The Tiny Dancer

By BrigssBends

1.2M 82.5K 98.8K

TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo: Perturbação mental caracterizada por obsessões e compulsões. Obsessõe... More

Despertar
Quem sabe dá certo
Acredite em si mesma
Seja bem vinda
Garota Linda
O Rock do Crocodilo
Para Ela Dançar
Deixe Levar
Você Balançou Meu Mundo
Enamorada
Café Louis
Dra. Demi, Conselheira Amorosa
Happy Halloween I
Happy Halloween II
Pequenas vitórias
Te conhecer melhor
Sem chuva
Esperando por você
Era uma vez eu podia me controlar
Não entendo a maldade
Feliz Navidad
Aishiteru
Miami
Oceans
Tudo novo de novo
Encontrando paz
O Homem Foguete
Canta para eu dormir?
Surpresas Boas
O Amor sempre vai te encontrar
Os bons, os maus e os feios
Começando
Progressos
Virando o jogo
Entre anjos e demônios
Alguém me disse
Do outro lado do rio
O amor é bem mais
A vida é boa
Novas perspectivas
Sea Fuerte
Amor é tudo que conhecemos
Perseguindo Carros
Queridos Amigos
Presentes
Eu encontrei o amor I
Eu encontrei o amor II
The Tiny Dancer
Epílogo I
Epílogo II

Cuide bem do seu amor

29.4K 1.8K 2K
By BrigssBends

Oiê povos! Tudo bonzinho? Espero que sim.
Estou muito feliz que minha historínea chegou a quase 11k de visualizações e 1,3k de votos!

Não imaginava nunca que chegaria a isso, afinal eu sou uma merda pra divulgar minhas histórias, vou postando e seja o que Deus quiser 😁😁😁

Mas tô muito feliz mesmo que tem tanta gente gostando.
Sem mais pantim, segue o capítulo. Besitos, amo vocês! Obrigada por tudo! 😘😘😘
_______________________________________

Narrador

Normani ficou em casa no domingo para poder cuidar do Christopher, seus pais saíram e arrastaram Nina para ir com eles, um dia antes da prova que poderia definir seu futuro, a menina estava tensa e não conseguia largar os livros, mesmo não conseguindo assimilar mais nada, seu cérebro estava exausto.

Derick a chamou para comer uma pizza, orgulhoso por poder pagar por ela com o dinheiro do seu emprego no mercadinho, Doc não fez objeções em aceita-lo, visto que Normani sempre foi um ótima funcionária, e jamais indicaria alguém que não fosse, ainda por cima o pai dela. Mani não foi com Chris porque Lauren pediu que ela não saísse com o menino, estava com um pressentimento, e sua amiga atendeu seu pedido.

Contudo, Mani não se importava com isso, estava feliz em poder ajudar Lauren a progredir no seu desenvolvimento, ela saiu duas vezes por vontade própria, e isso enchia o coração da moça negra de alegria, tudo graças a Camila, Normani não tinha palavras para agradecer à bailarina o bem que estava fazendo à sua amiga. Mas Camila não queria agradecimentos ou algo assim por estar com Lauren, a pianista a fazia se sentir a mulher mais feliz do mundo, a amava e recebia amor, e isso era suficiente para ela.

A moça negra estava feliz em poder passar o dia com Chris, vendo desenhos, comendo bobagens e brincando com o pequeno, só não esperava a ligação de Dinah Jane perguntando o que ela iria fazer nesse dia, e esperava menos ainda que a loira fosse até sua casa para tomar conta do menino junto com ela.

Normani sabia, não conseguiu se enganar por muito tempo, ela havia se apaixonado por DJ, e isso era novo, assustador e ao mesmo tempo magnífico para ela, nunca sentiu-se atraída por mulher alguma, mas pensando bem sobre o sentimento que acabara de admitir para si mesma, nunca foi tão forte quanto qualquer outro sentimento que já teve por alguém, talvez só agora tenha descoberto o que era paixão de verdade, não tinha certeza, mas no fim das contas não era tão importante, ela só queria viver isso, da melhor forma possível.

Passar os dias com Dinah era incrível, mais ainda quando as duas podiam trocar beijos intensos e cada vez mais deliciosos, mas não foram tão intensas na presença do Chris, preferiram dar atenção ao menino, e no final do dia, quando os três foram para a casa de Lauren, e também quando Normani ficou chocada ao descobrir mais sobre Clara Jauregui e tudo que essa mulher fez à sua amiga, Mani pôde contar com o apoio de DJ.

Ela se sentiu tão mal por Lauren, pensar que passou por tudo aquilo quando ainda era uma menina de dez anos de idade, não era para se surpreender que uma das principais causas dos problemas da amiga fosse esse episódio triste em sua vida, mas novamente Camila estava lá para ela, e se para a bailarina não era necessário agradecer por todo esse amor e carinho, Normani agradeceria a Deus por ter colocado essa moça incrível no caminho de Laur. Depois Dinah a levou para casa e as duas se despediram apenas com beijos nas bochechas, pois sua família já havia chegado.

Mani ainda não sabia como contar para sua família o que estava havendo entre ela e DJ, mas tinham tempo, não era como se fossem se casar amanhã ou ter um filho juntas, até porque a segunda opção só aconteceria se muito bem planejada, e as duas estavam apenas se curtinho ainda, deixando rolar.

Na segunda feira Nina e sua família acordou cedo, Derick foi trabalhar e Andrea acompanhar a filha até o local onde realizaria a prova para conseguir a bolsa integral em Stanford, Mani não quis ir, estava nervosa demais e teve medo de transmitir isso à sua irmã, preferiu ficar em casa rezando e pedindo para que tudo desse certo, ela não era tão religiosa, mas rezar a acalmava às vezes. Seu telefone tocou enquanto terminava de acender uma vela, a pedido e sua mãe, para São Tomás de Aquino, protetor dos estudantes e universitários.

- Oi Didi! – Ela sorriu de orelha a orelha ao atender.

Oi linda, e aí como você está? Nervosa?

- Muito Di, eu nem fui com elas, fiquei com medo de deixar a Nina ainda mais nervosa que eu. – Mani suspirou ao sentar-se na cama.

Eu imagino, isso é muito importante para vocês. E como está a Nina? – Ela perguntou compreensiva.

- Tentando disfarçar, mas eu sei que por dentro está uma pilha de nervos. – A voz de Normani ficou um pouco trêmula.

