Era Sexta-feira fim da tarde, Allie Decker estava guardando seus pertences e preparando-se para ir embora. Ela tentava negar, mas estava fugindo de Noah. Desde sábado à noite quando eles se beijaram, ela vinha evitando-o. A razão? Nem ela entendia, mas achava melhor assim. Só contato profissional. Ao sair da sala, enrolou o máximo que podia no banheiro, mas ela tinha que ir embora. Tinha que sair da delegacia. Ao menos, iria para casa.
Com toda cara e coragem, saiu do trabalho, mas no estacionamento, ele esperava por ela. Estava esbarrado no seu carro ela não teria como fugir. Noah estava com as duas mãos no bolso da calça e quando a viu chegar, sorriu apesar de se sentir intimidado. Ela suspirou fundo e antes de conseguir falar qualquer coisa, ele começou:
- Allie, porque está me evitando a semana toda?
- Eu não estou te evitando. - Mentiu na cara dura, ficando vermelha de vergonha.
- Está mentindo. - Disse ele sem entender porque ela estava agindo daquele jeito.
- Não estou não. - Insistia ela, agora que tinha começado teria que terminar.
- Está sim. E sabe como eu sei? - Ele perguntou se aproximando dela, apesar dela recuar, ele foi até ela e a encarou, abrindo aquele sorriso, dizendo:
- Porque quando mente ou fica envergonhada você fica vermelha e por causa dessa ruguinha aqui, bem na testa. - Ele brincou, fazendo-a rir.
- Desculpe, tenho que ir. Tenho compromissos sabe... - Mentiu, sem saber mais como aguentar ficar ali.
- Serio? Vai continuar fugindo de mim? - Ele perguntou acompanhando os movimentos dela com os olhos, enquanto essa entrava no carro que há poucos instantes ele estava escorado.
- Não estou fugindo. Até amanhã, Detetive. - Disse ela, saindo com o carro e deixando ele ali, de pé observando ela ir embora.
Oliver estava em outra vaga, mais longe de Noah, mas conseguia vê-lo chegando ao longe, pelo retrovisor do carro. Ele tomava uma cerveja, desanimado. Seu pensamento o levava na noite de sábado, quando ele pegou Morgana no flagra.
Flashback
Oliver havia acabado de entrar no hotel Le' Vintage, ele deu um oi bem risonho para Gioconda, a senhora mal encarada no balcão. Ele disse que estava esperando uma pessoa e ela o indicou a ficar na sala da recepção. Ele ficou ali pelo menos quarenta minutos até que não aguentou. Saiu de fininho em direção do elevador, mas uma porta estreita e diferente aos fundos chamou sua atenção. Ele foi até ela e entrou.
Havia um extenso corredor, era bem amplo, parecia mais uma sala. Estava tudo escuro e havia outra porta. Tirou uma pequena faca que usava para abrir portas e com a luz do celular, abriu essa sem dificuldade. Ao entrar, uma música tocava alto. Havia luzes em neon brilhando ao fundo. Do lado direito, três mulheres desmaiadas estavam amarradas. Em volta delas mangueiras e agulhas que iam ao seu corpo. Elas estavam sendo usadas. Ele ainda não tinha entendido, mas um som familiar de gemido o acordou para o que estava mais ao longe.
Uma cama de casal, com um casal fazendo sexo. Ele percebeu que o cara estava de costas para ele, ou seja, em cima da mulher. Evitou continuar vendo e prestou atenção nas garotas de biquíni com cordas e mangueiras, até que os gemidos se intensificavam do casal e eles se mexiam fazendo barulho na cama. A mulher trocou de posição, ficando por cima e quando ele gemeu alto, chamando seu nome, Oliver ficou louco:
-Ai Morgana! Isso! Continua gostosa, Tô quase!
- Que merda é essa?! - Gritou Oliver, chamando atenção do casal que parou na hora de fazer sexo.
- Droga! - Exclamou Ralf, sem entender quem estava ali.
- Oliver? - Perguntou a vampira, saindo de cima e de dentro de Ralf.
Ela enrolou-se no lençol branco que estava manchado de sangue. Oliver ficou enojado. Ele viu suas presas, ela estava cheia de sangue e nua em baixo daquele pano. Ele nunca sentiu tanta raiva de uma criatura como sentia dela agora, ao saber que foi enganado não só uma, mas duas vezes. Ela tentou se explicar, mas ele não deixou.
- Que porra toda é essa? E quem são essas garotas? - Ele gritava tirando as mãos dela de cima dele.
- Eu posso explicar... Por favor, não faça nenhuma loucura! - Ela implorava a Oliver enquanto Ralf já vestido, sumia dali sem ser notado.
- Será? Eu já entendi tudo. Você não era nada minha, a gente só transava. Tudo bem. Entendo você com o outro cara, mas serio mesmo? Vampira? Não percebeu a minha tatuagem no peito do simbolo de caçador? - Perguntava ele irritado enquanto ela chorava por cima de seus gritos.
- Eu percebi, desculpe. Fiquei com medo de você me matar! - Ela dizia, suplicando perdão.
- Olha, eu vou soltar elas e você não vai me impedir. - Disse ele, indo até as garotas e as soltando.
