Hall of Fame ✅

By ohlulis

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Sky Howard gostava dos flashes, tapetes vermelhos e de estampar capas de revistas. Em uma cidade que vive pel... More

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Prólogo
1. Backstage
2. Front Row
3. All of the lights
4. Stay
5. Broken Family Portrait
5.1. New Affair?
6. Safe Inside
7. Stole the Show
8. Shame on Me
9. Sky Full of Stars
10. Hold Me Close
10.1 Things they said about her
11. Fire Breather
13. Quelqu'un m'a dit
14. Mess
15. Eyes for You
16. I'll be a storm
17. Masks
18. Memories on the Ground
19. Heal
19.1. Rumors
20. And you say that it's hard
21. You're Somebody Else
22. Forgiveness
23. Sirens
23.1. Picture Perfect
24. Bridges
25. The Last Fall
25.1. Dear Benjamin,
26. Empire
26.1 And I was like 'why you're so obsessed with me?'
27. With The Lights Out
Epílogo: Curtains Down
extra: happily ever after

12. Won't You Stay?

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By ohlulis


Skylar Howard precisou de duas tentativas para acertar a senha que liberava a porta do elevador para o vigésimo nono andar do luxuoso prédio no Upper East Side. Ben tinha dado a combinação de números para ela duas semanas antes — não por celular obviamente, hackers estavam atacando o celular dos famosos em Nova Iorque — para que ela tivesse livre acesso para seu apartamento.

E se anos antes uma cópia da chave de casa significava um passo grande nos relacionamentos, a combinação de números que Sky tinha ganhado significava a mesma coisa.

Retirou os óculos escuros do rosto assim que pisou no mármore do apartamento — porque já era de noite — e a echarpe que rodeava seu pescoço — porque não estava frio o suficiente para ela ser usada —, jogando tudo dentro da bolsa que carregava embaixo do braço.

Usava aquele disfarce para entrar no prédio de Ben sem ser reconhecida, já que sempre havia um paparazzi de serviço perto da portaria ou no Starbucks a sua frente por aquele ser um dos edifícios mais luxuosos de Nova Iorque e eles não queriam estampar nenhuma revista no dia seguinte.

Ela andava com pressa dentro da apartamento, checando o horário no seu celular mais uma vez para se certificar que não era tarde demais e que Ben não tinha a deixado para trás depois de convidá-la para ver uma peça teatral na Broadway.

Tinha que assumir que ele estava certo quando disse que ela sempre estava atrasada para tudo, mas iria culpar o trânsito da cidade e a visita inesperada de Mika a seu apartamento se precisasse explicar isso à Ben ou se os dois acabassem perdendo o horário do musical.

Não esperava, porém, que a cena que ela iria encontrar na sala pintada em tons claros certamente se tornaria uma das mais fofas da história.

Ben não a viu de primeira, já que o sofá ficava de costas para a porta de metal do elevador que Sky tinha acabado de sair. Mas ela conseguia ver suas costas e parte do seu perfil, enquanto ele parecia concentrado e focado no que fazia como se aquilo custasse a sua vida.

Ao seu lado no sofá, Skylar conseguia ver outra visitante no apartamento, que vestia uma meia-calça escura e um vestido cinza de tricô que a mantia aquecida da frente fria que tinha visitado a cidade no mês de julho. Uma parte dos seus cabelos loiros estavam caídos em suas costas, enquanto a outra metade estava nas mãos de Ben enquanto ele brigava com uma escova e com um elástico preto.

A pequena foi a primeira a notar a presença de Sky, acenando simpaticamente para a mulher que estava atrás de si, fazendo com que Ben seguisse seu olhar e sorrisse envergonhado em sua direção assim que colocara os olhos nela.

— Eu espero que eu não tenha chegado tão tarde — Sky murmurou assim que percebeu que tinha a atenção de Ben, caminhando até que estivesse parada em sua frente. — Nós perdemos a hora da peça?

Benjamin soltou os cabelos de Penélope, recebendo um olhar fuzilante da pequena que fez com que Skylar desse risada e tivesse vontade de apertar as bochechas rosadas dela.

— Se a peça fosse realmente de sete horas, teríamos perdido — Benjamin falou, levantando-se do sofá e ficando de frente a Sky. — Mas eu aprendi a deixar um pequeno tempo de folga toda vez que vou marcar algo com você.

