O Melhor Amigo do Meu Irmão

By mariasamaa

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Veronica Connor morava com sua mãe e seu padrasto em Daytona Beach, na Flórida, após se mudarem do estado de... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 3

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By mariasamaa

-Espera aí, ELE TE BEIJOU?! - Taylor quase gritou do outro lado da tela.

-Cala a boca, Taylor - protestei - E não foi um beijo, foi um selin...

-Mas foi lábio no lábio, baby - ela começou a dançar uma música brasileira que estava tocando.

-Taylor, que gritaria é essa? Você já está atrasada! - escutei a senhora Hérnandez gritando ao fundo.

-Mãe, não temos aula na primeira semana, evento dos calouros lembra?! - ela gritou se volta - Ah, droga, tenho que ir.

-Bom evento - digo - até mais tarde.

-Boa aula, até depois - e desligou a chamada.

Desci as escadas e fui direto para a bancada da cozinha. Haviam waffles, cereais e frutas. Me sentei ao lado do meu pai.

-Bom dia, filha - ele cumprimenta.

-Bom dia - respondo, pegando um waffle com bluebarry - vamos sair que horas?

-Seu irmão quem vai dirigir hoje - ele conta - tenho trabalho à fazer em casa hoje. Até que horas vai sua aula?

-Até às três da tarde, mas já tenho atividades extracurriculares agora, por quê?

-Por nada, só estava curioso - ele sorri.

-Bom dia, Vee - Adrian cumprimenta - vamos pra escola? Eu quem dirijo hoje.

Faço que sim com a cabeça. Me despeço do meu pai, pego uma maçã e vou com meu irmão. Um Audi A3 azul sai da garagem e estaciona ao lado da escola de Malibu, onde Cat Collins espera na porta.

-Bom dia, Cat - cumprimento.

-Bom dia, Veronica... Adrian - ela devolve - Então, nervosa? Para as líderes de torcida. Os testes são hoje, eu quase nem dormi!

-Espera - meu irmão para - se inscreveu para as líderes de torcida?

-Me inscrevi - digo - tem algum problema?

-Não, é que... Nada, não, é besteira - ele vai na frente, Cat e eu o seguimos.

Não sabia o que poderia ser, talvez eu estivesse um pouco curiosa. Meu irmão parecia estranho, ontem ele não falou muito comigo depois que chegamos e foi para seu quarto cedo, e hoje ele nem falou comigo no carro. O que será que ele tinha?

...

-Meninas, eu espero ver aqui bastante paixão, porque vão precisar - a treinadora Parker anuncia - boa sorte para as que entrarem, e mais ainda para a capitã. Que oa jogos comecem.

A professora havia passado uma coreografia básica de poucos segundos da música Boombayah (Blackpink). Como foi uma passada rápida, ela disse que poderíamos improvisar alguns passos, e isso me rendeu alguma pontuação, porque eu não peguei quase nada daquela coreografia. Uma a uma fez sua coreografia e, no final do treino, a treinadora Parker anunciou.

-Muito bom, meninas. Eu avisei os critérios antes de passar a coreografia, a partir deles eu decidi. As "Malibu queens" desse ano são: Amanda Chill, Catherine Collins - ela disse vários nomes de garotas que estavam ali, pulando alguns nomes, é claro - e Veronica Connor. Quem eu não chamei, fora do meu ginásio, tentem na próxima temporada.

Aos poucos, diversas meninas foram saindo do ginásio, meio cabisbaixas por não terem conseguido a vaga. Vi vários daqueles rostos durante as minhas aulas, então presumi que também eram do primeiro ano. Sobraram quinze de nós, a ruiva, Amanda, levantou a mão.

-E a capitã, professora? - ela pergunta, parecia aflita e nervosa.

-Bem... - ela diz, sentada em sua mesa, anotando tudo na prancheta - A liderança requer tempo num grupo como esse, eu vou me decidir dentro de uma ou duas semanas.

-O que quer dizer? - ela perguntou - Eu fui co-capitã por dois anos, agora que a Ellen saiu, não acha que eu estou apta a...

-Não - ela responde - Além da liderança, a capitã tem que mostrar desenvoltura aqui, e você não foi a única que mostrou isso. Vou olhar melhor, entre vocês eu vou escolher a capitã e a co-capitã dentro de duas semanas.

Amanda pareceu furiosa, seu rosto quase ficou da cor do seu cabelo. A treinadora nos dispensou, deu os horários dos treinos e mandou que fossemos ao chuveiro.

