Ao acordar pela manhã, o cheirinho de café a convidava a levantar. Intrigada, Allie se espreguiçou e lutou com a preguiça e o frio. O inverno ainda estava no auge e sair da cama para um longo dia de trabalho não era fácil. Arrumou a cama, colocou sua pantufa e saiu do quarto.
Na cozinha, sua mãe Dolores Humbridget preparava o café. Allie havia esquecido da mãe e lembrou-se de tudo que passou na noite anterior, ao vê-la, sua mãe correu para lhe dar um forte abraço. A filha retribuiu de bom grato, sentindo uma certa estranheza, porém feliz. Deu um beijo demorado na bochecha da filha e a fitava com uma expressão de arrependimento. Ela sabia o que era aquilo. Sua mãe estava tentando ser boa e diferente. Ela se arrependia agora de tudo que ela havia feito de errado a filha. Fazendo essa se afastar mais ainda dela.
- Dormiu bem ? - Perguntou ela se afastando, indo para mesa.
- Sim e a senhora?
- Muito bem, o seu colchão é excelente. - Disse a senhora de idade sendo sincera, uma vez que sente reclamava de dor nas costas por causa da cama dura de sua casa.
- Que bom. Cheiro bom de café... - Comentou Allie se juntando a mãe na mesa.
- Tomei a liberdade de fazer café. Eu acordei cedo e fiquei me demorado a sua espera. Não sabia direito que horas você acordava, então liguei para o seu pai. Falamos um pouco e eu vim para cozinha, fiz o café e você apareceu. - Disse ela, dando um sorriso e mostrando suas muitas rugas.
- Sem problemas. Vou pegar uma coisa na geladeira. - Disse ela, se levantando. Pegou uma geleia de morango e voltou a mesa.
Aquele curte intervalo de tempo passou rápido. Elas conversaram de verdade, sobre Cannon e o perigo que crescia em Chicago. Sua mãe lhe pediu para se cuidar, pois ela sabia que a filha não sairia do caso. Mesmo depois da carta psicografada do irmão lhe implorando. Allie se trocou e levou a mãe até a rodoviária que ficava perto. Minutos depois, ela já estava no trabalho. Por ali tudo seguia como normalmente. Logo, Noah e Oliver chegaram com Bruce e os quatro começaram mais uma rotina de investigação, mas agora, só focada no Litlle Manny, uma vez que já sabiam quem era a Estripadora.
Na hora do almoço, combinarão de almoçarem em um restaurante mais reservado e perto da casa de Allie. Era um restaurante pequeno e de comida comum americana. Eles se sentaram em uma mesa no fundo e fizeram o pedido. Allie pediu arroz, bife, feijão, ovo frito com Bacon, suco de laranja e salada do dia. Noah pediu quase o mesmo, mas no lugar da carne de vaca um frango. Oliver pediu Hambúrguer, Ovo frito, Arroz, Bacon, Frango, Cebola frita e cerveja. Bruce pediu macarrão com molho de tomate e almondegas, e uma cerveja também. Conforme esperavam pelo almoço, bebiam uma cerveja e conversavam.
- Bem, agora que sabemos quem é a Estripadora, o que faremos? - Perguntou Bruce a todos.
- Eu gostaria de prende-la, mas se ela vira fumaça e pássaro, será difícil. - Resmungou Allie.
- Vamos tentar mata-la. - Disse Oliver direto.
- Acho que é o único jeito ou ela nos mata. - Falou Noah, sentindo a tensão da detetive diante da palavra Matar.
- Como vamos mata-la? - Perguntou Bruce confuso.
- é aí que os irmãos Sivan entram. - Disse Allie, esquecendo que ele não sabia a verdade.
- Quem são os irmãos Sivan? - Perguntou Bruce sem entender nada.
- Somos nós. - Respondeu Noah, dando um gole no seu suco de laranja que para seu azar estava amargo.
- Vocês são irmãos? Uau, eu não sabia. - Disse o policial impressionado.
- Tem mais coisas que você não sabe... - Começou a detetive, esperando que eles contassem.
- Somos caçadores. - Disse Oliver na lata.
- Tipo de veados e ursos? - Perguntou Bruce fazendo Oliver e Noah rirem.
- Do tipo de monstros e fantasmas. - Falou Noah facilitando.
- Estilo Van Helsing, entendeu? - Falou Oliver, exemplificando as coisas.
- Sim, sim. Então essas coisas existem? Vampiros, lobisomens e fantasmas?
- Sim e muito mais. Então nós matamos, porque essas coisas geralmente matam e usam humanos para seu próprio benefício. - Disse Noah, achando que Bruce até levou mais de boa que Allie.
- Porra! Que da hora! - Disse Bruce, caindo a ficha.
- Claro, só não quando você é quase morto por essas coisas.
- Demônios e Buxos são os piores na minha opinião. - Comentou Noah por alto.
- Não, Metamorfos e Anjos sabem piorar. Demônios são só um pé no saco. - Tirou sarro Oliver, fazendo o irmão rir e Allie e Bruce ouvindo chocados.
