Algo maior do que nós dois

By Lari_Plisetsky

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Há quem diga que os relacionamentos se desgastam com o tempo. Bom, este não era o caso de Yuri e Otabek. Aind... More

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Aleatory

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By Lari_Plisetsky

CHEGAY! Então gente, era para esse cap ter saído antes, mas eu fiquei sem meu celular desde segunda, por isso, só finalizei ele agora. Ele é o maior cap até agora, tô bem orgulhosa kkkkk Eu não sei se vou poder postar essa semana pq vou fazer duas provas bem importantes, mas vou tentar.

Boa leitura

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— Eu gostaria de poder manter suas esperanças, senhora James — Otabek dizia, ainda que apreensivo. — Mas receio que nossa situação não é a mais favorável.


Elizabeth James era sua cliente no momento, uma ômega que após anos de agressões físicas resolvera denunciar o marido. Era um caso muito comentado no momento, visto que seu esposo pertencia à elite de Vancouver.


A situação era ainda mais delicada pelo fato do casal possuir dois filhos pequenos, e a mulher queria a guarda de ambos a qualquer custo.


— M-Mas — A ômega de cabelos castanhos tremia. — Ele tem que pagar pelo o que fez! Como ele pode ficar impune?


— Eu não diria "impune". Também quero que ele pague pelo o que fez para a senhora — Começou, sentindo-se extremamente frustrado com a situação. — Mas depois de anos de experiência, eu sei como esses casos funcionam. Seu marido contratou um advogado experiente, e o juiz que está cuidando do caso não é muito imparcial. Que ele será preso não há dúvidas, mas talvez a punição não seja a que um agressor como ele realmente merece. Não quero que perca sua motivação, mas precisa ficar avisada caso as coisas não saiam como o planejado.


A mulher abaixou a cabeça, frustrada.


— E os meus filhos?


— Muito provavelmente a guarda será sua, mas a família de seu marido também pode vir a recorrer na justiça. Quanto a isso, não deve se preocupar muito, já que normalmente a mãe é a primeira opção nesses casos. — Tranquilizou-a.


Ainda que quisesse manter a calma, estava quase tão chateado quanto sua cliente. Havia escolhido aquela profissão para levar justiça à casos como aquele, e sentir-se impotente daquela maneira lhe trazia uma sensação amarga de frustração.


Diversos casos de agressão contra ômegas mal chegavam a ser relatados por medo das próprias vítimas. E quando eram, muitas vezes os criminosos conseguiam se safar com uma pena mínima, alegando terem sido "tomados pelo seus instintos".


Ainda que o povo insistisse que existia equidade entre todos os gêneros, estavam profundamente enganados. Séculos haviam se passado, mas ômegas ainda continuavam à mercê da boa vontade dos alphas.


Sentiu um cheiro forte de baunilha emanar da mulher. Mesmo que não fosse ruim, era impossível que sentisse o mínimo de atração, já que ele próprio possuía um vínculo e Elizabeth era uma ômega marcada.


— Senhora James, seus feromônios... — Avisou, tampando o nariz e a boca e emanando um pouco do próprio aroma para espairecer.


A mulher corou, mal tivera noção do que estava fazendo até cheirar o próprio pulso.


— Me desculpe! — Exclamou, controlando os feromônios. — Ultimamente meu cheiro tem se descontrolado muito, às vezes sem nenhum motivo... É realmente constrangedor.


Otabek iria dizer algumas palavras para acalmá-la, mas parou. Aquilo vinha acontecendo muitas vezes?Mesmo sem estímulos? Uma informação como essa poderia não lhe servir de nada, a não ser que...


— Senhora James, as agressões que seu marido cometia contra você eram somente físicas, certo? — Indagou, levantando de leve uma das sobrancelhas.


Vira o rosto redondo da ômega adquirir uma cor pálida, seu cheiro indicava apreensão.


