Autistic Heart ▶ Ji Kook

By savemesuga

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[2016] "De todos os jeitos que você poderia ter nascido, você nasceu assim... Sendo você... E é meu jeito pre... More

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Epílogo
1 ( 2° temporada )
2 ( 2° temporada )
3 ( 2° temporada )
4 ( 2° temporada )
5 ( 2° temporada )
6 ( 2° temporada )
7 ( 2° temporada )
9 ( 2° temporada )
10 ( 2° temporada )
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13 ( 2° temporada )
14 ( 2° temporada )
15 ( 2° temporada )
16 ( 2° temporada )
17 ( 2° temporada )
produto novo de Autistic Heart

8 ( 2° temporada )

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By savemesuga

J I M I N

Como esperado, depois de sua crise, Jungkook caiu em um sono pesado. Isso acontece todas as vezes, ele gasta toda sua energia nisso e depois acorda desnorteado sem entender o que aconteceu. Eu também dormi muito tempo junto a ele, já tinha se passado a hora do almoço e tudo.

Levantei-me da cama sem pressa e fui até o banheiro do quarto, procurando entre as prateleiras alguma coisa que pudesse ajudar na ardência do meu rosto. Estava totalmente arranhado e com algumas partes com leve inchaço. Suspirei cansado assim que limpei todo o sangue seco e aproveitei para tomar um banho rápido.

Minha cabeça estava um caos, toda vez que acontecia coisas como essas logo em seguida um sentimento de culpa me invadia, era inevitável. Na maioria das vezes eu não conseguia acalmar-lhe, pois cada crise é diferente da outra e eu nunca estava preparado para elas. O maior tormento era ver meu marido sofrendo e eu não poder ajuda-lo em muita coisa.

Depois do meu banho vesti uma roupa confortável e saí do quarto. Meu dia de folga não começou dos melhores e eu espero que, pelo menos, termine bem.

- Cadê ele? - Hani perguntou assim que eu desci as escadas.

Suspirei cansado e me joguei no sofá, bagunçando os cabelos de modo irritado.

- Está bem... Está dormindo agora, acho que irá acordar só à tarde.

Hani concordou com a cabeça e sentou-se no sofá ao lado.

- Ele estava melhor esses tempos, nunca mais tinha acontecido. - Comentou, pegando o controle da televisão e ligando em um canal qualquer.

- É, eu sei. Foi vacilo meu. - Formei um bico descontente nos lábios. - Isso de passar muito tempo fora, e com o lance do jantar, foi muita burrice da minha parte.

- Uhum, foi mesmo. - Respondeu de forma despreocupada já que toda sua atenção estava na novela.

- Diga-me: o que faria no meu lugar para se desculpar?

A mulher pareceu pensar bastante, aparentemente nada vinha em sua cabeça.

- Ai, Jimin. Sei lá! Vai dormir também. - Disse, balançando a cabeça e prestando atenção na novela novamente.

- Nossa, como você é chata, sua velha. - Resmunguei.

- Velha é a sua mãe, eu sou só quatro anos mais velha que você.

- Olha as novelas que você assiste... - Apontei pra televisão e lhe olhei com desdém. - Me diz se não parece coisa do século passado!

- É porque a novela se passa no século passado. Você é burro? - Revirou os olhos e jogou uma almofada em meu rosto.

- Aham, tá. Velhas sempre dão desculpas de velhas. - Deitei a cabeça no sofá e fechei os olhos.

- Às vezes tenho vontade de te matar. - Ela disse por fim, relaxando e voltando a assistir TV.

- Hey, Hani... - Sorri ao imaginar sua cara com a seguinte pergunta: - Você já deu o tiro na macaca, né?

Longos segundos de silêncio foram feitos até ela desferir um tapa na minha perna.

- Está me chamando de encalhada, sua peste? - Sua expressão ficou impagável.

- Eu? - Me fiz de desentendido. - Jamais. Sei de nada.

Coloquei os braços atrás da cabeça e fechei os olhos, relaxando bastante e aproveitando do tempo que me sobrava, porém eu sabia que Hani me olhava e eu não pude deixar de rir.

- Que é? - Abri somente um olho e observei seu rosto corado.

- Sabe... É que amanhã eu tenho um jantar pra ir e... E... Eu... - Mordeu os lábios, totalmente envergonhada.

- Desembucha.

- Quero pedir uma folga. - Disse, soltando todo o ar de seu pulmão.

