The Tiny Dancer

Por BrigssBends

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TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo: Perturbação mental caracterizada por obsessões e compulsões. Obsessõe... Más

Despertar
Acredite em si mesma
Seja bem vinda
Garota Linda
O Rock do Crocodilo
Para Ela Dançar
Deixe Levar
Você Balançou Meu Mundo
Enamorada
Café Louis
Dra. Demi, Conselheira Amorosa
Happy Halloween I
Happy Halloween II
Pequenas vitórias
Te conhecer melhor
Sem chuva
Esperando por você
Era uma vez eu podia me controlar
Cuide bem do seu amor
Não entendo a maldade
Feliz Navidad
Aishiteru
Miami
Oceans
Tudo novo de novo
Encontrando paz
O Homem Foguete
Canta para eu dormir?
Surpresas Boas
O Amor sempre vai te encontrar
Os bons, os maus e os feios
Começando
Progressos
Virando o jogo
Entre anjos e demônios
Alguém me disse
Do outro lado do rio
O amor é bem mais
A vida é boa
Novas perspectivas
Sea Fuerte
Amor é tudo que conhecemos
Perseguindo Carros
Queridos Amigos
Presentes
Eu encontrei o amor I
Eu encontrei o amor II
The Tiny Dancer
Epílogo I
Epílogo II

Quem sabe dá certo

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Por BrigssBends

Oi gente tudo bonzinho?! Espero que sim.
Então, consegui terminar de revisar esse capítulo, queria poder postar antes, só que o trabalho atrapalha... Mas continuo jogando na Mega, quem sabe um dia eu ganhe 😝
Espero que gostem desse também, divirtam-se 😘😘😘
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Lauren

- Eu não sei Doutora Moore... - apertei os olhos sentada no meu sofá, estava falando com a minha psiquiatra ao telefone há uns quinze minutos, tentando convencer a ela e a mim mesma de que sair de casa naquele momento não era uma boa ideia, na verdade era uma péssima ideia, afinal não era um dia nem um horário habitual, poderia muito bem acontecer alguma tragédia, ou acidente.

- Lauren, você sabe que só conseguirá realizar seus objetivos se tentar não é? - ela é sempre muito paciente. Fazia apenas dois anos que me atendia, antes eu relutava bastante em aceitar ajuda profissional, mas com a chegada do Christopher eu tinha crises de pânico quase todos os dias, então tive que aceitar a indicação de Verônica, que fez questão de me acompanhar na minha primeira consulta com a Doutora Demi Moore.  

Eu não dizia quase nada e mal olhava na cara dela, mas depois de umas dez sessões comecei a falar, metade dessas sessões aconteceram pelo Skype, e é assim até hoje, como só saio de casa às quartas, não teria tempo de resolver minhas coisas e ainda ir à psiquiatra, então minha médica muito gentilmente concedeu a exceção de me atender desta forma todas as segundas, minhas receitas e remédios são sempre Vero que trás, por que trabalha no mesmo Centro Médico que a doutora Moore, mas estão sempre tentando me fazer sair mais vezes, como agora.

- Eu sei... Mas hoje é terça-feira, e-e eu só saio às quartas, para levar a roupa na lavanderia e comprar croissant e-e pagar contas, eu não sei se posso Doutora... – Decidi que só era seguro sair de casa às quartas feiras, por que vi num jornal que estatisticamente o número de acidentes que ocorrem nesse dia da semana são bem inferiores aos demais.

- Certo, então que tal fazermos um acordo?

- Lá vem a senhora com esses seus acordos... - bufei e olhei para Chris brincando distraído com seu carrinho, totalmente alheio à batalha que eu travava comigo mesma, e com a minha psiquiatra, é claro.

- E algum deles já lhe fez mal? - sua voz soou presunçosa, ela me pegou nessa.

- Não... - suspirei.

- E as feridas no seu couro cabeludo, já estão melhores?

- Estão...

- Tem certeza? Não está lavando o cabelo três vezes ao dia como antes?

- Só no banho da tarde, como a senhora pediu.

E se sente melhor?

- Sim, as dores de cabeça passaram... - soltei o ar derrotada, ela sempre tem razão, maldita!

Eu tenho uma certa obsessão por limpeza, e antes da Doutora Moore eu lavava os cabelos três vezes ao dia, e minha cabeça estava sempre dolorida e ferida pela força que eu empregava no ato, por que por mais que eu esfregasse não sentia que estava suficientemente limpo, ainda sinto isso, mas nós concordamos que se minha cabeça parasse de doer, eu continuaria lavando os cabelos apenas uma vez por dia, e obviamente ela ganhou.

- Certo, então façamos assim...- ela fez uma breve pausa, parecia estar se lembrando de algo. - Lembra-se que você só saía de casa com aquele sobretudo verde?