A loira quase se sentiu ofendida, rolando os olhos e empurrando-o levemente pelo ombro antes que o homem sorrisse em sua direção.

Daquela vez, Ben estava certo. Ela precisava confessar que odiava o fato da pontualidade britânica ser algo completamente inerente ao homem e que em quase três meses juntos, ele nunca tivesse se atrasado uma vez sequer.

Nenhuma mísera vez para que ela pudesse apontar o dedo em sua direção e dizer que ela não era a única que marcava horários que não podia cumprir ou que demorava mais tempo que o normal para tomar um banho ou para escolher uma roupa.

Ou um sapato.

— Não fique chateada, nós iríamos mesmo perder a hora se eu não tivesse feito isso — Ben continuou, checando o relógio em seu pulso antes de voltar os olhos azuis para ela. — E eu quero que você conheça alguém.

A atenção de Skylar voltou a pequena loirinha sentada no sofá, balançando suas pernas inquietamente já que ela estava bem longe de alcançar o chão. Ben também se virou em direção a ela, descansando as mãos nas costas da mulher ao seu lado antes de voltar a falar.

— P, você se lembra que eu disse que você conheceria uma pessoa importante hoje? — Ben falou, vendo-a assentir antes de direcionar toda a atenção para Skylar. — Essa é a Sky, e ela vai com a gente ver a peça hoje.

Sky como o céu?* — a pequena questionou, vendo a mulher assentir com um grande sorriso no rosto. — Você tem um nome bonito, auntie Sky. Eu sou Penelope Elle Marlowe, mas você pode me chamar de Penny, como todos meus amigos e minha família me chamam.

A filha de Aaron e Emma, Sky pensou, se esforçando muito para não apertar aquelas bochechas vermelhas. Já tinha visto algumas fotos da pequena Marlowe pelo apartamento de Ben, mas a maioria ela tinha bem menos idade do que aparentava ter naquele momento.

Sua favorita sempre fora a do homem segurando, desajeitadamente, o pequeno bebê enrolado em uma manta amarela com o brasão da família bordado, com o sorriso mais bobo que ela já vira no rosto de Ben. Sabia, pelo tanto que ele falava de Penny, que ele era completamente louco e babão pela sobrinha, mas não esperava ter sua companhia naquela noite.

— Obrigada, Penny — agradeceu, abaixando-se para que pudesse ficar ao seu nível. — Você tem um nome bonito também e é um prazer te conhecer.

Penny sorriu em resposta, abaixando o olhar e levando a atenção para as duas fitas vermelhas que estavam em suas mãos.

— Você quer que eu te ajude com seu cabelo, Penny? — Sky questionou, vendo-a assentir diversas vezes logo em seguida.

Uncle Ben é muito ruim nisso — murmurou como se Ben não estivesse na sala, tirando um sorriso verdadeiro dos dois em sua frente. — Ele realmente tenta, mas eu acho que até o papai faz melhor que ele.

Sky olhou por cima do próprio ombro para ver a reação de Benjamin, prendendo o sorriso assim que o viu forçar uma cara de seriedade que não parecia funcionar com ela ou com Penélope.

Sentou ao lado da pequena no sofá, não tendo quase nenhuma dificuldade para pentear os cabelos loiros que terminavam em cachos que pareciam modelados antes de prendê-los com dois elásticos e cobri-los com fitas vermelhas em forma de laço.

Enquanto fazia isso, ouvia de Penélope que seus pais estavam fora da cidade e o quanto que ela gostava de Mocha, praticamente imóvel no pé do sofá. Respondia às perguntas dela, que não eram poucas, e dava risadas contidas ao vê-la falar com uma seriedade imbatível sobre o último filme da Barbie como se fosse um assunto sério.

Benjamin tinha sentado ao lado das duas, mas tinha ficado calado durante boa parte do tempo, observando-as de perto e com um sorriso muito bobo nos lábios. Sua atenção estava em Penny, mas sem perceber ele acabava levando o olhar para Sky, que parecia completamente imersa no que fazia e na conversa da pequena.

