Série Corações Feridos: Não m...

By RayhBennett

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VOLUME IV Para melhor entendimento, aconselho ler: 1 - Corações Feridos; 2 - Você nunca estará só; 3 - O seu... More

Não me esqueça
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Trinta e oito
Trinta e nove
Epílogo

Dez

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By RayhBennett

Boa noite pessoas lindas do meu coração. Tudo bem com vocês?

Mais um pouquinho da nossa loirinha preferida.

Boa leitura. 😘😘



Quando crianças, nossas únicas preocupações são brincar, assistir desenhos e comer besteiras; se nos machucamos, choramos alguns instantes e minutos depois estamos correndo como se nada houvesse acontecido, a dor é esquecida na mesma proporção de mágoas insignificantes. Porém, ao perdemos a inocência de criança e passarmos a enxergar o mundo como adultos, a vida se encarrega de nos desferir socos atrás de socos causando-nos machucados internos, que às vezes nem o tempo é capaz de curar.

Meus primeiros cinco anos de vida são bem nítidos em minha mente. Cresci com minha mãe, tendo-a como meu porto seguro e heroína particular. Foi ela quem me ensinou a gostar de super herois, em especial da Mulher Maravilha e do Batman, foi ela quem me ensinou a não ter medo de escuro e nem de bichinhos inofensivos, foi ela que do seu jeito meio egoísta, me ensinou a amar meu pai e acreditar que ele também me amava apesar de trabalhar muito e não poder ficar comigo. Quando conheci o papai aos cinco anos de idade e logo em seguida perdi a mulher que eu mais amava, Stefan Salvatore se tornou o meu porto seguro, a minha estrela guia em um universo ao qual eu desconhecia e tinha muito medo. Com papai ganhei avós carinhosos, um tio ciumento e amoroso, amigos especiais, uma nova mãe e uma família maravilhosa.

Sempre busquei ser o orgulho do meu pai e apesar de ter lhe causado muitas vergonhas durante minha infância e o levado várias vezes a direção da escola, ele nunca me direcionou esse olhar inundado de decepção e mágoa. Sinto meu coração trincando e se eu pudesse me concentrar, poderia ouvir os caquinhos se chocando contra o chão em uma sinfonia dramática digna de uma obra de Shakespeare ou de Nicholas Sparks.

"Quanto tempo você teve um caso com aquele..." O seu rosto está vermelho quando ele respira profundamente em busca de um controle que não possui no momento. "Isso não importa. Só me diga por quais razões não confiou em mim para contar algo tão importante? Por que não se abriu ao menos com a sua mãe? Eu só descobri porque sua avó desconfiou e mandou um detetive investigar sobre aquele desgraçado. Tem noção de como me sinto ao saber que sofreu calada, que deixou um infeliz te bater e mesmo assim não veio correndo para os meus braços exatamente como fazia quando criança?"

"Eu só não queria magoá-los." Abaixo a cabeça incapaz de encará-lo. As lágrimas caem copiosamente em minhas pernas e eu só quero sumir por causar tamanho desgosto em meu pai. Calei-me justamente para que não sofresse achando que não me protegeu o suficiente, quando na verdade, a culpada fui eu por cair nas garras de um covarde.

"Filha..." Papai se abaixa na minha frente e segura meu queixo, forçando-me a levantar o rosto para mirar seus olhos verdes, que ao contrário de agora a pouco, estão repletos daquele toque de amor e carinho ao qual sempre direciona aos filhos. "Você é o meu raio de sol, a minha garotinha generosa. Eu sempre me preocupei com a sua ingenuidade e com o seu bom coração. Sempre fiz de tudo para protegê-la e mesmo assim ainda não foi o suficiente."

"A culpa não... foi sua... papai." Apresso-me em dizer em meio a uma crise de soluços. "Eu... sinto muito... por ter omitido sobre... isso."

"Respira fundo, filha." Mamãe senta ao meu lado e me puxa para seus braços quentes e aconchegantes, que sempre me acalmam de uma forma inexplicável. "Ninguém está te culpando de nada. Só estamos sentidos por algo assim ter se passado sem termos percebido. Achamos que sua tristeza fosse outra coisa e respeitamos o seu espaço como sempre fizemos."

