Após duas semanas depois de se despedir de Max, Beatriz tinha voltado a sua rotina de estudos. Sempre que podia, ia até o morro onde o conheceu, admirar o céu.
Todas as vezes que olhava, via um grupo de estrelas brilhar intensamente, mais do que as outras. Ela tinha a certeza que era ele, todo o seu corpo e alma afirmavam isso.
Com o passar do tempo, mesmo estando na janela de casa, percebeu que podia ver Max com clareza, pois nem o brilho de toda a cidade era capaz de ofuscar o amor que sentia por ele. Ficou grata por conhecê-lo e tinha certeza que nunca iria encontrar alguém como ele, não pelo fato de ser uma estrela, mas por tê-la cativado tanto, e de uma forma tão avassaladora.
Após se arrumar e aprontar as coisas para mais um dia de aula, Beatriz saiu de casa. O dia de entregar o trabalho já tinha chegado e ela gostou dos resultados que encontrou, a terra era fértil e a variedade de plantas era grande, o que na certa, lhe traria um dez.
— Bom dia, professor Emerson, aqui está — disse após entregar o material e os relatórios — Encontrei ótimos resultados e o lugar é muito bonito.
— Maravilha, o que você encontrou por lá?
Beatriz fechou os olhos e sorriu, lembrando de tudo, como conheceu Max, o jeito como ele ficou sem graça após assustá-la, a maneira como pegou sua mão para lhe convencer a olhar o céu deitada no chão, do seu abraço afetuoso e seu beijo que a deixou extasiada.
— Eu encontrei o amor, professor. Amor pelas estrelas.