Não fica assim minha linda, vai dar tudo certo para ela, você vai ver.

D, vem ficar aqui comigo, eu tô muito agoniada... – Mani fez uma voz dengosa, mas não era necessário, Dinah já iria oferecer de qualquer forma, só que gostou demais de ouvir a Normani pedindo com tanto carinho pela sua presença.

Own no Deus, pedindo assim eu vou correndo! – DJ brincou provocando uma risada mais leve em Normani.

- Vem mesmo, agora! – Ela disse de forma autoritária, mas em tom de brincadeira, o que fez DJ gargalhar.

Vou tomar banho correndo e vou! Até mais, te adoro! – E mandou beijos pelo telefone.

- Eu também te adoro D, não demora. – Normani desligou o telefone e suspirou profundamente, sua expressão era leve e apaixonada.

E ela não demorou mesmo, talvez numa segunda feira o trânsito em direção ao centro da cidade fosse um tanto caótico, mas o caminho contrário era muito mais livre, e pouco mais de meia hora depois DJ já estava na frente da porta de Normani esperando que a moça a abrisse.

- Di! – Ela agarrou o pescoço da loira assim que a viu, e Dinah não teve tempo de cumprimentar, pois a moça lhe deu um beijo de língua intenso, a fazendo gemer surpresa, o que não demorou muito, pois logo envolveu a cintura de Normani em seus braços e retribuiu o beijo de forma ainda mais avassaladora.

- Uou... – Dianh ria ofegante e Mani da mesma forma. – Eu... Trouxe algo pra você. – E pegou a sacola no chão, ela havia deixado cair pela intensidade com Mani a recebeu.

- Obrigada, o que é? – Mani a puxou para dentro e fechou a porta.

- Uma coisinha pra te deixar mais feliz, e quem sabe mais calma. – E abriu a sacola mostrando uma linda caixinha de chocolates.

- Ai, obrigada Di, eu estou precisando, mas... – Mani pegou a sacola e mordeu o lábio inferior nervosa. – Só de você estar aqui já me deixa feliz e muito mais calma. – Dinah não resistiu e beijou a moça mais uma vez.

- Eu também estou muito feliz com você linda... – DJ beijou o pescoço de Normani fazendo a moça se arrepiar inteira.

- Vem, eu fiz café e uns biscoitos pra você. – Mani a puxou pela mão em direção à cozinha com um sorriso nervoso.

- Fez biscoitos em meia hora?! – Dinah se surpreendeu ao sentar-se na cadeira.

- Eu já tinha feito a massa, estava na geladeira, só cortei com as forminhas e assei. – Normani pegou a pequena bandeja de biscoitos e seus olhos se arregalaram com o que viu.

- O que foi Mani? Queimou? – DJ sorriu com o cenho franzido.

- N-não, é que...

- Deixa eu ver. – DJ pegou a bandeja e riu admirando Normani corar violentamente. Apesar de ter forminhas de vários tipos, noventa por cento dos biscoitos tinham formato de coração. – Iti coisa mais fofa de DJ! – Dinah riu e levantou para fazer cócegas na moça.

- Não, pare sua chata! – Mani ria tentando fazer com que Dinah parasse.

- Você é linda... – DJ parou as cócegas e a beijou delicadamente.

- Você também é... – Mani disse tímida. – Vem, vamos comer antes que esfriem.

Elas comeram os biscoitos, o chocolate e tomaram café entre risadas, beijos e carinhos, e isso ajudou Normani a ficar mais calma e esquecer um pouco o nervosismo por conta da prova de Nina, mas Mani sentia que ainda podia querer mais de DJ, ela não sabia bem, mas o beijos estavam começando a deixá-la inquieta e com o sentimento de que faltava algo, que podia ir além.

- Dinah... – Mani a olhou um pouco mais séria depois de mais um beijão daqueles, estava sentada no colo da loira e o sentimento de querer mais a inquietava.

- Que foi? – a outra ainda estava área por conta do beijo.

- V-vamos pro meu quarto. – Ela pediu tímida, não sabia bem em que isso iria dar, mas tinha uma ideia.

- Você... – Dinah franziu o cenho, mas logo sua expressão se tornou leve. – Vamos. – E as duas mulheres caminharam de mãos dadas até o cômodo, Mani na frente, ainda trêmula, mas Dinah segurava em sua mão com firmeza e isso lhe passava mais confiança.

S.M.: Girls like girls - Hayley Kiyoko

Normani trancou a porta e ficou alguns segundos segurando a maçaneta, de cabeça baixa e de costas para Dinah, respirando fundo, mas então sentiu um toque sutil em sua cintura, a mão de DJ deslizou suavemente pelo seu abdômen e a puxou com delicadeza para perto do seu corpo, depositando beijos em sua nuca.

- Dinah... – Ela suspirou fechando os olhos, ainda estava insegura, mas aquela boca em seu pescoço era um verdadeiro pecado.

- Está nervosa, eu entendo, mas saiba que eu não vou fazer nada que não queira. – DJ a virou de frente para ela lhe deu um beijo casto no canto dos lábios.

- Não é que eu não queira, é só...

- Porque nunca esteve com uma mulher antes? – Dinah sorriu e beijou a bochecha da moça em seus braços.

- Oh não! Não é por isso também! – Mani riu e Dinah franziu as sobrancelhas. – É que... Eu estou nervosa, porque... Eu... Eu estou muito apaixonada por você Di. – Ela completou nervosa e Dinah ficou boquiaberta, mas muito, muito feliz de ouvir isso da boca de Normani, assim com todas as letras.

- Mas então...

- Eu estou apaixonada por você, e eu tenho medo de você não gostar e...

- Shiiii... – Dinah a calou com um beijo. – Eu tenho certeza de que será incrível, porque eu também estou muito apaixonada por você Mani, só temos que deixar levar e será maravilhoso. – Normani não poderia se sentir mais feliz e confiante depois de ouvir aquilo, Dinah se sentia da mesma forma, ela quase pulou de alegria, mas em vez disso beijou DJ apaixonadamente já a empurrando em direção à cama.

Mani a fez sentar no colchão e subiu em seu colo de frente a beijando, DJ imediatamente segurou a cintura da negra e desceu suas mãos lentamente pela lombar, logo alcançando sua bunda e dando um belo aperto ali, Normani gemeu entre o beijo, não era como se Dinah nunca tivesse lhe tocado nessa região, mas ter conhecimento do que estavam prestes a fazer só tornava tudo mais excitante.