"Nunca mais nos esconda nada, Melissa. Nada. Promete?" Volto a atenção para papai ainda ajoelhado e dou minha palavra que nunca mais terei nenhum tipo de segredo com as pessoas que me amam mais que tudo nesse mundo.

"Vocês serão os primeiros a saberem de qualquer coisa importante que aconteça na minha vida." Passo as mãos pelo o rosto tentando enxugar as lágrimas que ainda teimam em cair lentamente. "Não vou esconder mais nada, papai. Dou minha palavra. Vocês me perdoam?"

"Não temos nada para perdoar." Mamãe acaricia meus cabelos, beija meu rosto antes de levantar. "Como a mamãe vai dormir na casa do Matt, vou pedir pizzas para o jantar. Só vou tomar um banho e depois desço."

Só após ela sumir escada acima é que volto a atenção para papai, que sentou ao meu lado. Passo a mão por seu rosto e ganho um sorriso melancólico.

"Saudades da minha garotinha linguaruda e totalmente espontânea, que fugia para a minha cama em todas as madrugadas de chuva, porque tinha medo de raios e trovões." E ele sempre estava acordado, esperando-me com o meu lugar reservado no meio da cama. "Cresceu tão rápido que ainda não me acostumei que já é uma mulher."

"Uma mulher bem burra. Pode ser sincero, papai, não vou me magoar com isso." Já estou resignada que esse negócio de amor e almas gêmeas talvez não seja o meu destino.

"Burro, cretino e desgraçado é quem não soube te valorizar, querida. Nunca se menospreze ou se rebaixe por causa de outros." Eu não poderia ter melhor pai e conselheiro como Stefan Salvatore, que é a paciência em pessoa e o homem mais justo e amoroso que conheço. Sempre sabe o que dizer para fazer uma pessoa se sentir bem. "É uma joia única e de valor incalculável. É o meu raio de sol particular."

"E o senhor é o meu super heroi. Eu te amo, papai." Encosto a cabeça em seu peito e o abraço apertado. Seus braços protetores me envolvem dando-me a certeza que papai é capaz de me defender com sua vida para evitar que eu sofra.

"Eu também te amo, filha. Amo muito."

Depois de longos minutos, desfazemos o abraço e após um sorriso de agradecimento, em silêncio dirijo-me ao meu quarto. Sinto-me mais leve por não ter mais nenhum segredo com meus pais. É como se o peso do mundo houvesse saído de minhas costas e eu pudesse andar novamente de cabeça erguida sem vergonha nenhuma. Na verdade, não tenho porquê me envergonhar e nem me esconder de nada. Sou a vítima da violência e não vilã que faz maldades sem um pingo de consciência.

De agora em diante vou contar qualquer coisa aos meus pais. Eles serão os primeiros a saberem das coisas mais significativas que me acontecerem. Não preciso ter medo e vergonha de meus pais, porque são eles a me amar e proteger mais que tudo nesse vasto universo repleto de maldades.

Tomo um longo banho quente. A água levando os últimos resquícios de lágrimas e sujeira. Quando saio do banheiro já vestida em um pijama rosa super confortável, encontro Alicia sentada na minha cama. Estranho ao notar seus olhos esverdeados brilhando e as bochechas vermelhas, enquanto ela encara como uma boba o celular.

"Isaac te mandou nudes por um acaso?" Alicia abre a boca e o rosto ganha uma tonalidade vermelha ainda mais intensa. É engraçado vê-la tão envergonhada.

"É claro que não." Sento ao seu lado e olho para o celular de capinha rosa cheia de brilho. "Que fofinhos." Digo ao ler as mensagens.

Isaac😍❤: Você quer ir ao cinema comigo na próxima sexta? Se aceitar, peço permissão ao seu pai.

Alicia: Eu aceito. Mas nada de filme de terror.

Isaac😍❤: Ok. Nada de terror. A propósito, estava linda, hoje.

Isaac😍❤: Quero dizer: Você é sempre linda. Mas hoje estava ainda mais.

Alicia: Obrigada. 🙈❤

"AliIsaac é OTP supremo. Eu curto, eu shippo, eu amo." Abraço minha irmã feliz por ela. Sei de sua grande paixão por Isaac, de como ela suspira e sonha acordada em ter seus sentimentos correspondidos. "Precisa de conselhos para seu primeiro encontro?" Ela nega imediatamente e suspiro aliviada porque não saberia o que dizer já que nunca fui ao cinema por causa de um encontro romântico. "Sobre beijos?"

