Vamp: O INÍCIO - Livro 1

By KatlinRonckys

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Mortes horripilantes, assassinatos sem explicação e quase sempre era uma vítima masculina. Filipha é uma... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Créditos

Capitulo 15

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By KatlinRonckys

        No hotel Le' Vintage Filipha adentrou o local segurando a humana morta em seus braços. Segurando-lhe de forma a disfarçar seu rosto, ela deixou-a no sofá da recepção e foi até o balcão, onde uma senhora de idade com um crachá dizendo " Gioconda Meirelez ".

Filipha conteve a vontade de mandar tudo para o inferno e foi até ela. Fitou-lhe pretendendo hipnotiza-la, contudo ela não parecia se importar com sua presença.

- Boa noite, gostaria de um quarto por algumas horas.

- Boa noite, seria melhor alugar por uma noite não acha? - Disse ela, ainda folhando sua revista.

- Tanto faz. Vocês tem achados e perdido por aqui? - Perguntou ela, chamando atenção da velha finalmente.

- Para que seria, senhora?

- Minha amiga não está muito bem, mas não tem nenhuma loja aberta essas horas. Só uma roupa para nos trocarmos. - Disse a Vamp hipnotizando Gioconda.

- Claro, mas primeiro assine o livro, por favor. São quarenta dólares. - Disse ela, entregando o livro do cheking.

- Não quero assinar, só quero ir para o quarto, agora. - Disse a Vamp, tentando hipnotiza-la.

- Entendo senhorita, mas são normas da casa. Poderá ir assim que fizer o pagamento e assinar. - Insistia a senhora, que por alguma razão não estava sendo hipnotizada.

- Tudo bem então, aqui. - Falou ela abrindo a bolsa, tirando duas notas de cinquenta.

- Obrigada, tenha uma boa noite. Os achados e perdidos é no andar zero. Pode pegar o elevador que vai até lá. Seu quarto é o número vinte e dois, segundo andar. - Sorriu ela, entregando a chave depois de pegar o dinheiro.

- Boa noite. - Falou ela, pegando a chave e indo para o sofá.


         Filipha pegou-a no colo e seguiu para o corredor. Apertou o botão e as portas se abriram, revelando uma pessoa conhecida. Era Liz, a travesti simpática que outro dia havia lhe recebido. Sem perceber que a garota estava morta, deu um breve olá a Vamp ao reconhecê-la. Saiu do elevado e a criatura entrou segurando o corpo morto. Clicou no número dois e o elevador fez o seu trabalho.

          Enquanto ele subia, tocava uma musiquinha chata de ambiente. Filipha tentava entender como aquela mulher não tinha sido hipnotizada. Calculou que ela tomasse chá com aquela planta que cortava o efeito da hipnose. Deu de ombros, voltando para sua realidade quando as portas se abriram e o elevador apitou.

         Saiu ainda segurando a garota no colo, seguiu andando pelo extenso corredor pouco iluminado. Alguns quartos depois, ela encontrou a porta com o número de sua chave, vinte e quatro. Colocou o peso do corpo da garota só de um lado, abrindo a porta com a outra mão.

        O quarto era pequeno, cheirava a bolor e casa de velho. Colocou Gloria sobre a cama e saiu outra vez trancando o quarto. Entrou no elevador que supostamente não havia sido usado, apertou no número zero e aguardou o seu destino. Quando chegou ao andar zero, o elevador apitou e as portas voltaram a se abrir.

        A Vampira saiu e deu uma olhada pelo lugar. Realmente era fácil, pois o lugar era um armazém. Várias e várias prateleiras com caixas. Foi até uma e pegou uma caixa, colocando-a no chão. Abriu-lhe e riu da surpresa que achou. Eram pênis de brinquedo e demais objetos sexuais.

(Será que alguém voltou para procurar?) Pensou ela contendo o riso.

        Guardou a caixa novamente. Foi até outra estante, abriu a caixa sem tira-la do lugar. (Opa!) Pensou ela contente com o que achou. Era um casaco de pele feminino, com pelinho castanho escuro.

      Provou-o, gostou e deixou-o no chão. Pegou a caixa e deu uma rápida revirada, percebendo que eram roupas de mulher. Pegou um vestido azul, um verde e as meias calças pretas. Jogou por cima da caixa e o casaco do chão parou com os demais vestidos. Pegou a caixa e antes de ir, lembrou-se dos sapatos.

        Revirou outras três caixas até achar os sapatos. Optou por um escarpam preto e um salto verde claro, igualmente de marca e bonito. Jogou na caixa e voltou para o elevador. Refazendo o mesmo processo de esperar, ela segurava uma caixa de papelão nas mãos.

       De volta ao quarto, ela deixou a caixa em cima da cama. Fitou a garota morta e suspirou cansada. Despiu o resto de roupa que essa usava, colocando nela outra roupa. Um sutiã e calcinha do mesmo conjunto rosinha que encontrou na caixa.

      Colocou-lhe o vestido verde e os sapatos verdes. Penteou seu cabelo e tentou mantê-la dignamente arrumada. Vestiu-lhe por fim o casaco de pele e deixou-a deitada na cama, como se estivesse dormindo. Ela cheirava a morte, seu corpo estava começando a apodrecer.

- Vou deixa-la em casa Gloria, sua família precisa de você. Espero ter ajudado. Lamento já estar morta quando a encontrei. - Suspirou a vampira pegando a mão da garota morta. Fez um carinho nela e deixo-a.