Casos de ômegas marcados eram complicados. Ainda que o alpha fizesse as maiores atrocidades, alguns preferiam omitir certos detalhes na esperança de "protegê-los". Ninguém poderia culpá-los, a ligação do vínculo era forte demais, e piorava com casais juntos há muito tempo.


Se estivesse certo, aquela alteração repentina nos feromônios ia muito além do que um simples problema nas glândulas.


Algumas lágrimas escorreram pelas bochechas gordinhas da mulher, acertara na mosca.


— E-Eu... — Soluçou. — Eu não queria...


— Se acalme — Segurou uma de suas mãos, na intenção de tranquiliza-la. — Você é a vítima aqui. Nada do que aconteceu foi sua culpa, mas eu preciso que seja sincera comigo. Se quer que aquele homem pague pelo o que te fez, precisa me contar tudo com os mínimos detalhes, nada deve passar batido. Me responda: Ele somente cometeu agressões físicas?

Elizabeth respirou fundo, sua expressão se tornando mais calma, porém, ainda tensa.

— Não... — Respondeu, a voz já baixa soando ainda mais inaudível.

— Seu marido já a induziu a entrar no cio contra sua vontade? — Perguntou, vendo a mesma estremecer.


— S-Sim...


— Quantas vezes isso aconteceu? — Anotava tudo em seu bloco de notas.


— Muitas vezes, mais do que posso contar. Em praticamente toda briga que tínhamos ele forçava sua presença em mim, eu entrava no cio e... Bem... Você deve presumir o que acontecia — Terminou, voltando a chorar baixinho.


Otabek voltara a consolá-la. O assunto era ainda mais delicado e, ao mesmo tempo em que isso o ajudava a ter mais motivos para prender aquele criminoso, se sentia de coração partido pela situação.


— Escute... Está tudo bem. Meu objetivo é ajudar você a prender esse canalha, e não vou descansar até ele pagar pelo o que lhe fez.


— Me desculpe, você está sendo tão bom comigo e eu nem consigo te relatar tudo o que aconteceu sem começar a chorar — Levou os dedos até os olhos marejados, enxugando-os.


— Por favor, não se desculpe sobre isso. Aliás, você acabou de revelar algo que deixara nossa situação mais favorável perante a corte.


— Como assim? — Questionou a ômega, encarando-o de forma confusa.


— Escute, já ouviu falar em Hans Voyer — Perguntou, vendo a ômega balançar a cabeça em negação. — Ele era um omegalogista, brilhante por sinal. Voyer descobriu que o sistema reprodutor de um ômega era completamente afetado após uma série de cios induzidos à força. Os cios naturais começavam a vir completamente desregulados, assim como a produção de feromônios. Às vezes o ômega poderia estar completamente controlado, livre de qualquer influência e seu cheiro ainda seria liberado de maneira compulsória, sem que pudesse contê-lo.


Pelas pupilas, a mulher parecia estar realmente surpresa.


— Acredito que saiba que induzir o cio em um ômega contra a sua vontade é um crime grave, ainda que este seja seu parceiro. Se fizermos alguns exames e provarmos que seu marido fez isso com você ao ponto de afetar seu organismo, vamos ter uma carta na manga e mais um motivo para mandá-lo para a cadeia.


A morena ainda se encontrava perplexa, e podia entender, era um verdadeiro choque.


A síndrome de Voyer não era um assunto muito comentado, muitas vezes pela vergonha sentida pelos próprios ômegas. Perder o controle sobre seu organismo era frustrante, principalmente em um mundo onde já corria riscos sem aquilo.


Existia um tratamento intensivo e alguns remédios de custo um tanto caro que ajudavam na recuperação das condições normais das glândulas e dos aparelhos reprodutores. Contudo, quanto mais tarde a doença fosse diagnosticada, mais difícil seria tratá-la.


— Tem certeza de que isso pode nos ajudar? — A ômega parecia querer ter certeza, tamanha era a sua apreensão.


— Uma pessoa muito importante pra mim me disse que minha teimosia era a chave do meu sucesso... Quer me ajudar a provar que ele estava certo? — Sorriu, confiante, vendo um brilho de esperança tomar os olhos de sua cliente.


