Wicked Games

By my_secret_wonderland

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"Wicked Games" é uma história que retrata a chegada de dois rapazes adotados( Jonathan e Tate ) a uma família... More

"Wicked games" 1. Capitulo
"Wicked Games" 2. Capitulo
"Wicked Games" 3. Capítulo
"Wicked Games" 4. Capítulo
"Wicked Games" 5. Capítulo
"Wicked Games" 6. Capítulo
"Wicked Games" 7. Capítulo
"Wicked Games" 8. Capitulo
"Wicked Games" 9. Capítulo
"Wicked Games" 10. Capítulo
"Wicked Games" 11. Capítulo
"Wicked Games" 12. Capítulo
"Wicked Games" 13. Capítulo
"Wicked Games" 14. Capítulo
"Wicked Games" 15. Capítulo
"Wicked Games" 16. Capítulo
"Wicked Games" 17. Capitulo
"Wicked Games" 18. Capítulo
"Wicked Games" 19. Capitulo
"Wicked Games" 20. Capítulo
"Wicked Games" 21. Capítulo
"Wicked Games"22. Capítulo
"Wicked Games" 23. Capítulo
"Wicked Games" 24. Capítulo
"Wicked Games" 25. Capítulo
"Wicked Games" 26. Capítulo
"Wicked Games" 27. Capítulo
"Wicked Games" 28. Capítulo
"Wicked Games" 29. Capítulo
"Wicked Games" 30.Capítulo
"Wicked Games" 31. Capítulo
"Wicked Games" 32. Capítulo #DiamantesDoWatty #diamantesdowattys
"Wicked Games" 33. Capítulo
"Wicked Games" 34. Capítulo
"Wicked Games" 35. Capítulo
"Wicked Games" 36.Capítulo
"Wicked Games" 37.Capítulo
"Wicked Games" 38. Capítulo
"Wicked Games" 39. Capítulo
AVISO URGENTE
"Wicked Games" 40. Capítulo
"Wicked Games" 42. Capítulo

"Wicked Games" 41.Capítulo

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By my_secret_wonderland

(...)

Estremeci onde estava sentada. A forma calma com que ele disse o nome do que tinha assustou-me. É daqueles genuinos momentos em que nos apercebemos que estamos definitivamente perante o proibido.

-Eu uso isto quando quero «viver» a sério. – Ele sorriu. -Alinhas faltar o dia todo às aulas comigo?

Eu sorri enquanto ele fazia duas linhas finas em cima da prateleira. Enrolou um papel em cilindro e deu-me para a mão.

-Suponho que saibas o que tens de fazer... Só aproximares-te um bocadinho e inspirares com força.

Aproximei-me com medo. O meu coração estava muito acelerado. Conseguia sentir o seu batimento como se me fosse saltar pela boca. Fiz exatamente como ele me explicou e não senti nada. Só desconforto nas minhas narizas e vontade de tossir. Ele fez exatamente o mesmo e encostou-se de novo à prateleira. Fechou os olhos e puxou-me para o peito dele. Aconcheguei-me nos braços dele e não demorou muito até que começasse a sentir espasmos na minha perna direita. Mudei de posição mas nada fazia os espasmos pararem. Concentrei-me no batimento cardíaco dele e aos poucos e poucos apercebi-me do quanto acelerava, mas o corpo dele permanecia estranhamente calmo. Quanto mais me concentrava mais o batimento cardíaco dele parecia aumentar, era a única coisa que conseguia ouvir. E aí começou.... Comecei a sentir os meus braços ficarem pesados, ter espasmos nos músculos. Não conseguia ficar quieta e estes espasmos tornaram-se de tal forma violentos que me levantei de um pulo dos braços dele. O meu coração acelerou muito...Sentia a minha respiração muito profunda.

-Temos de ir correr.

Ele riu-se às gargalhadas do que disse mas limitou-se a agarrar o casaco e fugimos da escola a correr pelo portão principal. Corri como se estivesse a tentar salvar-me de alguma coisa, e ele corria à minha frente de mão dada a mim. Eu via o mundo bastante distorcido, isto é, como se tudo à minha volta estivesse demasiado lento, parado, enquanto eu estava a funcionar a uma velocidade absurda. Só paramos de correr quando entramos na primeira camioneta que vimos. Estava quase de partida quando Tate travou a porta com a perna e me empurrou lá para dentro. Puxou-me para os últimos lugares. Estavamos sozinhos na camioneta , ria-me alto com ele e apercebia-me de vez em quando nos olhares do condutor que nos julgava em pensamento. Mas rapidamente se esquecia de nós e regressava ao seu mundinho.

Olhei Tate nos olhos. Tinha as pulpilas muito dilatadas, como se um abismo se tivesse aberto nos seus olhos. Tinha um sorriso estampado. O mesmo sorriso perigoso que me fascinava.

-O que é que sentes?