- O que são Metamorfos? - Perguntou Allie.
- São criaturas que comem carne humana. Geralmente é uma pessoa que é mordida e se transforma, ou é hereditário, um dos pais ou avos tinha. - Falou Noah, enquanto Oliver mexia no celular.
- Nossa! Não sabia que isso existe... - Allie comentou horrorizada.
- Nem eu sabia. - Falou Bruce.
- Faz parte, é escondido dos Sephts porque vocês não sabem como lidar. E simplesmente querer matar não é solução.
- O que é Sete? - Perguntou Bruce.
- Sepht. Humanos que não sabem a existência de criaturas misticas, mágicas e tudo mais. Vocês agora sabem, são só humanos. - Sorriu Oliver, explicando.
- Isso seria um insulto tipo, você é um Sepht! - Disse Bruce.
- Acho que para eles sim. - Oliver deu de ombros, bebendo a cerveja.
- Como vamos mata-lá? - Perguntou Allie, indo direto ao ponto X.
- Não sabemos. -Foi sincero Noah, tentando pensar em algo.
- A gente pesquisou e não achamos nada. Vamos tentar de tudo. Bala de prata, de sal, madeira, estaca e sabe-se lá o que mais. Só vamos tentar de tudo. O jeito é como chegar nela. - Disse Oliver, começando a comer a comida que o garçom trouxe para eles.
- Então temos que organizar uma forma de encurralar os dois, a Estripadora e o namorado vampiro. - Disse Bruce, pegando um certo animo na caçada.
- Marido. Eles casaram. - Ressaltou ela.
- Ela é a mulher com quem ele casou?
- Sim. Eu vi a foto no sistema e reconheci ela aquela noite. Ela é forte e bem malvada. - Comentou Allie, lembrando de ter atirado nela.
- Acho que tenho uma ideia. - Disse Noah, comendo seu almoço.
- Ótimo, compartilha com a galera irmão. - Brincou Oliver empolgado.
O almoço passou em um piscar de olhos e o resto do dia também. Eles haviam combinado de se encontrarem na noite seguinte e colocarem em prática seu plano. Na saída, Bruce e Oliver se despediram dos demais, Bruce foi para sua casa e Oliver esperava Noah no carro, deixando o casal para trás.
- Oi. - Disse ele, dando um beijo suave em Allie.
- Oi. - Respondeu ela depois de corresponder ao beijo.
- Então, quando vou conhecer sua mãe? - Perguntou ele curioso.
- Ha é verdade. Ela já foi, hoje de manha na verdade. Deixei ela na rodoviária. - Lembrou-se ela, meio sem jeito de ter esquecido de dizer ao longo do dia.
- Desculpa a pergunta, mas aconteceu alguma coisa? - Perguntou Noah, percebendo que ela estava meio desanimada.
- Na verdade sim. Mas é uma história muito longa. Em resumo, eu nunca me dei bem com minha mãe e agora fizemos as pazes. Ela também trouxe uma carta psicografada do meu irmão, Finn. Ele foi morto pela vampira. - Falou ela suspirando, lembrando de que foi por isso que ele e o irmão apareceram.
- Eu soube, lamento sua perda. - Noah notava o quanto ela sofria e tentava ser forte.
- Tudo bem. A gente não se falava há anos, só queria ter evitado isso. Mas eu não me responsabilizo pelo que aconteceu. Ao que tudo indica ele mereceu. Só acho que devia ter tentado puxar mais por ele, entende o que quero dizer?
- Entendo. Se quiser e não estiver muito cansada, posso ficar com você essa noite. Faço um jantar para gente, ou comemos pipoca e um filme. O que acha? - Perguntou o rapaz alto e forte, que estava realmente muito envolvido com ela.
- Adoraria. - Sorriu, abraçando-o e recebendo um beijo caloroso.
- Então casal maravilha, nos vemos amanha? - Perguntou Oliver, brincando mas querendo sair dali também.
- Sim. Vou ficar com Allie essa noite.
- Qualquer coisa, me liguem. Boa noite pessoal, até amanha. - Disse ele gentil, recebendo um até logo enquanto ele ligava o carro, ganhando velocidade pela estrada ele via os acenos de tchau.
- Vamos? - Perguntou ela, fitando os olhos marrom dele.
- Vamos. - Ele consentiu, sorrindo e indo com ela para o seu carro.
Pelo restante da noite, Allie e Noah passaram agarradinhos no sofá vendo filme. Comeram hambúrguer e pipoca, vendo o filme'' A Identidade Bouner''. Logo que o filme acabou, arrumaram a cozinha e enquanto ele lava a louça ela secava e ouviam música de rock dos anos 70 e 80 no youtube. Por fim, ela pulou no seu colo e o puxou para um beijo. Ela levou-lhe para o banheiro onde tomaram um banho juntos, terminando a noite em um longo ato de amor com sexo. Eles dormiram agarradinhos, desejando que o tempo não passa-se e o dia de amanhã acabasse bem.