Submissão - Série Domados ▪ L...

Por JheQueiroz

957K 83.4K 11K

...Enquanto ela fala, fico observando seu jeito. Clark é tímida e não consegue me encarar por muito tempo sem... Más

SÉRIE DOMADOS
P E R S O N A G E N S
P R Ó L O G O
C A P Í T U L O 1
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
EPÍLOGO

CAPÍTULO 15

29.1K 2.9K 404
Por JheQueiroz

Henry

A reunião demorou mais que o previsto, foi exaustiva e um pouco entediante. Tudo que eu mais queria era sair correndo daquela sala e ir encontrar com a minha bebê. Por diversas vezes me peguei divagando sobre a nossa manhã perfeita, em como fizemos amor no chuveiro, os beijos, toques, caricias...

Levei um ou dois chutes por debaixo da mesa, cortesia do meu adorado amigo Theodore, para que saísse do meu paraíso particular e voltasse para entediante realidade. Anthony também parecia alheio á todos dentro daquela sala, ao contrario de mim, sua expressão parecia abatida e perdida, confesso que fiquei preocupado. Em todos esses anos de convivência, nunca tinha visto aquele olhar perdido em seu rosto.

Depois que voltamos cada um para sua sala, mergulhei em todos os contratos e projetos acumulados. Respondi diversos emails e assinei vários documentos, quando dei por mim, já tinha passado do horário de almoço. Liguei para o Eric, - o segurança do prédio que me ajudou com Alice - e pedi que buscasse um sanduíche, comi e voltei para montanha sem fim de papéis.

Não tive tempo de conversar com a minha bebê, durante o dia todo. Todas as vezes em que tentei ligar, para pelo menos escutar sua voz, alguém me ligava antes ou aparecia uma reunião de última hora. Fiquei frustrado e com um mal humor da porra. Escuto meu celular vibrar sobre a mesa e automaticamente um sorriso se espalha pelo meu rosto, ao imaginar que pode ser Alice. Infelizmente esse sorriso morre ao constatar que não é ela.

- Bennett. - Atendo com a minha habitual saudação.

- Senhor Bennett, aqui é Josh Solt. - Reconheço o nome do homem que contratei para varrer os HDs de memoria de todos os computadores da BKS.

- Suponho que tenha novidades.

- Sim senhor. A pessoa foi esperta, apagou quase todos os rastros. Mais consegui encontrar o computador que ele usou. Provavelmente ele deve ter colocado tudo em um pen drive, talvez as câmeras de segurança possam ter filmado algo importante. - Josh explica pacientemente.

- Qual o computador Josh? Me fala quem é o filho da puta que vem colocando a vida das pessoas em risco! - Praticamente rosno no celular.

- É uma mulher senhor. - Fico ainda mais irritado, porque não vou poder nem ao menos, socar a cara dessa infeliz.

- O nome. - Peço impaciente.

- Alice Clark.

Meu mundo para literalmente. O nome dela, se repete zombeteiro em minha mente. Não pode ser... ela não faria isso comigo, não depois de tudo que passamos juntos. Ela disse que me ama...

- Senhor? - Escuto a voz preocupada me chamando do outro lado da linha.

- Você tem certeza Josh? - Pergunto em um fio de esperança, de que tudo não passe de um mal entendido.

- Sim senhor, vasculhei todos os computadores da empresa. As mudanças, foram feitas a partir do computador dela. Ela é esperta, apagou todos os rastros, mas consegui dar meu jeitinho e descobri algumas brechas.

- Obrigado Josh.

Encerro a ligação sentindo como se uma faca estivesse atravessando meu peito. Esse tempo todo, ela me fez de trouxa. Me fez ama-la, fez com que meus pais e amigos a amassem...

Jogo me celular contra parede, quebrar algo é bom. Arremesso tudo que esta em cima da minha mesa, no chão. Pego o vaso cheio de flores no canto da sala e jogo contra a porta. Dói... tudo dói... Caio de joelhos no chão, sem me importar com os cacos de vidro cortando o tecido da calça e consequentemente meus joelhos.

- HENRY! - Vejo minha porta se abrir e Théo vir correndo em minha direção. - O que houve aqui? Levanta, você vai acabar se cortando.

- Foi ela... esse tempo todo foi... ela.

- Do que você esta falando? - Ele pega seu celular e liga chamando Thony, que entra segundos depois mostrando a mesma preocupação.

- Henry conta o que houve?

- Eu sei quem vem alterando as plantas.

- Quem? - Os dois perguntam curiosos.

- Alice.

Os dois ficam em silêncio, olhando um para o outro. Não precisa ser muito inteligente, para descobrir o que estão pensando. Posso ver estampado em seus olhos, a pena.

- Não me olhem assim.

- Henry, você tem certeza?

- Josh acabou de me ligar Thony, ele achou as provas no computador dela.

- Não tem chance de outra pessoa ter usado o computador? - Théo pergunta esperançoso.

- As câmeras! Podemos olhar as imagens e ver se alguém usou o computador dela.

Enquanto vejo meus amigos fazerem as ligações precisas, só consigo sentir a dor aumentando a cada segundo que passa. O tempo se arrasta, os segundos se transformam em minutos, e os minutos em horas, até que retornam as ligações confirmando que apenas ela, teve acesso aquele computador.

- Eu sinto muito Henry.

- Não sinta. - Me levando e começo a marchar rumo a mesa dela.

- A onde diabos você vai?

- Henry! Volta aqui!

Ignoro o chamado dos dois e continuo andando. Estamos no fim do expediente e muitas pessoas já estão indo embora. Alice esta sentada, concentrada lendo alguns papéis, paro na sua frente e dou um soco com todas as minhas forças na mesa, chamando sua atenção.

- Henry!? Amor que susto. - Diz com uma mão sobre o peito.

- Nunca. Mais. Ouse. Me. Chamar. Assim. - Pronuncio cada palavra, injetando todo meu ódio.

- Não estou intendendo...

- Como ainda tem a capacidade de mentir assim, você não sente remorso?

- Henry do que...

- Você colocou a vida de centenas de pessoas em risco. Pra quem você trabalha? Quem quer nos prejudicar a esse ponto?

- Eu não...

- Junte suas coisas e saia desse prédio. Se você ousar por os pés aqui dentro outra vez, mando te prender.

- Henry... - Seus olhos estão cheios de lágrimas, felizmente não caio mais nesse teatrinho.

- Eu não quero te ver nunca mais. A partir de hoje, você morreu pra mim.

Dou as costas e volto para minha sala, ignorando seus soluços. Pego as chaves do carro e dirijo até o bar mais próximo, compro uma garrafa de whisky e vou para casa. Abro a garrafa e tomo direto do gargalo, sentindo o liquido descer queimando pela minha garganta.


Seguir leyendo

También te gustarán

5.2M 135K 18
Livro Registrado - Plágio é crime. Megan Park Avallon sempre foi uma doce e sonhadora mulher que apreciava sua vida da melhor forma possível e apesa...
1K 210 10
Durante toda a minha infância, ouvi pessoas dizendo com temor, as características do inferno: "Gritos e dor eterna" "Angústia" "Você implora por mise...
33.6K 5.4K 49
Capa feita por: @lCarol_Reis #PGW1 O que acontece quando você encontra o acaso? Embarque numa divertida comédia romântica com Rosa vermelha; uma jov...
10.9K 738 38
Valora - ou Doll, como começou a ser chamada -, fora levada por Nicholas "Klaus" Schwarzkpof aos 14 anos após ter tido seu pai assassinado, e sua vid...