Elizabeth estava irritada.
Estava em uma festa, um tanto bêbada quando notou que Milford conversava com Liz, mas tinha os olhos fixos nela, o mesmo sorrisinho de canto sombrio em seu rosto. Por mais que odiasse aquela situação, não tirava os olhos do garoto, não confiava no garoto perto de sua melhor amiga, principalmente porque a garota estava quase caindo de tão bêbada.
Virou ao sentir uma mão tocar seu ombro, era uma garota do seu time de torcida que estava completamente bêbada e precisava usar o banheiro. Lizzie deu uma última olhada para Trey, que aceno para ela, e acompanhou a menina até o banheiro.
Assim que voltou, eles não estavam mais lá. Isso fez o sangue de Elizabeth congelar e seu coração se acelerar. Andou até Lydia, que estava ocupada demais beijando seu namorado, e a cutucou diversas vezes. Lydia olhou para ela com raiva.
- Cadê a Liz? - perguntou desesperada. Lyd franziu o cenho.
- Não sei, não vi. Por quê?
- Trey a levou pra algum lugar e eu não confio nele, ela está muito bêbada Lydia.
Lydia assentiu e fez um sinal para Zac, para que ele ficasse por lá. As duas subiram as escadas praticamente correndo, pulando alguns degraus. O corredor de quartos era escuro, a música estava alta, não deixando possível ouvir se tinha alguém em algum dos quartos. Lizzie encostou a orelha em uma das portas, ouvindo a voz de Liz.
- Trey? O que você está fazendo? - perguntou, bêbada porém notavelmente desesperada - Trey, para!
Lizzie olhou para Lydia, olhos arregalados, respiração acelerada. Lydia tirou o grampo de seu cabelo e se agachou, começando a tentar abrir a fechadura. Elizabeth mexia seu corpo ansiosamente, desesperada para salvar a amiga.
- Consegui! - Lyd disse, abrindo a porta em seguida.
Lizzie entrou rapidamente e tirou Trey de cima da amiga. Lyd correu até Liz, abraçando a garota.
- Tira as mãos dela! - Elizabeth gritou, dando um soco na cara de Milford em seguida.
O garoto caiu no chão por conta do impacto. Lizzie, morrendo de raiva, começou a chutar o corpo caído do garoto, mirando em seu estômago no mínimo três meses. Parou de chuta-lo e, com seu pé, o virou, deixando-o deitado de barriga para cima, enquanto ele gemia de dor.
Com isso, ela andou até a amiga, que encarava um lugar fixo, em choque. Junto de Lydia, abraçou-a.