- Ai, fala sério! - Revirei os olhos. - Como se você precisasse pedir.

- É claro que preciso, você é meu patrão.

- Sou seu patrão nada. Minha mãe que te contratou pra cuidar de Jungkook.

- Mas é você quem paga meu salário. Então, é meu patrão.

- Pago, é claro. Você é doida! Quer limpar a casa, lavar roupa, fazer comida. Essas tuas novelas estão te influenciando demais sobre a escravidão.

- Jimin? - Me chamou e eu a encarei. - Vai pra merda.

- Olha como você fala com seu patrão.

Ela ia me dar outra resposta se não fosse pelo grito que Jungkook deu lá do quarto.

- EU QUERO DORMIR!!!! - Exclamou o rapaz.

Hani arregalou os olhos e se encolheu no sofá.

- Ih, ele acordou. - Falei risonho, ficando de pé e jogando uma almofada na mais velha. - Você acordou o princeso.

- Culpa sua que me perguntou se já dei o tiro na macaca.

- Vai ficar pra titia. - Cochichei, correndo pelas escadas e tentando fugir dela.

Enquanto ela gritava alguma coisa ofensiva pra mim, apenas caí na gargalhada no meio do corredor.

Hani está conosco há tanto tempo que todos já criamos intimidade. Sou muito agradecido por toda sua ajuda pois desde tão nova foi chamada pra ajudar Jungkook e até hoje está aqui. Um dia irei lhe agradecer de forma certa.

Coloquei a mão na maçaneta e abri a porta, fazendo uma pose de cavalheiro e olhando para o rapaz deitado na cama com um bico enorme nos lábios.

- A que devo a honra do grito do rei de Arendelle? - Perguntei, brincalhão.

- Tu. - Respondeu, abraçando seu travesseiro.

- O que eu, um mero plebeu, fez? - Adentrei o quarto, trancando a porta e indo em direção a cama.

- Mim deixou sozinho. - Fungou triste. Deitei ao seu lado e baguncei seus cabelos lisos e negros.

- Mim não entender sua língua, mim ser índio de outra tribo. - Gargalhei, em seguida dando um beijo em seus lábios gelados.

- Desculpe... - Encarou meu rosto de uma forma triste, passando a ponta de seus dedos pela minha bochecha arranhada.

Sabia o que se passava pela sua cabeça. Quando ele voltava ao seu temperamento normal lhe vinha o sentimento de culpa e todas outras coisas enchiam sua mente. Meu plano era sempre tentar fugir desse assunto, fingir que nada aconteceu até que ele esqueça.

- Não vem com essa conversa não, homem de Deus. - Lhe puxei para meus braços e coloquei sua cabeça no meu peito. - Por que já acordou?

- Tu não cala a boca. - Resmungou chateado por eu ter atrapalhado seu sono.

- Mas será possível que não se pode conversar nessa casa? - Perguntei brincalhão e ele me deu a língua, fui rápido o suficiente para deixar uma mordida em seu lábio.

Ele iria reclamar da força, mas antes que isso acontecesse lhe beijei, juntando nossos lábios com calma, sentindo suas mãos me agarrarem os cabelos da nuca. Seus lábios finos e macios eram como um paraíso. Quando lhe pedi passagem e ele cedeu logo pude desfrutar do sabor da sua boca, nossas línguas quentes dançavam algo tão belo que era uma sincronia perfeita, como se tivessemos sido feitos um para o outro.

E de fato, Jungkook e Jimin foram feitos um para o outro.

- Você tá beijando cada vez melhor, isso que dá ser treinado pelo profissional aqui. - Me gabei, roubando mais um selinho dele.

- Eu aprendi no copo de gugute. - Deu de ombros, soltando-se de meus braços e saindo da cama.

Franzi o cenho, totalmente ofendido com sua confissão e sentei-me rapidamente. Ele sequer deu importância para minha expressão, caminhou até o guarda-roupa e procurou algo por lá.

- Como assim você aprendeu a beijar usando um copo de iogurte? Tem vergonha nessa cara não, Jungkook?

- Não... - Se virou em minha direção e sorriu travesso. - Hyung.

- Não quero papo com você. - Me deitei novamente, virando para o lado oposto.

- Hyung... - A voz soou manhosa e pude sentir a cama afundar. - Deixa eu pintar sua unha.

Puxou meu braço com delicadeza, mas eu não deixei.

- Vai lá beijar seu copo de iogurte.

- É só um gugute. - Fungou, completamente magoado.