— Quero.


E aquele brilho, que gritava por justiça, talvez fosse a razão por Otabek amar tanto sua profissão, por mais exaustiva e cansativa que podia ser.




(...)




— Isso, primeira posição... Segunda... Terceira... Quarta... — Yuri orientava seus alunos enquanto estes se exercitavam com o auxílio da barra.


Sua barriga começava a se tornar cada vez mais visível e Lilia o alertou que logo teria de pedir a licença-maternidade para se dedicar unicamente ao bebê. Contudo, lhe partia o coração o fato de que não daria aula aos seus alunos por um bom tempo, ainda que pudesse estar com eles até a apresentação de fim de ano, organizada na própria escola.


— Tudo bem, turma, por hoje é só — Bateu as mãos, indicando que a aula acabara. — Mas antes de irem embora, preciso dar um aviso para vocês.


— O que aconteceu, tio Yuri? — Nancy, uma pequena ômega de cabelos castanhos e cheio de pequenos cachos, perguntou.


— Talvez, daqui alguns meses, eu não vou poder mais dar aula para vocês durante um tempo.


Uma onda de murmúrios e lamentações ecoou pela sala, e Yuri não sabia se ficava feliz por saber que era tão querido por seus alunos ou triste por não poder voltar a estar com eles por certo tempo.


— Calma, calma, eu vou voltar para cá assim que eu puder, mas outro professor vai ficar responsável por vocês enquanto isso — Acalmou-os, embora aquilo não tenha adiantado muito.


— Mas por que, tio Yuri? — Annie questionou, fazendo um leve beicinho que sempre tomava sua face quando estava chateada.


— É por que eu vou ter que me dedicar pra outra pessoinha durante esse tempo, um bebê, e ele não é tão forte que nem vocês ainda, então vou precisar ficar com ele durante um tempo até poder vir voltar a dar aula — Sorriu, vendo expressões ainda mais confusas tomarem os rostos dos pequenos.


— Tio Yuri, você comeu melancia? — Mike, um beta um de cabelos loiros, perguntou.


— O que?


— Minha mãe me disse que quando uma pessoa precisa parar de trabalhar por um tempo pra cuidar de um bebê, é porque ela "comeu melancia" — O menor explicou e o ômega mais velho teve de se segurar para não explodir de rir.


— É, eu comi melancia, Mike — Concordou, observando os olhares atentos que os menores lhe dirigiam. — Por isso, vou ter que ficar longe de vocês por um tempo.


— Mas a gente pode cuidar do seu bebê, tio — A pequena morena insistiu. — Quando meu papai teve meu irmãozinho, eu ajudei a cuidar dele.


— Fico feliz que você queira ajudar, Nancy — Yuri rira do rostinho determinado da ômega. — Mas eu já vou receber muita ajuda, não precisam se preocupar.


— Do tio Beka, né? — Annie perguntou e todos os presentes soltaram risinhos entre si.


— Sim, e do jeito que ele é um alpha babão, eu não vou passar por nenhuma dificuldade, podem ficar tranquilos.


— A gente vai sentir sua falta... — Nancy disse, tristonha.


— Eu também vou, mas nem pensem que vão ficar de corpo mole, okay? Vou fazer questão de saber se vocês estão se esforçando, mesmo sem mim — Avisou em leve tom de ameaça, vendo alguns de seus alunos rirem. Já estava com saudades de todos aqueles pimpolhos.





(...)





— "Melancia"? — Otabek ria enquanto o loiro relatava a pequena conversa que teve com seus alunos.


— Você acredita? — Terminava de secar os cabelos úmidos com a toalha, havia acabado de sair do banho. — Me surpreendo a cada dia com as explicações que os pais dão sobre "de onde vem os bebês?".


— A minha explicação da fada dos bebês foi bem mais razoável, admita — Brincou, ainda que não desviasse o olhar da tela do notebook.