Não demorou muito, Mani já começou a pensar que estavam com roupas demais, e levou as mãos de DJ até a barra de sua blusa, a loira entendeu no mesmo instante e puxou a peça para cima lentamente, aproveitando para deslizar as mãos e acariciar a pele de chocolate, tão quente e lisinha sob seus dedos, e o sutiã branco de Normani a fizeram salivar, DJ não tinha vergonha de admitir isso. 

- Você é tão linda... – DJ ofegou e beijou o abdômen da moça em seu colo, que suspirou profundamente fechando os olhos, e apertou as braços da loira com força. Dinah passou a distribuir beijos quentes na barriga de Normani.

- Dinah... – Ela ofegou e iniciou um rebolado lento e sensual no colo da outra, ela não aguentava mais, precisar aplacar seu tesão de algum modo, e esse foi o que os seus quadris encontraram.

DJ sentiu uma leve pontada em seu centro com aquela mulher maravilhosa, pela qual estava tão apaixonada, rebolando em seu colo, então parou seus beijos e levou as mãos até o fecho do sutiã da moça, olhando em seus olhos como se pedisse permissão, como resposta Normani a beijou e DJ retirou a peça de roupa, respirando fundo ao se deparar os belíssimos seios fartos de Mani.

- Nossa... – Ela disse quase sem perceber e Normani ficou um pouco tímida, mas pegou uma das mãos de DJ a levando até seu seio esquerdo, queria saber a sensação de ser tocada por Dinah ali, e não podia ser diferente, era uma das melhores possíveis, mas o que a loira fez em seguida a fez tombar a cabeça para trás sorrindo em satisfação. Dinah chupou seu seio direito enquanto massageava o esquerdo, extremamente delicioso, Mani pensava, contudo ela queria muito mais e iria até o fim. 

Então enquanto a loira lhe proporcionava aquele breve prazer, Normani puxava a blusa de DJ afobada, dando a entender que queria que ela a tirasse, puxando com os dedos do jeito que conseguia, Dinah num movimento rápido se livrou da blusa e continuou chupando os seios de Mani, lambendo os mamilos e prendendo-os entre os lábios.

- Humm... – Mani choramingou amando aquelas sensações e começou a desabotoar seus shorts, ela queria tira-lo, queria sentir a pele quente de Dinah a contra a sua. Compreendendo as ações da moça Dinah a fez levantar uns instantes e também se ergueu da cama, então lentamente, e distribuindo beijos pelas pernas torneadas, a loira foi descendo os shorts dela, revelando sua delicada calcinha branca, como Normani era linda... Meu Deus, como é linda! Dinah estava quase anestesiada de tanto desejo, por isso desabotoou sua calça se livrando dela rapidamente, e sentando na cama fazendo com que Mani sentasse em seu colo novamente.

- Tira... Tira o sutiã também... – Mani pediu ofegante e Dinah prontamente obedeceu. Pele com pele, quentes, trêmulas, se arrepiando a cada instante. Normani rebolava segurando os cabelos de DJ, para que ela não parasse de chupar seus seios.

- Eu vou te fazer um carinho bem gostoso. – DJ falou encostando os dedos de leve sobre a calcinha encharcada de Normani, a moça gemeu, já estava sensível demais, e foi o que Dinah precisou para afastar a calcinha de Mani e deslizar seus dedos sobre o clitóris rijo e quente da outra.

- Oooh! Dinah! – Ela segurou os ombros da loira com força e rebolou sobre seus dedos, sua cabeça dava voltas e mais voltas, ela não imaginou que ficaria tão entregue, tão perdida pelas carícias de DJ, mas estava amando se sentir assim.

Mani sentiu seu sexo se contraindo, suas pernas tremiam absurdamente e ela não conseguiu falar qualquer coisa com coerência nesse momento, mas fez uma expressão extremamente aborrecida quando a loira parou.

- Vem, deita... – Dinah as virou deitando na cama e ficando por cima dela, a beijou deliciosamente enquanto sua mão voltou a trabalhar no sexo da outra, e sem que Mani percebesse, com uma habilidade incrível, já havia tirado as calcinhas das duas.

- Aah... – Normani arfou quando DJ soltou seus lábios e distribuiu beijos quentes pelo seu corpo, beijos nos seios, na barriga, no ventre, Mani sentia que iria explodir de tanto tesão a qualquer momento. – DJ por favor... – Ela pediu segurando os cabelos da loira, que não a deixou esperando nem mais um segundo, lambeu sua intimidade de cima a baixo e chupou seu clitóris com vontade. – Oooh... – ela quase gritou, e sorriu adorando cada chupada, cada lambida em seu sexo.

- Isso, rebola pra mim por favor linda... – Dinah pediu com uma expressão de tesão tão intensa que Normani tremeu olhando para ela, mas fez o que a loira pediu e foi como se flutuasse em cima daquela cama, suas pernas inquietas, seus pés se contorcendo, os quadris que ganharam vida própria, e DJ não parava, ela continuava chupando, lambendo, fazendo Normani gemer e arfar, sons maravilhosos aos seus ouvidos.

- Oh, eu vou... – Mani se contorcia inteira agora, então DJ introduziu dois dedos em seu canal, e se masturbou enquanto ainda chupava o clitóris e estocava fundo o sexo de Normani. – Oh DJ, porra! – Ela prendeu o lençol em seus dedos e rebolou uma última vez, até ser jogada num imenso mar de prazer, Dinah gozou logo em seguida, gemendo no sexo de Normani e causando um segundo orgasmo na moça negra.

Aos poucos Dinah foi engatinhando na cama para deitar ao lado de Normani, ela estava cansada, havia gozado forte também, e dedicar tudo de si para dar um orgasmo longo e gostoso a Mani tinha consumido um pouco suas energias, mas fez um esforço para aninhar a outra em seus braços compridos.

- Hum... – Mani ronronou manhosa como uma gatinha e abraçou Dinah se aconchegando em seu corpo nu, ainda quente e com um cheiro delicioso de sexo. As duas continuaram caladas, apenas fazendo carinho, acariciando a pele uma da outra.

- Mani...

- Oi... – Ela encostou o queixo no colo de DJ e lhe roubou um selinho.

- Eu imaginava que você fosse gostosa, mas porra... – Dinah sorriu passando as mãos nos cabelos, Mani corou, mas gostou muito do comentário.

