Kendell Marano Parker.
Após, a minha pessoa ter conhecido o chefe gostoso...
Mas me digam vocês, aquilo só pode ser coisa do capeta, não dá, ele parece que saiu da novela das vinte uma.
Lindo, cabelos longos, loiros que ficam ridiculamente bem nele, e ainda mais hidratados que o meu, com os olhos azuis mais penetrantes que eu já vi...
Merda! É isso que vai dar, merda!
Kendell minha amiga, para de pensar em gostosura e se liga na parada aqui.
Bem, depois de tudo, fiquei fofocando com as meninas e assistimos novela, e foi bem maneiro. Elas são legais.
Já me enturmei geral aqui, todos são maneirais.
Maneirais, eu estou ficando louca!
Depois de tudo, fui curtir o quarto, é puro luxo, se aqueles são quartos para os funcionários imaginem o do chefão!?
É que nem nos meus sonhos bonitos de rica que nem a rainha da cocada preta, eu imaginei em ter um quarto daqueles para mim, no máximo uma parede rebocada, sem cheirar a mofo e sem uma porta que faz barulho e estava numa boa.
Já isso aqui é um mundo, nós lá sofrendo nos moquifos e existem casas assim.
Mas bem, deixando de reclamar da minha vida.
Adormeci, para começar o meu primeiro dia na maior, me encostando na cama. Eu disse cama e não papelão, com um blusão e uma calcinha já que a minha pessoa nem sequer pijama possui, mas o que interessa é que estou debaixo de um teto que compra o morro todo se bobear.
Quando a minha emoção de favelada na casa de gente rica passou, resolvo conversar com a minha mente como a pessoa normal que sou.
Tinha que pensar em como me gerir cada coisa daqui para frente, afinal de contas, eu não posso ser babá para sempre, e essas crianças também vão crescer, logo a minha pessoa precisa ir fazer a matrícula na faculdade de designer de jóias - é isso meus filhos, vejam até onde uma novela pode nos levar - eu quero ser designer de jóias, sonho maningue grande para alguém que nem possui nada, mas eu serei.
Vou estudar, e vou abrir uma conta poupança ou qual seja o nome daquela coisa lá e mudar a vida maluca que eu tenho.
Adormeci, nos meus desvaneios.
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Acordei povo bonito! E não foi por vontade própria, porque essa cama é boa para caramba, alguém está batendo a porta do quarto e eu estou com sono ainda.
Levanto da cama e nem coloco chinelo, vou assim mesmo descalça até a porta.
- Bom dia Kendell! - a dona Otilinha diz já animada.
- Bom dia! - saúdo animada também.
- Gostei, já começou o dia sorridente, agora passemos a seriedade, vá tomar banho, você ainda tem que acordar as crianças minha querida, e eles tem que se preparar para o colégio, já são 5:30 e eles têm que sair daqui às 7:30. - ela diz.
- Tudo bem. - respondo bocejando e ela estica umas peças de roupa na minha direcção.
- Aqui estão os seus uniformes, se precisarem de algum ajuste me avise querida. - ela diz.
- Claro minha filha, aviso sim. - digo ainda bebada de sono e ela ri saindo.
Atiro as roupas na cama, e corro para o banheiro, mano, são 3 crianças ao mesmo tempo, e eu pobre de alma e de bens materiais nem sequer despertador tenho.
Entro no banheiro.
Que pena.
Banheira linda eu te uso mais tarde, ok amoreco!
É isso mesmo meus filhos, eu já contei que tem casa de banho dentro do quarto, porque eu conto outra vez, tem banheiro dentro do meu quarto, chique né?
Também achei.
Morri total quando vi!
Entro no box, tomo meu banho, e eu fico rindo da minha cara.
Há poucos dias eu estava dormindo no papelão e banquinho, e tomei banho num riacho, e agora estou num quarto com casa de banho aqui dentro.
Muito fofinho né?
Só pode ser coisa de Deus mesmo.
Fico pensando nas minhas coisas, até terminar o banho, é que meus amores tomar banho com água quente, anima demais. Sobretudo quando não é necessário você ferver a água e baptizar com água fria em um balde e depois tomar banho né, com uma caneca.
Ok Kendell, seriedade!
Escovo meus dentes, com a minha escova gasta. Aproveito que aqui tem um pouco de creme de alguém que deixou ou esqueceu e passo rapidinho, coloco minha roupa interior, e pego um dos uniformes.