- Sim, sim. Eu faço o que você pedir, mas não faça nada de idiota. - Ela implorava.
- Eu? Fazer algo idiota?! Olha quem fala... - Ele dizia, soltando a garota que despertou do seu estado de coma, gritando como as demais enquanto ele dizia para elas correrem por tal porta.
- Sei que foi errado não dizer a você, mas tenta me entender... - Morgana procurava motivos para evitar falar sobre.
- Eu não quero saber mais nada. Só uma coisa eu tenho a te perguntar. Só uma e eu quero a verdade. - Oliver dizia apontando na cara dela.
- Sim... - Ela murmurava chorando, tentando abraça-lo, mas ele a soltava.
- Porque você ficou comigo?
- Porque achei que era policial e ia investigar o hotel. - Disse ela com sinceridade, se arrependendo em seguida.
- Ok. - Ele gritou raivoso, saindo de perto dela.
- Vai me matar? - Perguntou a vampira com medo.
- Você não vale meu tempo. - Ele virou a cara, depois de encara-la pela última vez, saindo pela porta sem dar ouvidos aos gritos dela, implorando por ele.
De volta
Noah entrou no carro calado e o irmão nada disse, apenas ligou o opala saindo do estacionamento. Ao chegarem no hotel onde ficavam, Noah foi tomar banho e Oliver abriu mais uma cerveja, enquanto via televisão.
Allie chorava, se sentindo idiota. Porque estava fugindo dele afinal? Ela não sabia porque fugia se o que mais queria era estar nos braços dele. Terminou de lavar a louça do jantar e se deitou no sofá da cozinha, vendo televisão. Algum tempo depois, ela acabou pegando no sono sendo acordada com fortes batidas na porta. Ela levantou do sofá e foi até a porta, ficando surpresa quando abriu e viu quem era. Noah.
- Allie não dá mais para a gente ficar assim. Eu não aguento mais você fugindo e eu não paro de pensar em você. - Disse Noah, na porta dizendo tudo que sentia e andava guardando com ele:
- Eu chego naquele hotel onde chamo de casa e minha vontade é te ligar. Convidar-te para sair, beber uma cerveja e falar sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Você tem me deixado louco essa semana. Eu tô tentando não forçar a barra nem pisar na bola, mas eu não estou conseguindo.
Ele parou um pouco de falar, esperando que ela disse-se algo, mas Allie parecia surpreendida demais. Ela parecia que ia chorar. Então ele continuou dizendo antes que não tivesse mais coragem ou que as palavras se perdessem:
-Porque cada vez que penso em você ou estou assim, na sua frente, eu sinto vontade de te beijar. - Disse ele por fim, suspirando aliviado por ter tirado aquele peso nas costas.
Allie pulou em seu colo, beijando-o com paixão. Noah a segurou firme, fechando a porta enquanto a segurava ao mesmo tempo. Era um beijo diferente da outra vez. Era cheio e fogo, era quente e parecia urgente, como se o mundo estivesse acabando. Ele a levou até o sofá, onde se sentou com ela em seu colo, ainda se beijando. O beijo mudou para algo mais quente, as mãos de Allie percorriam o corpo dele e Noah tocava sua bunda. Em poucos instantes, eles estavam tirando a roupa e ele a levava para o quarto dela.
Beijando sem parar, eles estavam eufóricos e acessos. Allie estava apenas de lingerie e Noah ainda de calça. Ela abriu seu cinto e tirou suas calças, beijando-o sem parar. Quando finalmente pararam de beijar, foi quando perceberam o que estavam fazendo. Allie ficou admirando o abdômen de Noah, percebendo que ele era bronzeado e bem definido. Nopeito do lado esquerdo, perto do ombro ele tinha uma tatuagem com um círculo eum desenho dentro. Era sua tatuagem de caçador, ela não sabia. Noah beijava o pescoço dela, enquanto tirava seu sutiã.
Ele a deitou na cama, tirando sua calcinha de renda rosa. Allie suspirou quando ele beijou suas coxas e colocou seus dedos em seu sexo. Ele a olhava, a espera de algum sinal mas ela estava entregue ao prazer. E foi isso que ele deu a ela naquele momento. Tocou sua intimidade com delicadeza, a fazendo ofegar. Depois, chupou seu sexo fazendo Allie gemer tendo um orgasmo. Ele admirava seu corpo.
- Você é tão linda. - Dizia ele, subindo até sua boca, tomando seus lábios para ele.
- Eu quero você. -Ela sussurrou, fazendo-o ficar mais ereto ainda.
A detetive desceu até em baixo, trocando de lugar com ele. Noah estava deitado agora enquanto ela fazia um sexo oral bem gostoso nele. Gemendo e sentindo a boca dela em seu pau, Noah não aguentou, pedindo:
- Posso ter você agora?
- Pode! - Ela concordou, se sentindo estranha com aquela intimidade repentina.
O caçador então se moveu rápido e de repente, ele estava por cima dela, beijando-a antes de penetra-la com seu membro. Assim que ela sentiu que ele havia entrado, Allie arranhou-o sem querer, ele era grande. Naquele movimento de vai e vem, eles se entregaram como nunca, tendo um longa e prazerosa noite de muito amor.