- Eu lembro, mas a senhora me convenceu de que se eu saísse sem ele eu não iria morrer, nem minhas amigas, ou o Chris. - Torci a boca, na época acreditava verdadeiramente que esse sobretudo evitaria que eu sofresse um acidente, ou as pessoas que eu amo, um pensamento bobo, eu sei, como a maioria dos meus pensamentos obsessivos. Era o sobretudo da sorte, como eu gostava de chamar.

Eu estou disposta a lhe abrir uma concessão em relação a ele, se... For hoje ao Public Theather e mostrar seu talento. Se o sobretudo a fizer sentir mais segura vá com ele, só não deixe ir.

- Isso é jogo sujo! - reclamei.

- Pegar ou largar! - ela riu!

- Eu... Eu pego... – ela quase sempre vence, porque eu ainda tento?

- Ótimo Lauren, então pode vestir seu sobretudo verde, mas só se for sair hoje, agora, e for até o Teatro.

- Certo Doutora, mas se eu sofrer algum acidente não se atreva a vir no meu enterro!

Ela gargalhou - Eu vou assistir ao musical do qual você fará parte, na primeira fila! Lembra o que sempre repetimos nas nossas consultas? Também podem acontecer coisas boas quando saímos pela cidade. – Repeti a última frase com ela, sempre me faz dizer isso.

- Ok... E... Obrigada Doutora Moore.

- De nada Lauren, agora vá, mostre a eles o que sabe fazer! - Desliguei a ligação e respirei fundo.

- Christopher, vamos nos arrumar, nós vamos sair! - anunciei e ele me olhou sorrindo, e ao mesmo tempo muito surpreso.

Ainda não contei à Doutora Moore sobre o que pode ter desencadeado meus transtornos, eu sei que ela é minha psiquiatra e que tenho que confiar nela, na maioria das vezes confio, mas é uma história tão dolorosa, acho que ainda não estou pronta para falar sem ter outra crise de pânico, ela sabe que tem algo que não estou contando, afinal é uma ótima profissional, mas não me força a nada, e eu agradeço muito por isso.

(🎵)

- Certo, deixe-me ver... Álcool gel, lanche caseiro, água, antitérmico, mertiolate, gazes, dinheiro, partituras, canetas, celular, escova de dentes, fio dental, enxaguante... Acho que está tudo aqui. - Eu falava mais para mim mesma enquanto analisava minha bolsa na porta do meu apartamento.

- Falta uma coisa Loli! - Chris quase gritou já me deixando aflita.

- O quê?! O que está faltando?!

- Você fechar a porta e a gente ir, que demora!

- Ok, ok, seu chatinho, vamos então. – sorri negando com a cabeça e Chris deu vários pulinhos feliz da vida. Ele estava mesmo animado em poder sair de casa num dia diferente, na verdade eufórico, então eu tinha que controlar essa euforia dele, e também a minha...

- Loli você vai tocar no Teatro?

- Sim, vou fazer um teste para um musical. – falei trancando a porta e o pegando no colo. Verifiquei se estava trancada, quatro vezes.

- Sobre os Beatles?! – ele me fitou com os olhinhos brilhantes, ele ama os Beatles, mas não sei de onde tirou que o musical é sobre eles. – Eu amo os Beatles! Don't let me down! – Ele cantou com sua vozinha de bebê me fazendo rir.

- Não Chris, é um musical sobre a vida do Elton John. – Passei pela portaria do meu prédio, moro no térreo, ainda bem, por que é mais seguro.

- Ah, eu gosto dele também, mas prefiro os Beatles.

- Bom dia senhorita Jauregui! - O porteiro, Fred, me olhou um tanto surpreso.

- Bom dia Fred, alguma correspondência?

- Sim, tem uma conta, da lavanderia. – Ele me entregou o envelope, abri. Talvez eu deva considerar deixar de lavar nossas roupas a seco... Veio bem alta esse mês.

- Obrigada Fred. – Guardei a conta e passei álcool gel nas mãos, sabe como é, papel sujo que passou nas mãos de várias pessoas.

- De nada, até logo. – ele me deu um tchauzinho e eu acenei educadamente. Pareceu feliz em me ver.

- Loli a gente vai de ônibus?

- Não, vamos andando até o metrô. – não há acidentes no metrô há mais de dez anos.

- A gente pode passar no Café Louis na volta?

- Talvez nós possamos.

Andamos durante uns trinta minutos, o caminho até o metrô era um pouco longo mas eu prefiro a andar de ônibus, semana passada mesmo um bateu numa padaria, disseram que oito pessoas se feriram, foi numa segunda-feira, Fred me contou. Passei em frente a uma das poucas lojas que atraem minha atenção, parei sem ao menos perceber.

- Você vai comprar Loli? – Chris me olhava esperançoso.

