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Von colrswind

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Lalisa estava naquele hospital apenas para entregar o café quente que sua mãe tanto amava, só não esperava co... Mehr

prologue
betting
can you make a coffee?
russian roulette
under the stars
keep living like before
a little talk
stay with me
epilogue
agradecimentos
nova fanfic chaelisa!

lanterns on

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Von colrswind

Passara um tempo desde o dia no parque de diversões, eu e Jisoo acabamos levando outra bronca mas dessa vez das enfermeiras pois Chaeyoung acabou ficando gripada.

É claro, nós duas ficamos com a consciência pesada. E por estar envergonhada demais, eu acabei nem visitando Chaeyoung por um tempo.

- No mínimo ela só está entediada - Jisoo falou pelo telefone enquanto eu segurava uma barra de chocolate. - Só visitando ela você vai descobrir.

- Mas não tem como a gente sair do hospital do mesmo jeito - suspirei frustada. - As enfermeiras não vão deixar a gente sair.

- Quem disse que vocês precisam sair? - escutei sua risada abafada - não seja burrinha Lisa, vocês podem se divertir mesmo estando dentro do hospital.

Jisoo tinha razão. Automaticamente meu olhar foi para uma velha mochila que eu usava durante a escola e uma lanterna sobre a mesa, acabei por ter uma ideia.

- Jisoo... Você ainda tem aquela barraca?

[...]

Eu carregava nas costas minha mochila, nem nos meus tempos de escola eu tinha carregado algo tão pesado assim. Entrei no hospital sem mesmo ter que me identificar já que a recepcionista me conhecia e algumas enfermeiras até me cumprimentaram - aquelas que não estavam bravas comigo, claro.

- Mãe? - Sorri quando a vi, ela estava se preparando para ir embora.

- Lisa! - Ela disse sorrindo, vindo em minha direção. - Não precisava ter vindo, eu já estava indo embora.

- Na verdade, eu vim ver a Chaeyoung... já faz um tempo.

- Ela dormiu quase o dia todo, fiquei preocupada, mas acho que era só o cansaço mesmo - sua expressão ao falar de Chaeyoung ficava mais séria. - Ela pode estar acordada agora, vai lá tentar falar com ela.

Me virei dando de cara com a porta de seu quarto, não estava com muita coragem de entrar lá mas assim que dei meu primeiro passo, fui puxada para trás - mais especificamente, minha mochila foi puxada.

- Quanta coisa... o que é isso?

- Acha uma má ideia se eu dormisse aqui? - Eu perguntei envergonhada, minha mãe ficou surpresa. Quem iria pedir para dormir em um hospital?

- Só vou deixar porque seus pedidos são até muito simples para mim - ela disse, fazendo eu bater palmas pela animação. Ela deu um beijo na minha testa e logo foi embora.

Me virei novamente para o quarto, tomando coragem para bater na porta. No mesmo instante escutei sua voz autorizando que eu entrasse.

- Oi... - eu iria terminar de falar se uma almofada não tivesse voado na minha cara.

- Como você ousa me deixar aqui sozinha por 10 dias? - disse gritando, não era exatamente um grito mas era diferente da voz de tédio que quase sempre ela fazia.

- Eu posso me explicar! - Falei enquanto colocava as mãos para o alto, me rendendo caso fosse atacada outra vez. - Achei que poderia estar brava comigo.

Ela não disse mais nada, apenas cruzou os braços e fez um bico, e eu precisei me esforçar bastante para não rir.

- O que tem aí? - Chaeyoung perguntou quando eu deixei minha mochila sobre uma cadeira ao lado.

- Uma barraca, cobertores, água, chicletes, maçãs, uma lanterna, um livro e... - coloquei a mão no queixo, tentando me lembrar de mais alguma coisa. - Talvez meu celular esteja aqui também.

- Por que tanta coisa? E você disse... uma barraca?

- Iremos fazer um acampamento improvisado!

Chaeyoung ficou de boca aberta, tentando falar alguma coisa mas acabando por desistir.

- Você me impressiona às vezes.

- Nem vem, eu lembro quando você disse que queria ir em um acampamento - falei enquanto me sentava no chão. Tirei as coisas de dentro da mochila e balancei a barraca amassada para ela. - Olha, ela é laranja como o meu cabelo!

Depois de um tempo me encarando, Chaeyoung resolveu sair da cama para me ajudar a tirar as coisas da mochila.

- Sei que não tem uma floresta aqui, mas podemos improvisar com o espaço.

Achei que fosse mais difícil já que aquilo nem era meu, mas demorou menos de dez minutos para a barraca estar pronta no centro do quarto. Colocamos lá dentro o que precisávamos, Chaeyoung entrou primeiro dando risadas enquanto eu me levantei para apagar a luz, em seguida liguei minha lanterna.

