Série Corações Feridos: Não m...

By RayhBennett

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VOLUME IV Para melhor entendimento, aconselho ler: 1 - Corações Feridos; 2 - Você nunca estará só; 3 - O seu... More

Não me esqueça
Um
Dois
Três
Quatro
Cinco
Sete
Oito
Nove
Dez
Onze
Doze
Treze
Catorze
Quinze
Novidades
Dezesseis
Dezessete
Dezoito
Dezenove
Vinte
Vinte e um
Vinte e dois
Vinte e três
Vinte e quatro
Vinte e cinco
Vinte e seis
Vinte e sete
Vinte e oito
Vinte e nove
Trinta
Trinta e um
Trinta e dois
Trinta e três
Trinta e quatro
Trinta e cinco
Trinta e seis
Trinta e sete
Trinta e oito
Trinta e nove
Epílogo

Seis

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By RayhBennett

Melissa

Seus olhos brilham ao falar de sua doce e adorada bailarina. Já estava mais que na hora de Jeremy tomar uma iniciativa e abrir o coração para a garota, que sempre o teve na palma da mão. Só um cego para não perceber o grande amor que há entre os dois. Acho tão bonito esse sentimento que nasce sem pedir licença e quando se percebe, já é tarde demais para se lutar contra e você quer apenas ficar perto da pessoa amada.

"Valentina é a mulher da minha vida. Você e Gabriel serão meus padrinhos de casamento." O sorriso de bobo apaixonado não abandona o seu rosto e cubro a boca quando uma gargalhada alta ameaça escapar. "Engoliu um palhaço por acaso?"

"Você está muito fofo assim... todo apaixonadinho. Só faltam corações em volta da sua cabeça." Jeremy revira os olho e faz uma careta ao provar o café gelado. "Será uma honra ser a madrinha de casamento do meu segundo melhor amigo."

Será que um dia também encontrarei um homem que me amará de verdade, que enxergará além da minha aparência e do meu status social? Eu não quero encontrar a outra metade que todos almejam, desejo ardentemente uma pessoa inteira que vá transbordar de amor e companheirismo comigo. Será que é pedir demais?

"Falei ontem com Gabriel. A irmã dele está respondendo bem ao tratamento."

Conheci Luna através de uma vídeo-chamada, que Gabriel fez há três semanas para me apresentar à sua nova irmãzinha. Luna é tão parecida com Gabriel. Não somente os doces olhos claros e o sorriso, que produz suaves covinhas nas bochechas. Assim como o irmão, Luna tem aquele carisma e a maturidade, capazes de conquistar qualquer pessoa. Nem a palidez e o quarto do hospital apagam a vivacidade daquela menina. Luna possui a força de vontade e a fé que são essenciais em qualquer circunstância, principalmente, no que se refere ao tratamento do câncer. Uma doença tão traiçoeira e desgastante tanto para o paciente quanto para os familiares.

Felizmente, Luna tem a sorte de fazer parte de um pequeno grupo, que consegue  um doador compatível dentro da própria família, principalmente, por Gabriel e ela serem meio-irmãos.

Quem diria que o filho desprezado, um dia seria responsável por salvar a vida da filha tão esperada pela bruxa biológica. Pena que uma inocente tenha que passar por algo tão ruim, para que a mãe repense suas antigas atitudes e se arrependa das crueldades que um dia cometeu com uma criança completamente inocente, que só desejava ser amada. Graças à Deus que tia Caroline entrou no quarto de tio Klaus e ele, imediatamente, elegeu-a como dona de seu coração, dando a oportunidade de Gabriel ganhar uma mãe maravilhosa, capaz de defender os três filhos com unhas e dentes.

"Olá, crianças." Simon senta ao meu lado após me dá um beijo na bochecha e fazer os toques de mãos típico do homens com Jeremy. Ele carrega seu costumeiro sorriso despreocupado e os olhos escuros são calmos e risonhos. Simon é a calmaria em forma de gente e é preciso algo muito grave para tirá-lo do sério. Muitos o consideram um bobo por sempre andar sorrindo e não se deixar abater pelos comentários alheios, mas acredito que Simon apenas siga a filosofia de vida do vovô Giuseppe: nesta vida seja filtro e não esponja. "Viu passarinho verde, Gilbert?"

