A guerra, bem e o mal, harmonia e violência, os elementos que nunca deixaram de transitar pelo mundo de Exaon, a descrição do oraculo e também do tão temido e antigo livro das profecias.
O livro é um dos antigos artefatos do plano mortal que está ligado aos deuses, não se sabe qual a força que está por trás do livro, mas o reino magico de Arendel está sendo enganado.
Os elfos haviam consultado o oraculo que vivia lado a lado com eles, isolados do resto do mundo, os seres ''privilegiados'' pelos deuses, como eles se diziam ser, estavam a um passo a frente de todas as previsões de destruição, por isso são a raça mais antiga que ainda vive sobre Exaon.
O mundo novamente estava frente a frente com uma ameaça desconhecida, as trevas cobriram os céus num eclipse imprevisto e a mensagem de guerra ecoou no ouvido dos escolhidos, os elfos saíram de seu completo exílio foram espalhar a noticia da destruição por toda Exaon, reinos, tribos, mares, criaturas racionais e irracionais. Todos deveriam se prevenir contra o mal que estaria por vir.
O reino magico entrou em silencio ao presenciar as trevas consumirem o céu sinalizando o inicio da destruição, Mewdy observava dos campos de Arendel o céu ser consumido por trevas, com seu pensamento focado e encorajado a ensinar os jovens cujo ele acreditava que fossem os escolhidos.
O reino de Arendel se privou de todos os outros os vendo como ameaças em geral, enquanto os reinos se uniram para enfrentar oque estaria por vir, os magos e sua população depositavam completa confiança em Mewdy e seus discípulos.
Todos os reinos em alerta, reis gananciosos botando seu orgulho de lado e fazendo tradados de alianças, todos estavam dispostos a fazer tudo o que se pode imaginar para evitar que uma nova guerra se iniciasse, todos os reinos prometeram a todo custo defender seu povo, mas nenhum deles sabia se realmente seriam capaz de fazê-lo.
Quando tudo havia se ''acalmado'' e a luz do sol tomava conta do céu mais uma vez, Mewdy acelerou seu treinamento com os supostos escolhidos, sabia aquilo apenas foi um aviso que o mal estava sobre todos eles.
Mewdy parecia nervoso, não parava de caminhar de um lado para o outro, então Alice e Aline, as gêmeas, foram interroga-lo
— Mewdy — Iniciou Alice. — Por que está tão nervoso? Aprendemos cada uma das magias e feitiços dos livros.
Mewdy parou e encarou as garotas falando com franqueza — Temo que todas as magias que aprenderam não sejam o suficiente... —
— Trabalhamos duro e você nem sequer acredita na nossa evolução?! — Cezar parecia irritado — Sou o maior alquimista da nova geração e ainda estou sendo modesto, e tudo que sabe dizer é que talvez não sejamos capazes? - Seus olhos se enchiam de lágrimas.
— Não é isso — Antes que pudesse terminar sua fala Mewdy foi interrompido.
— Ele nos acha fracos. — Disse Aline, a outra gêmea e um furdúncio se iniciou entre os três pupilos, eles gritavam um por cima do outro e tudo soava apenas como o zumbido irritante de um inseto aos ouvidos de Mewdy.
— Calados! — Disse o mago batendo com o seu cajado no chão — Vocês nunca estiveram numa batalha de verdade, acham que conhecer várias magias os torna poderosos?!
Os garotos calados ficaram perplexos e Cezar não aguentou aquilo, virou as costas e pôs se a correr na direção da porta, lágrimas corriam de seus olhos, mas antes que pudesse sair ele acabou esbarrando com Matthew, o loiro enxugou as lágrimas do menor e acariciou sua cabeça.
— Calma galera, olhem só como Davmorn está relaxado!
— Ele está dormindo. — Disse Alice apontando para Davmorn que dormia sobre uma pila de livros.
— Acham que Mewdy não confia em nós? Então basta provas que somos capazes! — Matthew tentava encorajar o grupo, mas não parecia surtir efeito, então ficou mais sério. — Quando as trevas caírem, nós iremos salvar Arendel e todo o mundo, então ninguém poderá dizer que são fracos.
Arendel estava pela influencia maligna, entre os magos do conselho havia um traidor, mais quem seria? E por que tudo aquilo era tão importante? Haviam muitas perguntas e o tempo para respondê-las era escasso. Os reinos estavam pondo seus exércitos de prontidão dia e noite e a população estava assustada, pois todos sabiam que sim, um mal havia dominado sobre Exaon uma vez, e nada garantia que ele não pudesse voltar a reinar.
Todos os homens estavam em templos adorando os deuses para tentar conter sua fúria e obter a sua tão clamada misericórdia. Os tempos onde as criaturas viviam em sintonia com a natureza já não existiam a muito tempo, o inimigo era cauteloso, ele usava os de coração fracos e depois os descartava, deixava um sentimento de culpa em seus corações. Até os mais renomados nomes poderiam ser usados por esse mal e este era o maior medo de Mewdy, nem ele estava livre de ser o grande poder destrutivo que esmagaria a vida em Exaon e reergueria as trevas sobre o mundo.
