Castelo de pedra

By filhadatrindade

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Anya perdeu tudo que tinha muito cedo. Chuck sempre teve tudo e até mais do que merecia. Quando os dois se en... More

Prólogo ❤
Capítulo 01 - Beijo roubado ❤
Capítulo 03 - Nos olhos dele ❤
Capítulo 04 - O amor te encontra❤
Capítulo 05 - Gata borralheira ❤
Capítulo 06 - Uma história nada feliz ❤
Capítulo 07 - Nunca poderei lhe pagar ❤
Capítulo 08 - Isso é amor ❤
Capítulo 09 - Mulher perigosa ❤
Capítulo 10 - Ela é diferente ❤
Capítulo 11 - Extravasar ❤
Capítulo 12 - Sendo levada por ele ❤
Capítulo 13 - O que eu fiz? ❤
Capítulo 14 - Ele não é meu pai ❤
Capítulo 15 - Pelo bem dele ❤
Capítulo 16 - O que eu tenho? ❤
Capítulo 17 - Sinal verde ❤
Capítulo 18 - Quando você me pedir... ❤
Capítulo 19 - Se é importante para você... ❤
Capítulo 20 - Eu vou me permitir ❤
Capítulo 21 - A fé ❤
Capítulo 22 - Quebre sua promessa ❤
Capítulo 23 - Cansei ❤
Capítulo 24 - Ingratidão ❤
Capítulo 25 - A alegria vem pela manhã ❤
Capítulo 26 - O tempo cura? [Ultimo Capítulo] ❤
Epílogo ❤

Capítulo 02 - Grata por sua estupidez ❤

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By filhadatrindade

Rio de Janeiro, 2014.

Como ele tinha prometido, sua mãe me ligou e me chamou na universidade. Eu estava agora mesmo na parte administrativa esperando que ela me chamasse a sua sala. Binho me deu o dia de folga e fez eu colocar a melhor roupa. Antes de sair de lá ele disse que ficaria orando para que tudo desse certo.

Essa podia ser mesmo minha chance de mudar, apesar de ser sob circunstancias bem ruins, mas eu tinha agora como poder pelo menos ser graduada em algo e o melhor é que aqui tem o que quero fazer.

— Senhorita Castro? – Uma moça jovem abriu a porta da sala e me chamou.

Levantei-me, ajeitando a bolsa no meu ombro e fui até onde a moça de cabelos pretos e olhos bem cinzas me indicou.

Bati na porta e entrei.

— Bom dia, senhora Wolves. Eu sou a...

— Anya – Ela vira sua cadeira para mim com um sorriso enorme. — Pode se sentar. Eu sou Clarisse Wolves. – Ela diz indicando a cadeira a sua frente.

Sorrio para ela, ansiosa.

— Antes de tudo, eu queria pedir desculpas por essa situação. Eu sei que isso não é certo então... – Começo a dizer. — Eu quero mostrar minhas qualificações para entrar aqui, pode me dar uma prova se quiser.

— É assim? – Pergunta. — Tudo bem. Eu te darei a mesma prova que dou a todos os alunos. Mas antes, eu peço desculpas pelo meu filho inconsequente.

— Não foi nada... – Tento mostrar simpatia.

— Querida, eu sei que não é agradável ser beijada a força. – Tusso com suas palavras diretas. — Tento em vista que você rejeitou meu filho mulherengo, eu sei que você não é como as meninas que vivem em cima dele.

— B-Bem...

— Eu sou mãe dele, apesar de tê-lo mimado, eu sei sobre os erros dele e pelo bem da universidade tento cobrir. Mas bem, você parece ser uma moça de bem e vou lhe dar esse voto, já que foi tão gentil em não o denunciar apenas por uma vaga. – Ela sorriu.

Ela pegou seu telefone e pediu que eu esperasse um minuto.

— Carla, por favor, imprima uma prova do vestibular e traga aqui na minha sala. – Em seguida ela desliga o telefone. — Logo poderá me mostrar sua qualificação.