"Ele finalmente tomou vergonha na cara e se declarou para a pequena bailarina de olhos azuis. Se beijaram e estão namorando. Por isso ele está sorrindo para o vento." Simon parabeniza Jeremy e brinca dizendo que já não era sem tempo do nosso amigo tomar jeito, deixando assim, o caminho livre para que ele, Simon, pudesse enfim conquistar todas as mulheres que quisesse nas baladas. "Vocês homens só pensam nisso?"

"Claro que não." Simon tem a cara de pau de colocar as mãos sobre o peito adotando um ar ofendido. "Também pensamos em carros, futebol, basquete, a comida da nossa mãe. E as mulheres sendo a melhor criação de Deus, não tem como não gostar e apreciar. O corpo das mulheres é uma escultura a ser apreciada e adorada. Não concorda Jeremy?"

"Com certeza." Não sei quem é o mais idiota, se o que fala ou o que concorda com as asneiras do amigo.

O horário do nosso intervalo acaba e cada um segue sua direção. A doutora Collins deveria arrumar um namorado para ver se assim deixa de ser tão amargurada. Minha mentora deve ter no máximo uns 37 anos e não é feia. É uma das melhores oncologistas dos Estados Unidos e vem gente de todos os lugares do mundo para fazer tratamentos com ela. Mas, definitivamente, Madeleine Collins odeia todos os residentes que têm o azar de a terem como mentora e faz o impossível para desistirmos de nossos objetivos. Em pensar que ainda tenho vinte e oito meses pela frente até terminar minha especialização e por fim conseguir me livrar das garras da Doutora Coração de Gelo.

"Salvatore, escutou o que eu disse?" Ela nem me espera dizer nada e lá vem com seus amáveis coices. "Você, Andrew e Marie participarão de um congresso voltado à área de cirurgia oncológica para o tratamento dos tumores ginecológicos, que acontecerá semana que vem em Chicago. Os três apresentarão os trabalhos de pesquisas que estão desenvolvendo." A doutora Collins arqueia com deboche as sobrancelhas negras e seus olhos frios nos avaliam, ameaçando-nos silenciosamente para não lhe causarmos nenhum tipo de vergonha.

"Nós iremos sozinhos?" Marie sussurra amedrontada.

"Querem que eu os leve nas costas?" Um coice doeria bem menos e não faria minha colega querer cavar o chão para se esconder. "Contará pontos no histórico de vocês. Então, exijo que sejam impecáveis e mostrem que não estão aqui por causa de privilégios." Sei que essa indireta foi diretamente para mim, já que tanto Andrew quanto Marie vêm de famílias com poucos recursos financeiros e eu, além de ser neta de uma médica, ainda venho de uma família de renome no meio jurídico. Dizem que as pessoas mais frias são as que mais sofreram na vida. Será que a doutora Collins sofreu alguma decepção e por isso se tornou tão azeda? Será que foi traída ou abandonada por algum namorado? "Marie, vá se preparar que daqui a 15 minutos me acompanhará em uma cirurgia. Os outros dois voltem aos seus afazeres."

Tanto Andrew quanto eu soltamos suspiros de alívio ao sairmos do consultório da fera.

"Isso tudo é falta de sexo selvagem. Ela precisa de um homem para derreter aquele coração de gelo." Andrew fala baixinho e força um sorriso ao passarmos pelo doutor Davis. "Esse é outro que tem o rei na barriga."

Se a doutora Madeleine Collins é considerada o Coração de Gelo, o doutor Edward Davis é chamado de o Belo Demônio de Olhos Azuis. Ele é um dos melhores neurocirurgiões de Nova York, conhecido por operar milagres. Mas sem a mínima paciência para os novatos que chegam aqui querendo aprender alguma coisa. Ele e a doutora Collins formariam um belo casal de amargurados, caso não se odiassem publicamente.