- Eu... Não sei. – Olhei o PlayStation 4 pro novinho em folha na vitrine do Joe's, estava na promoção e ainda viria com um controle extra e dois jogos. Quando eu era pequena Madre Cristina conseguiu um Super Nintendo usado para o orfanato, as outras crianças não deram tanta atenção, mas Vero, Billy e eu ficamos vidrados, era nossa brincadeira preferida. Assim que consegui trabalho a primeira coisa que eu comprei foi um PlayStation 2 usado, foi meu primeiro e último videogame, mas infelizmente quebrou há um ano e eu não tenho condições de comprar outro, talvez se não fosse a conta da lavanderia...

- Loli, compra vai... – Chris insistiu com aqueles olhinhos brilhantes, me senti culpada. Lavar as roupas a seco para evitar bactérias era algo que eu sabia ser desnecessário, mas sofrer de TOC é muito mais que saber que suas manias e rituais são na maioria das vezes inúteis, sou inteligente o suficiente para saber disso, mas controlar a razão em detrimento da emoção é algo que nós, portadores de TOC, não somos capazes de fazer, não sem ajuda.

- Eu vou ver Chris, talvez mês que vem.

- Todo mês você diz isso. – O pior é que ele diz a verdade, mas por mais que eu saiba que não é necessário lavar as roupas a seco, lavar os cabelos inúmeras vezes por dia, passar álcool gel nas mãos só por apertar a mão de alguém, eu não consigo controlar meus pensamentos recorrentes, e imaginar que poderia pegar uma bactéria e morrer por causa disso, afinal pensamentos são incontroláveis, e só de pensar nisso me atormenta de uma forma que eu preciso me aliviar de algum modo, e a maneira que encontrei foram esses rituais de higiene.

- Vamos ver Chris, talvez se eu conseguir a vaga no musical.

Ele sorriu e abraçou meu pescoço. – Você consegue, você toca muito bem!

Fomos direto para o metrô na estação Coney Island e pegamos um em direção ao centro de New York, seriam mais quarenta minutos até chegar ao Public Theather, mesmo assim gosto de morar no Queens, é um bairro calmo, apesar da distância. Consegui lugar num banco sozinho perto da porta, se houver qualquer problema ficar perto da porta é a melhor opção, na minha opinião. Chegamos antes do que eu imaginava e fomos direto para o teatro, Chris queria parar para comprar pipoca, mas eu jamais daria pipoca de rua para o meu irmãozinho, prometi a ele que compraria para fazer no micro-ondas, se alguém me ajudasse, é claro.

Avistei o teatro de longe e esperei na calçada para atravessar, assim que o sinal fechou olhei duas vezes para cada lado, então atravessei, mas quando menos esperei um maluco num carro verde virou a esquina e passou com tudo no sinal vermelho, quase me atropelando!

Senti uma vertigem horrível na hora, então agachei com Chris no meu colo para não cair, eu estava tão zonza que meu corpo balançava para frente e para trás, minha respiração começou a falhar, eu estava prestes a ter mais um crise de ansiedade, droga, eu sabia que não devia ter saído de casa hoje, eu sabia!

Ouvi algumas vozes me chamando, mas eu parecia anestesiada, então como se fosse uma alucinação ouvi a voz do meu irmãozinho.

- A tia Mani Loli, a tia Mani vai ajudar, vamos encontrar com ela...

Nem pensei direito, ouvi a vozinha da razão e saí correndo em direção ao teatro trocando as pernas, pelo menos eu achava que estava indo para lá, quando percebi que fazia justamente o caminho contrário voltei e fui ao encontro de Normani o mais rápido que podia.

Entrei pela porta da frente e foi uma péssima ideia, gente, muita, muita gente... Olhei em volta, Normani, onde está? Mani?! Não está em lugar nenhum, droga! Nem sei descrever o quão horrível era ter essas crises, eu sentia que iria ter um ataque ou parar de respirar a qualquer momento, mas ter alguém conhecido por perto ajudava bastante.

- Tia Mani! – Chris gritou fazendo com todos olhassem para nós. Achei uma ideia horrível ele gritar daquele jeito, atraindo tanta atenção, mas para meu alívio minha amiga brotou sabe-se lá de onde com os olhos arregalados.

- Chris, Lauren?! O que houve?! – ela nos olhava apreensiva.

- Um... Um carro veio e quase, q-quase... – eu nem conseguia falar.

- O carro quase pegou a gente. – Chris falou por mim.

- Meu Deus! Vocês estão bem? Se machucaram?!

- Não tia, a gente não se machucou, mas a Loli tá nervosa. – ele fala que estou nervosa quando estou em crise e minhas amigas já sabem do que se trata.

- Você trouxe seu remédio?

- E-eu trouxe mas ele m-me dá sono, não vou conseguir... tocar assim. – E esse ar que não entra nos pulmões!

- Tudo bem. – Mani me conduziu para um banco um pouco longe dos olhares dos outros, então pegou álcool gel na minha bolsa e limpou o banco para eu sentar. Chris ficou de pé ao meu lado, seu rostinho preocupado partia meu coração, mas eu não conseguia lidar com essas crises sozinha, não ainda.

