SEM CAMINHO (Amazon e Físico...

By DaniAssis

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Completo na Amazon e Livro físico no site www.daniassis.com.br Pierre sofre um grave acidente de carro que re... More

Apresentação
Perguntas mais frequentes
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 13
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Pierre chegou!
PLAYLIST PIERRE E CHANTAL
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Capítulo 12

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By DaniAssis

Eis que uma nova semana se inicia e com ela temos Pierre e Chantal.

Quem estava com saudade? Quem está amando essa história?

***

Vocês já perceberam que minha escrita a partir de Sem Vida, tornou-se mais pautada na construção do amor, dos sentimentos, das relações entre as pessoas.

Alguns podem chamar isso de clichê, principalmente os que não sabem o real uso da palavra.  Mas, a verdade, é que a vida deve ser contada como ela é, e por isso, meus personagens levam à vocês reflexões sobre suas próprias maneiras de agir e enxergar o mundo e as pessoas à sua volta.

Isso é maravilhoso, é algo que me enriquece, ainda mais, como escritora, e tento passar um pouco disso à vocês através de minhas histórias.

Muito obrigada, por estarem aqui e dividirem esse prazer comigo.

******

Chantal

Assim que ele entra começa a observar tudo ao seu redor novamente, ele fica parado por muito tempo olhando cada porta retrato e cada bibelô. Eu paro ao seu lado antes de seguir para a cozinha e começo a explicar os momentos de cada foto.

— Essa sou eu, com cinco anos. — Aponto para a foto onde estou segurando meus cabelos divididos ao meio, ergo para o alto cada lado do rabo de cavalo, ao mesmo tempo que estou sentada na bicicleta minúscula entre minhas pernas.

— Essa é minha avó e eu com doze anos.

Nessa foto estamos as duas sentadas no jardim de frente a nossa casa, eu seguro um picolé nas mãos e minha avó segura outro, tanto eu quanto ela sorrimos tão abertamente que é possível contar todos os dentes em nossa boca apenas pela imagem.

Pierre assente em silêncio e agora observa as fotos onde eu já estou mais velha.

— Essa sou eu e minha turma da escola, ao meu lado estão Henri e Mirelle, tínhamos por volta de dezesseis ou dezessete anos, não me lembro ao certo. Mirelle você sabe quem é, ela também trabalha no café.

— Vocês são muito amigos? — Pierre pergunta, ao apontar para mais umas duas fotos na parede onde divido com Henri.

— Sim, nós éramos muito mais na adolescência, depois Henri foi embora, e voltou não tem muito tempo.

E, finalmente, ele deixa de olhar as fotos e aponta para casa.

— Sua avó, onde está?

Suspiro e olho ao redor junto com ele, essa casa é tão viva, é possível senti-la em cada canto, cada detalhe, cada aroma, cada flor.

— No hospital.

Pierre não diz nada, mas tem um olhar investigativo, e mesmo sem perguntar, sei que ele quer saber mais.

— Ela teve uma AVC quatro meses atrás e desde então está lá.

— Sinto muito.

Eu balanço minha cabeça sem ter muito mais o que dizer.

— É para lá que você vai toda vez que sai?

— Toda vez que saio? — investigo, na maioria das vezes eu saio e não o vejo, como ele sabe toda vez que eu saio?

Pierre muda sua postura e pega na mão uma das bailarinas de porcelana da minha avó, antes de falar:

— Eu vi você saindo outro dia.

— Sim, se eu não estou no café, estou no hospital.

Pierre aquiesce e devolve o bibelô ao lugar.

— Sua avó está melhorando?

— Não — falo, num tom baixo. — Eu nunca disse isso em voz alta para ninguém, mas a cada dia que passa, eu tenho menos esperança que ela melhore, ao que parece a lesão em seu cérebro foi profunda demais, ela está viva, mas em coma desde então.

— Você não tem mais ninguém? — ele investiga, suavizando o grave de sua voz, inclinando levemente a cabeça para frente.

Balanço a cabeça negando, porque eu não tenho. Minha mãe apesar de viva e bem, e mesmo agora que sei onde mora, não é alguém que quero na minha vida.

Nossa, quem é que eu quero enganar! Ela é que nunca me quis em sua vida, e agora já estou acostumada demais para o contrário.

Pierre segura uma mão na outra, observo seu movimento e reparo que as mangas de sua blusa são exageradamente compridas, elas chegam quase aos seus dedos. Em seguido ergo um pouco meu olhar e noto que suas camisetas são todas com gola alta e justa, apertadas ao seu pescoço.

Penso que todos temos nossos demônios escondidos debaixo da cama.

— Como conseguiu essa cicatriz? — Levanto o dedo indicando a marca em seu rosto.

Ele se mexe inquieto e volta a olhar as fotos.