O tempo passa rapidamente e quando percebo, já completei meu plantão de 24 horas. Tomo um banho para me livrar do cansaço e da sujeira adquiridos no ambiente hospitalar. Nada melhor que água gelada para mandar a preguiça para bem longe e me trazer um pouco mais de coragem para conseguir chegar em casa. Após guardar todas as minhas coisas na mochila e pegar as chaves do carro, dirijo-me para a saída do hospital. Pelo caminho, cumprimento alguns colegas que estão chegando e ignoro o idiota do Murilo, que me lança olhares nada amistosos.

Não acredito em como fui me apaixonar por um idiota como aquele. Talvez tenha sido o deslumbramento por ele não se demonstrar interessado nas vantagens de meu sobrenome e pela a adrenalina de um namoro secreto. Felizmente, o lobo mau mostrou logo suas garras e eu pude me livrar de uma grande enrascada. Murilo Fernández que não queira mais bancar o valentão e engraçadinho para cima de mim, pois juro que acabo com sua alegria rapidinho. Não costumo ser vingativa, mas também não sou nenhuma idiota que abaixa a cabeça para os outros. Meus pais me ensinaram a enfrentar o mundo e a lutar por todos os meus sonhos. Sou boa, porém, não boba.

A casa está silenciosa quando entro. Meus irmãos estão na escola e meus pais já saíram para mais um dia de trabalho. Passo pela cozinha e encho uma bandeja com bolo, enroladinhos de queijo, pão com presunto e queijo, um copo grande de iogurte gelado e rumo para o meu amado e aconchegante quarto. Jogo minha mochila em um canto qualquer, coloco minha farta bandeja sobre a mesinha e após conectar o celular no carregador, corro para tomar um banho demorado com a água quentinha. Aproveito e lavo os cabelos, tomando o cuidado de desembaraçar os longos fios, caso contrário, depois será uma verdadeira guerra para penteá-los.

Visto uma camisola confortável e passo rapidamente um hidratante no corpo quando minhas tripas começam a se devorar protestando. É incrível como a comida fica ainda melhor quando estamos com muita fome, tanto, que em questões de minutos estou para explodir e o sono vem com força total.

Arrasto-me até a cama e me enfio entre as cobertas e caio em um sono profundo.

O cheiro de flores é incrivelmente relaxante e a brisa suave do final da tarde, traz uma sensação de paz. Passo a observar o céu pintado de diferentes matizes de laranja. É uma visão tão bonita que eu poderia passar horas e mais horas fazendo isso e não enjoaria.

Alguém senta ao meu lado e me abraça pela cintura. Deito a cabeça sobre o ombro forte e o perfume cítrico misturado com um cheiro de tranquilidade me envolve, trazendo consigo uma incrível sensação de segurança, que faz meu coração oscilar entre a calmaria e uma aceleração bastante boa.

Olho para a pessoa ao meu lado, mas não consigo ver o seu rosto por causa da luz que a envolve. Por incrível que pareça, não sinto medo, pois sei que nunca me faria mal, pelo contrário, seja quem for, é capaz de me proteger com a própria vida.

"Eu te amo." Digo com todas certezas do mundo. "Não ouse me abandonar. Nunca."

"Eu nunca sairei do seu lado, Mel. Nosso amor vem de outras vidas e dessa vez ninguém irá nos separar." Tento me lembrar de onde conheço aquela voz, porém, esqueço tudo quando os lábios quentes cobrem os meus e mundo desaparece completamente, enquanto me entrego ao furacão de sentimentos que tomam conta de minha alma.

É tão forte e intenso que sinto lágrimas de felicidades escorrendo por meu rosto. Ele me ama e sinto isso vindo do fundo de sua alma. E por mais surreal que possa parecer, eu também o amo da mesma forma: intensa e inquestionavelmente.

Acordo de repente e meu coração dói como se estivesse vazio de algo, como se sentisse falta do fruto de um sonho. Passo a mão pelo rosto e lá estão as lágrimas provando mais uma vez o quanto estou louca por chorar por causa de uma ilusão, provocada pelos meus desejos mais secretos: ser amada exatamente como eu mereço.