– Vamos fazer aquele exercício de respiração certo? – Mani limpou nossas mãos com álcool gel e as uniu, logo começamos a respirar do jeito que a minha psiquiatra ensinou. – Isso meu bem, devagar... Chris, você também. – e meu irmão começou a nos acompanhar, aos poucos foi dando certo, mas acho que eu ainda não tinha entrado em crise completamente, estava apenas na iminência de uma, caso contrário só com remédios mesmo, eu não tinha certeza, resolvi perguntar a Doutora Moore depois.

- Eu, eu... Acho que está dando certo. – minha respiração ofegante ia voltando ao normal.

- Que bom, só mais um pouquinho... – e nós continuamos até minha respiração se normalizar. Estar com alguém em quem confio realmente dá resultado, não que eu não confiasse no meu irmãozinho, mas ele é apenas uma criança, não poderia fazer nada se algo mais sério me acontecesse.

- Obrigada Mani. – suspirei fechando os olhos e Chris me abraçou.

- Você tá melhor Loli?

- Estou meu amor, desculpe te assustar. 

- Eu não ligo, só quero que você fique boa.

- Ei Chris, você não vai dar meu abraço? – Mani quebrou o clima um tanto melancólico.

- Ah é! Oi tia Mani! – ele agarrou o pescoço dela e eu a olhei agradecida.

- Ai meu Deus, você está cada dia mais lindo! – ela fez cócegas nele e ouvir sua risada de bebê me acalmou um pouco mais.

- Você também é linda tia Mani!

- Own mo Deus céu! Eu posso uma coisa fofa dessas?! – ela fez uma voz infantil e os dois se abraçaram mais apertado. Ela iria me dizer mais alguma coisa, mas uma voz ao longe interrompeu.

- Normani Kordei?

- Ai, é a minha vez! – mordeu o lábio um tanto receosa, não só por ser a vez dela, mas por nos deixar sozinhos.

- Tudo bem Mani, pode ir, nós vamos ficar bem.

- Certo, qualquer coisa ligue para a Doutora Moore ou para a Vero, está bem? Ou pode me chamar, eu vou estar logo ali. – Chris e eu assentimos. – Ah, e para se inscrever é só falar com aquela moça com a prancheta na mão, o nome dela é Amber. – apontou uma loira falando com algumas pessoas bem perto de nós.

- Ok, boa sorte.

- Obrigada, amo vocês! – soltou beijos e saiu correndo.

- Também te amamos Mani. – Chris e eu falamos baixinho.

- Eu vou chamar a moça! – Chris se agitou de repente e saiu correndo.

- Christopher não corra! – falei mais alto do que gostaria e quando vi ele já estava falando com a tal Amber, como ela estava perto não pude deixar de ouvir o que ele disse. – Ei moça.

- Oi pequeno, está perdido?

- Não, eu estou com minha irmã, ela veio fazer o teste, ela muito boa! – ele apontou para mim e eu senti meu rosto esquentando, as vezes esse garoto me põe em cada saia justa. A tal Amber me olhou e eu dei um tchauzinho tímido, então pegou na mão de Chris e o trouxe até mim.

- Olá, eu sou Amber. – ela estendeu a mão para mim e eu apertei relutante. – Qual o seu nome?

- Lauren Michelle Jauregui. – ela anotou na prancheta.

- Você veio para a dança? – me olhou.

- Oh não, não! Eu sou musicista.

- Telefone? – falei meu telefone e ela anotou rapidamente. - Certo então, Lauren M. Jauregui, compositores. – ela anotou mais alguma coisa. – Tem alguma indicação?

- Não... Não tenho.

- Onde concluiu sua formação em música?

- Nunca fiz fa-faculdade nem escola de música... – Mordi o lábio inferior um tanto constrangida.

- Ah ok, é autodidata. – Amber anotou algo mais.

- S-sim, mais ou menos isso.

- Algum trabalho conhecido?

- Só... S-só, eu... – droga! Agora não Lauren!

- A musiquinha do comercial dos Nutt Nugets– Chris falou rapidamente e eu procurei um buraco para enfiar minha cara.

- A música do comercial? – ela franziu o cenho.

- É, eu f-faço jingles...

- Aaah, agora eu lembrei! A musiquinha dos Nutt Nugets, minha mãe adora! Vou anotar aqui, compõe jingles. – Lá se foram minhas chances... – Mas se tiver uma composição sua sem ser jingles seria melhor tocá-la, só uma dica. Boa sorte! – piscou pra mim e depois anotou o restante dos meus dados.

Assim que ela se afastou peguei o álcool gel e limpei minhas mãos e as do meu irmãozinho, nunca se sabe.

