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— dia 11: grave o motivo do teu orgulho.
(ouve-se muito barulho. vozes e risadas. um anfiteatro enorme. várias cadeiras posicionadas em direção ao palco)
— já ta gravando?
(uma voz conhecida pode ser ouvida)
— sehun, eu já te disse que sim.
— não, você não disse.
— aish.
(a câmera se move e gira cento e oitenta graus a esquerda. a fileira de cadeiras se estende até a parede, e nelas, vários garotos estão sentados)
— a primeira vez em que a gangue toda 'ta em cena.
(a lente é apontada para o garoto mais próximo a direita. cabelos loiros e sorriso largo)
— não nos chame de gangue, jongdae.
(o garoto ri)
— você acha que somos o que? um grupo jovem?
(o garoto mais a direita entra na conversa)
— boa, minseok.
(ambos riem)
— nós temos uma amizade saudável.
(alguém grita a esquerda)
— alguns fumam drogas e afins.
(chanyeol resmunga)
— aish, como vou mostrar isso pros meus futuros filhos?
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(o ambiente está escuro. toda luz é refletida no palco)
— certo, o meu orgulho...
(o cinegrafista ri baixinho. os murmúrios atrapalhando o som do microfone)
— shiu, me deixem ouvir, porra.
(o barulho diminui um pouco)
— agora chamamos: byun baekhyun.
(a voz no microfone é abafada pelo som dos gritos)
— ai meu bebê.
(o zoom é dado em baekhyun. vestido numa beca, e segurando seu canudo, enquanto sorri em direção ao fotógrafo)
— cara, ele é seu namorado, não seu filho.
(a câmera é jogada no colo de jongdae)
— aish, onde está o jongin pra gravar?
(o zoom é retirado. o foco agora é o garoto alto em pé, aplaudindo e gritando o nome do namorado)
— tão bobinho...
(a imagem volta a ser o pequeno no palco, mandando beijos na direção em que estavam)
— chanyeol foi massacrado.
(o grandão cai de volta na cadeira. o foco em seu rosto, distorcido pelo seu sorriso)
— eu fui massacrado.
(ouve-se risadas)
— como você está se sentindo, seu babão?
(a imagem treme algumas vezes pela risada do garoto com a câmera)
— cara, eu vi ele se formar no ensino médio, e agora 'to vendo ele se formar na faculdade e-
(o zoom é dado em seus olhos lacrimejando. e logo depois nos garotos curiosos atrás dele. todos com um biquinho no rosto)
— e eu quero presenciar todos os momentos de sucesso que ele tiver.
(o grito de jongdae abafa o de todos os outros, por ele estar mais perto do microfone. chanyeol ri enquanto limpa os olhos)
— isso foi lindo, cara.
— o baekhyun vai fingir vomitar e depois chorar.
— isso é a cara dele.
— mas ei, vocês acham que tem alguma coisa dentro do canudo?
— não, é só pra foto.
— realmente, o certificado você pega depois da-
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(a música é alta, as luzes coloridas confundem o foco e o garoto na imagem está sorrindo muito)
— diga suas belíssimas palavras.
(baekhyun ri. ele não parece tão sóbrio)
— eu, a partir de hoje, sou um cara formado em engenharia química.
(tanto ele, quanto o cinegrafista riem)
— e o que mais?
(ele sorri)
— e eu sou seu namorado.
(o garoto da um passo em direção a lente)
— e o que mais?
(ele gargalha)
— e eu to bêbado pra caralho.
(ele fecha os olhos e levanta os braços)
— você está, e eu namoro um engenheiro.
(os olhos se abrem)
— uh, serio?
— eu posso jurar.
(baekhyun se aproxima)
— desliga isso.
— por que?
(ele faz um biquinho)
— você sabe... eu quero abraçar você, fingir que te odeio e depois chorar um pouco.
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