"Não, Mel." Ela é mais enfática na negativa. Tão vergonhosa essa minha irmãzinha romântica e delicada. Se Isaac não a beijar primeiro, eles nunca sairão do lugar. "Por que estava chorando?"

Desvio o olhar e deixo-me cair para trás. O teto azul claro cheio de pequenos pontos brilhantes e a lua minguante desenhada ao meio, presente de aniversário de 12 anos que ganhei da vovó Lily, lembra-me da época em que sonhava em estudar astronomia para descobrir os segredos dos céus e as vidas existentes fora da Terra. Eu só queria ser rainha de um mundo no qual todos tivessem uma casa, roupas, trabalho e comida. Ninguém passaria fome e nem teria doenças porque em minha ingenuidade, como rainha, eu cuidaria de tudo e de todos.

"Nenhum idiota merece suas lágrimas." Alicia deita ao meu lado e seus dedos acariciam meus cabelos suavemente. "Você é a garota mais linda que eu conheço, a mais generosa e maravilhosa desse mundo. Você é o orgulho da nossa família." Alicia e sua sensibilidade em saber o que dizer na hora certa. Ela é assim: toda delicada, madura, romântica, fiel a suas convicções e segura do que deseja para o seu futuro. "Ainda será muito feliz ao lado do grande amor da sua vida."

"Acho que o grande amor da minha vida ainda é um girino bem feinho." Rimos do meu drama. "Agora o seu príncipe é bem lindo."

"O mais lindo de todos." Um suspiro de apaixonada. "Os olhos dele são lindos, o sorriso irresistível, o cabelos parecem tão sedosos e ele é tão cheiroso." Ela gosta profundamente de Isaac e não sei se devo me preocupar com isso. O melhor a fazer é ficar de olho para que não tenha seu coração dilacerado como o meu foi, o que talvez não venha a acontecer porque Isaac é um rapaz de caráter e princípios.

Apesar de falarem que todos os homens são iguais, isso não é verdade. Começando pelo meu pai e o meu avô que são os homens mais honrados e incríveis que conheço. Não é porque alguém me machucou, que passarei a condenar toda a espécie masculina. Só tomarei muito mais cuidado para não ser feita de idiota e não mais me sujeitarei a manter um relacionamento escondido. O homem que verdadeiramente me amar, vai querer que todos saibam que sou sua. Amar é algo tão belo que merece ser dividido com as pessoas mais importantes de nossas vidas.

☆゜・。。・゜゜・。。・゜★

Se separados eles são os melhores, juntos então, são espetaculares. Hoje foi um dia atípico no qual a melhor oncologista e o melhor neurocirurgião, uniram-se para realizar uma cirurgia bastante complicada. Uma grande equipe médica foi mobilizada para auxiliá-los e por milagre, a doutora Collins me escolheu para assistir a cirurgia. Astrocitomas anaplásicos não são curados por cirurgia, mas a redução no tamanho desse tumor auxilia no posterior tratamento com radioterapia ou quimioterapia, possibilitando uma melhor resposta a esses tratamentos, também ajuda a diminuir o pressão dentro do crânio e outros sintomas como dores e enjoos. É uma luta constante contra um inimigo agressivo, que cada vez mais vem dizimando vidas e travando uma briga constante com a medicina.

O doutor Davis é o primeiro a sair do centro cirúrgico após o término de tudo. Ele não dirige um olhar a ninguém ao seu redor e nem a doutora Collins parece interessada em agradecer pela parceria bem sucedida como qualquer outro profissional em seu lugar faria. Balanço a cabeça quando uma ideia maluca surge. Não tenho nada a ver com as vidas deles e se tenho amor a minha, devo me manter longe de problemas apesar de começar a achar que esses dois têm uma história muito mal resolvida.

Está um burburinho pelos corredores e não compreendo nada depois das mais de cinco horas naquela sala de cirurgia. O que será que aconteceu? Quando penso em questionar ao enfermeiro mais próximo, um clima pesado se faz ainda mais presente quando dois policiais surgem acompanhados pelo diretor do hospital. O doutor Stewart tem o semblante abatido e pálido, não carrega mais aquela pose de dono do mundo.