Ela estava tão bonita naquela noite que ele sabia que precisava comentar isso antes que saíssem do apartamento, mesmo que Sky sempre estivesse bem. Ben a achava linda quando os dois iam para um evento grande, mas também a achava maravilhosa quando os dois estavam debaixo do chuveiro e suas pequenas sardas que ficavam perto do seu nariz apareciam, ou como ela se parecia depois de correr seis quilômetros no Central Park em sua companhia. Sky estava linda quando acordava despenteada e ficava deslumbrante com uma das suas camisas. Ela sempre ficava espetacular nos tapetes vermelhos, mas brilhava quando os dois dividiam o mesmo sofá em um domingo preguiçoso que nenhum dos dois tinha se atrevido a deixar o lugar pela água gelada de um banho.

Ben conseguia entender, nem precisar pensar muito, porque as câmeras gostavam tanto dela.

Ele gostava também.

— ... e eu fico muito feliz que você vai com a gente hoje, auntie Sky — Penny falou, chamando a atenção de Ben de volta a ela. — Porque da última vez que uncle Ben me levou ao teatro, ele dormiu durante toda a peça.

A frase fez com que Skylar desse risada, levando o olhar para Benjamin e sentindo suas bochechas corarem assim que viu que ele a observava sem discrição.

Era até engraçado pensar que as mil câmeras apontadas em sua direção não a intimidavam, mas não conseguia controlar seus batimentos cardíacos e a bagunça no seu estômago que acontecia sempre que eram os olhos azuis de Benjamin que a analisava.

Custou a entender que ele fazia isso não porque ela tinha algo sujo no rosto ou algo preso no dente, mas porque ele gostava de observá-la todas as vezes que ela estava alheia ao ambiente ao seu redor. Em paz.

Toda vez que ela estava em paz.

E mesmo que Skylar repetisse mil vezes que o acontecera na inauguração que eles se conheceram tinha sido um evento isolado, Ben fez de sua missão própria garantir que ela sempre estivesse em paz.

Que ela voltasse a frequentar o ioga, fosse às consultas da psicóloga mesmo que tivesse demorado a contar sobre isso para ele e que passasse a não se cobrar tanto de si mesma.

Estava tudo bem se ela não fosse à um evento quando estivesse muito cansada. Estava tudo bem se ela não tivesse um dia bom e estava tudo bem se ela não fosse perfeita para as pessoas que esperavam isso dela.

Mas não estava tudo bem se ela não estivesse bem consigo mesma.

Era um processo que levaria mais tempo que o que eles tinham juntos, mas que Sky sabia que estava funcionando pelos seus ombros relaxados e pela tranquilidade que ela tinha ao colocar sua cabeça no travesseiro sem se preocupar tanto com os esqueletos que estavam escondidos em seu armário ou com a semana seguinte.

Ela estava criando seu próprio ponto de paz. Dentro de si mesma e não em uma outra pessoa, mas aceitando visitas frequentes de Benjamin sem limitar um tempo para que ele ficasse.

Apenas queria que ele ficasse.

E que ele quisesse ficar.

— Papai diz que ele trabalha demais e não dorme a noite, então eu não o acordei — Penny continuou a falar, levando os olhos azuis para Ben. — Mas ele não sabia nenhuma música depois do final da apresentação. Você vai cantar as músicas comigo, auntie Sky?

Sky odiava sua voz e jurava que ela não servia nem para apresentações de chuveiro, mas sorriu e assentiu assim que olhou para os olhos azuis mais pedintes que ela já tinha visto na vida.

Devia ser algo de família. Genética, ou como fosse que os estudiosos explicassem o fato dela não ter forças para negar um pedido de qualquer um de Ben e de Penny.

— Se você me ensinar as letras... — sugeriu, vendo Penny assentir animada antes de se levantar do sofá em um pulo. — Eu posso tentar.

— Feito! Nós podemos ir agora, uncle Ben?

Benjamin assentiu, levantando do sofá e esperando que Skylar fizesse o mesmo, deixando que Penny saísse na frente dos dois e os deixasse a só por um instante se não fosse por Mocha e por toda a cidade visível pelo vidro que garantia uma visão panorâmica da cidade.

Sky levou o olhar até Benjamin, sorrindo levemente ao ver o semblante sonolento do homem. A barba, que parecia sempre por fazer, parecia implorar para que ela levasse suas mãos até ali e a blusa de botão pedia para ela traçasse um caminho por ali com seus dedos.

