Henry
Fico parado apenas digerindo tudo que acabei de escutar. Se Alice é inocente, ela nunca vai me perdoar. A expressão de desespero estampada em seu rosto, as lágrimas... eu nem deixei que ela se defendesse. E a carta...
- O que foi que fiz... - Sussurro baixinho.
- Uma grande burrada. - Thony faz questão de responder.
- Uma burrada gigantesca. - Théo emenda.
- Bem grande mesmo.
- Daquelas...
- Da pra parar? Eu já entendi. - Peço exasperado.
- Já que insiste, mais foi das grandes.
- Thony, a sua sorte é que te considero um irmão, porque se fosse em outras circunstancias, provavelmente eu iria te matar.
- Também te amo cara. - O infeliz tenta me dar um beijo na bochecha, mas consigo impedi-lo a tempo.
- Eu não sei o que fazer. - Confesso com um suspiro derrotado.
- Concerta essa situação com ela, Thony e eu, vamos voltar para empresa e ver o que conseguimos descobrir.
- Obrigado. - Agradeço antes que saiam do carro.
- Vai dar tudo certo.
[...]
Dirijo pensando em toda a merda que eu fiz ontem, não consigo tirar a imagem do seu rosto banhado em lágrimas, da minha cabeça. Eu prometi que não deixaria ela partir, e no final, fui eu quem a mandou embora. Estaciono em frente ao seu prédio, saio do carro e cumprimento o porteiro assim que passo pelas portas. Penso em mil desculpas enquanto o elevador sobe, mas nenhuma me parece o suficiente. Caminho até a sua porta e bato três vezes, logo escuto o barulho da fechadura sendo aberta.
- Oi. - É tudo que consigo dizer, quando vejo seu rosto vermelho e seus olhos inchados. Meu coração quebra ao ver seu estado.
- O... o que faz aqui?
- Posso entrar?
- Eu acho melhor você...
- Por favor Alice. - Ela me encara por infindáveis segundos e finalmente abre a porta pra mim.
- O que você quer Henry?
- Seu perdão. - Seus olhos se arregalam e sua boca forma um perfeito O.
- O... que?
- Agi por impulso, falei coisas no calor da raiva, te acusei sem me esforçar para saber se era verdade, liguei bêbado e disse coisas que não são verdades. Nada do que eu disser agora, pode reparar o dano que causei, sei que você tem todo o direito de me mandar embora e nunca mais querer me ver. Eu te magoei e nunca vou me perdoar por isso.
- Henry...
- Não, por favor me deixa terminar. Quando eu te conheci, senti uma vontade absurda de estar ao seu lado, algo que nunca havia sentido antes. Pensei que fosse algo passageiro, mas quando te vi sentada naquele chão, tudo que eu conseguia pensar, era em como queria ver seu sorriso outra vez. Eu já encontrei alguém por quem vale a pena lutar e que me faz querer passar todos os dias da minha vida, ao lado dela. Te amar é o que me mantém inteiro Alice. Sei que o que vou pedir agora é algo egoísta, mais preciso de você na minha vida, então por favor, volta pra mim. Eu te amo. - Coloco para fora todos os meus sentimentos e sinto uma lágrima escorrer pela minha bochecha.
Alice olha para mim, como se não estivesse acreditando no que esta acontecendo. Caminha lentamente em minha direção, até que poucos centímetros nos separam. Ela segura meu rosto entre suas mãos delicadas e seca minhas lágrimas, depois abre um lindo sorriso que aquece todo meu peito.
- Me perdoa?
- Eu te amo Henry... - Acabo com a pequena distancia que nos separa e uno nossos lábios no melhor beijo de toda minha vida.
- Eu sinto muito... por tudo que te fiz passar. Eu...
- Está tudo bem.
- Nunca vou me perdoar.
- Henry, não se culpe.
- Prometo que vou passar todos os dias da minha vida te recompensado. - Encho seu rosto de beijos, enquanto ela sorri para mim.
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BÔNUS*
- Eles já descobriram que não foi a putinha.
- Eu te dei uma tarefa, uma coisa simples e você conseguiu falhar.
- Como eu ia saber que descobririam a gravação? - Sua voz esta levemente tremula.
- Eu não te paguei para falhar.
- Não vai se repetir.
- Não, não vai mesmo. - Me levanto da poltrona suja e agarro seu cabelo. - Porque se você falhar, não tera uma terceira chance.
Passo o indicador pelo seu rosto, sinto ela estremecer com o meu toque e isso me deixa ainda mais excitado.
- De joelhos. - Uso um tom ameaçador e ela se apressa em obedecer. - Agora me chupa como se sua vida dependesse disso, porque depende. - A vagabunda abre minha calça e tira meu pau pra fora. Logo começa a me sugar como a boa puta que é.
Aqueles três acabaram com a minha vida, não que saibam disso. Eu os conheci na faculdade, estudamos juntos e quando nos formamos, se juntaram para abrir uma empresa e eu abri a minha sozinho. Meu primeiro contrato, seria a construção de um restaurante luxuoso, era a chance da minha vida, mas preferiram a BKS. Depois disso só consegui contratos pequenos, até que minha empresa veio a falência, me endividei e agora devo muito dinheiro a pessoas que não costumam brincar em serviço.
Por causa deles, minha vida esta essa merda, eles me devem e eu vou cobrar. Vou acabar com a BKS e com a vida de cada um, vou tirar cada gota de felicidade e esperança que existe dentro deles, até que só reste apenas medo. Quero que eles sintam na pele, todo sofrimento que me causaram.
- Já chega. - Puxo a vagabunda pra cima e a viro de costas para mim. Subo sua saia e rasgo a calcinha, meto de uma vez sem nem um pingo de dó. - Isso é pra você aprender, o que acontece quando me desapontam. - Sussurro bem próximo ao seu ouvido.
Depois de extravasar toda minha raiva transando com ela, levanto da cama e acendo um cigarro.
- Volta pra BKS e faz seu trabalho direito dessa vez. Ninguém pode descobrir sobre você.
Ela se troca e sai do quarto de hotel mofado. Isso ainda não acabou, pelo contrario, eu só estou começando.
Pra matar um pouquinho da curiosidade de vocês kkkk.
Bejokas amoras.