Olho para o relógio digital ao lado da cama e constato, que dormi menos de quatro horas seguidas. Pelo horário, meus irmãos e a mamãe já devem estar em casa para o almoço. Arrasto-me até o banheiro e tomo um outro banho, para ver se assim, acordo novamente para a vida. Como se minha vida já não estivesse tão ruim, acabo batendo o cotovelo na parede e uma dor descomunal faz meu corpo tremer.

"Inferno!" Resmungo e fico olhando para a parede como se ela fosse retrucar. "Estou ficando louca."

Escolho um macacão confortável para usar e passo uma base para tentar esconder minha cara de choro. Espero que mamãe esteja bastante ocupada para não ter tempo de prestar muita atenção em mim. Caso contrário, devo me preparar para seu interrogatório e não desejo contar à ninguém o sonho maluco que tive, pois sei que não significou nada verdadeiro.

Ao sair do quarto, escuto vozes animadas vindo do quarto de Alícia. Bato na porta que logo é aberta por minha irmã, que ao me ver, joga os braços ao redor de meu pescoço, sufocando-me em um abraço.

"Gostava mais quando não morava naquele hospital." Sua reclamação me arranca um sorriso. Apesar dos nove anos de diferença de idade entre nós, Alícia  e eu somos muito unidas. Ela sempre será a minha bebê, a irmãzinha que tanto sonhei em ter em minha vida.

"Amanhã é sábado, podemos fazer um programa só para garotas." Sussurro só para que Alícia ouça e ganho um lindo sorriso quando ela se afasta. "Oi, meninas." Cumprimento Chloe e Rachel e quando pergunto por Sarah, as três trocam olhares estranhos. "O que a mini-Damon anda aprontando?"

"Ela está com raiva de nós..." Rachel começa a falar irritada. "Porque não a acobertamos a fugir da aula de Educação Física para beijar um idiota atrás da escola."

"Sarah só nos dá preocupação." Chloe suspira desanimada e só fico a pensar que tio Damon deve está pagando por todos os pecados que cometera quando jovem.

Deixo as três no quarto e sigo para o andar de baixo. Encontro vovó Jenna sentada no sofá com Ethan ao seu lado. Encho os dois de beijos e ganho muitos outros. Minha família é do tipo que gosta de abraçar, beijar e demonstrar o que realmente sente, então, não importa a hora e nem o lugar, sempre terá carinhos para serem distribuídos.

"Como vão as gatinhas da escola?" Pergunto apenas para encher a paciência do tampinha, que revira os olhos sob as lentes do bonito óculos de graus que usa. "Já beijou alguma?"

"Deus me livre! Garotas são muito chatas." Ethan faz cara de nojo e indignação. "Beijo é nojento. Só serve para trocar babas, bactérias e cáries. Nunca vou beijar." Tanto eu quanto a vovó seguramos a vontade de gargalhar. Meu irmão de 12 anos é um gêniozinho cheio de frescuras e está na fase de "odeio garotas e que elas se explodam!".

"Não precisa se zangar, Ethan. Só estou brincando." Beijo sua bochecha corada e meu irmão me lança um olhar mortal antes de me ignorar e voltar a prestar atenção a algum filme esquisito que ele tanto gosta.

"Vamos até a cozinha, querida? Precisa almoçar, está muito abatida." Ajudo-a a levantar e lhe entrego sua bengala.

Vovó Jenna é uma mulher incrível, que nunca me tratou de forma diferenciada. Seu amor é dividido igualmente entre os três netos, não deixando dúvidas de que sou tão especial quanto meus irmãos. Tenho muito orgulho de ter uma avó tão guerreira quanto Jenna Gilbert em minha vida.

"Eu te amo, vovó." Dou um beijo demorado em sua bochecha e ganho um lindo sorriso e um olhar emocionado.

"Eu também amo você, minha querida neta. É uma menina de ouro." Vovó senta em uma das cadeiras e aponta as panelas sobre o fogão. "Ainda está quente. Não faz muito tempo que almoçamos."