— Sim, senhora. – Digo com um breve sorriso.

— Mas me responda. Porque nunca tentou entrar em nenhuma universidade antes?

— Ah, eu tentei. Mas, mesmo a bolsa de cinquenta por cento não estava no meu orçamento e eu não posso ficar um ano inteiro estudando para o Exame Nacional e tentar entrar numa faculdade federal. – Sincera, respondo.

— Entendo. E sobre seus pais? Você mora sozinha? – Questiona.

— Minha mãe morreu... – Me mexo na cadeira, estava desconfortável. — Meu pai fugiu em seguida e fui criada no orfanato até meus dezoito anos. – Meu coração sempre apertava ao falar disso.

— Sinto muito querida. – Ela fixa seus olhos em mim, atenta. — São perguntas padrão, me desculpe. Mas... Eu sei que você trabalha numa cafeteria, meu filho disse.

— Eu moro lá também, num quarto. – Completo. — Desculpe, mas, no que isso tem a ver com a universidade? – Questiono, querendo dar fim as perguntas constrangedoras.

— Bem. Só fiquei curiosa sobre Anya Di Castro, a primeira menina que meu filho chegou reclamando em casa. – Ela sorri, parecendo contente com isso. — Mas, sinto muito por ser tão indiscreta – Ela pausa sua fala e mexe na gaveta dela. — Um formulário que precisa preencher para a matricula.

Depois de alguns minutos, quem eu acredito ser a secretária, chega com uma cópia da prova e coloca na mão da reitora.

Ela empurra para mim, e me dá uma caneta.

— Aqui está. Pode fazer. – Ela diz e meu coração dá um pulo. — Vou te dar duas horas, tudo bem? – Balanço a cabeça afirmando e ela sorri.

Ela continua com seu trabalho e me deixa fazendo a prova. Eu olho para a prova e apenas fico mais inquieta. Peguei na caneta e comecei a fazer. Disso estava dependendo meu futuro.

Ao terminar a prova, ela pede que eu fiquei esperando ela do lado de fora e diz até que eu podia dar uma volta no campus para conhecer. Depois de vinte minutos esperando que me chamasse comecei a andar por todo lugar.

Me encantei com a biblioteca enorme que tinha. Tinha vários departamentos no lugar. Uma era para dança, música, teatro, cinema, artes. Eram tantos departamentos que fiquei tonta. Estava agora no gramado que, praticamente, unia todo mundo num só lugar.

Tinham várias pessoas tocando violão ou fazendo remix de músicas. Alguns dançavam. Enquanto eu passava me sentia mal com alguns olhares para mim, mas segui andando.

— E aí garçonete – Senti um braço envolvendo meu ombro.

Quando olhei para o lado vi Chuck sorrindo. Dei uma cotovelada em sua barriga e continuei a andar.

— Parece que conseguiu o que queria, até já está vendo onde vai morar nos próximos quatro anos. – Continuou a me seguir. — Hora de apagar as fotos.

— Nem pensar. Sua mãe ainda está corrigindo a prova. – Ele me olhou confuso. — Você acha que eu ia entrar aqui sem merecer, até parece. Não quero tirar a chance de ninguém, eu sei como é ruim – Digo e ele dá de ombros.

— Você é estupida ou só finge? Eu te dei de bandeja uma moradia e estudos aqui, era só aceitar. – Disse. — Qualquer um teria aceitado.

— Eu não sou "qualquer um" – Gesticulo aspas. — Agora, se me dá licença, eu vou voltar para a sala da sua mãe. – Viro-me para voltar ao prédio onde eram os alojamentos e na cobertura à administração.

— Te vejo por aí – Viro-me rapidamente para olha-lo e ele pisca para mim.

Volto a olhar para frente e reviro os olhos. Ele era irritante assim tendo uma mãe tão legal.

