar pro lado do inimigo? – Dinah cerrou os olhos e nós rimos, ela pode ser bem competitiva.

- Não, mas o gol foi bonito DJ, admita.

- Nunca! Vamos, vamos pelo menos diminuir essa vantagem pra não passar tanta vergonha, duas mulheres desse tamanho perdendo pra duas anãs!

- Mas as anãs aqui estão humilhando hein! – Ally debochou e nós gargalhamos.

Olhei pro lado por uns instantes e percebi que Lo estava meio agoniada, provavelmente por causa da chuva de novo, e lembrei de algo que tem aqui que poderia anima-la e talvez fazê-la esquecer um pouco.

- Ei, aqui tem videogame, você sabe.

- Eu sei, DJ f-falou.

- Será que você poderia me ensinar a jogar? – De repente ela me olhou e deu o sorriso mais lindo e radiante.

- Fala sério Camz?!

- Sim, vamos ver os jogos que tem aqui.

- Claro! – Ela virou para o irmão. – Chris, a Camila e eu vamos jogar videogame, você quer vir junto?

- Não, eu quero ver o jogo de pebolim, tá muito engraçado! – Ele sorriu.

- Tudo bem, mas não saia de perto da Mani e se comporte direitinho.

- Certo Loli! – Ele deu um beijinho na bochecha dela e nós duas fomos.

O videogame ficava numa sala reservada ao lado da sala de jogos, tinham dois sofás muito confortáveis e vários pufes espalhados pelo tapete vermelho felpudo. Como eu imaginei Lo acabou lembrando do álcool gel e limpou tudo antes de jogarmos, e arrumou os pufes simetricamente, eu não fico brava quando ela faz essas coisas, já a conheci assim e as vezes acho até bonitinho, mas fico mais feliz quando ela deixa de fazer.

- Olha Camz, tem Mortal Kombat!

Mortal Kombat... – Eu tentava lembrar onde ouvi isso. – É o tal jogo de luta que tem umas personagens quase peladas?

- E-esse mesmo. – Ela me olhou desconfiada.

Lauren Jauregui, por que você quer jogar um jogo com mulheres seminuas? – Cerrei os olhos me fazendo de brava.

- N-não é por isso C-camila, e-eu só achei, a-achei que você ia, que-que... – de repente ela se interrompeu cerrando os olhinhos. - V-você está me trolando. – Eu não aguentei, ri daquela carinha linda.

- Eu estou cariño, desculpe. – Lhe roubei um selinho. – Mas olha só como você está ficando mais esperta, descobriu logo.

- É, não é? – Ela sorriu de leve e eu lhe dei um beijo de verdade, essa carinha boba me tira do eixo!

- Vamos jogar!

Comecei com Lauren me dando uma “colher de chá”, ela me deixou escolher os personagens mais fortes e pegou os mais fraquinhos, eu peguei um cara com um chapéu de chinês que solta raios por todas as partes do corpo, ou quase todas, e ganhei a primeira luta, na verdade acho que ela me deixou vencer.

Depois lutei com um que tem o poder de gelo, eu não sabia os golpes como a Lo e apertava todos os botões aleatoriamente, minha cara nervosa devia estar muito engraçada, porque minha namorada ria e se desconcentrava o tempo todo, acabei ganhando algumas por causa disso também, mas quando Lauren resolveu jogar a sério eu perdi vergonhosamente.

- Ah não amor, não vale! Você ganha todas! – Larguei o controle em cima do sofá.

- Você tem que defender também anjo, s-senão eu vou te derrotar toda vez. – Ela sorriu e me deu um beijinho na bochecha.

- Eu sei lá como defende!

- Eu já te falei como defender e a-as sequências de golpes, m-mas antes você tem que parar de esbarrar em todos os botões de uma vez.

- Eu não consigo, eu fico nervosa! – dei uma risadinha e ela fez aquela carinha boba me dando um beijo logo em seguida.

- Quando você joga fica com uma cara engraçada, e-e bonita ao mesmo tempo, n-não sei como consegue. – Laur deu mais um de seus sorrisos lindos, eu me desmanchei inteirinha, não consigo evitar.

- E você fica muito atraente com essa expressão concentrada sabia? – Mordi a boca dela de leve e Lo ruborizou.

- E-eu, eu g-gosto de jogar. – Ela disse envergonhada e eu pensei em algo que poderia deixar minha namorada só um pouquinho mais desinibida.

- Ei, vamos jogar outro?

- Qual você quer? – ela sorriu para mim.

