Allie encontrava-se a caminho do hotel onde sabia que eles estavam hospedados. Nervosa e irritada, a detetive e agente especial Decker acelerava. Seu cabelo estava molhado, bagunçado, ela usava ainda seu pijama e meias com o chinelo. Apesar do figurino, ela era uma mulher bonita e muito atraente.
Decker estacionou na frente do hotel. Desceu do veículo e foi na recepção. Um rapaz fumando maconha foi surpreendido. Assustado, ele escondeu seu precioso fumo enquanto ela pedia onde Oliver e Noah estavam. O rapaz com medo da mulher maluca mostrando distintivo, apenas disse o número do quarto e rezou para ela não o levar quando fosse embora.
Caminhando a passos apressados, Decker não raciocinava direito. Eram 23 da noite, estava frio e ela não tinha como saber se eles estavam, afinal ela se esqueceu de perguntar ao bobão da recepção. Abriu a porta com força, sacando a arma da roupa dizendo:
- Quem são vocês e não mintam para mim! - A detetive estava transtornada. A sua noite estava sendo uma merda.
Os dois estavam confortáveis e distraídos, foram pegos de surpresa. Noah sentado na mesa mexendo no computador e Oliver bebendo uma cerveja, assistindo televisão. Os dois se encararam, levantando as mãos. Perceberam que Allie estava de pijama, segurando uma arma. Seu cabelo ainda molhado, bagunçado e ela tinha uma cara de quem tinha chorado. Noah começou se explicando:
- Calma, baixa a arma e a gente conversa. Está tudo bem Allie.
- Para você é detetive Decker! - Gritava ela nervosa, na porta do quarto.
- Detetive, não há necessidade disso. - Começou Oliver, mas Decker nunca foi muito com a cara dele, agora então estava longe de conseguir atura-lo.
- Cala boca! Você - Ela apontou a arma para Noah - Me fala a verdade. - Mandou, engatilhando a arma.
- Somos caçadores. Somos irmãos. - Disse Noah, acelerando o processo antes que ela cometesse alguma loucura.
- Caçadores do que?
- De monstros, fantasmas, criaturas, demônios. O que for. Pegamos a coisa e matamos. - Resumiu Oliver, se levantando do sofá devagar, indo até perto de Noah.
- Isso não existe. Vocês são assassinos? - Perguntou ela em choque.
- Não, somos caçadores. De criaturas que matam e usam pessoas inocentes. Esse é nosso trabalho detetive. Você nos pegou. - Riu ele, se arrependendo em seguida, quando ela disparou sobre seu ombro.
Allie tinha muita precisão com armas, não ia atirar neles a queima roupa. Mas queria dar um susto naquele babaca. Quem ele pensa que é? Ficava enganando ela e agora ria na sua cara? O tiro o assustou, tirando seu sorriso de deboche.
- Por favor, detetive, baixe a arma. Falamos tudo que quiser. - Pediu Noah desesperado, com medo que o irmão falasse alguma besteira e ela atirasse nele de verdade.
- Certo. - Falou ela, baixando a arma. - Sentem. - Mandou, descarregando a arma engatilhada e guardando na parte das costas da calça.
Noah e Oliver contaram um pouco de tudo. Sobre serem caçadores, sobre como era árduo e complicado aquela vida. Contaram que na verdade eram de Michigan e estavam ali porque souberam do caso e achavam que fosse um lobisomem. Oliver pediu desculpa se foi grosseiro e contou que eram irmãos, apesar da diferença de idade e física. Ele era mais velho cinco anos. Então seu celular tocou e ele pediu licença, se distanciando para atender.
Conforme Noah explicava tudo a ela, a detetive foi ficando mais chocada e passou a ficar com pena dele. Eles tiveram uma vida difícil. Oliver pediu desculpas e disse que ia sair. Allie deu-lhe boa noite, enquanto Noah encarava o irmão que dizia para não o esperar.
Pegando velocidade, Oliver sentia-se animado. Morgana havia lhe ligado e com uma voz muito sensual, provocou-o dizendo que tinha lembrando-se de algo. Mas era em seu quarto e pediu para apenas ele vir. Oliver dirigiu direto para o hotel Le' Vintage.
Ao chegar na recepção, Liz, o travesti disse que a Dona o esperava no quarto 67 no sexto andar. Ele consentiu e pegou o elevador. Assim que entrou, Liz ligou para Morgana avisando sobre a chegada do agente, tal como ela lhe pediu para fazer.
Assim que Oliver chegou ao sexto andar, Morgana usava uma camisola transparente, branca de renda, só de calcinha. Seus seios grandes e fartos estavam expostos, mostrando sua excitação.