Voltei a sua sala e logo fui chamada. Ela me olhou com um sorriso nos olhos e estendeu a prova para mim.

— Parabéns, você é a nova aluna da Universidade Wolves Belas Artes. – Diz e meu coração quase para.

Eu sinto um gelo começar a me envolver, mas era a felicidade que me deixou assim. Eu não conseguia me mexer, apenas olhei minha prova com a classificação A. Isso era um sonho para mim, um sonho que eu tinha medo de se tornar um baita pesadelo, mas... Como saber se não tentar?!

— Você conseguiu bolsa de cem por cento, então esse é seu novo lar por quatro anos. Espero que se gradue bem. Nos primeiros dois anos você terá as aulas obrigatórias e depois pode fazer sua especialização. – Ela começou a me explicar tudo.

Eu me atentei a tudo, com o coração pulando de alegria. Meu futuro acabou de mudar pelo garoto que me agarrou no beco de uma cafeteria. Nem em um milhão de anos eu teria essa sorte.

Depois de me explicar tudo eu pude sair para ir para casa, eu tinha uma semana para me acomodar me integrar das aulas e começaria logo. Afinal, ainda estávamos no primeiro semestre.

Saí por aí saltitante. Eu abracei minha prova e contrato de estudos como nunca fiz com nenhuma pessoa real. Eu estava tão realizada. Queria saber se agora minha mãe se sentiria orgulhosa de mim ou se meu pai ia gostar de estar pensando precipitadamente na minha formatura.

Um momento tão alegre e não tenho com quem compartilhar. Uma leve tristeza bate em meu peito, mas continuo a sorrir.

De longe vi Chuck conversando com os amigos dele. Eu tinha que agradecê-lo, no fim das contas, ele me ajudou com isso. Cheguei perto do grupo de amigos que se calou e encarou assim que me analisaram. Ele olhou para trás e me fitou.

— Quem é essa aí? – Uma menina com cabelos bem cacheados questiona.

— "Essa aí" se chama Anya. – Replico. — Posso falar com você? – Olho para ele que concorda.

Ele passa a minha frente me guiando para longe dos amigos e apenas fica me observando esperando que eu diga algo. Antes de dizer qualquer coisa pego meu celular e apago as fotos na frente dele.

— Pronto. – Vejo-o sorrir satisfeito.

— Obrigado garçonete – Ele bagunça meu cabelo e começa a caminhar em direção a seu grupo.

— Espera aí! – Chamo-o. Ele se vira para mim. — Obrigado. – Balbucio.

— O que? Não ouvi! – Coloca a mão atrás do ouvido.

— Cala a boca – Bufo. Faço uma longa pausa antes de prosseguir. — E-Eu... Eu realmente estou grata, nunca tive e, provavelmente, jamais teria essa chance se não fosse pela sua estupidez. – Ele aperta os olhos para mim. — De verdade, eu sou grata. – Sorrio de canto.

— Você é interessante. Nunca ninguém me rejeitou – Ele cruza os braços.

— Isso é porque você é rico e filho da reitora – Sua expressão parecia triste quando eu disse aquilo. — Bem... Deve ter alguém por aí que realmente te ache irresistível.

— Muita gente, você quer dizer, né? – Ele sorri de novo. — Até mais, caloura.

— Eu espero nunca mais te ver – Resmungo passando por ele para ir embora.

Mas não consigo conter um sorriso.

Eu realmente estava grata pela estupidez de Chuck Wolves. 

Continua...

  "Como é bom render graças ao Senhor

e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo; anunciar de manhã o teu amor leale de noite a tua fidelidade" Salmos 92:1-2


N/A

Oii amores, tudo bem? Fiquei feliz em saber que também estão acompanhando esse livro ♥ Mais um cap postado, e aí o que acham que vai rolar nessa faculdade? Pra quem me conhece, sabem que eu gosto de E M O Ç Ã O. 

Bjinhos e até a próxima...♥ 

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