- Hum... – levantei do sofá fingindo pensar, mas na verdade já sabia qual jogo eu queria. – Esse aqui! – Peguei o Just Dance.

- Não vale, você é bailarina, vai ganhar todas... – Ela fez um lindo biquinho.

- Vamos fazer uma dupla, vou te ensinar a dançar!

- V-você vai ter muito trabalho, eu sou horrível. – Lo sorriu tímida.

- Não vou nada, e você não é horrível, apenas tímida, só precisa se soltar um pouco. – Coloquei o jogo, eu costumava jogar com Dinah quando vinha pra cá, nós nos divertíamos muito.

Escolhi uma música mais lenta, Lo era iniciante e tímida e isso é uma das coisas que mais atrapalham quando a pessoa está aprendendo a dançar, a timidez inibe os movimentos do corpo e você acaba não conseguindo fazê-los direito.

Me posicionei atrás dela e segurei seus quadris suavemente. – Vou te guiar, mas só no início. – Beijei sua bochecha e Lo deu uma risada nervosa.

A música começou e eu segurei seus quadris com mais força a guiando, depois segurei suas mãos para ela fazer os movimentos indicados no jogo.

- Isso, está indo bem Lo, olhe as pernas dele, você tem que imitar. – Ela ia fazendo meio desajeitada, mas suas risadas indicavam que estava se divertindo muito.

Depois, na segunda música, novamente segurei seus quadris para fazê-la rebolar direito e acabei colando mais seu bumbum na minha pélvis, isso terminou por ser algo bem excitante, mesmo sem querer, e eu agarrei sua cintura, rebolando com ela, acho que nem estávamos mais no ritmo.

Lauren segurou meus braços e eu beijei seu pescoço depositando beijos carinhosos ali, enquanto ainda balançávamos lentamente, passei meu nariz em sua nuca, sentindo seu cheiro e sorri ao ver seus pelos se eriçarem.

- Laur... – gemi baixinho quando sua bunda roçou mais forte em mim, e não me contive em jogar um pouco meu quadril contra ela.

Ela inclinou a cabeça e nós nos beijamos enquanto eu a segurava cada vez forte, não estava nem ligando mais para o jogo, eu rebolava contra a bunda dela mesmo, e passeava minhas mãos atrevidas por baixo de sua blusa, acariciando até chegar nos seus seios, Lo gemeu na minha boca quando os apertei.

- Ei, vocês estão jogando Just Dance? – ouvimos a voz de Dinah ainda um pouco longe e paramos imediatamente o que estávamos fazendo. Ficamos lado a lado fingindo prestar atenção na música que, nem notamos, já havia acabado.

- Nossa, que música era essa que vocês estão tão cansadas? – Mani franziu o cenho e DJ gargalhou.

Into You, né Mila? – Dinah sorriu maliciosamente, eu ri e Lo olhou pro outro lado toda vermelha.

Depois de quase sermos flagradas numa situação... Mais íntima, digamos assim, Lo e eu jogamos Just Dance com Mani e DJ, e rimos até não podermos mais, quando saímos de lá Lo quis tomar outro banho, porque suou bastante, e percebemos que Vero, Lucy e Nina estavam jogando Twister, ou tentando, sob os olhares e risadas dos demais.

- Vai tia Vero! – Bel batia palmas enquanto Vero tentava alcançar o azul com o pé esquerdo, mas tinha que passar a perna por cima da Nina para isso.

- Tô tentando! – Vero riu e esticou a perna.

- Ei, você... Vai me derrubar! – Nina quase não conseguia falar de tanto rir.

- E me esmagar! – Lucy sorriu aflita.

- Você vai ganhar tia Vero, estica mais a perna! – Jake sorriu.

- Ei, meu próprio filho torcendo contra mim! – e nós gargalhamos.

- A tia Vero está mais perto de ganhar mama!

- E você só torce para quem está ganhando é espertinho? – Joe sorriu para o neto que assentiu rindo.

Finalmente Vero alcançou o azul, e nós rimos até perder o fôlego quando ela realmente caiu por cima das outras, as três saíram de cima do tapete colorido rindo e extremamente cansadas, Nina se arrastou até a poltrona, e Lucy e Vero continuaram deitadas e abraçadas no chão, rindo que nem duas crianças.

Elas se olharam por uns instantes, pareciam sozinhas no seu próprio mundinho, e se beijaram lentamente.

- Ok, eu a-acho que vou tomar meu banho. – Lo disse e nós rimos.