-Adrenalina. Muita adrenalina. Não consigo estar quieta porra... – Ele riu-se e fez-me deitar no banco, inclinando-se sobre mim. Tive a breve impressão naquele momento de que o meu coração ia explodir dentro da minha caixa torácica. Beijou-me o pescoço e fez a sua mão escorregar por debaixo da minha blusa. Todos os possíveis pensamentos que deveriam ter-me atingido naquele momento desapareceram. Não estava preocupada em ser apanhada, nem com o que iria acontecer dali para a frente. Só sentia uma necessidade absurda de esgotar a minha adrenalina de alguma maneira. Mordi o seu lábio e reparei de corou enquanto me agarrou a cintura com força. Empurrei-o para onde estava e sentei-me no seu colo, de frente para ele. Concentrei-me na sua boca e vi como mordia o próprio lábio e ria bem alto. Beijei-o de uma maneira incontrolável, o desejo que sentia naquele momento era algo que desconhecia em mim. Mexi a cintura ligeiramente e apercebi-me de que gemeu ao meu ouvido. Repeti e ele gemeu novamente mas desta vez acompanhado com uma frase que me pareceu «não faças isso». Ri-me e beijei-o de novo. Desta vez ele abraçou-me com força, mas não com força como que num abraço carinhoso, mas sim força de quem está louco de desejo. Puxou do bolso do casaco de ganga uns auriculares e o nosso mp3 quase no fim da bateria e ficamos a ouvir "Heart Shaped Box" dos Nirvana enquanto nos beijavamos de uma forma estranhamente intensa e magnetisante. De tal forma de quando nos apercebemos já tinham entrado imensas pessoas para a camioneta e olhavam-nos com desdém. Corei e sentei-me ao lado dele tentando parecer mais discreta enquanto me forçva para não rebentar a rir. Ele em contrapartida rebentou a rir com a cabeça inclinada para trás.

-Como eu gostava que se fossem foder. Todos. Eles e os seus olhares de reprovação.

Rebentámos os dois a rir e ele entrelassou a sua mão na minha. Não demorou muito até que a camionta fizesse a sua última paragem. Fomos os primeiros a sair num correria louca.

-Para onde vamos? -Questionei alto no meio da corrida.

-Eu não sei... Tu sabes? – Ele continuava a correr e olhou-me a sorrir.

Corremos até à linha de comboio e só aí ele largou a minha mão. Correu sozinho para a bilheteira nquanto eu fiquei parada a observar-me na vidraça de um cafézinho vazio. «O que raio é que eu estou a fazer?» O meu cérebro não processava muito mais para além dessa questão. Apenas conseguia raciocinar no quanto os meus olhos estavam estranhos e com as pupilas dilatadas e no quanto eu precisava de expulsar aquela adrenalina presa em mim. Mas à parte disso, nunca me tinha sentido tão fantástica. Tinha uma energia absurda, inesgotável, sentia o sangue a ferver a correr-me nas veias. Pela primeira vez eu não me sentia preocupada com oque as pessoas poderiam estar a pensar de mim.

Não demorou muito até que ele viesse para perto de mim com dois bilhetes de comboio.

-Para onde é que vamos? -Questionei.

-Para a baixa. Vou-te levar ao lado perigoso da cidade. Quero que vejas o que te fizeram perder. -Sorriu. -Sentes-te bem?

-Muito bem... Sinto-me elétrica.

Ele riu-se. Entretanto o comboio chegou. A viagem pareceu bastante mais longa do que tinha sido na realidade. Enquanto que estava sentada naquele banco amarelo velho e extremamente desconfortável, a sensação de adrenalina foi-se perdendo aos poucos e poucos para dar lugar a uma sensação de paranoia absurda. Tinha a sensação de que toda a gente me olhava. Questionei-me vezes sem conta sobre o que estariam a pensar a meu respeito, questionava-me se me estariama julgar. Eles sabiam o estado em que eu estava... Senti-me a suar, com uns arrepios que me percorriam a espinha. Mudei de posição vezes sem conta, tentei concentrar-me com as paisagens que iam aparecendo na vidraça mas nada servia para me distrair. Creio que por muito que tenha tentado disfarçar, não fora o suficiente. Apercebi-me disto quando dei com ele a olhar para mim muito sério, sem expressão. Aproximou-se e sussurrou:

-Eu sei como é que te sentes... Estás a entrar na fase da paranóia, mas é tudo da tua cabeça prometo-te. Ninguém está a olhar para ti e acima de tudo, ninguém sabe que estás sobre o efeito seja do que for. -Encostou a cabeça ao meu ombro e acomodou-se perto de mim enquanto eu permaneci imóvel. – Por exemplo, aquela senhora que está ali, porque é que achas que está neste comboio?

Olhei-a disfarçadamente. Estava encostada a um dos varões do comboio e olhava pela janela. Tinha uma aparência cansada, com o seu casaco verde garrafa desbotado, um saquinho de papel aconchegado no seu braço e os olhos baços.

