Olha quem eu decidi trazer! O Heitor gostosal, o gémeo dos olhos azuis.
Kendell Marano Parker.
- Vamos, Kendell! - eles dizem já saindo.
- Estou indo, estou indo. - digo saindo do carro, apanhando aquele friozal todo.
Entramos no aeroporto.
E eu a pensar que não havia mais coisa tão grande, bonita e elegante parecendo um montro para eu ver nessa cidade.
- Vamos perguntar, se o jato do papai já chegou a recepcionista. - o Hugo diz, indo em direcção ao balcão com o Heitor, e seguidos do poste encorporado, chamado segurança pessoal deles.
Jato privado, onde eu fui me meter.
Pessoa rica é outra coisa, até para ir para o balcão falar precisa de segurança.
Tenho mesmo que me matricular, para ver se arranjo um segurança gostosal todo encorporado assim.
Sento ali naqueles bancos de espera. E fico observando o aeroporto.
Afinal os bandidos do governo têm dinheiro, só não querem arranjar aqueles moquifos.
Aqui não está praticamente ninguém, acho que só tem umas 10 pessoas aqui, sem contar com os funcionários.
Todos mexendo no celular e eu coitada, pobre de alma e de bens materiais, sem sequer uma bombinha para puder jogar.
Vida, vida, vida...
Essa coisa de ser viciada em novela, vai me fazer, fazer um dueto com a Anitta e a Pabllo Vitar.
- A senhora disse que acabou de aterrar! - o Heitor avisa ao se aproximar.
- Está bem! - respondo, e eles me olham tipo louca.
- O que foi? - questiono.
- Kendell, nós temos que ir para a sala de espera, da área privada. - a Kelly me diz.
- Oh? - questiono, e eles assentem como se eu fosse uma retardada. - Eu não sabia, é normal. - falo e eles começam a rir. - Vamos, então. Que eu não sei onde é, isso. - digo e eles saem andando falando do quão o pai gostoso deles ia ficar feliz, e eu tentando me comportar mentalmente para parecer uma pessoa mais velha, e não uma garotinha que fica cheia de hormonios quando vê um cara parecido com os actores de TV.
Assim que chegamos lá, não demora 15 segundos e o master chefinho gostosal aparece.
Morri milhões.
Ele está bem mais gostoso e bonito do que eu me lembrava, Deus!
Porquê? Me diga porquê o chefinho tinha que ser tão irresistível.
Parece até que ele combinou como vestir com os filhos.
Ele está com umas calças jeans azul escura, que cobriam as suas pernas malhadas e gostosamente torneadas, musculosas, uma camisa branca com uma m jaqueta preta, que escondia o resto do seu cachecol preto, tinha aqueles sapatos, que não sei o nome, mas aqueles chiques.
Na sua mão esquerda, carregava um relógio cor de ouro, que nem vou duvidar se descobrir ser de ouro mesmo, e o seu celular, e na mão direita ele puxava apenas uma mala chique preta, e as outras eram puxadas por um funcionário lindo.
Seus cabelos estavam amarrados em um coque masculino, e eu juro que agora fiquei em dúvida se é com coque que o cara fica mais gostoso ou é com o cabelo solto.
Jesus, me acuda!
- Papai! - ouço um grito estrondoso que me acorda do meu transe apreciador de chefes gostosos, quando os três pestinhas gritam correndo até o pai que deixa a mala, para poder abraça-los. Surpreso e feliz em os ver.
A Kelly o enche de beijinhos no rosto e e ele ri, enquanto abraça os filhos dele.
Quando do nada a Kelly começa a chorar.
- Eu, eu... - começa a soluçar e eu fico até que preocupada, porquê a minha peste está chorando. O pai a abraça - Eu... fiquei com muita... muitas saudades suas papai. - ela choraminga, e até dá vontade de chorar junto.
Vejo os rapazes com cara de choro, e quando dou por mim, já também vou quase chorando por culpa deles, mas assim que me apercebo me recomponho.
- Eu também senti saudades vossas. - ele diz acariciando o cabelo da filhota e bagunçando o dos filhotes.
A cena mais emocionante que vi até hoje, bem até ele pousar os olhos de predador dele nos meus.
Que ele não me despeça por causa de ontem.