- Shiih, a pessoa que estava usando isso só podia ser mais pequenina que eu. - comento sozinha, olhando o tamanho daquilo dali.
Mas bem, tenho que correr para os acordar senão, perco a minha sorte logo no primeiro dia.
Coloco com muita dificuldade o uniforme, que ficou bem curtinho em mim, não que eu me sinta totalmente desconfortável, eu estou habituada a usar roupa curta, principalmente nesse calor, mas isso daqui esta me apertando para léu léu.
Coloco as sapatilhas gastas que eu tenho. Passo as mãos pelos meus fios no cabelo para os ajeitar e corro pelas escadas subindo em direcção aos quartos das crianças, que conheci ontem.
E meu senhor Jesus Cristinho. Isso parece aquelas mansões que a gente só vê passando na televisão e revista.
Ainda estou em choque.
Abro a porta e apanho a cena mais engraçada de todas.
O Hugo estava na cama dele, descoberto e todo de qualquer maneira, cheio de aquelas coisas de jogar em cima dele, brinquedos no chão, o Heitor estava quase caindo, porque a Kelly estava com a maior parte da cama e ainda com as pernas em cima do irmão.
Não resisti e comecei a rir sozinha.
Psiu, seriedade Kendell!
Assobio, para os fazer acordar, e eles acordam assustados.
- Kendell! - reclamam do susto e com aquela cara de sono, riu sem controle, mais engraçado impossível, meus filhos.
- Depois vocês me zangam cambada, está na hora, bora para o banheiro, agora! - digo e eles continuam se espreguiçando. - Hugo e Heitor, para banheiro e têm só 10 minutos para saírem de lá. - falo e eles começam a movimentar-se.
- Kelly, também corre, quem perder não vai ganhar a surpresa que eu tenho para vocês. - faço chantagem.
- Surpresa? - a Kelly questiona já acordada.
- Isso mesmo minha filha, mas só ganha quem for a acabar primeiro. - aviso.
E eles correm, a Kelly sai de certeza para o quarto dela e os meninos para o banheiro que também tem aqui no quarto deles.
Como o tempo é escasso, pego todas coisas espalhadas no chão e arrumo onde deve ser, arrumo as camas deles em um tempo recorde, e vou ao closet, é isso que eles chamam a esse quarto cheio de roupas, e retiro os uniformes que já estavam engomadinhos e tal e os deixo encima da cama deles.
- Eita cambada, é para hoje! - grito chamando a atenção deles. Vai que dormiram na banheira.
- Já estamos indo. - eles respondem, então eu corro para o quarto da Kelly.
Eu o vi ontem, mas é de mencionar que esse quarto é de princesa mesmo.
- Kelly, não é para hibernar aí não, peste. - aviso.
- Já vou Kendell! - ela responde.
Então eu me dirijo ao closet dela, retiro o seu uniforme. E descanso, já que o quarto dela estava devidamente arrumado.
Observo o uniforme dela, era igual ao dos irmãos, mas era uma camisa branca com o logótipo do colégio, uma saia à um palmo do joelho, um blazer e um laço. Enquanto que os dos rapazes, só altera para calças e gravatas.
Finalmente ela sai.
- Menina, quanta demora! - digo indo pegar a loção dela.
- É que é praticamente impossível tomar banho em 10 minutos Kendell. - ela diz se limpando.
- Não é não minha filha. - digo. - Agora bota o creme aí rapidinho que o tempo está indo embora. - falo passando o creme para ela, e ela ri.
- Sabe Kendell, eu gostei muito de você. - ela diz, e nossa que querida.
Estou feliz!
- Oh, valeu! - agradeço e ela sorri. - Mas e aí, me diz, o seu papy chega sempre com vocês? - é só curiosidade sabe né gente? Sim?
Sim.
- Não! - ela responde. - Normalmente ele chega sempre um pouco mais tarde que nós. - explica, e que bom! - Ele só chegou cedo ontem, porque a directora lá do meu colégio o chamou. - ela diz e noto ela corando.
- Aí é? - questiono e ela assente colocando a roupa interior inferior. - E porquê? - questiono.
- Ah, é que... - ela diz com cara de sapequinha, já apaixonei por essa peste. - Tem uma menina lá na minha turma que me provocou, e eu a dei um empurrãozinho de nada. - ela diz e já gostei. É bom assim mesmo, não pode levar desaforo para casa não minha filha.