Saí do ginásio e vi que a luz da sala do Jornal estava ligada, então fui pra lá. Lucas estava sentado, digitando no computador.

-Oi - digo - Sem aulas de matemática hoje.

-Ah... - ele resmungou - Você voltou.

-Eu me inscrevi para o Jornal, meio que tenho que voltar.

-Não necessariamente - ele retruca.

-O que fez com meu texto de ontem?

-Ainda está aqui. É uma boa "coluninha", talvez eu use, caso seu artigo sobre a primeira semana da menina mimada não fique bom.

-"Coluninha"? - falo, indignada - Você me pediu uma coluna, não sou colunista, escrevo artigos de verdade.

-Quer ser jornalista? - ele pergunta.

-Publicitária - respondo.

-Eu quero ser jornalista - ele diz - Publicitários fazem propagandas e não artigos, eu estudo pra isso, eu sei o que te mandei escrever, foi um bom texto, mas se era assim que você escrevia na Flórida, o Jornal devia ser um lixo.

-Pelo menos as pessoas em Daytona liam o meu Jornal - retruco - diferente daqui, pelo que vejo. As impressoras nem devem imprimir mais, de tanto tempo paradas.

Ninguém mais falou nada, eu sai da sala do Jornal, não estava mais disposta a voltar lá. Talvez Cat estivesse certa, eu não devia ter assinalado essa atividade.

Fui em direção ao campo lá fora, mas o time não estava lá treinando hoje. Mandei uma mensagem para Adrian, mas ele não respondia.

-Você se acha boa, não é? - Amanda vem andando até mim.

-O quê? - pergunto.

-Seu nome ecoa nos corredores, está nas turmas avançadas, no Jornal e nas líderes de torcida...

- ela suspira - Dois dias e já tem o que queria, pode voltar pra Daytona.

-Do que você está falando? - pergunto - Não sabia nem que meu nome era conhecido até ver a casa em que estou.

-Deixa de se fazer - ela retruca - por bem pouco eu fui a capitã das líderes de torcida, você sabe que você é a segunda opção dela!

Revirei os olhos e tentei passar por ela, mas a segurou meu braço.

-Não seja capitã, Connor - ela disse - Você vai ganhar bem mais se não ficar no meu caminho, quem avisa, amiga é.

-Você vai ganhar bem mais se for mérito próprio e não ameaçando as pessoas! - eu retruquei.

Ela não disse mais nada e eu precisava achar o Adrian para ir embora. Ela soltou meu braço e eu caminhei para dentro da escola, no entanto, quando abri a porta, eu dei de cara com o Math.

-Oi - ele diz - nem falei com você hoje.

-Ah... - tento dizer algo - pois é.

Ele da um sorrisinho.

-Seu irmão está te esperando lá na frente - ele conta - vou com vocês hoje.

Tenho certeza que fiquei vermelha. Ele ia lá pra casa? Ele segurou a porta para eu passar e veio atrás de mim. Amanda ficou la fora, imaginei se ela poderia estar realmente incomodada por uma coisa que não iria durar nem uma semana.

...

Eles estavam na piscina. Math foi lá pra casa pra dar um mergulho com o Adrian, mesmo que tivesse uma vasto mar bem ali, eles estavam na piscina... Eu disse que tinha coisas da escola pra fazer, então fui para meu quarto, mas não saí da janela, muito menos larguei o celular.

Taylor
E ele tá aí?

Vee
Ta sim.
Ele ta com meu irmão na piscina.

Taylor
Você tem psicina aí?
Ele tá sem camisa?

Vee
Meio óbvio que está sem camisa.

Taylor
E você ta na janela olhando, né?
Amiga, deixa de ser trouxa!
Vai lá na piscina!!

Vee
Não tenho coragem.
Você também não iria, ta falando o quê?

Taylor
Deixa de frescura e vai logo.

Visualizei e não respondi. Ela estava certa, eu coloquei meu melhor biquíni, que comprei em Daytona, e desci as escadas, com uma toalha.

Pendurei ela no apoio do deck e entrei na piscina.

-Na minha opinião - Adrian disse - você tinha que usar maiô com esse idiota aqui em casa.

-Cala a boca, Adrian - Math diz - Não estou nem olhando!

Para não transparecer o vermelho das minhas bochechas, dei um mergulho pela piscina. Assim que voltei para cima, os dois estavam conversando na borda da piscina, então fui até lá.