-Não sei. Talvez esteja a ir para casa e o cansaço é por causa do dia de trabalho que teve.

-Sim, certo, mas isso é o mais básico que consegues retirar da imagem dela. Como é que achas que ela vive? Qual é que achas que é a vida dela? Tenta defini-la por detrás da máscara.

-Está certo... Acho que o marido a anda a trair e é por isso que ela está tão triste de regressar a casa. Ou então está a a ir para a baixa porque tem um segundo emprego que a ajuda a sustentar a casa já que ele gasta fortunas no jogo e em mulheres. E aposto que tem um gato, está cheia de arranhões pequeninos nas mãos.

Deparei-me com ele a olhar-me ligeiramente surpreendido.

-Que vida maravilhosa que lhe arranjaste... – A sua expresão de sarcásmo notória deu-me uma imensa vontade de rir.

E quase instantaneamente no meio de tanta conversa em que tentavamos adivinhar a vida de todos os que se encontravam à nossa volta, esqueci-me completamente da paranóia em que estava.

Quando chegamos à baixa, já era quase meio-dia. Estava um dia soalheio, um pouco fresco. A estação era muito movimentada mas muito sem graça. Quase tudo ao seu redor estava abandonado e praticamente todas as pessoa que ali se encontravam tinham um aspeto muito cansado, um aspeto doente. Refletir sobre isso tornava-se incomodativo... Todos ali presentes com o objetivo de retomar aos seus trabalhos, presos às suas rotinas enfadonhas, concentrados nos seus telemóveis e afins. Tate puxou-me para fora do comboio e aconchegou-me debaixo do seu braço.

-Onde vamos? -Questionei, embora sem resposta. Apenas sorriu e serviu de meu guia. Notei como conhecia bem a baixa, entrou por becos estranhos e escuros sem nunca me dirigir a palavra. Eventualmente vi-o apontar para uma grande grade de ferro ao fundo de uma avenida: um parque de diversões, aparentemente vazio.

- Já não entro ali à anos. A ultima vez que aqui pus os pés era bem mais novinho, ainda com os meus verdadeiros pais. Foi a última vez que tenho memória de os ver sorrir. Estavam tão felizes, mas como não tinham muito dinheiro não andei em quase nada. E agora, tu vais ser a minha companhia.

-Só um pequeno pormenor, nós também não temos dinheiro. Tu gastaste os últimos trocos com um maço de tabaco e nos bilhetes do comboio.

Ele riu-se e começou a andar em direção ao parque deixando-me para trás.

-Em que momento da conversa é que eu disse que ia pagar?

E assim foi. Entramos em quase todas as diversões sem pagar. Numas contavamos uma mentirinha mas na grande maioria apenas entravamos sem que os revisores se apercebessem. A cada duas ou três diversões, consumiamos mais uma linha numa das casas de banho públicas. E aí a euforia regressava. Tenho a certeza que desde a morte dos meus avós era a primeira vez que m sentia tão viva, tão cheia de fôlego, tão feliz. Nada me parecia uma preocupação naquele momento.

(...)

A nossa tarde foi terminada na estação de comboios, no cimo de uma torre conhecida como a Torre do Relógio. Tate conhecia uma passagem para o interior do relógio que levava a uma eespécie de varanda que era usada pontualmente para limpar a vidraça do grande relógio. E a vista dali de cima era de tirar o ar. Ficamos a fumar um cigarro enquanto matávamos as réstias de efeito das linhas de coca.

-Não me apetece voltar para casa. Queria poder ficar aqui... Obrigada Tate.

-De que é que estás a agradecer?

-Disto. De me teres trazido aqui. Já não me sentia assim feliz faz muito tempo.

-Não agradeças. -Ele sorriu envergonhado. -Pensa nisto como uma troca de favores. Eu fiz-te feliz e tu fizeste-me feliz, os dois recordamos como é bom estar vivo.

Aconchegou-me do seu braço e depositou-me um beijo na testa.

TATE LANGDON

-Tate, Tate, Tate... Já sabia que não ias resistir muito tempo.

Ali estava ele, do lado de dentro da porta. Estava a olhar para mim, no fundo dos meus olhos. Perdi o ar quando o vi ali.

-Não tinhas dito que te ias afastar disso? Ainda por cima deixaste a menina toda minada. -Riu-se em tom de desprezo. – És patético, igualzinho a quem te criou. Tu sabes o que queres fazer com ela... Confia em ti como um anjinho. Olha para ela Tate está à tua mercê. Ainda fica mais deliciosa assim...

-Cala a boca caralho! Desaparece! – O meu primeiro instinto foi esconder a Violet por detrás de mim, depois de me levantar de um pulo. Só queria que ele desaparecesse, queria que ele me deixasse em paz.

-Desaparecer? Como é que vais fazer com que tu próprio desapareças? Não te esuqeças que eu sou tu!

(...)

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