- E... Você foi incrível... Meu Deus, eu achei que fosse desmaiar! – Ela riu e DJ lhe deu um beijo carinhoso.

- Foi bom demais, mas... – Dinah torceu a boca pensativa e a expressão de Mani se tornou preocupada. – Eu vou ter a maior dificuldade do mundo em me segurar perto de você agora! – e as duas gargalharam alto.

- Quer tomar um banho?

- Só se você vir junto. – Dinah balançou as sobrancelhas fazendo Mani rir.

- Só vai ter isso na sua cabecinha agora é? – Ela implicou empurrando DJ pra longe, mas riu como uma menina nos braços da loira quando ela a envolveu num abraço e mordeu seu pescoço de leve fazendo cócegas. As duas se beijaram e Mani lhe deu alguns selinhos antes de voltar a falar. – Vem, toma banho comigo! – piscou safada e DJ riu. 

- Só se for agora baby!

Lauren

- Lo... – Ouvi uma doce voz ao longe, não me era estranha. – Acorda cariño... Por favor... – Era minha Camz, ela dormiu aqui, mas porque eu não conseguia abrir os olhos? – Laur... – Um beijo na minha testa, e mais um na minha têmpora, e mais um na minha bochecha... Sorri e abri os olhos finalmente, mas não completamente, minhas pálpebras estavam pesadas, aliás, meu corpo inteiro estava pesado e meu estômago doía um pouquinho, o que é isso?

- Camz... – Olhei para ela sorrindo, mas sua expressão era muito preocupada e eu franzi o cenho.

- Oi amor, que bom que você acordou... – Ela disse com a vozinha embargada e se aconchegou no meu corpo fungando discretamente.

- O que foi? P-porque está chorando anjo? – Eu tentei me mexer para fazê-la olhar para mim, mas meus movimentos eram difíceis.

- Você teve pesadelos a noite toda... – Ela levantou meu braço e pegou o que só agora notei ser um termômetro. – Ainda está com febre... – ela suspirou aflita.

- E-eu estou? – peguei na minha testa, estava realmente quente.

- Desde às quatro da manhã.

- V-você não dormiu?! – a olhei pasma.

- Eu não consegui, você chorou e teve os pesadelos, e quando vi estava com febre, não conseguiria nem se eu quisesse.

- S-sinto muito Camila, desculpe. – Já senti as lágrimas nos meus olhos e meu queixo tremeu, não queria causar tanto transtorno a ela. Eu já estava morrendo de vergonha por ter pedido totalmente o controle na frente dela ontem, e agora não deixei a pobrezinha dormir, eu sou um bagunça mesmo...

- Não meu bem, você não tem culpa de nada, eu só fiquei com medo, só isso. – Ela beijou minha testa carinhosamente. – Eu liguei para a Vero, ela disse que vem te ver, deve estar chegando já.

- Eu não queria t-te deixar triste... – ainda por cima fiz minha bichinha chorar, que droga! Eu me segurei para não chorar e ela me abraçou mais forte.

- Você nunca me deixa triste, preocupada às vezes, é verdade. – Ela sorriu de leve. – Mas só me dá alegrias, muitas, eu nunca estive tão feliz. – Ela me beijou e eu suspirei um pouquinho mais aliviada, mesmo que não lembrasse de nada dos meus pesadelos, acordei com uma sensação ruim, e cansada, muito cansada.

- Obrigada, você é sempre t-tão carinhosa e cuidadosa comigo...

- Porque eu sou louca por você. – Ela deitou ao meu lado me olhando, e eu sentia que enquanto tivesse esse olhar protetor sobre mim nada no mundo podia me fazer mal.

- Eu também, muito... – Nos beijamos durante algum tempo quando eu lembrei de algo muito importante. - C-camz, que horas são?! Eu tenho que levar o Chris para a escola!

- Desculpa, eu disse a ele que podia ficar em casa hoje. – Camila mordeu o lábio inferior com uma carinha tão linda que era impossível ficar chateada com ela. – Ele estava tão preocupado com você, então eu o coloquei pra dormir de novo e disse que assim que você acordasse eu o chamaria.

- T-tudo bem, eu acho que iria sentir muita falta d-dele hoje. – Acabei lembrando de Clara por alguns instantes e meu coração se apertou, ela não tinha o direito de me procurar, não depois de tudo, e muito menos de perguntar sobre o Christopher, porque ela o abandonou e nunca sequer me deu um telefonema para saber como ele estava.

- Eu vou fazer nosso café da manhã! – Ela sorriu e beijou minha bochecha, parecia mais aliviada em ver que eu estava pelo menos acordada e conversando, apesar de ainda estar com febre e com o corpo pesado.

- Não precisa, v-você já viu toda aquela cena, c-cuidou de mim, do meu irmão...

- Ei, eu sou sua namorada, eu amo cuidar de você... – Camz beijou meus lábios. – E te mimar, te fazer carinho... Eu disse que você ia ter que aguentar minha melação quando me pediu em namoro, então aguente! – Ela brincou me fazendo rir. Eu posso aguentar isso, pelo resto da minha vida se possível.

(🎵)

- Ok, respira bem fundo agora... – Vero pediu e eu obedeci. – Não está congestionada e sua garganta está bem, está sentindo alguma dor? – Ela perguntou guardando o estetoscópio na mala.

- Só um pouquinho de dor de cabeça... - Olhei para Chris, estava distraído com o carrinho de brinquedo que ganhou de Vero, ele estava muito preocupado comigo, mas Camila e minha amiga o tranquilizaram e para meu alívio ele estava bem agora.

- Dor nas costas?

- Não.

- Ok, então é apenas estresse emocional. – Ela sorriu levemente e Camila suspirou ao meu lado.

- Isso Camila, pode respirar aliviada agora. – Verônica sorriu para minha namorada e Camz riu mais relaxada, nos fazendo rir também.

- Parem, eu estava morrendo de medo de ter te dado o remédio errado ou algo assim, e vocês ficam aí rindo da minha cara! – Ela fez bico e eu beijei sua bochecha.

- Você cuida muito bem dessa minha amiga aqui Mila, não corria esse risco. – Vero balançou o ombro dela e Camila ruborizou.

- Mas e os exames Vero, você conseguiu marcar tudo? – Camz perguntou de repente.

- Sim, cardiologista, oftalmologista, otorrino, tudinho.