E lá se foram duas horas esperando, nesse meio tempo Mani voltou e sentou ao nosso lado, estava bastante otimista com seu teste, já eu estava impaciente e com fome, Chris não estava diferente, então lhe dei o lanchinho que fiz em casa e comi um pouco, escovamos os dentes e nada de me chamarem. Eu estava quase dormindo no ombro dele quando ouvi alguém me chamando, era a tal Amber.

- Lauren Jauregui, sua vez! – ela sorriu.

Camila

- Certo, qual o seu nome meu bem? – perguntei à moça ruiva que acabara de entrar na sala de audições, Dinah, Ally, MarieleRoger e eu estávamos na mesa comprida julgando cada candidato. Enquanto Sally filmava as apresentações.

Anna Kendrick. – ela parecia nervosa, normal.

- Quando quiser Anna. – sorri e ela retribuiu respirando fundo. Logo olhou para o rapaz do som, Tommy, e ele colocou a música que ela trouxe: No Way. Boa. Anna Kendrick era uma ótima bailarina, seus movimentos eram corretos, e sua postura impecável, além de ser lindíssima, mas lhe faltava algo, algo extremamente importante, que eu procurava incansavelmente nos meus bailarinos, paixão

Quando a coreografia acabou nós aplaudimos e Roger disse que ligaria caso ela fosse selecionada. – O que vocês acharam? – ele perguntou fazendo bico assim que ela saiu.

- Eu achei que faltou um pouco de emoção. – Di torceu a boca.

- Também achei menina, a bicha estava muito egípcia, faltou o borogodó! – Roger balançou os ombros nos fazendo rir.

- Eu achei que ela se saiu bem. – Ally argumentou.

- E ela se saiu, é ótima bailarina, mas lhe faltou paixão. – respondi.

- Mila e a sua busca incansável por paixão! – Mariele riu.

- Mas quem dança tem que ter paixão pelo que faz, não só quem dança, quem toca algum instrumento, quem faz algum esporte, até quem faz pão! – e eles riram.

- Você tem razão Mila, mas vamos para o próximo candidato, ou sairemos daqui à meia noite. – Ally riu e todos concordaram.

O próximo era um rapaz, cabelos castanhos e olhos castanhos claros, um tanto magrinho, mas só pelo jeito de andar senti que vinha coisa boa ali.

- Qual o seu nome? – perguntei.

Robert Perkins.- ele disse nervoso. Olhei os nomes na prancheta que Amber nos deu e marquei o nome dele. – Desculpa interromper mas... Eu sou muito seu fã! – ele deu um gritinho histérico e pôs as mãos na boca logo em seguida, o que arrancou boas risadas de nós.

- Obrigada Robert, mas não surte agora tudo bem? – ele assentiu freneticamente. – Ótimo, respire fundo e quando quiser. – Ele olhou para Tommy que colocou a música, Shape of You, Ed Sheeran, boa escolha.

E era exatamente isso que eu procurava, não só os movimentos dele eram perfeitos, mas a sua expressão era extremamente apaixonada e profunda, ele tinha muito amor pela dança, e mostrava isso com seu corpo inteiro. Quando a música acabou nós aplaudimos de pé.

- Meus parabéns Robert, você foi incrível! – Elogiei.

- Obrigado! – ele abanou o rosto emocionado. – Eu amo você!

- Own, não chora não meu bem. – fui até ele o abracei, ele chorou ainda mais... – Pronto, pronto, não precisa chorar, eu sou de carne e osso como você.

- Tudo bem, ai que mico eu paguei agora! – riu nos arrancando gargalhadas novamente.

- É normal Robert, todo mundo fica meio nervoso com ela. – Ally falou.

- Podem me chamar de Robbie. – nos soltamos do abraço e eu voltei para o meu lugar

- Ok Robbie, nós ligamos para você certo? – Roger falou e Robbie o olhou meio envergonhado.

- Certo. – ele respondeu timidamente. – Obrigado, obrigado! – soltou beijos para nós e saiu levando suas coisas todo saltitante.

- Esse com certeza! – Mariele exclamou. 

- O que você achou Roger? – o olhei com um sorrisinho.

- Ele é ótimo, por mim está aprovado.

- Ele gostou de você... – Dinah falou e Roger arregalou os olhos.

- Nem vem viada, o menino é um bebê! Não quero pegar ninguém pra criar não! – ele disse nos fazendo rir alto.

- Vamos para o próximo então. – falei rindo, então Sally abriu a porta para que uma garota negra belíssima entrasse na sala.

- Eita porra, é ela! – Dinah sussurrou no meu ouvido. – Meu Deus, é linda demais!

- Acalma essa periquita mulher! – Roger sussurrou eu segurei o riso.

- Qual é o seu nome amor? – perguntei e ela me olhou tentando controlar a respiração.

N-normani Kordei. – ela conseguiu dizer com uma certa dificuldade, que fofa. Marquei o nome dela na prancheta.