(🎵)

Fazia tempo que não me divertia tanto, mesmo estando dentro de casa num dia de chuva, mas acho que isso se deve mais ao fato de eu estar perdidamente apaixonada, e nem me lembrava de como era se sentir assim, na verdade acho que nunca estive assim por alguém, como diria Dinah, estou com os quatro pneus arriados, totalmente entregue a Lauren.

- Ei, parou de chover. – Afaguei os cabelos dela, já passava da meia noite e estávamos deitadas na cama, apenas fazendo carinho e conversando um pouco antes de dormir, o dia de hoje foi bem cansativo e amanhã, se tudo desse certo, iríamos à praia.

- Eu percebi, e-eu sei que tenho que perder esse medo, mas estou aliviada Camz, admito. – Lo me abraçou afundando o rosto no meu pescoço.

- Não tem problema meu dengo, vamos aos pouquinhos, você ainda vai fazer muitas coisas que nunca fez, você vai ver.

- Graças a você.

- E a você também, não tire seu mérito, tem sido muito corajosa e eu estou orgulhosa de você.

- Mas você me incentiva muito, n-não sei se conseguiria sem sua ajuda.

- Porque eu quero te ver sempre bem, me faz tão feliz ver o quanto você está progredindo Lo.

- Eu estou feliz, e-eu nunca, nunca... – Lo me olhou e respirou fundo. – Eu nunca experimentei esse tipo de felicidade, é m-muito bom... – Ela tremeu o queixo e seus olhinhos já ficaram marejados.

- Não chora minha manteiga derretida, eu também estou muito feliz! – Sorri a ninei beijando sua cabeça várias vezes.

- Sabe Camz... A-as vezes eu fico imaginando como seria s-se minha mãe não tivesse me deixado. – Ela me confessou tímida.

- O que você imagina? – acariciei seu rostinho.

- Eu fico pensando se-se eu teria aprendido a tocar piano, se teria conhecido a Vero e a Mani, e... Você.

- Bem, você disse que a música está na sua alma, assim como a dança está na minha, então tenho certeza de que você teria se tornado musicista de qualquer forma, só acho meio difícil que você tivesse conhecido a Vero, talvez Mani e eu sim, porque somos do meio artístico.

- Quem m-me ensinou a tocar piano f-foi uma Irmã do orfanato, Irmã Isabel... – Ela tremeu um pouco o queixo. – Ela era como uma mãe pra mim. – E deixou cair umas lágrimas, que logo tratei de secar.

- Você a amava muito.

- Sim, ela era tão boa pra mim... M-mesmo depois do acidente, do TOC e tudo mais, ela não mudou comigo como algumas pessoas de lá. – Ela baixou o olhar e respirou fundo. – Quando ela morreu e-eu me senti tão sozinha...

- Mas você já tinha a Vero e a Mani.

- Sim, mas não tinha mais uma mãe... – Nesse momento meu coração ficou tão apertado, eu queria chorar, mas em vez disso a abracei forte.

- Eu sei que você preferiria muito mais que sua mãe fosse uma pessoa melhor... - Ela suspirou e assentiu um tanto contrariada. - Que te tratasse com o amor que uma mãe deve tratar um filho, mas por enquanto é assim que as coisas estão cariño, e notei que você ainda tem esperanças que ela mude um dia... - Novamente ela assentiu tristemente.

- Mas se isso não acontecer... – a fiz olhar nos meus olhos. – Eu vou estar aqui para você, siempresiempre...

_______________________________________

Essas duas tão ficando muito safadíneas né não? Mas safadas com muito amor e carinho 😌❤️❤️
O próximo vou fazer dois hots, um Norminah e o outro Vercy, por motivos de... Eu quero 😊
Até mais 😘😘😘

Continue Reading

You'll Also Like

617K 39.6K 54
(ANTIGA "O AMOR NUNCA MORRE") Mirella Bittencourt não esperava que seu namorado, a acusaria de uma traição. Quando um namoro que era julgado perfeito...
6.2K 368 7
diversas histórias para você se imaginar com a Yasmin Brunet.
1.5M 115K 109
[FINALIZADA] Existem muitas definições para o amor. Uns dizem que amor não existe sem sacrifício. Outros dizem que amor é ter paciência e esperar o o...
1.1M 66.7K 47
Atenção! Obra em processo de revisão! +16| 𝕽𝖔𝖈𝖎𝖓𝖍𝖆 - 𝕽𝖎𝖔 𝕯𝖊 𝕵𝖆𝖓𝖊𝖎𝖗𝖔| Fast burn. Mel é uma menina que mora sozinha, sem família e s...