Nuvens de elementos dançam na frente do homem enfraquecido. A batalha acontecia ao seu redor e as pessoas se defendiam dos ataques como conseguiam. A guerra mostra a sua face mais aterradora e o pior já aconteceu há tempos, mas só se percebeu naquele momento.
Uma bola de fogo passa a poucos centímetros do seu nariz e teve que quase cair no chão para conseguir escapar do ataque. Olhou para frente, mesmo com tudo que deveria se preocupar, focou na cena que desenrola ali.
A lâmina brilha escarlate e tem um destino certo. Entretanto, antes de atingi-lo, o inimigo reage e joga o corpo para longe, escapando da morte. A batalha entre os dois é intensa. E sabe que deveria que impedir. Como ainda não tinha certeza.
Tenta como pode ignorar a dor excruciante que queima sua perna e começa a se mover, mas mal conseguiu dar três passos, viu o seu caminho bloqueado.
— Não me interrompa — a voz que lhe é destinada é fria e ele sente uma vontade de rir e chorar ao escutar aquele tom.
Quando olhou para aqueles olhos vermelhos, brilhantes e determinados, algo para.
— Melhor assim — um frio sobe por sua espinha. Mal suporta ver as costas cheias de peso e desespero. Até estendeu a mão para tentar parar, mas não foi rápido o suficiente. Só vê suas costas agora.
O corpo pode resistir à suas atitudes impiedosas, mas o coração certamente não.
Roga aos céus para que ter forças suficientes para impedir. Percebe que é bem simples encerrar de vez aquilo. A dor na perna pode esperar. O corpo machucado também. A lâmina pinga sangue e dessa vez o inimigo não terá chance. Aperta a própria lâmina entre os dedos e corre.
Quando o ataque veio, ele estava lá.
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