– Quando se sentir pronta Normani. – Sorri e ela retribuiu. Tommy ligou o som colocando a música e não me surpreendi quando começou a tocar Beyoncé, me surpreendi mesmo com a bailarina maravilhosa que estava dando tudo de si na nossa frente! Meu Deus, que cambré(*) é esse?! 
(*) Movimento de dança

Seus movimentos eram sensuais e ao mesmo tempo muito precisos e graciosos, olhei para o lado por um instante, Dinah balançava a cabeça no ritmo da música sem nem se dar conta, seus olhos estavam vidrados na moça. Prendi o riso para não atrapalhar Normani, e quando ela finalizou nós aplaudimos de pé.

- Uau! Arrasou garota! – Mariele se empolgou.

- Ai, obrigada, eu me esforcei! - Normani sorriu.

- E se saiu muitíssimo bem! Parabéns Normani, você tem grandes chances! – elogiei.

- Eu tenho?!

- Claro que sim linda, você é muito boa. – Dinah deu uma piscadela para ela e eu lhe um tapinha na perna por baixo da mesa. – Nós entramos em contato. – E sorriu com aquela cara de safada, não tem jeito!

- T-Tudo bem, obrigada! – e saiu.

- Porra que gostosa! – Dinah sorriu e recostou na cadeira passando as mãos nos cabelos.

- Menina, coitada da moça, precisava comer a pobre com os olhos?! – Roger a olhou pasmo.

- E dá pra evitar? Meu Deus, nós temos que aprova-la!

- Dinah...- Ally a repreendeu.

- Eu sei, profissionalismo... – ela torceu a boca e suspirou com cara de idiota.

- Vixe, apaixonou! – Mariele riu.

- Não se mete Marilene! – Dinah reclamou e nós rimos, menos Mariele, ela cansa de dizer o nome dela corretamente, mas não nos importamos com quando queremos tirar sarro da nossa amiga.

- Vamos chamar mais uns... Oito e vamos almoçar? – Sugeri. O pessoal concordou na hora, já havíamos visto umas dez apresentações e até agora só nos empolgamos com Robbie e Normani, mas não perdi as esperanças, quem sabe dentre esses oito não havia um talento escondido?

Não havia... Fomos almoçar um tantinho frustrados e quando voltamos Roger cismou que se visse mais alguém se matando no tablado para tentar nos impressionar ele mesmo se mataria, bicha dramática! Então decidimos que seria melhor ver as apresentações dos compositores por enquanto, depois voltaríamos com os bailarinos, nesse caso Sally se juntou a nós no júri.

- Podemos começar então? – Sally falou perto da porta e nós assentimos. Logo um rapaz muito bonito entrou, cabelos loiros e longos amarrados num coque frouxo, olhos azuis, ele era alto e apesar de estar usando blazer, notei que era bem forte.

- Menina olha só esse gato!- Mari sussurrou no meu ouvido.

- É lindo, mas no momento estou enjoada de homem. – Sussurrei de volta. – Qual o seu nome? – Olhei para ele.

Bryan Larsson. – ele falou com uma voz... Que me fez ter uma vontade quase incontrolável de rir, meu Deus! É muito aguda! Prendi o riso bravamente e marquei o nome dele na prancheta.

- Pode começar Bryan. – controlei minha voz para o coitado não perceber que eu estava prestes a explodir em risadas, e sequer ousei olhar para meus amigos, por que senão seria exatamente isso que aconteceria. Ele sentou ao piano que Tommy ajeitou no centro da sala, e tocou uma música linda de Elton John, Candle in The Wind, que Elton adaptou em homenagem à Princesa Diana quando ela veio a falecer, mas tudo que eu conseguia pensar era na voz aguda daquele homem enorme.

- Ótima adaptação Bryan, tem alguma composição sua que queira nos apresentar? – Roger perguntou tentando parecer sério quando Bryan terminou.

- Claro! – ele falou com sua vozinha e foi mexer na sua bolsa no chão. Meu Deus, eu quero esse homem fora daqui! Eu não vou aguentar, eu vou rir! Então eu fechei os olhos tentando me concentrar apenas na música, era linda, e ele tocava bem e de forma muito correta, mas estava muito mecânico, sem emoção. Além de dança, também estudei música por algum tempo, eu estaria longe de ser uma boa musicista, mas entendia o suficiente.

- Obrigada Bryan, você foi muito bem, nós entraremos em contato. – Ally falou educadamente, então ele agradeceu e se despediu. Nos entreolhamos sem dizer nada durante algum tempo.

- Eu gostei dele. – Dinah falou com a voz bem aguda, e nós não aguentamos mais, explodimos em gargalhadas escandalosas.

- Eu não sei, ele pareceu um pouco mecânico. – falei com a voz aguda também, e as risadas continuaram.

- Acho que faltou paixão. – Mariele também falou com a voz fininha. Nós não valemos um pão com ovo!

- Pois eu achei o bofe maravilhoso! – foi a vez de Roger fazer a vozinha.