Mewdy relembrava sua vida antes de dormir, em especial, os momentos com a sua falecida avó, ela sempre tinha conselhos ótimos sobre quaisquer assuntos, em seus olhos tudo passava como um longo flashback de sua f
O mal era trajado de uma armadura tão brilhante quanto as coroas de todos os reis que já pisaram neste mundo. Era tão belo quanto os Neflins, as criaturas enviadas pelos deuses que hoje estavam desaparecidas. A beleza presente é equivalente a sua maldade, suas armas? Forjadas pelos anões de Satyr, as criaturas que para alguns são um mito, para outros, uma raça extinta.
Mewdy estremecia ao relembrar do quão poderoso foi o inimigo que iniciou a última guerra, para derrota-lo foram necessários os maiores magos de todos os tempos além dos poderosos Neflins, e admite, os homens e os elfos também tiveram sua participação, mas não foram de grande ajuda.
O conselho dos magos exigiu uma reunião entre os representantes de cada reino numa tentativa desesperada de eliminar o mal pela raiz enquanto ele estava "enfraquecido", porém, como poderiam derrotar um mal cujo não sabiam nem o nome ou rosto? E o mais assustador é que ele ficava cada vez mais forte, uns acreditam que é o que os deuses querem e por isso devem aceitar o destino, outros já acreditam na sua capacidade de tomar decisões e decidir seu próprio destino.
Então tudo foi acontecendo, o mal foi se espalhando de forma rápida, porém, ao mesmo tempo lenta, já que ninguém sabia de verdade quando ele iria surgir, então nos perguntamos, como isso seria possível? Bom. "tudo é possível em Exaon, impossível é apenas uma palavra, mas basta que acredite em si mesmo e no final da batalha devastadora e da queda das forças obscuras, sempre haverá uma luz a qual recorrer". - Prycer Defordler, príncipe de Thorek.
Se passaram três longos anos e os aprendizes de Mewdy continuaram a treinar de forma incessante.
Então começa a jornada atrás dos "salvadores do mundo" digamos assim, tudo começa em um pequeno vilarejo que ficava nos arredores de Arendel na floresta de jade, seus moradores tinham plena sintonia com a natureza, lá nasceu Lielf, um jovem mago que aos seus oito anos teve contado direto com a árvore da vida, ela lhe disse que um futuro assustador o aguardava e que ele deveria encontrar os outros escolhidos para que a paz pudesse ser mantida.
Atualmente, Lielf soube que em Arendel existia um mago que treinava cegamente um grupo de jovens e ele acreditava que seriam os outros quatro escolhidos que a árvore o mandará encontrar.
— Olá? — Disse o jovem ao ver um rapaz alto com cabelos brancos na floresta de jade, ele portava uma enorme foice em suas costas, ela era tão grande ou até maior que seu próprio corpo. — Me chamo Lielf, poderia me dizer onde fica a academia dos magos? -
O rapaz o encarou como se fosse um pequeno saco de moedas. Ele adorava moedas.
— Prazer, Damon. — Ele se aproximou do pequeno mago de cabelos alaranjados. - Eu posso te ajudar, mas não vai ser barato. -
Lielf, frustrado, lhe respondeu - Mas não tenho dinheiro... Preciso muito encontrar Mewdy, por favor! -
— Eu te ajudo! — Disse uma voz desconhecida, então, um elfo de cabelos negros se aproximou do grupo. — Eu sei onde encontrar Mewdy, mas também sei como podemos conseguir uma grana extra, o que acham?
Os garotos se juntaram ao elfo, ele abria um cartaz de missão que possuía uma imagem embaçada.
— Martha alega ter visto uma criatura suspeita nas montanhas de gelo, Thorek está oferecendo muita grana para quem o capturar, o que me dizem?
— Tudo bem.. mas eu sou fraco, não seria de grande ajuda — Disse Lielf, e era verdade, o pequeno mago não dominava mais que duas ou três magias básicas.
— Eu cuido da sua retaguarda. — Disse o elfo fazendo com que o garoto de cabelos alaranjados se acalmasse. - Vamos usar o teletransportados para ir aos arredores das montanhas de gelo e nos encontramos as sete da manhã para a missão, tudo certo? -
Lielf estava preocupado, afinal, ele deveria estar procurando os escolhidos, mas como fazer isso sem dinheiro, não é?
— Eu vou. — Disse Damon.
— Então.. acho que não tenho muita escolha. — Lielf sorriu.
— Ótimo, nem um minuto de atraso, encontro com vocês lá! - O misterioso elfo desapareceu tão rápido quanto chegou.
Enfim, Lielf embarcaria em sua primeira missão e seria em terras desconhecidas. O que lhe aguardaria no topo das montanhas?
Continua...