- Nossa, quem vai a esse monte de médicos? – Perguntei pasma e as duas olharam pra mim sorrindo. – O quê? Vocês n-não estão querendo que eu...

- Não tem querer Lauren, você precisa, tem que trocar esses aparelhos, ver esse coração velho aí, ver se não está precisando de óculos, fazer exames de sangue... – Vero dizia e Camz assentia, complô.

- M-mas...

- Eu sei que você tem essa superstição de não procurar doenças para não encontrá-las, e morre de medo de infeções hospitalares, mas já passou da hora de cuidar da sua saúde.

- A Verônica tem razão, e eu vou estar com você, serão só exames de rotina, nada demais, você vai poder levar seu álcool gel e quantos lencinhos umedecidos quiser, se isso te deixar mais confiante. – Camila dizia acarinhando minha bochecha.

- M-mas hospitais são m-muito... – Tentei argumentar mas não me deram chances.

- Lo, você precisa se cuidar cariño... – Camz beijou minha bochecha. – E a Vero marcou uns exames pra mim também, então eu vou estar com você.

- Eu... Eu não sinto muita vontade de s-sair de casa... – Suspirei.

- Não se preocupe, os exames estão marcados para quinta feira, até lá você pode descansar. – Verônica tocou meu joelho e eu assenti meio a contragosto.

Eu não gosto de ir ao médico, é tão trabalhoso, quer dizer, você tem que falar com o médico e fazer exames, e depois pegar os resultados, e levar de volta para o médico, então se você tiver alguma coisa ele te receita remédios, e depois de um tempo você tem que voltar lá e refazer todo esse processo para saber se os remédios deram algum resultado, isso é muito chato!

Além disso eu morro de medo de descobrir que tenho algo grave ou muito raro, que não tem tratamento, e vou morrer em alguns meses, eu preferiria muito mais não ficar sabendo se eu estivesse para bater as botas, mas sei que isso não é realmente plausível, e aparentemente não tenho muito a fazer a não ser realizar esses tais exames.

Mas eu falei sério quando disse que não estava com a menor vontade de sair de casa, eu não quero encontrar com Clara na próxima esquina, ela disse que precisava de dinheiro e sei que não vai me deixar em paz enquanto não conseguir, ela deve estar completamente sem opções para vir atrás de mim, nunca me procurou a não ser para isso, já quase me bateu na frente do Joe's quando eu tinha dezoito anos, sorte que o Joe estava lá e me defendeu.

Só que ela é minha mãe, e apesar de ainda ter muito medo dela, eu também sinto pena às vezes, porque a dependência química é uma doença, da qual ela nunca conseguiu se livrar, uma vez tentei ir atrás dela para ajudar, mas Clara simplesmente não quis me ver, mandou dizer que ela estava muito bem e que não precisava da minha piedade. Eu sabia que assim que o dinheiro dela, que eu não faço ideia de como consegue, acabasse, ela iria me procurar de novo, sempre agressiva, sempre me assustando e me afastando cada vez mais dela.

Na terça feira eu não fui trabalhar, Camila teve que ir, mas de meia em meia hora ligava ou mandava mensagem pelo aplicativo para saber como eu estava, eu passei o dia no sofá vendo desenhos, não tinha ânimo para compor ou aprimorar minhas versões do musical, Mani levou o Chris para a escola e quando acabou o ensaio foi buscá-lo e Camz veio com ela, mas infelizmente não pôde ficar muito tempo, ela e Dinah tinham uns ajustes para fazer na coreografia de Goodbye Yellow Brickroad, ela só passou para me dar uns beijos e ver como eu estava.

Na quarta-feira novamente não saí, não fui pagar minhas contas, Mani fez isso pra mim, não esperei o caminhão da lavanderia, não parei na frente do Joe’s para olhar a vitrine, não fui levar ou buscar o Chris na escola, a Vero foi, não comprei croissant. Eu me encolhi no sofá e assisti a três documentários sobre pinguins, eles são muito bonitinhos, me distraiu, já que minha dançarina não pôde estar comigo novamente.  

Ainda estava muito ocupada com a última coreografia, ela disse que queria adiantar as coisas para poder ter a quinta livre e ir ao médico comigo, um programa incrível para se fazer com a namorada, só que não, mas não estou reclamando, mesmo tendo de enfrentar a tortura de ser examinada e estudada por pessoas que eu nunca vi na vida, meu pequeno anjo estaria segurando minha mão, e isso já era suficiente para me fazer sorrir.

- Bom dia! – Camila me agarrou assim que abri a porta, ela esqueceu de tirar o sobretudo, mas não me importei muito, eu estava morrendo de saudades desse abraço. – Ai meu Deus, que saudade... – Ela dizia manhosa enquanto escondia o rosto no meu pescoço.

- B-bom dia anjo, eu também estava com muita saudade. – Suspirei sentindo o cheirinho dos cabelos dela, senti falta disso também, engraçado que ficamos apenas dois dias sem nos vermos, mas parecia muito mais tempo, acho que talvez eu possa estar ficando viciada nela. Camila me beijou afobada, acho que ela sentiu tantas saudades quanto eu.

- Hum, já está pronta, muito bem! – Ela sorriu e me deu um selinho, eu fiquei meio envergonhada, ela parecia minha mãe falando assim.

- S-sim, já está tudo pronto, o Chris foi apenas pegar a mochila dele.

- Camila! – Meu irmãozinho veio correndo e deixou a bolsa no sofá para pular nos braços dela.

- Oi meu amorzinho! Eu estava com saudades! – Ela dizia enquanto o balançava e o abraçava bem apertado.

- Eu também! – Ele ria com a vozinha meio abafada devido ao aperto. Eu sorri, eles se gostam muito mesmo.

- Mas vamos logo, que ainda temos que te deixar na escola. – ela disse tocando a ponta do narizinho dele o fazendo rir.

- Eu queria ir com vocês. – Chris fez bico.

- Mas vai s-ser chato, um monte de médicos e exames, v-você ficaria entediado. – Expliquei.

- É que eu queria ver você correr na esteira Loli, eu nunca vi você correndo, tirando aquele dia que a Camila ia atropelar a gente. – Camila riu extremamente vermelha, ela ainda tem vergonha disso, acabei rindo junto.

- Eu filmo a Lo correndo e depois te mostro. – Camila sugeriu e ele assentiu rindo. – E também posto no Instagram! – Ela completou com um sorrisinho.