"Caso tenha alguma notícia, entre imediatamente em contato conosco." O agente alto, barrigudo e com um bigode esquisito diz com tom autoritário. "Estaremos de olho em qualquer movimentação suspeita."

Vejo vovó passando no final do corredor e apresso meus passos para alcançá-la. Se tem alguém que sabe sobre tudo o que acontece nesse hospital, esse alguém é Lilian Salvatore.

"Olá, Mel. Como está sendo o seu dia? Porque o meu está sendo maravilhoso." Beijo o rosto de vovó estranhando sua felicidade. Pensei que ela me daria uma bronca por omitir sobre Murilo, mas vovó é educada demais para sair se metendo na vida dos outros, mesmo sendo da família. Menos na vida do tio Damon, que até hoje leva uns puxões de orelha da mãe.

"Acabei de sair de uma cirurgia. Astrocitomas anaplásicos. A senhora sabe o que está acontecendo?" Desviamos de algumas pessoas e vovó me encara com seriedade.

"Descobriram que alguns médicos estão envolvidos em um grande esquema de superfaturamento na aquisição de aparelhos e medicamentos e isso não é o pior." Vovó suspira. "As investigações apontam que também estão acontecendo desvios nas verbas destinadas ao tratamento de câncer infantil. Murilo Fernandez é um dos suspeitos, mas o infeliz conseguiu fugir." Fico em silêncio sem saber o que dizer. Nunca me passou pela cabeça que além de covarde, Murilo também fosse um criminoso. Isso mostra que nunca conheceremos uma pessoa em toda a sua profundidade. "Desde ontem a sua segurança foi reforçada. Eles são super discretos, mas não se assuste se notá-los te seguindo."

"Isso é mesmo necessário, vovó?" Pergunto temerosa ao entender a roubada na qual me enfiei. "Digo, acha que Murilo pode querer me fazer algum mal?"

"Esse será o último caso que Giuseppe julgará antes de se aposentar definitivamente." Ela segura minhas mãos geladas entre as suas. "Até seu avô que é o homem mais calmo que conheço, está com vontade de matar aquele cretino. Seu tio Damon nem se fala, Luciene teve que ameaçá-lo de um divórcio se ele fosse atrás de confusão."

"Eu só arrumo problemas." Respiro profundamente. "Tio Damon nem pode estar passando por esse tipo de emoção."

"Damon está mais preocupado em saber se você perdeu sua virgindade. Não se preocupe que vaso ruim não quebra." Vovó me beija no rosto com carinho. "Você é a confusão mais adorável que surgiu em nossas vidas. Só não nos esconda mais nada, querida."

"Eu prometo, vovó."

Nos despedimos quando seu bip começa a apitar e sigo meu caminho com os pensamentos longe. Tento me concentrar ao máximo no meu trabalho, porém, os pensamentos se embaralham todas às vezes que tenho um tempinho livre. Não vejo Jeremy o dia inteiro por não ser seu dia de plantão e lamento por isso. Ele saberia o que dizer para me acalmar um pouquinho, já que sempre foi tão centrado e maduro.

Ao término do meu plantão, estou totalmente esgotada e não é fisicamente. Arrasto-me lentamente para fora do elevador e aceno para alguns colegas que estão chegando. O estacionamento está movimentado e agradeço por isso, não me sentiria bem se fosse ao contrário mesmo com os seguranças particulares a vigiar cada um de meus passos. Adeus a liberdade que eu tinha.

Aperto os olhos ao reconhecer a figura loira encostada em meu carro. Gabriel levanta a cabeça ao ouvir meus passos apressados e me jogo em seus braços. As lágrimas reprimidas nas últimas longas horas se libertam por meio de um choro sôfrego cheio de soluços. Sinto-me tão pequenina e idiota por me deixar abater desta forma. Choro por ter me libertado de Murilo sem ter sofrido as piores consequências, além de um coração ferido. Foi doloroso nos primeiros dias, mas consegui me libertar de um sentimento ruim que só teria me causado maiores sofrimentos. Hoje, choro principalmente por saber que não escondo mais nenhum segredo das pessoas que mais amo.