Ele conseguia manter o título de homem mais charmoso do mundo até vestindo apenas uma blusa branca e uma calça de moletom, e ela já tinha chegado a conclusão que não havia concorrentes a altura assim e muito menos quando ele optava por uma camisa de botões que imploravam para que ela os desabotoasse.

— Você está linda — Ben murmurou próximo ao seu ouvido, deixando um beijo carinhoso em sua bochecha. — Linda.

Repetiu antes de colocar as duas mãos em sua cintura, juntando seu lábios com calma por tempo o suficiente para querer passar o resto da noite tirando o seu batom.

— Obrigada — Sky agradeceu em um sussurro, posicionando ambas as suas mão no rosto dele, acariciando sua bochecha com um dos seus polegares. — Você não me disse que teríamos companhia.

Benjamin sorriu como uma criança que tinha sido pega no flagra, dando de ombros.

— Eu queria que você conhecesse ela — explicou, escondendo as mãos nos bolsos da calça. — Eu não sou a pessoa mais aberta do mundo mas, Sky... Eu quero você na minha vida.

Ele não saberia explicar onde encontrou coragem para falar aquilo para ela, mas não o arrependeu quando o fez.

Era isso e talvez Sky precisasse saber.

Mesmo sem colocar em palavras, sabia que era um pedido silencioso muito grande o que ele fazia a ela sempre que os dois optavam por restaurantes escondidos pelo Brooklyn e chegar separados a eventos que os dois iriam comparecer.

Sabia que essa não era a vida que ela era acostumada a viver, mas que era a realidade que ela precisaria se acostumar por estar do lado de um homem que odiava os holofotes mas que vivia sob eles.

E tinha passado tempo suficiente junto a Sky para saber que eles não estavam juntos porque ela aquecia sua cama, o fazia rir quando os problemas do trabalho pareciam ser grandes demais ou seus dramas familiares tomavam proporções enormes.

Eles estavam juntos porque ele gostava dela. Da sua companhia, de ouvir sua voz no final do dia, de estar junto a ela quando as coisas davam muito certo ou catastroficamente erradas. Do cheiro da sua pele após o banho, do barulho estranho que ela fazia ao se espreguiçar pela manhã, do talento que ela tinha com crianças, da adoração que ela tinha por Mocha e do desgosto que ela tinha por café.

Ele gostava dela. E queria que ela conhecesse sua família, seus amigos e, em algum tempo, seus segredos.

Queria ela em sua vida.

Era definitivo.

— Eu quero você na minha vida também — Sky respondeu depois de algum tempo em silêncio, olhando no fundo dos olhos azuis de Ben antes de fechar os seus, deixando que seus narizes se tocassem. — Eu realmente quero.

Sky deixou que suas mãos descessem até o pescoço de Benjamin, juntando seus corpos no momento que ele juntou seus lábios.

Ela sentiu a adrenalina correr pelo seu sangue, o arrepio percorrer seus braços e as borboletas bagunçarem seu estômago exatamente como a primeira vez que eles fizeram isso.

Mas, junto a todas as coisas que sentia em seu corpo, ela também conseguiu sentir confiança e sinceridade nas palavras de Benjamin e verdade por trás de seus gestos que não precisavam ser traduzidos pelo alfabeto.

Ele a queria em sua vida porque gostava dela.

E ela o queria pelo mesmo motivo.

Por um momento, ambos desejaram que aquele momento fosse eterno, gravado na mente dos dois que não era tão boa quanto a memória de um celular de alta tecnologia, mas que seria suficiente para nunca deixá-la desbotar e perder a cor no meio de tantas outras memórias que guardavam.

Mas sabiam que precisavam se separar quando o som do elevador chegando ao andar foi escutado e a voz de Penny, mesmo que de longe, se fez audível, chamando pelos dois que a levariam até a Broadway.

Então eles deixaram a bolha que tinham criado sem muito esforço, mas mantiveram as mãos juntas ou as pontas dos dedos se tocando apenas que o outro soubesse que eles estavam ali.

E que estava tudo bem se ele continuasse a se apaixonar por ela, mesmo que isso fosse contra tudo o que ele acreditava até aquele momento.

Porque ela se sentia da mesma forma.


"Sky como o céu?*": Para quem não sabe, 'Sky' é céu em inglês, então a Penny faz esse trocadilho que faria mais sentido em inglês.

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