- O quê?! N-não Camz, v-você não p-pode... – Os dois gargalharam. Ok, entendi, sempre caio nessas pegadinhas dela, que saco...

- Você sempre cai nessa Loli! – Chris ria da minha cara.

- Ok, vamos indo. – Camz anunciou e eu peguei o mochila do Chris no sofá, ela levou o Chris pela mão e caminhamos pelo corredor até chegar na portaria, e então senti uma leve vertigem ao lembrar da última vez em que estive aqui. – Lo, o que foi? – Camila me olhou preocupada.

- N-nada, é só que, só que eu n-não estive aqui desde... Desde... – Eu não queria que meu irmão soubesse o que aconteceu.

- Eu sei, eu entendo. – Ela se aproximou me dando um beijo suave e Christopher nos observava sem entender. – Segura minha mão cariño, vai dar tudo certo, eu prometo.

- T-tá bom. – Foi tudo que consegui dizer ao segurar a mão dela com força, fomos até o carro e meu equilíbrio não estava dos melhores, então ela andou um pouco mais devagar. As imagens do que havia acontecido invadiam minha mente sem cerimônias, me atormentando e tomando meu ar.

Lauren? – ouvi a voz de Camila um pouco longe. – Meu bem, olha pra mim, olha pra mim. – Fiz o que ela pediu. – Isso, entra no carro... – Ela abriu a porta e eu fui entrando do jeito que deu. – Assim, está indo bem... – Ela beijou minha cabeça e me pôs o cinto de segurança. – Eu vou pôr o Chris na cadeirinha está bem? – Assenti. Rapidamente ela deu a volta no carro e colocou meu irmãozinho na cadeira e nossas mochilas no banco de trás.

- Loli, você está bem? – Christopher perguntou preocupado.

- E-eu estou, eu não... – Respirei fundo. – Eu só, eu vou ficar... – Camila entrou no carro e sentou fechando a porta, ela me puxou para um abraço e eu relaxei um pouco no ombro dela.

- Isso, respira fundo meu bem, vai passar... – Ela afagava meus cabelos e esfregava minhas costas, e surpreendentemente eu fui me acalmando. Quando ela percebeu minha respiração mais leve me olhou. – Está melhor?

- Sim... – falei assentindo e ela me beijou delicada.

- Ela tá bem Camila?

- Está sim meu lindo, não fica preocupado, a Lo só estava nervosa, mas já passou.

- Que bom. – Ele suspirou. – Ainda bem que você tá aqui. – Ainda bem que ela está em toda parte Chris...

Deixamos meu irmão na escola e fomos direto para o Centro médico onde Vero trabalha, ela conseguiu marcar todos os exames lá mesmo, e não foi difícil, porque ela tem o número do meu seguro social. Assim que entramos fomos direto para o consultório dela.

- Bom dia garotas! Prontas para a maratona de exames? – Ela sorriu quando entramos em sua sala.

- A-acho que sim... – Respondi baixo.

- O que houve? – Vero franziu o cenho.

- Ela ficou ansiosa quando passamos pela portaria, sabe, onde nós encontramos... – Camila falou sem querer tocar no nome dela.

- Ah certo, eu imaginei que ficaria. – Vero nos abraçou. – Mas está se sentindo melhor?

- Sim, C-camila estava lá. – até sorri levemente. – Eu... Eu posso ir ao banheiro antes?

- Claro que pode, tem um logo ali. – Vero apontou um corredor no canto de sua sala e eu fui até lá.

Eu não estava com vontade realmente, eu só queria respirar um pouco mais fundo, e fazer algo que eu sabia que me acalmaria, mas estava com vergonha das duas, afinal eu progredi tanto nos últimos meses, fiquei com medo de ser repreendida ou algo assim, mas eu precisava, tirei o sobretudo e passei álcool gel em toda parte exposta do meu corpo, várias vezes.

Respirei fundo mais uma vez, eu estava me sentindo bem melhor e voltei para a sala muito antes do que eu esperava, só que parei no meio do caminho, elas falavam baixinho, mas percebi que era sobre mim.

- E ela não saiu mais de casa depois disso? – Ouvi a voz de Verônica.

- Não, ela passou três dias inteiros dentro do apartamento, nem na quarta feira, o dia preferido dela, como sempre diz, ela quis sair. – A voz de Camila era preocupada e eu comecei a me sentir culpada.

- Camila, eu... Vou te dizer algo, mas não quero que se assuste... A Lauren é uma pessoa muito especial, mas também é muito, muito frágil, qualquer coisa pode abalar sua estabilidade, ela te contou o que houve entre ela e a mãe.

- Sim, ela disse.

- Depois daquele dia a vida dela jamais foi a mesma, e tenho certeza de que nunca mais voltará a ser, mas eu não me importo com isso, eu a amo do jeitinho que ela é. – Vero riu, eu também te amo do jeito que você é Vero! Tremi o queixo.

- Eu não a conheci antes de ser quem ela é agora Vero, e eu só posso dizer que sou louca pela Lo do jeitinho que ela é também, sem tirar nem por. – Meus olhos se encheram de lágrimas e meu coração acelerou.

- Eu fico muito feliz em ouvir isso. A Laur é muito ingênua, não sabe nada, absolutamente nada da vida, das pessoas, Mani e eu sempre tentamos orientá-la, mas tem algumas coisas que só podemos aprender vivendo. – Ei, eu não sou ingênua! Bom... Talvez um pouco...

- Vero, eu sei que faz pouco tempo que nos conhecemos, mas eu posso te dizer com toda certeza que tenho no meu coração, eu amo a Lauren. – Meu coração veio na garganta nesse momento. – Não me assusta nem um pouco pensar num futuro com ela, pelo contrário, só me faz sentir mais feliz do que já estou, mesmo que seja difícil, eu vou enfrentar, por nós, sabe, eu... nunca amei alguém assim.

Eu também te amo Camz, muito, muito mesmo! Me segurei bravamente para não chorar, mal podia crer que consegui encontrar uma mulher como ela, já cheguei a pensar que estaria sempre só, mas Camila veio para me mostrar que eu estava errada.

Voltei a caminhar fazendo questão de anunciar minha presença, eu não queria atrapalhar a conversa das duas, me deixa muito feliz saber que minha namorada e minhas melhores amigas se dão tão bem.

- E-estou pronta! – Sorri e elas me olharam depois de desfazer o abraço. Camz veio até mim.