Oliver não demorou a pegar a mulher pela cintura com força, beijou-a enquanto a outra mão acariciava os seios desta. Eles foram para o quarto dela, o 67 e assim que entraram, Morgana baixou as calças dele, acariciando e deliciando-se com o membro deste. A noite estava só começando para eles.
Allie estava sentada ao lado de Noah, falando sobre sua vida e também sobre seu irmão, Finn. Sobre como eles se davam bem e na adolescência ele mudou e se afastaram. A conversa entre eles fluíam sem pressa, com certa naturalidade. Ela bebia uma garrafa de cerveja, acompanhando ele.
Ele não era alcoólatra, mas bebia uma ou duas por dia na companhia do irmão. Ele desculpou-se por ele e pelo irmão sobre terem mentido. Allie aceitou suas desculpas, mas disse para ele que Oliver teria que se esforçar. Ambos riram.
A noite estava fria lá fora, mas a conversa e companhia um do outro eram agradáveis. Conversaram sobre o caso e Noah lhe contou sobre achar que o culpado pelos crimes fosse uma criatura. Queria contar sobre o dia em que encontrou a vampira, mas achou melhor deixar para outra hora. Já era coisa demais e ele não tinha certeza se aquilo era um vampiro mesmo e se ela tinha algo haver.
- Bom, obrigado pela cerveja e pela conversa, Mas eu vou indo. - Riu ela, se espreguiçando, sentindo sono.
- Já? Não quer ficar mais? - Perguntou Noah, esquecendo que já era madrugada.
- Adoraria, principalmente porque agora nos entendemos. Mas é melhor eu ir logo. Está tarde e amanhã tem muito trabalho esperando por nós. Vocês ainda vão a delegacia.
- Sim. Se não for problema para você, gostaríamos de continuar sendo os detetives e não irmãos caçadores. - Riu ele, sentindo que ela entenderia.
- Acho melhor mesmo. Bom, até amanhã, parceiro. - Disse ela, levantando da mesa.
- Até, Detetive Decker. - Sorriu de canto, dando um beijo em sua bochecha, meio sem jeito depois de fazê-lo.
- Bem, até. - Respondeu ela corando, saindo logo do quarto.
Conforme Allie entrava no carro e ligava esse, Noah estava na porta, escorado, a observando. Aqueles olhos, aquele corpo músculo e jeitinho de sorrir. Allie se sentia quente lembrando-se da sensação da boca dele em sua bochecha. Ninguém fazia isso. Todos a cumprimentavam com um aceno de cabeça ou no máximo um aperto de mão. Mas ela tentou esquecer isso e focar no que importava. Ela tinha resolvido as diferenças com eles. Agora ela sabia a verdade. Sentia que podia passar a confiar neles. Ao chegar em casa, trancou o carro e entrou em casa. Trancou a porta e se jogou na cama, dormindo em seguida, sem sonhar com nada, finalmente descansando.
Deitado na cama do hotel barato, Noah estava usando sua calça de moletom e camiseta de maga comprida. Ele passava a mão nos cabelos na altura do pescoço, pensando em Allie. Ele a achava incrível e perigosa. Ele achou mal da parte dela tentar atingir Oliver, mas achava que era só um susto mesmo.
Ela não o machucaria, mesmo sendo Oliver. Sentia-se bem por apesar de tudo, ela saber a verdade sobre eles. Era bom ser quem realmente é. Ele riu, lembrando que ela estava descabelada e de pijama na porta do quarto. (Ela é doidinha de pedra.) Riu pensando em Allie e pegando no sono.
Só dali duas horas após Noah dormir que Oliver e Morgana acabaram com sua diversão. Estavam nus, ofegantes e jogados na cama king size dela. Ela o beijou, evitando morde-lo.
Sua marca de caçador no peito foi o suficiente para deixa-la em alerta, mas ela ficou com ele. Fazer o que se ela o achava atraente e gostava do perigo? Oliver dormiu logo depois que terminaram e ela demorou um pouco mais.
Ralf não tinha gostado muito da ideia quando ela lhe contou que iria seduzir o bonitão e transar com ele. Mas ela sabia e deixava sempre claro, que eles não eram mais do que amantes. Ele podia ter relações sexuais com quem quisesse, mas só podia amar a ela. Ralf sempre aceitou, mas de um tempo para cá andava mais possessivo. Dormiu pensando que talvez o problema com os caçadores estivessem resolvidos. Mas o que ela não sabia, era que só tinha começado.