Orgulho e Preconceito (1813)

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Obra da inglesa Jane Austen. More

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CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
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CAPÍTULO 13
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CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
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CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
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CAPÍTULO 26
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CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
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CAPÍTULO 45
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CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPÍTULO 49
CAPÍTULO 50
CAPÍTULO 51
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
CAPÍTULO 56
CAPÍTULO 57
CAPÍTULO 58
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61

CAPÍTULO 52

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Elizabeth teve a satisfação de receber uma resposta à sua carta o mais rápido que ela poderia. Assim que esteve de posse dela, correu para o pequeno arvoredo, onde era menos provável que ela fosse interrompida, sentou-se em um dos bancos e se preparou para ficar feliz; pois a extensão da carta a convencia de que ela não continha uma recusa.


Gracechurch Street, 6 de setembro.

Minha querida sobrinha,

Acabei de receber sua carta e devotei toda esta manhã em respondê-la, pois imagino que uma pequena nota não comportará o que tenho a lhe dizer. Devo confessar que estou surpresa pelo seu pedido; não o esperava de você. Não pense que estou brava, porém, pois apenas quero lhe dizer que não imaginava tais perguntas serem necessárias de sua parte. Se você decidir não me entender, perdoe minha impertinência. Seu tio está tão surpreso quanto eu – e nada, além de você ser uma parte interessada, teria permitido que ele agisse como fez. Mas, se você está realmente inocente e de nada sabe, eu devo ser mais clara.

No mesmo dia em que cheguei de Longbourn, seu tio recebeu um visitante inesperado. Mr. Darcy apareceu e se trancou com ele por várias horas. Tudo terminara antes de eu chegar; assim, minha curiosidade não foi tão terrivelmente aguçada quanto a sua parece ter sido. Ele veio dizer a Mr. Gardiner que descobrira onde sua irmã e Mr. Wickham estavam, e que ele tinha visto e falado com ambos; Wickham por várias vezes, Lydia, por uma. Do que posso me lembrar, ele deixou Derbyshire apenas um dia depois de nós e veio à cidade com a resolução de encontrá-los. O motivo alegado foi sua convicção da dívida para consigo mesmo pela falta de valor de Wickham não ter sido tão bem conhecida a ponto de tornar impossível a qualquer jovem de caráter amar ou confiar nele. Ele generosamente atribuiu tudo ao seu orgulho equivocado e confessou que, antes, tinha pensado ser indigno de ele deixar suas ações particulares abertas ao mundo. Seu caráter deve falar por si mesmo. Ele tomou, portanto, como sendo seu dever se adiantar e tentar consertar o mal que fora trazido por ele mesmo. Se ele tinha outro motivo, estou certa de que nunca o desgraçaria. Ele esteve por alguns dias na cidade, antes de ser capaz de descobri-los; mas tinha algo com o que direcionar sua busca, que era mais do que tínhamos; e a consciência disso era outra razão para ele resolver nos seguir.

Há uma senhora, parece, certa Mrs. Younge, que foi por algum tempo governanta de Miss Darcy e foi destituída de seu cargo por algum motivo de desaprovação, embora não tenha nos contado qual. Ela então alugou uma grande casa em Edward-street e, desde então, se mantém alugando quartos. Essa Mrs. Younge era, ele sabia, intimamente ligada a Wickham; e ele foi ao encontro dela para se informar do paradeiro dele assim que chegou à cidade. Mas levou uns dois ou três dias antes que conseguisse dela o que queria. Não trairia sua confiança, suponho, sem suborno e corrupção, pois ela realmente sabia onde seu amigo poderia ser encontrado. Wickham, de fato, fora até ela quando chegou em Londres e se tivesse podido recebê-los em sua casa, eles teriam residido com ela. Por fim, porém, nosso bom amigo buscou o endereço desejado. Estavam em ... street. Viu Wickham e depois insistiu para ver Lydia. Seu primeiro objetivo com ela, ele admitiu, foi o de convencê-la a abandonar sua desgraçada situação presente e voltar para os amigos assim que fossem convencidos a recebê-la, oferecendo sua ajuda ao máximo possível. Mas ele descobriu que Lydia estava absolutamente decidida a permanecer onde estava. Não se importava com nenhum dos seus amigos; recusou sua ajuda; nem escutaria sobre abandonar Wickham. Estava certa de que se casariam uma hora ou outra e não se importava com o quando. Já que aqueles eram os sentimentos dela, restava apenas, ele pensou, assegurar e apressar um casamento, o qual, em sua primeira conversa com Wickham, logo soube que nunca seria o desejo dele. Confessou que foi obrigado a deixar o regimento por causa de algumas dívidas de jogo, que eram muito prementes; e não hesitou em depositar todas as más consequências da fuga de Lydia totalmente na imaginação dela. Quis abandonar sua comissão imediatamente; e, quanto à sua futura situação, muito pouco poderia conjeturar a respeito. Deveria ir para algum lugar, mas não sabia onde e sabia que não teria nada para se sustentar.