- Então vamos Bob Esponja! – Ela riu e me deu um selinho esfregando o nariz no meu logo em seguida. – Que cheiro de laranja. – Ela me olhou franzindo o cenho.

- Eu... É... O detergente t-tem cheiro de laranja. – Na verdade o álcool gel que eu compro tem esse cheiro, olhei de relance para Verônica e ela parecia confusa com minha afirmação, mas não perguntou nada. Então fomos, rumo aos exames, ai Deus...

(🎵)

Não Camz... – fiz birra na porta do consultório da ginecologista, já havia feito meu exame de audiometria, feito os testes para os novos aparelhos auditivos e colhido sangue, onde eu quase desmaiei, mas Camila segurou minha mão, eu também segurei a mão dela quando colheu sangue, mas não porque ela estava com medo, Camz é muito corajosa, eu que fiquei com medo por ela.

Cariño deixa de manha, vai ser rápido. – Ela abriu a porta.

- V-vai você primeiro.

- Mas eu já fiz meus exames anuais Lo. – Ela riu e foi me arrastando para dentro da sala.

- E-eu não quero que ela, que ela... – Me interrompi quando avistei a ginecologista levantando e sorrindo para nós. Era uma senhora de uns sessenta e poucos anos, cabelos prateados, com um ar extremamente elegante e sofisticado, até fiquei meio intimidada diante dela.

- Camila, que bom vê-la! – Ela abraçou minha namorada. – Mas veio muito antes do que eu imaginava, algo errado?

- Oh não Doutora Streep, comigo está tudo bem! – Camz sorriu. – Eu vim acompanhar minha namorada, Lauren. – E me empurrou levemente para frente.

- Muito prazer Lauren, e pode me chamar de Meryl. – Ela me beijou as faces educadamente sem encostar. – Não ligue para Camila, ela insiste em me chamar de Doutora Streep só para me lembrar que tenho idade para ser avó dela! – Ela riu simpática e eu ri também, ela até que é engraçada e parece ser uma médica com uma longa carreira, inspira confiança.

- Desculpe Meryl, você sabe que sempre esqueço! – Camz riu e nós sentamos nas cadeiras de frente para a mesa da Doutora.

- Eu sei bobinha, estou brincando com você! – Ela sorriu e sentou-se na sua poltrona. – É o costume, afinal fui médica da sua mãe durante um bom tempo. Como vai a Sinu?

- Está ótima, estão pensando em vir passar o natal comigo! – Camz respondeu e então me dei conta de algo, nós estamos namorando e eu ainda não conheço a família dela, se vierem para New York eu tenho que falar com eles, sabe, só para comunicar pessoalmente que estou namorando Camila.

- E então Lauren? – a médica sorria serenamente para mim.

- O-o quê?

- Eu perguntei se tem alguma queixa?

- Sobre...

Ela sorriu pacientemente. – Você sente coceira vaginal?

- E-eu não!

- Ardência ao urinar?

- Não. – Ela seguia anotando coisas num papel cheio de letrinhas minúsculas.

- Algum corrimento que tenha notado?

- Eu acho que não...

- Tem a vida sexual ativa?

- Ah... Bom... – o quanto responder a essas perguntas na frente da minha namorada poderia ser constrangedor? – Eu não, eu... S-só... Eu...

- Eu entendi, não se preocupe. – ela sorriu e anotou mais umas coisas, eu fiquei aliviada por ela ser uma médica tão boa. Camila sorriu olhando para o outro lado.

- Sente muita cólica menstrual? Sua menstruação é regulada?

- Não sinto cólicas, m-mas é muito desregulada.

- Certo. – ela acabou de anotar e levantou, ufa, ainda bem que acabou. – Pode entrar na sala ao lado e tirar a roupa por favor? Vista uma das camisolas que estão embaladas. – Acabou nada! Que droga, não quero fazer isso!

- Eu, e-eu não... – Olhei para Camila.

- Se quiser Camila pode entrar com você.

- N-não! Digo, eu... – bufei e levantei da cadeira.

- Eu vou estar aqui, não é nada demais. – Ela acariciou meu rosto e me deu um selinho. Eu bufei fazendo bico e entrei na tal sala, parecia bem limpa e as camisolas estavam embaladas a vácuo, como a lavanderia faz pra mim, será que eles também lavam as roupas daqui?

Tirei minha roupa e me preocupei em colocá-las em cima de um banco que forrei com papel toalha que havia lá e vesti a camisola, até que tinha um cheiro bom, lembrava o cheiro das minhas roupas quando chegam da lavanderia.

- Ah... Doutora, eu... Estou p-pronta. – Falei abrindo a porta minimamente, não queria que Camila me visse naquela roupa ridícula, mas percebi seu sorriso carinhoso para mim, sorri brevemente de volta e entrei na sala deitando na cama forrada com papel.

É sério, nunca mais vou fazer esse exame! É horrível! Quer dizer, a médica é experiente e muito profissional, mas isso não torna as coisas menos constrangedoras para mim, ela simplesmente tocou lá... Lá embaixo, eu odiei isso! Ainda bem que ela não falou nada, ela percebeu o quanto eu estava desconfortável, mas apesar de tudo, foi rápido como Camila falou.

- Muito bom senhorita! Você é muito saudável, meus parabéns! – Meryl, como ela pediu que a chamasse, sorriu para mim assim que sentei na cadeira ao lado de Camila. – Mas eu vou pedir um ultrassom, não custa nada não é?

- Então está tudo bem com ela Meryl? – Camz perguntou.

- Sim, tudo certinho, sua namorada é quase um bebê Camila! – Eu quero mergulhar num buraco negro...

- Não precisa ficar com vergonha cariño. – Camila riu beijou minha bochecha e eu senti meu rosto esquentar absurdamente, como não vou ficar com vergonha?!

(🎵)

- Só mais um pouquinho Lo! – Camila ria, quase gargalhava da minha desgraça enquanto me filmava!

- Eu n-não aguento mais Camz! – Choraminguei em cima daquela bendita esteira!

- Mas só está aí há trinta e dois segundos senhorita Jauregui. – o médico me observava pasmo.

- E já s-sinto como, como se fosse morrer!

- Você não vai morrer meu bem, faz uma forcinha, você consegue! – Ela me incentivava, mas eu sentia meu peito arder e minhas pernas quase cedendo. Corri por ainda algum tempo, que para mim pareceu uma eternidade, mas o médico disse que foram apenas quinze segundos...