— Em geral, eu acho todas essas explicações uma droga — Aproximou-se por trás, enlaçando o marido em um abraço e apoiando o queixo em seu ombro. — Quer dizer, todo mundo faz sexo um dia, então por que ficar nessa frescura toda na hora de explicar para as crianças?


— Me lembre de não deixar você sozinho com nosso filho durante tanto tempo.


— Engraçadinho — Deu-lhe um aperto na bochecha, começando a massagear levemente seus ombros. — O que está fazendo?


— Revendo alguns documentos do processo — Escorregou as mãos entre os cabelos negros, parecendo visivelmente cansado. — O julgamento é daqui um mês e meio e acho que temos uma grande chance de aumentar a pena daquele babaca agora. O laudo psiquiátrico já era uma grande ajuda, mas você sabe que o mundo do direito é cheio de omegafóbicos que não se deixam convencer tão fácil, tanto que você quase tem que esfregar as provas na cara deles.




— Você fica tão sexy usando essa linguagem de advogado, sabia?


Começara a distribuir leves selinhos do lóbulo da orelha até o pescoço do alpha. A massagem que fazia cada vez mais intensa, massageando os ombros por cima do tecido de linho.


— Yuri... — Suspirou, já sentindo o desejo se apossando de si. — Mais tarde, okay?


— Não — Respondeu em meio aos diversos beijos estalados. — E você ainda 'tá usando esse terno, parece que quer me enlouquecer mesmo.


— Eu tenho que acabar isso antes, só espera um pouco, certo? — Mordeu o lábio inferior, sentindo o ômega roçar o nariz em seu pescoço.


— A única coisa que você tem que fazer, é dar atenção ao seu marido excitado — Desfizera o nó da gravata alheia, desabotoando os botões da camisa. — Você sempre foi fodidamente gostoso desse jeito ou eu 'tô me apaixonando de novo?


Otabek era um alpha bem controlado, era o que todos diziam, mas Yuri conseguia explodir e sumir com todo o seu controle, como estava perto de fazer naquele momento.


— Bom, já que precisa tanto acabar logo com isso, acho que sei de um jeito em que nós dois vamos ter o que queremos — Disse, colocando-se no meio das pernas de Otabek, encaixando-se entre a escrivaninha e a cadeira em que o alpha estava sentado. Ajoelhou-se no chão, ficando na altura da cintura do moreno.


— Yuri...? — Seu rosto era uma mistura de excitação e confusão.


— Não se preocupe — Começava a abrir a braguilha da calça. — Não acho que um simples boquete vai fazer você perder o foco no seu trabalho, não é, senhor Altin?


Antes mesmo que respondesse, sua voz falhara ao sentir a língua quente do ômega umedecer o tecido de sua box. Yuri dava beijos molhados e sentia seu desejo crescer em cada um deles.


A mão pequena e morna do loiro escorregou para dentro da peça, tocando seu membro já desperto. Soltou um chiado, que provavelmente sairia como um gemido se não tivesse se segurado, vendo um sorriso convencido brotou nos lábios do loiro. Os dedos ágeis e felinos começaram a se mexer, massageando a extensão de seu membro já exposto. Ora o ômega circulava o polegar em sua glande, ora massageava seus testículos.


Tentava se concentrar nos documentos abertos na tela do computador, mas sua visão já era turva, sua respiração ficava ofegante. Contudo, todo o seu resquício de sanidade foi embora ao sentir os lábios do russo tomarem seu membro, engolindo-o por completo e sem hesitação. Revirara os olhos e jogara a cabeça para trás, o russo sempre começava de forma intensa.


Yuri não se encontrava menos envolvido, gemendo de prazer apenas com a sensação do falo de seu marido dentro de sua boca, provocando pequenas vibrações pela extensão.