- A menina mentiu que a feri e foi levada para a enfermaria. - ela conta a história dela. - Daí a directora veio e disse que ia me dar suspensão e chamou o meu pai. - ela conclui, enquanto colocava o uniforme.
- Essa sua directora é velha, não é? - questiono e ela ri assentindo.
É que é exagerado dar suspensão em uma criança, por causa de uma coisa tão sem sentido.
- Sim, mas como ela gosta muito do papai, logo me liberou, e sem castigo. - ela diz rindo, sapeca.
- Mas e a surpresa? - ela questiona.
- Não há surpresa nenhuma minha filha. - respondo a ajeitando.
- Mas você me prometeu Kendell. - ela diz fazendo biquinho. Meu Deus que fofa!
- Tudo bem, senta aqui que eu faço um penteado fofo na sua cabeça e ficamos quites, ok? - questiono e ela assente.
Pego os seus cabelos loiros, tais como o do pai, e os encaixo num coque fofo.
Me fez recordar do tempo que eu e as piriguetes do morro, sentavamos ali fora de casa e ficavamos trançando os cabelos botando a fofoca em dia, e comentar sobre as pessoas que passavam.
- Pronto minha cria. Agora, bora! - digo, ela corre para o espelho.
- Nossa, ficou lindo, obrigada Kendell! - ela agradece feliz.
- De nada minha filha. Agora vamos que ainda falta tratar dos seus irmãos. - digo me retirando em direção ao quarto dos rapazes.
Encontro o Heitor penteando os cabelos e o Hugo arranjando o nó da gravata.
Que cena mais bonita, rapazes gostosos esses daqui hein. Chapas do pai deles.
- Eita, se eles não são mesmo gostosos? - questiono retoricamente e eles sorriem convencidos.
Morri total!
- Nós sabemos, mas obrigado! - o Heitor diz sorrindo e o Hugo pisca.
Eita! E vê se as pestinhas do colégio não vão morrer por esses dois.
- Convencidos! - digo e eles riem. - Agora vamos, que ainda tem que comer para irem ao colégio de vocês. Vamos! - faço questão de sair empurrando eles.
- E a surpresa? - o Hugo questiona.
- Vocês demoraram demais, quem ganhou foi a Kelly. - respondo e eles me olham indignados. - Só podem tentar a vossa sorte amanhã. - digo piscando os olhos como eles fizeram, os fazendo rir.
- Já agora, ela vai brincar só comigo hoje. - ela ginga para os irmãos. Esse ciúmes todo só me faz querer rir.
- Não vai! - o Heitor responde, implicando com ela.
- Calma aí pestinhas, eu chego para todos. - digo enquanto entramos na enorme sala de dejejum, como eles chamam. - Agora sentem aí que eu vou para cozinha. - digo e eles assentem.
Vou para a cozinha e já me animei com o cheiro que estou sentido.
- Bom dia família! - saúdo-as, entrando nela.
- Bom dia Kendell! - elas me saúdam com o mesmo humor que eu.
- Essa cozinha está cheirosa hein! - comento me sentando na cadeira de frente para a enorme bancada de frente.
- Está com fome? - a Sara questiona sorrindo.
- Você nem imagina o quanto minha filha! - digo e elas riem. - senhora Otília? - a chamo.
- Fala querida. - ela diz.
- Precisamos desapertar o uniforme aqui, está muito apertado, e acho que um pouquinho curto. - aviso.
- Tudo bem, resolveremos isso. - ela diz, vindo me entregar três lancheiras. - Aqui estão as lancheiras das crianças.
- Obrigada! - agradeço. - Até logo! - digo saindo.
- Até logo! - ouço elas responderem.
- Aqui as lancheiras cambada! - digo entrando na sala de jantar.
Porém, quase tive um tomei piri-paque quando entrei na sala e vi o chefinho dono da porra toda, lá sentado.
O chefinho está todo gostoso, lindo, e me comendo com os olhos de uma forma indiscreta.
Meu Deus! Ele parece irreal de tanta beleza.
Mas alguém diz ao chefinho, para não me olhar se não ele activa as maluquinhas da Kendell? E eu quero me manter séria aqui!
Huhum, isso daqui não vai prestar!
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E aí, o que acharam do capitulo? Da Kendell, e da relação dela com e os seus pestinhas lindos?
Dessa aura toda entre o deus grego e a maluquinha da Kendell?
Quero ver as vossas respostas aí nos comentários ok?