      Foi até o banheiro do quarto e ligou a banheira. Despiu-se e permitiu-se a tomar um banho. (Até poderia dar um banho nela, mas daí vai sair o que tiver nela que possa liga-la a quem lhe matou. Melhor deixa-la assim mesmo. Espero que uma roupa seja melhor do que nada.) Pensava Filipha, esfregando os seios arredondados com uma esponja, tirando os vestígios de porra do humano que ejaculou nela, sem seu consentimento.

        Tomada banho e limpa, penteou o cabelo com uma escova na cabeceira da cama. Escolheu o vestido azul que tinha encontrado. Era comprido, aberto de lado na perna. Vestiu a meia calça preta e o sapato escarpam preto. Encontrou outro casaco de pele, parecido com aquele de gloria mais era preto e mais peludo. Deixou de lado, na cama.

      Pegou um conjunto de lingerie de oncinha. Não sentia cheiro de humano, só de amaciante de roupa e coisa guardada. Vestiu a roupa intima e colocou o casaco. Pegou sua bolsa e a da garota, ligou para um taxi pelo telefone do hotel. Pegou-a no colo e fez novamente o mesmo percurso saindo do quarto, pegando o elevador.


      Na recepção, a senhora Gioconda e a travesti careca conversavam baixinho sobre a possibilidade do hotel ser vendido a um novo proprietário.

- Olá meninas, por acaso vocês tem computador?

- Sim, no andar de recreação. - Disse Gioconda, voltando sua atenção a Filipha.

- Oi de novo, como vai?

- Estou bem, você não tem um celular com internet aí? Algo fácil? - Perguntou ela a Liz.

- Claro, aqui. - Respondeu ela, desbloqueando o celular e entregando a Vamp.

- Obrigada. - Disse ela pegando o celular.


      Da bolsa de Gloria, ela tirou sua carteira de motorista. Abriu o sistema de polícia de Chicago e percebeu que ela estava dada como desaparecida. Visualizou o endereço da casa, memorizando, apagou o histórico e entregou o celular de volta.

- Foi de ótima ajuda. - Agradeceu a vampira, fitando a mulher ao lado de Liz.

- Não tem de que. - Respondeu de volta, dando uma piscadela gentil.

- Vejo que encontrou o que precisava. - Disse Gioconda, notando que ela estava diferente.

- Encontrei sim. Vou indo, boa noite para vocês. - Disse ela se apressando, indo embora.

- Tchauzinho, melhoras para sua amiga. - Acenou Liz, achando que Gloria só estivesse chapada.

- Estranha... - Sussurrou Gioconda, quando Filipha saiu do hotel com Gloria nos braços.

- Não é estranho, só não entendi porque trazer a morta até aqui. - Bufou Sammy, uma mulher de cabelos curtos, descabelada, usando gargantilha no pescoço, uma roupa curta e justa no corpo.

- Espero que não seja problemas. - Disse Gioconda revirando os olhos para a fantasma e ex- namorada de seu filho igualmente morto, mas agora Ralf era um Vampiro.

- Será que ela sabe sobre o hotel? - Perguntou Liz as demais.

- Talvez e tenha trazido a amiga na esperança dela ficar por aqui. - Disse Gioconda, tentando pensar no assunto.

- Vamos até o quarto ver. - Sugeriu Sammy.

- Opa! Só se for agora! - Disse Liz, pegando a chave de cima do balcão.


       As três mulheres correram para o elevador. Não que Sammy pudesse passar paredes ou algo assim, ela era um fantasma, mas era como se fosse uma mera humana.

      A diferença era que estava trancada naquele hotel, não podia seguir seu destino de morta e nem usufruir da mortandade. Só na noite de Halloween. Entraram no quarto e perceberam que não havia nada de errado, só uma garota morta chorando, debruçada sobre umas roupas rasgadas.


- Oi, Quem é você? - Perguntou Sammy sendo direta, pois não a reconhecia do hotel.

- Vocês conseguem me ver? - Perguntou ela assustada.

- Sim meu bem, conseguimos. - Respondeu Liz, tentando ser gentil.

- Sou Gloria. - Disse ela parando de chorar, recuperando um pouco de alegria.

- Aquela mulher, matou você? - Perguntou Gioconda.

- Não, ela me salvou. Ou pelo menos, tentou. - Suspirou a garota, sem entender nada.

- Então porque está aqui? - Perguntou Sammy confusa.

- Não sei, eu só acompanhei o meu corpo. E ela me trouxe para cá. Não me via e eu acabei ficando aqui.

- Porque não vai atrás dela? - Sugeriu Gioconda.

- Não sei. Ela disse que ia me levar para casa. - Falou a garota soltando o que um dia foi seu vestido.

- Como ela falou com você se não via você? - Disse Liz sem entender direito.

- Ela falava com meu corpo, ou seja, eu. Disse que ia me deixar em casa, para minha família. Mas não sei se quero ir para casa. - Dizia ela.

- Bem, seria bom você ver o que houve mesmo. Se despedir de seus pais, ou só conferir se ela fez o que diz. - Dizia Gioconda.

- Você é livre. Pode ir e voltar se quiser, estamos aqui. Eu pelo menos vou sempre estar. - Respondeu Sammy, acendendo um cigarro.

- Achou que vou fazer isso. Vou lá e qualquer coisa, eu volto. - Disse Gloria, recuperando a vontade de parar de chorar e sofrer sua morte.

- Isso. Estaremos aqui, demore o quanto quiser querida. - Concordou Liz, a travesti abrindo a porta do quarto.

- Vamos? - Convidou-lhe Sammy, se dirigindo a garota para saírem do quarto.

- Vamos. - Concordou ela, saindo do quarto acompanhada das demais.

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