O loiro não parava por um minuto e o alpha já havia desistido de prestar atenção ao trabalho. Seus instintos já despertavam e o diziam para dar atenção ao seu ômega. Levou as mãos até os cabelos dourados, agarrado-os com força. Yuri pareceu gostar disso, os lábios se curvando em um sorriso mesmo com a boca totalmente preenchida. A cada segundo sentia ir cada vez mais fundo e sua vontade era de gozar ali mesmo. No entanto, queria dar atenção a Yuri também, portanto, fez questão de separá-lo de seu membro e posicioná-lo em seu colo. Abaixou a calça alheia, retirando o membro desperto do ômega de dentro de sua peça íntima e começando uma masturbação dupla.


— H-Hum, Beka... — Yuri se remexia no colo do outro, empinando o quadril e indicando outra área que desejava receber a atenção do moreno.


— O que? — Chupou fortemente a região da marca, sentindo o loiro arfar pesadamente. — Pensei que era você que ia me fazer o controle, não contrário.


Aquele tom convencido despertou tanto desejo dentro de Yuri que não hesitou em voltar a beijar o alpha ferozmente. Otabek sabia exatamente como brincar com seu ego. Desabotoou o resto da camiseta social do outro, deixando o tronco definido à mostra. Umedeceu os lábios e traçou uma trilha de mordidas e chupões pela região, enquanto movimentava os quadris em seu colo. Queria toda a atenção dele sobre si, que aqueles olhos negros não desviassem de seu rosto nem por um segundo.


— Vai ficar parado esse tempo todo e me deixar fazer todo o trabalho? — Questionou, estremecendo ao sentir os feromônios de excitação do alpha tomarem ainda mais conta do ambiente, misturando-se com os seus em uma fragrância de luxúria.


Otabek se levantara e o prensara contra a parede. Pode sentir as mãos grandes retirando cada uma de suas peças de roupa, deixando-o totalmente exposto. Os dedos do outro passeavam pelas curvas de seu corpo, apalpando cada centímetro. Amava o jeito como ele o fazia se sentir o ser mais desejado do mundo.


— Se vira... — A voz do alpha soou rouca em seu ouvido, podendo sentir sua entrada se lubrificar ainda mais.


Não hesitou, apoiando-se na parede, tremendo em expectativa. Os beijos quentes do cazaque traçaram uma trilha até sua lombar, onde passou a distribuir mordidas até as nádegas brancas. O ômega mordeu o lábio inferior, adorava aquela tortura prazerosa que só ele sabia proporcionar.


— Já está molhado desse jeito? — Um dos dedos circular sua entrada.


— A-Ah... — Gemeu, rebolando em volta do digito do alpha, pedindo por mais.


Ouvira Otabek se levantar e colar seu peitoral exposto contra suas costas.


— Você quer mesmo ser fodido, não é, Yura? — Aquele voz arrepiou todos os pelos de seu corpo e, por uma fração de segundos, sentiu que poderia gozar só de ouvi-la.


Otabek deixava que seu instinto alpha preenchesse seu ego toda vez em que tinha noção do efeito que causava naquele ômega. Saber que ele o desejava quase tanto quanto ele próprio o desejava.


Contudo, o russo logo achara estranho que Otabek se afastara. Virou as costas, deparando-se com mesmo sentado sobre a cama. Podia ver algumas gotas de suor já escorrendo pelo peitoral definido, exposto pela camisa social desabotoada e amassada. A gravata, uma vez arrumada, encontrava-se pendurada em seus ombros, e a calça social estava presa em suas coxas, bem como sua cueca. Os cabelos negros levemente bagunçados o deixavam um ar desleixado e completamente excitante.


— Vem cá — A fala soou mais como uma ordem do que como um pedido enquanto o moreno dava um leve tapinha em sua coxa.


E em uma fração de tempo, Yuri se encontrava no colo do alpha, levando o membro desperto e inchado diretamente à sua entrada. Sentia ser preenchido lentamente, e aquilo nunca deixava de ser fodidamente delicioso. Mordeu o lábio inferior, mas isso não impediu que um gemido sôfrego escapasse de sua garganta.


As mãos de Otabek se dirigiram até seus quadris, auxiliando em sua movimentação.