Mr. Darcy lhe perguntou por que ele não se casou com sua irmã de uma vez. Embora ele não imaginasse que Mr. Bennet fosse muito rico, teria sido capaz de assegurar alguma coisa para ele e sua situação teria se beneficiado pelo casamento. Mas ele descobriu, com a resposta, que Wickham ainda acalentava a esperança de fazer sua fortuna mais eficazmente pelo casamento em algum outra região. Sob tais circunstâncias, porém, ele provavelmente não estaria à prova de alguma tentação de alívio imediato.

Eles se encontraram várias vezes, pois havia muito a se discutir. Wickham, claro, queria mais do que ele poderia obter; mas, por fim, se reduziu ao razoável.

Estando tudo combinado entre eles, o próximo passo de Mr. Darcy foi o de colocar seu tio a par do acordo e ele primeiro visitou Gracechurch street na noite anterior à minha chegada. Mas Mr. Gardiner não pôde ser visto e Mr. Darcy descobriu, com mais perguntas, que seu pai ainda estava com ele, mas deixaria a cidade na manhã seguinte. Ele não julgou seu pai uma pessoa a quem poderia consultar apropriadamente, como seu tio e, portanto, prontamente postergou a visita até a partida deste último. Não deixou seu nome e até o dia seguinte se sabia apenas que um cavalheiro havia feito uma visita de negócios.

Voltou novamente no sábado. Seu pai havia partido, seu tio estava em casa e, como disse antes, tinham muito a conversar juntos.

Encontraram-se outra vez no domingo e então eu também o vi. Não se acertaram até segunda-feira; e assim que isso ocorreu, um mensageiro foi enviado a Longbourn. Mas nosso visitante era muito obstinado. Imagino, Lizzy, que a obstinação seja o verdadeiro defeito do caráter dele, afinal de contas. Ele fora acusado de muitas faltas em momentos diferentes, mas esta é a verdadeira. Nada deveria ser feito que ele mesmo não o fizesse; embora eu esteja certa (e não falo para receber agradecimentos, portanto nada diga com relação a isto), seu tio teria acertado tudo mais rápido.

Debateram juntos por muito tempo, que foi mais do que tanto o cavalheiro ou a dama em questão mereciam. Mas, por fim, seu tio foi forçado a ceder e ao invés de ser permitido ser útil à sua sobrinha, ele foi forçado a se colocar a ter o único crédito provável por tudo, o que foi contra sua vontade; e eu realmente acredito que sua carta, nessa manhã, deu-lhe grande prazer, porque requeria uma explicação que colocaria as coisas em seus devidos lugares e daria o elogio a quem o merece. Mas, Lizzy, isso não pode passar de você ou de Jane, no máximo.

Você sabe muito bem, suponho, o que se fez para o jovem casal. Suas dívidas serão pagas, chegando, acredito, a consideravelmente mais do que mil libras, outro milhar relativo ao acordo dela sobre ela própria e a compra de sua comissão. A razão porque tudo isso foi feito por ele sozinho foi a que forneci acima. Era dívida dele, da sua reserva e da sua falta de apropriada consideração, que o caráter de Wickham fosse tão mal compreendido e, consequentemente, que ele fosse recebido e percebido como foi. Talvez haja alguma verdade nisso; porém, duvido se sua reserva, ou a reserva de alguém, pode responder por este acontecimento. Mas, apesar de todo este bom palavreado, querida Lizzy, você pode descansar perfeitamente segura que seu tio nunca teria cedido se não lhe déssemos crédito por outro interesse no caso.

Quando tudo isso se resolveu, ele voltou novamente para seus amigos, que ainda estavam em Pemberley; mas se combinou que ele deveria estar em Londres mais uma vez, quando o casamento ocorresse e todas as questões financeiras deveriam então receber o toque final.