- Meu Deus, parem! Vocês não prestam! – Ally mal conseguiu falar de tanto que ria.

- Nossa, tadinho gente! – Sally sorriu.

- Ok, ok, vamos parar por aqui. Ainda tem muita gente para avaliar. – enxuguei as lágrimas ainda me recuperando.

- Vou pedir para Amber chamar o próximo. – Sally levantou enxugando umas lágrimas e foi até a porta falar com Amber, quando sentou na cadeira a porta se abriu lentamente e de trás dela surgiu, de sobretudo verde escuro, cabelos negros, pele branca de porcelana e os olhos verdes mais lindos que já vi na vida, parecia um anjo.

A percebi um tanto assustada, na verdade aflita seria mais apropriado, ela não sentou no banco do piano quando entrou, primeiro veio até nós. Espere, sobretudo verde escuro? Quantas pessoas em New York usam sobretudo verde escuro? Provavelmente muitas, deve ser só uma coincidência, afinal eu nem vi o rosto da pessoa que quase atropelei, pode ser qualquer uma.

- Qual é o seu nome? – perguntei olhando direto nos seus olhos, não fiz de propósito, os olhos dela atraem a atenção, ela me olhou e suas orbes verdes se arregalaram um pouco, ela abriu e fechou a boca algumas vezes um tanto desconcertada e desviou o olhar do meu para o chão.

Lauren Jauregui... – falou com sua voz rouquinha e tímida. Nome lindo, a voz também. Marquei o nome dela na prancheta, tem um M no meio, o que será que significa?

- Prazer Lauren, sou Camila Cabello.

- E-eu já ouvi falar de você. – ela não conseguia me olhar, apenas deu um tímido sorriso para o chão, queria poder ver seus olhos novamente, mas não erguia o olhar de forma alguma.

- Certo Lauren, quando quiser. – falei suavemente, ela assentiu e foi em direção ao banco do piano, mexeu em sua bolsa e eu pensei que fosse tirar de lá suas partituras somente, mas trouxe em suas mãos algo a mais, um pequeno frasco transparente. Passou o conteúdo do frasco num lenço de papel e espalhou no banco, em seguida pegou outro lenço molhou com o líquido do frasco e passou nas teclas do piano. Nos entreolhamos um tanto intrigados, mas não ousamos dizer nada para não deixa-la nervosa.

Ela guardou suas coisas de volta na bolsa e olhou para o piano por alguns segundos, fechou os olhos respirando fundo, com certeza estava tentando se acalmar, seus lábios ficaram entreabertos enquanto puxava e soltava o ar e por uns instantes me vi hipnotizada pelo movimento do seu peito subindo e descendo, sorri involuntariamente e Dinah me olhou sorrindo com o cenho franzido.

E nesse momento foi como se eu fosse transportada para um mundo paralelo, onde só havia Lauren, o piano e eu, seus dedos delicados deslizavam suavemente sobre as teclas, ela tinha tanta habilidade e paixão, tocava de olhos fechados, sentindo a música, me fazendo me emocionar junto com ela, dava para ver no seu rosto o quanto amava tocar, ela é um gênio! A música era Your Song, primeiro grande sucesso de Elton John, e ela fez uma arranjo tão lindo, tão tocante que meus olhos ficaram marejados, e eu me peguei sorrindo entre lágrimas.

Quando terminou nós não poderíamos fazer outra coisa a não ser aplaudir de pé, olhei para os lados, não fui só eu que me emocionei, todos na sala tinham os olhos molhados.

- Muito bom Lauren, você... Você é inacreditável! – Eu nem sabia o que dizer, não havia elogio suficiente para o que ela acabara de fazer ali. Ela me olhou nos olhos e eu senti meu coração acelerar um pouco, mas logo mirou o chão nervosa.

- O-obrigada... – sua voz rouca soou mais alto que um sussurro, e ela mexeu na gola do sobretudo, parecia um pouco desconfortável.

- Não quer tirar o sobretudo? Temos aquecedor aqui, deve estar com calor.

- Não, e-eu estou b-bem, o-obrigada... – parecia que quanto mais eu falava com ela, mais nervosa ela ficava, então olhei para Sally para ela continuar, não queria que Lauren ficasse nervosa demais e não conseguisse concluir sua apresentação.

- Certo Lauren, tem alguma composição sua para nos apresentar? – Sally perguntou.

- Eu... Sim, n-não é conhecida mas... Mas eu gostaria, gostaria...- sua respiração ficou um pouco mais rápida.

- Tudo bem, tudo bem, respire, nós vamos esperar o tempo que for. – Não aguentei e falei novamente, ela parecia tão ansiosa.

- Certo...- ela respirou profundamente algumas vezes e sem nem perceber me peguei respirando junto. - E-eu posso tocar duas? Juro que são bem curtinhas. – Olhou para mim e eu sorri.