- Tá, mas eu não quero pintar as unhas. - Olhei pra trás, vendo o esmalte amarelo em sua mão. - E essa cor é feia.

- Feio é tu.

- Você que é. - Respondi.

- Então pinta minha unha. - Ele pegou minha mão e colocou o esmalte.

- Mas essa cor é feia. - Respondi emburrado, olhando para o amarelo em minha mão e logo ficando sentado em sua frente.

- E daí? - Ele revirou os olhos.

Olha, que abusado!

- E daí? Que é feio! - Peguei sua mão e deixei sobre minha coxa, abri o esmalte e comecei a passar por suas unhas.

- O esmalte é meu.

- Quem tá pintando sou eu. - Tentei prender o riso assim que vi seu rosto com uma careta de irritação.

- A mão é minha.

- Mimimi... - Revirei os olhos, pegando mais um pouco da tinta e pintando as próximas unhas.

- Chato.

Enquanto eu terminava de pintar suas unhas - que por sinal saiu tudo borrado - Jungkook contava uma história que tinha conseguido ler sobre um homem de lata e etc. Ele estava tão empolgado que eu não quis lhe dizer que já sabia toda a história do mágico de Oz. Era sempre bom incentivar-lhe a ler ou escrever, tínhamos que ficar fazendo isso pra ele não ficasse parado.

Enquanto o esmalte secava ele teimou pra que eu fizesse um penteado legal em seus cabelos. Acabei molhando-os e partindo ao meio, estilo "a vaca lambeu", no caso, ele odiou, mas como estava impossibilitado de usar as mãos acabou por ser obrigado a deixa-los assim.

- Hyung... - Chamou, assim que tudo estava pronto.

- Sim? - Tirei os olhos de um livro qualquer e lhe encarei.

- Você vai trabalhar, amanhã, terça-feira?

- Amanhã é segunda-feira, meu bem. - Beijei sua testa. - Irei trabalhar sim, por quê?

- Eu não quero ficar sozinho.

- Mas a Hani... Ah, não. - Suspirei ao lembrar que Hani teria o dia de folga. - Você quer ficar com o Woong? Minha mãe?

- Não, quero tu. - Deu de ombros e enrolou seu braço no meu.

- Mas, meu bem...

- Me leva pro seu trabalho. - Me olhou com seus olhos gigantes do Gato de Botas e foi quase impossível recusar.

- Meu trabalho é um lugar chato, eu só fico fazendo projetos e atendendo os clientes. - Passei minhas mãos por seus cabelos.

- Deixa, por favorzinho!

- Ah, Jungkook. Por que eu nunca consigo negar algo a você?

- Porque eu sou lindo. - Se exibiu mostrando suas unhas pintadas.

Ri e concordei.

Tudo bem, levarei ele para o meu trabalho.

[...]

- Ah, eu quero fazer uma casinha assim igual tu. - Apontou para a tela do meu computador e depois olhou com curiosidade para os projetos impressos sobre a mesa.

Já estava quase no final do dia. Jungkook veio comigo e desde então não pôde esconder sua admiração por tudo que via. Era óbvio que ele ficou mexendo em muitas coisas e quando eu atendia alguém sempre atrapalhava nossa conversa, mas não foi nada que me deixasse chateado de verdade.

Já que meu escritório ficava em um prédio alto, a parede de vidro era um grande passatempo para ele, às vezes apenas sentava-se ali no chão e observava tudo que via do lado de fora.

- Essas casinhas são chatas de fazer, anjo. - Respondi cansado, jogando minha cabeça pra trás e relaxando na cadeira.

- Deixa eu fazer! Deixa eu fazer! - Rapidamente se sentou em meu colo, o que me fez abrir os olhos rapidamente com o susto.

- Tudo bem. - Bocejei, estava realmente cansado.

Acabei por abrir uma nova janela do programa e deixar ele fazer o que quisesse. Como esperado, não conseguiu fazer nem uma linha reta já que não sabia os comandos para ativar. A brincandeira toda acabou nos levando a um jogo qualquer de pintar.

Mas com o tempo ali resolvendo algumas coisas, decidi que já era hora de ir embora. Fechei meu escritório e me despedi de outros amigos que trabalhavam ali.

Esqueci de contar que Jonghyun, o meu estagiário - aquele namora Aron, um garoto especial -, acabou se impressionando ao ver Jungkook e saber que ele é autista e que sim, eu sei lidar com alguém especial.