- Eu acho q-que vou enfartar! – Sentei na cadeira, eu estava toda suada! Detestei esse exame também, pra quê ele quer saber o quanto eu consigo correr?! Muita gente não consegue correr, não sou atleta, o que ele vai dizer se eu não consigo?

Horrível... – Ele olhava os papéis pasmo. – Seus resultados foram horríveis, eu nunca vi alguém tão jovem com resultados assim... – E continuava olhando os papéis, será que eu tenho alguma doença grave? Sabia que não devia ter vindo fazer esses exames!

- Mas é tão ruim assim Doutor Payne? – Camila perguntou.

- Você é muito sedentária não? – assenti. – E sua alimentação se resume a frutas, verduras, cappuccinos e croissant? – Novamente assenti. – Você está com a pressão alta, e eu recebi os resultados dos seus exames de sangue... – Ele olhava atenciosamente para a tela do computador. – Está com o colesterol alto também, glicose sanguínea está no limite...

- Mas ela está tão magrinha Doutor. – Camz franziu o cenho.

- Mas é sedentária, isso acarreta muitos problemas, mesmo em pessoas magras. – Ele explicou atenciosamente. – Sente dores estomacais, queimação? – Olhou para mim.

- A-algumas vezes... Mais na hora de dormir.

- O sedentarismo agrava a ansiedade, você é ansiosa não é? – Assenti e olhei para Camila por uns instantes, ela parecia agoniada.

- Eu sugiro fazer uma endoscopia digestiva, pode ser que tenha gastrite, tanto por conta da má alimentação, mas também pela ansiedade. A perda de peso por estresse intenso é mais comum do que parece, pode ser causada por depressão, insônia, muita cafeína... – Logo lembrei dos cappuccinos do Café Louis. – Pode ser que precise de mais proteínas, vou te indicar um nutricionista.

- Ok... – Foi o que consegui dizer, eram tantas informações, eu não sabia que estava tão cheia de problemas, talvez seja realmente necessário ir ao médico de vez em quando...

Depois disso Camz me levou para o oftalmologista, não deu nada de errado, eu não preciso de óculos e minha pressão ocular está ótima, pelo menos isso. Almoçamos um pouco tarde, eu o lanche que trouxe, Camila na lanchonete de lá.

Mas antes de irmos embora passamos na sala de Verônica e minha namorada contou a ela sobre minha consulta no cardiologista, minha amiga não achou nada bom e quase me deu bronca, mas desistiu quando fiz cara de choro. Fomos embora e pegamos o Chris na escola, ela foi pro meu apartamento e decidiu me fazer uma vitamina de banana, eu não sei o que aconteceu, vomitei tudo e meu estômago doeu bastante.

Geralmente eu sinto um pouco de dor depois que como, mas se tornou algo tão comum que nem lembrava mais, só que dessa vez doeu muito, eu fiquei enjoada e Camila ficou preocupada, resolveu dormir no meu apartamento.

- Como você está?

- Ainda dói. – Fiz uma careta e ela sorriu meio triste me dando um beijo na testa.

- Vai passar, vou marcar essa endoscopia o mais rápido possível.

Na sexta eu não fui trabalhar de novo, desta vez por causa do meu estômago, Camz ficou comigo na parte da manhã, e a tarde ela trocou com Mani que pegou o Chris na escola e ficou de olho em mim até Camila chegar a noite, ela trouxe umas roupas e dormiu no meu apartamento novamente.

E lá estava eu de novo naquele Centro médico, em pleno sábado, Vero pegou meu irmão emprestado de novo, isso já estava virando rotina, eu fiquei um pouco aborrecida por ter que ir ao médico no final de semana, não era como se eu fosse sair para algum lugar, mas seria muito melhor se eu pudesse, além disso eu estava com medo do que poderia haver de errado com meu estômago.

Uma pequena úlcera. – O médico falou olhando a tela do computador atentamente, eu ainda estava um pouquinho grogue, mas não a ponto de não ficar aflita com a notícia.

- U-uma úlcera...? – arregalei os olhos.

- Sim, mas não é motivo de alarde, é muito pequena, entretanto pode causar bastante desconforto, eu vou lhe passar uns remédios e uma dieta balanceada.

- Ela é vegetariana doutor. – Camz falou, eu estava tão atordoada que nem lembrei de avisar ao médico.

- Nesse caso, eu vou adicionar alguns alimentos. – Ele pegou o papel e começou a escrever algumas coisas.

Passamos no centro de otorrinolaringologia e pegamos meus aparelhos auditivos novos, muito melhor voltar a ouvir direito, os sons mais nítidos, já estava desacostumada com isso, voltar a ouvir bem não tinha preço. Depois disso compramos meus remédios, e Camila me arrastou para o supermercado mais próximo, ela queria comprar tudo da minha nova dieta.

- Desculpe t-te dar tanto trabalho Camz... – Suspirei na fila do caixa.

- Você não me “dá trabalho”. – Ela sorriu. – Eu só estou cuidando do que é meu, da licença? – E beijou meus lábios brincalhona.

- E-eu sou sua? – arqueei uma sobrancelha um pouco mais bem humorada.

- E não é? – ela arqueou as sobrancelhas convencida para mim.

- Sou. – Sorri boba e ela se aproximou me fazendo respirar mais fundo.

- Eu te amo.

- Eu também te amo Camila, muito.

_______________________________________

Gostaram do primeiro hot Norminah? O hot Camren vem, tenham calma, antes têm umas coisinhas pra acontecer 😘😘😘

Continue Reading

You'll Also Like

1.5M 109K 40
[FINALIZADA - Desisti da revisão, rs] Sabe quando sua mãe diz que existem pessoas más lá fora? Então, você deveria escutá-la, nem todos que se aproxi...
1.5M 115K 109
[FINALIZADA] Existem muitas definições para o amor. Uns dizem que amor não existe sem sacrifício. Outros dizem que amor é ter paciência e esperar o o...
4.9K 754 5
Aurora. Um único nome, é tudo o que Aaron Carter sabe sobre a pessoa misteriosa que envia mensagens de textos todos os dias para ele, mensagens de a...
241K 25.8K 53
[CONCLUÍDA desisti de revisar] Onde Han Jisung é considerado um bad boy, e secretamente tem uma apaixonite pelo pianista Lee Minho Em um dia que pre...