- Claro que pode, vá em frente. – ela desviou o olhar rapidamente para as teclas do piano, e sem aviso prévio começou a tocar uma melodia suave e delicada, me senti transportada para um lugar calmo e aconchegante, que me fez lembrar de quando eu era criança, novamente meus olhos se encheram de lágrimas, aquela música me trazia uma sensação tão familiar de felicidade, de uma época que eu sequer lembro, mas que tinha gostinho de infância.

Quando ela terminou emendou com algo mais rápido e forte, seus dedos percorriam tão rapidamente pelas teclas do piano que eu mal os via, nos entreolhamos sorrindo, boquiabertos, meu Deus, ela é mesmo genial! No final aplaudimos de pé novamente, não podíamos fazer diferente.

- Foi impressionante Lauren, estamos extasiados com a sua apresentação! – Ally ainda batia palmas e Lauren ia ficando cada vez mais vermelha, que adorável.

- Nós entraremos em contato, você tem grandes chances, digo, chances enormes! – Sally riu nos arrancando sorrisos e Lauren olhou para mim novamente.

- Eu ligo para você, digo, algum, a-algum de nós entrará em contato. – Não sei por que, eu gaguejei.

- Ok, e-eu já posso... – ela apontou a porta um tanto impaciente.

- Claro, pode ir, e obrigada por nos presentear com sua música Lauren. – ela sorriu olhando para o chão inflando o peito nervosa, assentiu rapidamente e saiu. – Eu quero ela! – exclamei.

- Eu percebi... – Dinah me olhou com um sorrisinho malicioso.

- Hein? – fiquei sem entender.

- Leve o tempo que quiser Lauren, quer tirar o sobretudo? Não está com calor Lauren? Eu ligo pra você Lauren, sou Camila Cabello, Lauren. – ela fez uma imitação da minha voz, uma péssima imitação aliás. – Você não se apresentou pra ninguém, só para ela. – Di sorriu.

- O que está insinuando? – Cerrei os olhos.

- Que você ficou doidinha pela maluquinha de olhos verdes! – Roger riu e todos os outros o acompanharam. Meu rosto esquentou terrivelmente.

- Eu, eu não, e-eu fiquei extasiada pela música dela! – me defendi.

- Conta outra Cabello! – Mari riu.

- Eu estou falando sério! Parem com isso! E não quero ninguém a chamando de maluquinha, se vier trabalhar conosco pode ficar magoada. Aliás, porque a chamou disso Roger?

- Você não viu? Ela passou álcool gel em tudo antes de tocar menina!

- E qual é o problema? Muito gente faz isso. – Não sei se realmente fazem, mas me incomodou o modo nada gentil com que Roger se referiu a ela.

- Tá bom gente, vamos continuar, senão não saímos daqui hoje. – Ally interveio.

- Ally tem razão, temos muito trabalho pela frente. – Sally lembrou e nós encerramos o assunto, para o meu alívio.

E realmente tínhamos bastante trabalho, tudo bem, eu sabia que teria muita gente para avaliar, dentre bailarinos e compositores, mas não esperava que saíssemos de lá quase às onze da noite, eu estava exausta e ainda tinha que dirigir de volta para casa, eu mereço... Como eu queria alguém para guiar meu carro agora. Antes que eu pudesse girar a chave na ignição meu celular tocou me assustando. Número desconhecido?

- Alô. – Atendi sem vontade.

Camila. – Ai Cristo, o rato...

- O que é Peter? – encostei a cabeça no volante.

- Porque não me disse sobre os testes de hoje? – Seu tom era acusador.

- Pensei que soubesse, você está sempre ligado nessas coisas. – Sorri ao constatar que pelo menos nesse projeto não teria sua incomoda presença.

- Eu não estava a par, você sabe muito bem que eu estava viajando! Tinha que ter me avisado!

- Sinto muito Peter. – Não sinto não. – Mas realmente pensei que soubesse, é uma pena. – Não é mesmo!– Mas agora é tarde.

Mas Camila, eu tinha que estar nesse projeto, você sabe que é uma oportunidade única para minha carreira!

- E eu não tenho nada a ver com sua carreira Peter, se vire! Não sou sua babá, não sou nada sua, pare de me ligar!

- Pois eu vou me virar, você vai ver como! 

- Adeus Peter. – e desliguei na cara dele. Era só o que faltava, receber duas ameaças no mesmo dia, de uma rato! Pois ele que não se atreva a tentar me prejudicar, por que vai ter volta e duas vezes mais forte! Ou eu não me chamo Camila Cabello! 

______________________________________

Então, o que acharam do primeiro encontro Camren? Fofinho? Tenso? Acham que a Lóren vai conseguir olhar para a Camila? É muita pressão para a pobi 😔 😜
E desculpem pelo título do capítulo, eu sou uma droga pra escolher títulos legais 😌
Em breve o próximo 😘💖😘

PS.: O que acharam da psiquiatra da Losren? 😬😝

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