- Vamos pra casa andando? - Jungkook entrelaçou seus dedos nos meus e começou a caminhar alegremente para fora do prédio.

- Andando? - Fiz uma careta. - Nosso carro está bem ali.

- Mas eu quero ir na sorveteria comprar sorvete de limão.

- Mas a gente pode ir na sorveteria de carro.

- Mas ir andando é mais legal.

- E ir de carro é mais rápido!

- Então eu vou sozinho. - Soltou minha mão e cruzou os braços, caminhando pela calçada, sem saber o caminho certo.

- É pelo outro lado. - Falei sem emoção.

Ele apenas deu meia volta e passou por mim novamente, com seu nariz empinado.

Resmunguei, bati os pés e gritei internamente. Olhei para o meu carro estacionado e quase pude sentir a lágrima descer de meus olhos.

- Tchau, bebê. Amanhã o papai vem. - Me despedi do carro e formei uma cara irritada, logo andando atrás de Jungkook.

Todo o caminho Jungkook vinha me fazendo gracinhas até que minha irritação tivesse passado. Passamos na sorveteria e compramos o bendito sorvete de limão.

- Olha essa roupinha para coelhos, vamos comprar para o Aikoda? - Observou a roupinha da loja de animais.

- Jungkook, amor. Estamos em tempos de vacas magras, não tenho dinheiro. A crise chega até para os mais bonitos como nós dois. - Beijei sua bochecha e ele somente concordou com uma cara chateada.

O caminho até em casa não era tão longo, porém se tivéssemos ido de carro já teríamos chegado há bastante tempo. O céu já estava escuro e nosso bairro estava pouco movimentado.

Ao chegarmos na nossa rua, já podia ser avistada a nossa casa. Todas as luzes estavam apagadas, isso indicava que Hani já havia saído.

- Será que a Hani linda deixou alguma coisa pra gente comer? - Jeon perguntou enquanto lambia seu outro sorvete.

Suspendi a sobrancelha e lhe olhei de lado, pronto para rir.

- Você tá comendo nesse exato momento e já está pensando na janta? - Passei o braço por seus ombros.

- Sim. - Falou com indiferença, tirando seus olhos do sorvete e olhando para frente. - Hyung....

- Diga, meu bem.

- Tu chamou visita? - Ele continuou com sua atenção para frente.

- Eu não, por quê?

Ele nada respondeu, apenas apontou seu dedo para a entrada de nossa casa onde uma mulher com vestes rasgadas, muito magra e aparentemente sem muita saúde, apertava insistentemente a nossa campainha.

Franzi o cenho e coloquei Jungkook atrás de mim, andando em direção a nossa casa.

- Oi? Você precisa de algo?! - Perguntei com a voz um pouco alta já que não estávamos tão perto assim.

A mulher nos olhou assustada e negou rapidamente com a cabeça. Segurou com força o cesto que tinha em seus braços e continuou a apertar a campainha com mais desespero.

- Calma, nós moramos aí. - Senti Jungkook apertar minha mão com força, também se assustando com a situação. - Se você quiser alguma ajuda nós faremos o possível.

Ela nos encarou de cima abaixo, prestando atenção principalmente em nossas mãos coladas. Depois, todo seu olhar foi para nossa casa, pareceu suspirar aliviada, então a única coisa que fez foi abandonar o cesto no chão e fugir... Fugir para bem longe, e eu nunca mais encontraria ela.

Oiiiiiii, que saudades eu estava de vocês.

Me perdoe a demora, se acostumem, vai ser assim daqui pra frente :(

As coisas na faculdade começaram a pesar mesmo, acabei de sair da semana de provas e daqui duas semanas entro em semana de provas de novo. No momento estou bastante infeliz comigo mesma por não ter me saído bem, mas tenho plena consciência de que a culpa é totalmente minha. Até andei pensando em desativar minha conta para poder me focar mais nos estudos, porque as coisas estão simplesmente PUNK.

Dica: não faça como a Anny, não deixe para estudar só perto da prova, estude TODOS os dias.

Esse lance de estudar só na semana da prova só funcionava no ensino médio, hoje em dia eu ando levando uns tapas na cara da faculdade, e olha que já estou na metade e agora que vim criar vergonha na cara.

Por favor, estudem.

Mas se vocês não quiserem estudar tudo bem, ninguém é obrigado a nada kkk

Enfim, o que acharam do capítulo?

Até a próxima, amo vocês.

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