"Cadê os meus pais?" Questiono enquanto faço meu prato e não economizo na carne e nem no arroz. Amo comer e não tenho frescuras com esse negócio de dietas. Se gosto, vou lá e aproveito enquanto posso. Ainda bem que não tenho tendência a engordar, porque do jeito que odeio atividades físicas e academias, com certeza já estaria do tamanho da Vovozona.

"Foram descansar um pouco." Vovó fala na maior inocência. Eu que não vou abrir minha boca e dizer que meus pais foram fazer qualquer coisa no quarto, menos descansar.

O que fica em evidência quase uma hora depois, quando eles surgem com os cabelos molhados e trocando sorrisos e olhares cúmplices. Papai me dá um rápido, mas sufocante abraço antes de se sair quase correndo para uma importante reunião.

"Está desvirtuando o meu pai, não é dona Elena?" Mamãe me dá um tapa forte no traseiro, deixando uma ardência no local.

"Olha o respeito, mocinha." Ela está sorrindo, mas seu tom é sério. "Cadê a mãe?"

"Foi descansar." Passo a mão por onde arde e mamãe me puxa para um abraço.

"Está com uma aparência tão abatida. Não gosto de ver o meu raio de sol tão apagadinho." Fecho meus olhos enquanto mamãe acaricia meus cabelos. "Sinto falta da minha menina, que todas as semanas me levava a visitar a diretoria da escola."

"Não eram todas as semanas." Defendo-me. "E todas às vezes foram por bons motivos."

"Como na vez em que colocou um sapo por acidente na mochila de uma colega? Ou da vez em que deixou um garoto com o olho roxo?"

Prefiro não dizer que não me arrependo dessas minhas peripécias. Fiz tudo isso por bons motivos, para defender colegas que eram bonzinhos demais e viviam sendo intimidados pelos valentões. Sorte a minha que Gabriel sempre estava por perto para me defender e mesmo sendo  pacífico, ele não hesitava em ficar ao meu lado e tomar as minhas dores e brigas para si.

"Na próxima semana irei com mais dois colegas para Chicago." Conto para mamãe ao me lembrar da minha próxima missão. "Apresentaremos uma palestra, que valerá bons pontos para nossos currículos. Eu só preciso tomar cuidado para não tropeçar em nada e tudo ficará bem."

"Parabéns, filha e não precisa ter medo. Você é muito inteligente. Você e seus irmãos só me dão orgulho. Agora deixa eu mandar uma mensagem para o seu pai." Mamãe já está mexendo no celular toda feliz. "Ele vai ficar ainda mais orgulhoso de você."

Eu adoro ver a felicidade da minha família, que é o meu bem mais precioso e farei o impossível para que sempre se orgulhem de mim.



Palavras não bastam, não dá pra entender
E esse medo que cresce não para
É uma história que se complicou
Eu sei bem o porquê

Qual é o peso da culpa que eu carrego nos braços
Me entorta as costas e dá um cansaço
A maldade do tempo fez eu me afastar de você

E quando chega a noite e eu não consigo dormir
Meu coração acelera e eu sozinha aqui
Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão
Olhos nos olhos no espelho e o telefone na mão

Pro tanto que eu te queria o perto nunca bastava
E essa proximidade não dava
Me perdi no que era real e no que eu inventei
Reescrevi as memórias, deixei o cabelo crescer
E te dedico uma linda história confessa
Nem a maldade do tempo consegue me afastar de você

Te contei tantos segredos que já não eram só meus
Rimas de um velho diário que nunca me pertenceu
Entre palavras não ditas, tantas palavras de amor
Essa paixão é antiga e o tempo nunca passou

E quando chega a noite e eu não consigo dormir
Meu coração acelera e eu sozinha aqui
Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão
Olhos nos olhos no espelho e o telefone na minha mão

E quando chega a noite e eu não consigo dormir
Meu coração acelera e eu sozinha aqui
Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão
Olhos nos olhos no espelho e o telefone na minha mão
Na minha mão, na minha mão

(A Noite - Tiê)

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