Acredito que lhe contei tudo. É uma relação que você pode me dizer se lhe causa grande surpresa; espero, pelo menos, que não lhe traga qualquer desprazer. Lydia veio até nós; e Wickham tinha entrada frequente na casa. Ele era exatamente o que fora, quando o conheci em Hertfordshire; mas não lhe contarei o quão pouco fiquei satisfeita com o comportamento dela enquanto ficou conosco, se eu não tivesse constatado, pela carta de Jane na última quarta-feira, que a conduta dela ao voltar para sua casa foi exatamente igual, e portanto, o que lhe contarei não pode causar nova dor. Conversei com ela repetidamente da maneira mais séria, descrevendo toda a maldade que ela fizera e toda a infelicidade que trouxera para toda sua família. Se ela me ouviu, foi por sorte, pois estou certa de que não me escutou. Eu fui muito provocada às vezes, mas então me lembrei de minhas queridas Elizabeth e Jane e, pelo bem delas, tive paciência com ela.

Mr. Darcy foi pontual em seu retorno e como Lydia lhe contou, compareceu ao casamento. Jantou conosco no dia seguinte e deveria deixar a cidade novamente entre quarta e quinta-feira. Ficará muito brava comigo, querida Lizzy, se eu aproveitar esta oportunidade para dizer (o que nunca tive coragem de dizer antes) o quanto eu gosto dele? Seu comportamento para conosco foi, em todos os aspectos, tão agradável quanto foi quando estávamos em Derbyshire. Toda sua compreensão e opiniões me agradam; ele não precisa de nada mais do que um pouco mais de vivacidade, o que, se ele se casar prudentemente, sua esposa poderá ensiná-lo. Achei-o muito ladino; ele mal mencionou seu nome. Mas astúcia parece ser a moda.

Por favor, perdoe-me se fui muito convencida ou pelo menos não me puna tanto quanto a me excluir de P. Nunca deverei ser muito feliz até que possa estar ao redor do parque. Uma pequena fáeton, com um bom par de pequenos pôneis, seria muito apropriado.

Mas não devo escrever mais. As crianças precisaram de mim nesta meia-hora.

Sua, muito sinceramente,

M. Gardiner.


O conteúdo da carta lançou Elizabeth numa revoada de espíritos, na qual era difícil determinar se o prazer ou a dor tinham a maior porção. As vagas e hesitantes suspeitas que a incerteza tinha produzido pelo o que Mr. Darcy pudesse ter feito para adiantar o casamento de sua irmã, que ela temia que encorajassem um esforço de bondade muito grande para ser provável e ao mesmo tempo temera ser justo, por causa do sofrimento da obrigação, se provaram além da maior extensão serem verdadeiras! Ele os tinha seguido propositalmente até a cidade, se encarregara de toda a preocupação e mortificação relativas a tal busca; na qual a súplica teria sido necessária à uma mulher a quem ele abomina e despreza, e onde foi rebaixado a se encontrar com frequência, discutir, persuadir e finalmente subornar o homem que sempre mais quis evitar e cujo próprio nome lhe era uma punição pronunciar. Fizera tudo isso por uma garota que não podia considerar nem estimar. Seu coração sussurrava que ele fizera isso por ela. Mas era uma esperança que rapidamente foi bloqueada por outras considerações e logo sentiu que mesmo sua vaidade era insuficiente, quando exigida a confiar na afeição dele por ela – por uma mulher que sempre o recusara – quanto capaz de superar um sentimento tão natural quanto a repugnância contra um relacionamento com Wickham. Cunhado de Wickham! Todo o tipo de orgulho se revoltaria contra a ligação. Ele tinha, certamente, feito muito.

Ela se envergonhava ao pensar quanto. Mas ele dera um motivo para sua interferência, que pedia uma amplitude nada extraordinária de crença. Era razoável que ele sentisse ter agido errado; tinha a liberalidade e os meios para exercê-la; e, embora ela não se colocasse como seu principal estímulo, ela poderia, talvez, acreditar que uma inclinação remanescente poderia ajudar seus esforços numa causa onde a paz de espírito dela deveria estar materialmente interessada. Era doloroso, extremamente doloroso, saber que estavam em dívida para com uma pessoa que nunca poderia receber um retorno. Eles deviam a restauração de Lydia, o caráter dela, cada coisa, a ele. Ó! Quão vigorosamente ela se ofendia com cada desagradável sensação que sempre encorajara, cada frase insolente que já tinha dirigido a ele.