Considerando que ele me fez várias perguntas, sinto-me no direito de fazer essa. Não vou perguntar o que ele esconde atrás de suas roupas, mas tenho certeza que existe algo. Pergunto apenas da marca que é visível para qualquer um que olhe em sua face.

— Foi num acidente.

— Faz tempo? — Ele fica de costas para mim.

— Sim, muito tempo.

— Acidente de que? — insisto.

Ouço ele suspirar e depois responder:

— De carro, quinze anos atrás.

Quinze anos? O mesmo tempo que ele tem aquelas orquídeas? Será que foi assim que começou a ter esse hobby, será que tem algo a ver com o acidente? Desisto de perguntar qualquer coisa mais, porque tenho a impressão que sua história é longa e não queira dividir com uma estranha, assim como eu também não quero dividir o que mais me dói com ele.

— Vamos comer? Estamos aqui para isso e não para falar dos problemas da vida, não é?

Saio para a cozinha e tento levantar o astral novamente, abro minha geladeira e mostro para ele que ainda está farta, tiro dois pratos dela e levo até o micro-ondas para aquecer, depois disso procuro por uma garrafa de suco, mas não encontro nenhuma, então corro até o quintal e colho meio saco de amoras da amoreira mais antiga da minha avó.

Pierre assiste o meu andar de um lado para o outro em silêncio e eu sorrio algumas vezes para ele. Quando termino de preparar o suco, coloco-o também sobre a mesa junto de nossos pratos, para matarmos a fome que já me consome e imagino que a ele também.

— Obrigado — ele diz, recebendo seu prato de minhas mãos.

Ele come devagar, apreciando o sabor da comida, elegantemente. Já eu, sou mais esfomeada e acostumada a estar sempre atrasada, enfio uma garfada depois da outra na boca e como se isso não bastasse ainda começo a falar nesse meio tempo.

— Você vai trabalhar na construção da nova estrada? — pergunto, levando a boca uma golada de suco de amora.

Meu Deus, estava com muita fome.

Ele junta suas sobrancelhas, confuso.

— Nova estrada?

— Sim, é por isso que está em Lores, não é? Você foi contratado por aquela empresa grande de construção, ouvi dizer que ela contratou vários trabalhadores de outras cidades, mas eles estavam alojados na cidade vizinha — completo, tentando me lembrar quem me deu essa informação. — Não, quis ficar lá? 'Preferiu alugar uma casa aqui? Quando as obras começam? — pergunto e continuo a comer.

— Eu... eu...

— Você... — espero por sua resposta.

— Na verdade, eu não tenho um trabalho. — Pierre informa, e vejo alguns vincos se formarem em sua testa.

Coitado! Está desempregado?

— Eu pensei... bom, é difícil ver um rosto novo na cidade, por isso achei que trabalharia lá.

Ele move a cabeça de um lado para o outro, negando.

— Então, o que veio fazer aqui? — pesquiso.

— Eu... eu...

Paro de mastigar para ouvi-lo, ele gagueja e passa uma das mãos pelos cabelos, e começo a pensar o que tem por trás de sua chegada a cidade.

— Eu... perdi meu último emprego — ele fecha os olhos e pensa por uns segundos antes de abri-los novamente —, meu amigo me disse sobre essa tal empresa de construção e foi ele quem alugou essa casa da frente para mim, mas quando eu fui até lá, a empresa já havia preenchido todas as vagas de trabalho.

— Ah, que pena! E agora, como vai fazer?

— Eu... a casa da frente está paga por esse mês, então... então... acho que vou ficar e se eu não arrumar nada por aqui, vou para outra cidade.

É engraçado como a gente sempre acha alguém numa situação pior que a nossa, quando eu imagino que minha vida já é uma das piores em Lores, esse forasteiro aparece na minha frente com uma ainda pior que a minha.

— Sinto muito, ficar sem trabalho hoje em dia é tão difícil. Posso sondar pela cidade e descobrir se tem vaga aberta em algum lugar.

Seus olhos estão mais abertos que de costume, ele parece espantado.

— Não precisa se incomodar, é possível que eu fique apenas durante esse mês na cidade.

— Para onde vai?

Ele dá de ombros sem responder.

Eu não consigo explicar, mas uma sensação estranha me atinge quando ele diz que mês que vem não estará mais aqui.

Voltamos nossa atenção para nossos pratos e quando estamos próximo de terminar escuto uma batida forte na porta.

Pierre vira seu rosto em direção a porta e eu me levanto para ir até lá e descobrir quem é. Sinto arrepios percorrer todo o meu corpo, porque com minha avó no estado em que está no hospital, cada ligação que recebo e cada batida na porta que ouço, sinto sempre como um prelúdio da pior notícia que posso receber.

Assim que escancaro a porta dou de cara comHenri com um sorriso imenso nos lábios.





07/05/2018 - 21h00

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