— Porra, Yura... — O alpha grunhiu, tomando seus lábios em um beijo desesperado.


Ainda que estivesse cansado, o ômega cavalgava com vigor no membro do moreno, sentindo cada um de seus pontos de prazer serem atingidos de forma certeira. Naquele ritmo, iria gozar em pouco tempo.


Otabek não conseguia desviar os olhos do loiro nem por um minuto. Aquele rosto avermelhado, as mechas loiras úmidas e levemente bagunçadas pela face e os olhos brilhando e lacrimejando em excitação só o davam mais vontade de continuar a fodê-lo e saciar todo aquele desejo.


Yuri se surpreendera ao sentir que fora erguido e prensado contra a parede, mas qualquer vontade de protestar contra aquilo se esvaiu ao sentir o alpha meter dentro de si mais forte e mais rápido do que antes. O movimento atingiu diretamente sua próstata, o que fez um pequeno grito seu ecoar pelo ambiente. Acabara agarrando o tecido das cortinas atrás de si, apertando e sentindo as unhas machucarem as palmas de sua mão.


Era impressionante como o outro conseguia manter o equilíbrio enquanto o segurava contra a parede. Até mesmo naquela situação, ele insistia em garantir que o loiro não ia se machucar. Ainda assim, continuava a se movimentar de forma selvagem dentro se si, não parando nem por um instante.


Sentiu aquela sensação eletrizante ir tomado conta de seu corpo, indicando que iria alcançar o ápice. Apertou mais o tecido, sentindo o orgasmo lhe atingir rapidamente. Contudo, a força com que segurara as cortinas fez com que as mesmas se desprendessem da janela, caindo no chão.


Otabek veio em seguida, liberando seu prazer ainda dentro do marido e apoiando o rosto em seu corpo, respirando pesadamente.


— Vamos precisar de cortinas novas... — Comentou Yuri, sua voz ainda arfante.


Seu ombro vibrou, indicando que o cazaque rira.


— Isso foi bem... Intenso — Disse, colocando o russo no chão.


— Viu? Eu sou bem melhor do que uma pilha de documentos — Sorriu, convencido, vendo o moreno rolar os olhos.


— Okay, acho que você estava certo dessa vez.


— "Dessa vez"? — Debochou. — Eu estou sempre certo, meu amor. Você já devia ter aprendido.


— Parece que temos companhia — Otabek balançou a cabeça, indicando Potya e Shoto deitados na cama.


— O que foi? — Yuri se dirigiu aos gatos. — Nenhum de vocês dois tem o direito de nos julgar aqui. Eu sei bem as safadezas que você faz com o gato da vizinha lá no telhado, dona Potya.


A gata lançou-lhe um olhar aborrecido, parecia até mesmo que havia entendido o que o dono falara.


— E eu aposto que se a gente não tivesse te castrado, iriam ter vários filhos seus espalhados por aí, Shoto — Pegou o gato mais novo nos braços enquanto Otabek ria atrás de si.


— Eu não gostava dessas cortinas mesmo — O alpha comentou, recolhendo o tecido do chão.


— Nem eu... Acho que é um sinal pra gente começar a dar uns ajustes nessa casa para receber o Aleatório — O ômega concordou, ajudando o marido na pequena tarefa, ainda que seus quadris ainda doessem.


— "Aleatório"?


— É como eu resolvi chamar o bebê enquanto a gente não sabe o sexo nem o nome que vai dar — Explicou, rindo da expressão um tanto indignada que tomou o rosto do marido, dando-lhe um selinho em seguida. — Você se acostuma com a ideia.


Otabek pensou em reclamar, mas aquele sorrisinho no rosto de Yuri era covardia. O loiro podia virar sua cabeça de cabeça para baixo, mas nunca conseguia se irritar com ele.

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Beka "Law & Order" é meu fetiche sim! É gente, teve aquele lemon maroto pq ngm vive sem rsrs Espero que tenham gostado, xuxus ❤️ Até a próxima

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