Ela fora humilhada por si mesma; mas estava orgulhosa dele. Orgulhosa porque graças à compaixão e à honra, ele fora capaz de extrair o melhor dele. Ela lia os elogios de sua tia para ele várias e várias vezes. Era bem difícil; mas a agradava. Ela estava mesmo sensível a algum prazer, embora mesclado com arrependimento, ao descobrir quão rigidamente ela e seu tio tinham sido convencidos de que a afeição e a confiança permaneciam entre Mr. Darcy e ela mesma.

O aproximar de alguém a despertou de seu lugar e de suas reflexões; e antes que pudesse chegar a um outro caminho, foi alcançada por Wickham.

"Temo que interrompo seu passeio solitário, minha querida cunhada", disse ele, enquanto se juntava a ela.

"Sim, certamente", ela respondeu com um sorriso; "mas não se segue que a interrupção seja inconveniente."

"Eu de fato lamentaria, se o fosse. Sempre fomos bons amigos; e agora, somos ainda melhores."

"Verdade. Os outros também vêm?"

"Não sei. Mrs. Bennet e Lydia estão indo na carruagem para Meryton. E então, minha querida cunhada, soube, pelo seus tios, que você realmente visitou Pemberley."

Ela respondeu afirmativamente.

"Quase a invejo pelo prazer, e ainda acredito que seria muito para mim, ou mesmo que eu o fizesse em meu caminho para Newcastle. E você viu a velha governanta, suponho? Pobre Reynolds, ela sempre foi apaixonada por mim. Mas claro que não mencionou meu nome a você."

"Sim, ela o fez."

"E o que ela disse?"

"Que você se alistou no exército e que temia que não tivesse dado certo. Em tal distância como aquela, você bem sabe, as coisas são estranhamente deturpadas."

"Certamente", ele respondeu, mordendo os lábios. Elizabeth esperava que o tivesse silenciado; mas logo depois, ele disse:

"Surpreendi-me ao ver Darcy na cidade, no mês passado. Cruzamos um pelo outro várias vezes. Não imagino o que ele podia estar fazendo lá."

"Talvez preparando seu casamento com Miss de Bourgh", disse Elizabeth. "Deve ser algo particular, para levá-lo até lá nesta época do ano."

"Sem dúvida. Você o viu enquanto esteve em Lambton? Pensei ter entendido pelos Gardiner que sim."

"Sim; ele nos apresentou à sua irmã."

"E gostou dela?"

"Muito."

"Ouvi dizer, de fato, que ela está excepcionalmente aprimorada neste um ou dois últimos anos. Quando a vi pela última vez, ela não era muito promissora. Estou feliz que tenha gostado dela. Espero que ela se dê bem."

"Ouso dizer que sim; ela superou a idade mais difícil."

"Vocês passaram pela vila de Kympton?"

"Não me lembro de termos passado."

"Falo isso porque é o legado que eu deveria ter. Um lugar muito prazeroso! Excelente Presbitério! Teria me saído muito bem, em todos os aspectos."

"Como você poderia gostar de dar sermões?"

"Extremamente bem. Teria considerado isso como parte do meu dever e o esforço logo seria nada. Ninguém deve se arrepender; mas, esteja certa, teria sido uma coisa e tanto para mim! O silêncio, o retiro de tal vida teria respondido a todas as minhas ideias de felicidade! Mas não deveria ser. Você já ouviu Darcy mencionar a circunstância, enquanto esteve em Kent?"

"Ouvi de autoridade, que julguei como boa, que lhe deixou apenas condicionalmente e à mercê do presente patrão."

"Você ouviu. Sim, há algo nisso; eu lhe contei primeiro, como você pode se lembrar."

"Ouvi, também, que houve um tempo em que fazer sermões não lhe era tão palatável quanto parece ser agora; que você realmente declarou sua decisão de nunca se ordenar e que o negócio foi combinado por estes conformes."

"Você ouviu mesmo! E isso não é totalmente sem fundamento. Você pode se lembrar do que eu lhe disse a respeito, quando primeiro falamos disso."

Estavam agora perto da porta da casa, pois ela tinha caminhado rápido para se livrar dele; e sem querer, pelo bem de sua irmã, provocá-lo, ela apenas disse como resposta, com um sorriso bem-humorado:

"Vamos, Mr. Wickham, somos irmão e irmã, você bem sabe. Não vamos discutir sobre o passado. No futuro, espero que estejamos sempre unidos."

Ela estendeu sua mão; ele a beijou com afetuosa galanteria, embora mal soubesse para onde olhar, e entraram na casa.

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