"Dorme lá em casa hoje? Podemos comer pipoca, tomar refrigerante e assistir um filme bem dramático? Daqueles que o casal não fique junto porque o autor é um assassino frio." Gabriel passa as mãos em meu rosto e me oferece um sorriso carinhoso.

"Não sendo Titanic pela milésima vez." Faço careta porque é um dos meus filmes preferidos. "Rose foi bem egoísta e Jack muito burro."

"Vai dizer que não daria sua vida por alguém que ama?" Entrego a chave do meu carro a Gabriel e entro no veículo. Tiro meus sapatos e os jogo nos bancos de trás, sentindo um grande alívio por finalmente libertá-los. Coloco o cinto de segurança antes que Gabriel chame a minha atenção sobre isso.

"Eu sou capaz de tudo por aqueles que eu amo, Mel." Ele responde cheio de certeza, sem deixar dúvidas do seu amor e lealdade pelos os seus. Sua atenção voltada para a estrada. Pelo retrovisor, vejo um carro nos seguindo. "Está mais calma?"

"Chorar faz bem pro coração." Dou de ombros mais relaxada apesar do cansaço. Bocejo e deito a cabeça no encosto do banco. "Você soube do que está acontecendo?"

"Está em todos os noticiários." Gabriel responde e me limito a balançar a cabeça. "Os Salvatore foram bem rápidos em descobrir todos os podres do maldito. Mas ainda tenho esperança de um de nós colocarmos as mãos nele antes da polícia. Garanto que ele nunca mais vai pensar em bater em uma mulher."

Os dedos de Gabriel apertam o volante com força e seu maxilar está tenso. Sua raiva estampada nas feições sempre tranquilas. Gabriel está a um passo para explodir e não duvido que se encontrasse Murilo agora mesmo, ele seria capaz de usar da violência para extravasar toda essa raiva.

"A polícia cuidará de tudo, Gabriel. Ele não conseguirá se esconder para sempre." Toco em seu ombro. "Esqueça isso, por favor."

"Vamos assistir Harry Potter e o Prisioneiro de Askaban." Ele muda bruscamente de assunto e só não reclamo por ser um dos meus filmes preferidos da saga HP. "Sorvete de chocolate?"

"Com bastante cobertura de morango." Bocejo outra vez sentindo meus olhos coçarem. "Vou dormir só um pouquinho. Me acorda quando chegarmos."

O sono me pega imediatamente e como sempre, Gabriel nunca me acorda.


Essa é uma história que eu nunca contei
Eu tenho que tirar isso do meu peito pra esquecer
Eu preciso recuperar a luz interior que você roubou
Você é um ladrão
E você rouba como se fosse um profissional

Toda a dor e verdade eu uso como uma cicatriz de batalha
Tão envergonhada, tão confusa, eu estava machucada e ferida

E agora eu sou uma guerreira, agora eu tenho uma pele mais grossa
Eu sou uma guerreira, estou ainda mais forte
E minha armadura é feita de ferro, você não pode penetrá-la
Eu sou uma guerreira e você não pode mais me machucar

Saio das cinzas e queimo como fogo
Pode guardar suas desculpas, você não é nada além de um mentiroso
Eu tenho vergonha, eu tenho cicatrizes que nunca mostrarei
Eu sou uma sobrevivente
Em mais jeitos do que você imagina

Porque toda a dor e verdade eu uso como uma cicatriz de batalha
Tão envergonhada, tão confusa, eu não estou machucada ou ferida

Porque agora eu sou uma guerreira, agora eu tenho uma pele mais grossa
Eu sou uma guerreira, estou ainda mais forte
E minha armadura é feita de ferro, você não pode penetrá-la
Eu sou uma guerreira e você não pode mais me machucar

Tem uma parte de mim que não posso recuperar
Uma garotinha cresceu rápido demais
Bastou uma vez, nunca mais serei a mesma
Agora estou recuperando minha vida
Não há nada que você possa dizer
Porque você nunca vai aceitar a culpa de qualquer maneira

Agora eu sou uma guerreira, agora eu tenho uma pele mais grossa
Eu sou uma guerreira, estou ainda mais forte
E minha armadura é feita de ferro, você não pode penetrá-la
Eu sou uma guerreira e você não pode mais me machucar
Não, oh yeah yeah
Você não pode mais me machucar

(Warrior - Demi Lovato)

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