- Cheguei - falei enquanto entrava na barraca com a lanterna virada para o meu rosto, depois virei para ela.

- Meus olhos são sensíveis, vire isso pra lá - Chaeyoung reclamou da luz. - Mas eu quero uma lanterna também.

- Que chata, procura aí - peguei minha mochila e deixei que ela procurasse, em questão de segundos, Chaeyoung também estava com uma lanterna.

- Tá, e o que a gente faz aqui agora? - Ela sussurrou e me encarou, com a outra lanterna acessa em seu rosto.

- Não sei - sussurrei também. - Conta alguma história de terror.

- Ok, eu tenho uma interessante - consegui ver seu sorriso perverso antes de consertar a postura e começar a falar. - Era uma vez, três jovens garotas...

Eu estava prestando muita atenção no que Chaeyoung começaria a dizer, suas expressões tentavam entrar no clima de mistério.

- Elas eram leais uma a outra, eram inseparáveis, mas um dia tudo mudou...

- Mas um dia, quando?

- Dia de Halloween - acrescentou - e você sabe o que aconteceu nos dias de Halloween, não é Lalisa?

- Os mortos levantam? - Perguntei em um tom irônico.

- E pessoas morrem - sussurrou fazendo gestos com uma das mãos - e foi o que aconteceu, para a infelicidade de um delas.

- Oh meu Deus - levei uma mão até a boca, atuando assim como ela. - E o que aconteceu?

- Sabe as outras duas, não sabe? - Chaeyoung me perguntou, como se quisesse confirmar que eu estava prestando atenção. Balancei a cabeça em afirmação. - Então... Foram elas que armaram um plano mirabolamente para matar essa terceira. Um crime perfeito. E ninguém jamais descobriu.

- Mas não eram as amigas leais? - Eu perguntei, chocada para saber o rumo da história.

- Pois é, Lalisa, até os amigos mais leais podem te trair - Chaeyoung usava um tom amargo, e eu senti toda a diversão do momento acabar assim que percebi que ela poderia estar falando de Jennie e Momo.

- É um final triste - tentei não perder para o meu desânimo. - A falecida se vinga depois?

- Puff, mas é claro que sim. E o momento perfeito em que ela se vinga... é agora!

No mesmo segundo escutamos o som de um trovão, mas não de qualquer trovão, parecia mais que alguma coisa tinha caído do céu e vinha direto para o hospital. E é óbvio que com os nossos gritos uma enfermeira abriu a porta, e acendeu a luz em seguida.

- Que gritos foram... esses? - Ela começou a perguntar preocupada, mas assim que tiramos nossas cabeças para fora da barraca, podemos ver sua expressão curiosa. - Posso saber o que está acontecendo aqui?

- É um acampamento - Chaeyoung disse em um tom normal, e quase óbvio. - Não aconteceu nada aqui não.

A enfermeira suspirou fundo, se acalmando aos poucos.

- Tenham juízo, por favor.

- Apaga a luz! - Pedi antes que saísse. Ela fez e logo bateu a porta, nos deixando sozinhas mais uma vez.

- Ela conseguiu estragar o clima de terror, que sem graça - Chaeyoung disse, quase chateada.

- É tudo culpa do trovão, na verdade - nós duas rimos.

Depois disso acabamos deixando as lanternas de lado, pegando as maçãs para comer e depois os chicletes. Ficamos por um tempo falando de filmes aleatórios de terror até que ela desse seu primeiro bocejo da noite e decidirmos ir dormir.

- Eu vou dormir na barraca - disse com um pedaço de maçã na boca.

- Vai dormir no chão? - Chaeyoung perguntou, logo se jogando na cama do hospital. - Essa cama é grande demais, dá pra duas.

- Me sentindo lisonjeada pelo convite - então me permiti subir na cama, e em seguida, tive minha maçã roubada por ela. - Ei, se quisesse era só pegar outra na mochila!

- Você tinha uma na mão, por que eu iria levantar só para pegar outra?

Cruzei os braços irritada, o que de alguma maneira foi engraçado para ela. Mas depois de um tempo sua risada se cessou, foi quando eu senti ela me abraçar. E eu agradecia muito o fato da luz estar apagada para que ela não vesse o quanto eu estava envergonhada.

- Até que é engraçado te ver irritada, mas você já fez demais por mim - Chaeyoung puxou uma das minhas mãos para colocar a maçã nela, mas depois do seu ato, eu nem me importei mais com a maçã. Só me importei em retribuir seu abraço para que ela soubesse o quanto importava estar ali.

E depois de um tempo, naquele abraço, decidimos ir dormir.

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