-O que vai querer comer, maninha? - meu irmão me pergunta.

-Ah, sei la - respondo, me sentando na borda da piscina ao lado do Math - o que tiver.

-Vou pedir pra Helena fazer bolo, então - Adrian se levanta, pega a toalha e entra pela cozinha.

Fiquei ali com o Math, sentada na borda da piscina. Caí novamente na água, e escutei ele vindo atrás de mim.

-O que você e a Amanda estavam falando lá fora, no campo? - ele perguntou.

-Nada de mais - respondi.

-Eu conheço a Amanda, pode falar.

-Ah... - hesitei, mas não vi motivo pra não contar, então eu contei como ela foi duas caras.

-Ignora ela - ele disse, com naturalidade - Você é bonita, inteligente, simpática... natural as pessoas gostarem de você, não é só por causa do nome Connor, ela vai superar.

-Claro... - eu disse, tentando mergulhar novamente.

Meu irmão veio como uma bola de canhão no meio da piscina. Disse que o bolo não ia demorar pra ficar pronto, então não esperei para ir tomar banho e deixa-los ali na piscina. Eles tomaram banho depois de mim, então fomos para a cozinha juntos e nos sentamos na bancada de mármore, onde estava o bolo. Helena, a cozinheira, colocou pratos, talheres e copos na mesa.

-Querem suco? - ela perguntou - achocolatado? Café?

-Suco - falamos juntos.

Ela trouxe uma jarra de suco de laranja e colocou ao lado daquele bolo de chocolate. Cada um foi pegando pedaço pós pedaço até estarmos cheios.

-Melhor bolo que eu já com na vida - digo.

-A Helena faz o melhor bolo do mundo - Math diz - Helena, nunca vá embora, eu imploro.

Ela da uma risada enquanto termina a louça. Nos mandou embora da cozinha para limpar tudo. Fomos para o quarto do Adrian, que era praticamente igual o meu, mas as paredes eram da cor do mar e a decoração mais a cara dele.

-Então, Vee - Math chama - como foi com as líderes de torcida?

-Eu passei - digo, animada. Nem tinha lembrado de contar à eles.

-Pegou a liderança? - meu irmão perguntou.

-Quase... eu acho. A treinadora disse que tem mais de uma em potencial, então dentro de duas semanas a vai avisar.

-Parece que aqueles meses de ginástica quando era criança ajudou - ele riu.

-Eu continuei fazendo - eu comentei - Dança e ginástica, a mamãe fazia eu ir e...

Silêncio. Prometi que iria falar da mamãe ao Adrian, mas eu não queria, porque não queria inventar uma "mãe boazinha" que não existia.

-Ah... e o Jornal? - Math quebra o gelo - Você estava no Jornal, né?

-O Lucas, da turma de matemática, ele brigou comigo por causa do meu artigo, ele foi muito criança - levo minha mão até minha cabeça.

-Ele é assim mesmo - Adrian conta - o sonho dele é ser jornalista, mas ele não interage muito. Nem se esforça, na verdade.

Pensei naquilo. Ele não foi idiota comigo, ele deve ser com todo mundo também, ele não quer pessoas perto dele, agora eu queria descobrir o descobrir porquê. Voltei para o meu quarto depois de comer o bolo, deixando eles na cozinha, e liguei para a Taylor.

-Ele ainda está aí? - ela perguntou ao atender.

-Está sim - respondo - vai jantar ou dormir aí, não sei direito.

-Se me ligou é porque tem novidades - ela da uma piscadinha - me conta.

-Ele me elogiou, foi bem legal comigo, falou para eu ignorar a Amanda, a tal ruiva, e tudo mais - contei.

-Ownn... - ela sorri - mais alguma coisa?

-Sabe o Lucas, do Jornal? - pergunto.

-Sim.

-Meu irmão disse que ele não tem muito convívio social, e mesmo ele sendo grosso comigo, quero ajudar.

-Será que ele é gay e tem vergonha?

-Não acho. A menina da minha turma, a Cat, vive falando dele pra mim.

-Uh, não vai furar o olho dela!

-Cala a boca, Taylor!

Desliguei a tela. Era o último ano de Lucas Hall naquela escola, se ele é rabugento daquele jeito é porque ele não tem ninguém em quem se apoiar. Talvez uma ajudinha não seja má ideia... Vou dar um jeito nele, foram só dois dias, mas ele já me deu nos nervos com seus insultos, vou botar juízo nele!

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