Surpreendo-me quando ele desce o olhar da minha cara, para o meu corpo de uma forma totalmente sedutora, e ele ainda morde de lado o lábio inferior.
Chefinho faz assim, não.
- Boa noite, Kendell! - ele diz, sorrindo? Sorrindo cara, que dentes brancos e perfeitos, meu Deus, e esses lábios carnudos e formadinhos do caralho.
- Boa noite chefinho! - saúdo e ele sorri.
- Tudo bem? - questiona.
- Tudo e com você? - questiono e ele me encara.
Presta atenção mano, ele é seu chefe.
- Quer dizer e com o chefinho, está tudo bem? - questiono e ele ri.
- Tudo, Kendell. - ele diz, carregando a Kelly com um braço só para o seu colo, enquanto volta a pegar a sua mala.
- Que bom! Como correu lá, aonde o senhor estava? - questiono realmente curiosa.
Fica de boca fechada.
- Chama-se Alemanha, Kendell. - o Hugo diz.
- Isso, lá na Alemanha. - rectifico e ele solta uma risadinha.
- Correu tudo muito bem, obrigada. - diz e eu assinto, pensando ainda em como dar gracha, para ele não me demitir.
Pensa em um papinho aí Kendell.
- O chefinho voltou mais gostoso e bonito assim. - falo e me condeno quando vejo que da minha boca só sai merda. Ele sorri e passa seu olhar sedutor descaradamente pelo meu corpo.
- Você também não está nada mal. - ele diz me encarando e eu corei.
Os rapazes começam a rir.
- Animou muito lá? - a Kelly que estava de fora da risada questiona no colo do pai.
- Eu estava trabalhando filha. Não estava brincando. - ele diz.
- Oh, e o seu trabalho não anima? - ela questiona, enquanto saímos de dentro do aeroporto monstro.
- Depende. - ele responde e ela dá de ombros. - Quem teve a ideia de virem para cá? - ele questionem.
- A Kendell! - eles dizem, e ele me encara, esses olhos de lobo vão me fazer cometer umas loucuras do caralho.
- A Kendell? - ele questiona, enquanto vamos para o estacionamento.
- Sim, mas nós também. - o Heitor diz.
Olha a peste tentando roubar meu momento de glória.
- Que bom! - ele diz.
- Paizinho... - a Kelly já vai bajular o pai dela.
- Fala Kelly. - ele diz.
- Será, que podemos chamar a Marininha, o Henrique, a Ana Júlia, o tio Pedro, a tia Jennifer, o tio Loan... - o pai a interrompe.
- Porquê toda essa gente na minha casa? - ele questiona, desbloqueando um carro monstral que estava estacionado ali.
Que carro é esse aqui?
Ele dá a volta para meter as malas na bagageira.
- Ah pai, aceita vai. - o Hugo diz, implorando, enquanto o pai fecha a bagageira e o encara.
- Só porque eu sou um pai duplamente foda, eu vou deixar. - ele diz.
E não é que a gritaria da pestaça começa.
- Mas, só para as 08:00 ou 09:00 PM. - ele diz - eu preciso descansar. - ele diz passando a mão no cabelo do Hugo, que fica todo chateadinho me dando vontade de rir.
- Combinado! - eles dizem.
- Eh, chefinho? - o chamo e ele me encara.
Olha assim não chefinho.
- A gente veio com o Teozão, sabe, e ele está a nossa espera ainda. - falo. É que fica feio eu deixar ele lá, enquanto o homem madrugou né? Além do mais, já é um perigo estar à alguns metros de distância, imagina lado a lado, licença.
- Não há problema, é só dizer para ele ir. - ele diz abrindo a porta para as crianças. - Coloquem bem os cintos e fiquem quietinhos aí. - ele manda diz.
- Eu acho que não fica bem. - digo - Acho melhor pelo menos eu voltar com ele. - digo, por favor Deus...
Ele me olha meio intrigado.
- Eu mando, ele faz. - ele diz me olhando meio severo. Ficou nervoso. - Você vem comigo e ponto. - ele diz autoritário.
Ai meu Deus!
- Tudo bem. - digo fazendo um sinal com as mãos, sinalizando para ele se acalmar.
Dou a volta e entro no carro. E se minha bunda falasse, estaria gritando de alegria.
Segundos depois ele entra no carro.
Seja o que Deus quiser.