Angel

By jauregaaays

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Na qual Lauren é uma alma vagante e começa a perturbar Camila. More

1 - complicated
2 - Ice
3 - idiot
4 - fake life
5 - care
6 - the curiosity not killed the cat
7 - bad boy or sad boy?
8 - shining in the Sun
9 - sweet memories and several boys
Q/A :)
10 - Hi, pleasure.
12 - shit, it had to be you, Keana?
13 - Shit, It Had To Be You, Keana? - Part. 2
14 - Shit, It Had To Be You, Keana? - Part. 3
15 - Shit, It Had To Be You, Keana? Part. 4
16 - Changes
17 - Stay Away From Me
18 - The Mystery Of The Hut
19 - Let's Go
20 - The Story Of Satan
21 - Satan Is Inoccent - End
22 - Death
23 - Camila
24 - Epílogo

11 - Hi, pleasure. - Part.2

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By jauregaaays


good read!

SEM REVISÃO.

***

Anteriormente em Angel...

- Sério? Então quer dizer que você está em coma também? - ele perguntou animado, um sorriso já se formando em seus lábios finos.

- Eu não sei. Na verdade eu nem sei onde está o meu corpo. - falou sem dar muita importância, balançando a mão de forma inquietante. Ele franziu o cenho, abrindo e fechando a boca sem saber o que dizer, parecia assimilar as palavras que a outra alma tinha lhe dito.

- Ora, mas como isso é possível? Uma alma não pode passar tanto desconexa de seu corpo se não estiver em coma, a não ser que...

O polegar de Camila pulsou, fazendo-a levar o mesmo a boca, sem se importar se havia sangue ou não sobre a carne. Preocupada, a morena ao seu lado levou a mão até seu ombro, mas logo se perdeu na sensação prazerosa que começou a sentir em seu dedo. Sem saber o porquê daquilo, levou o polegar à frente de seu rosto, o mesmo também sangrava.

Louis, que assistia tudo aquilo, entortou a boca para o lado, confuso com o fato de que a alma de olhos verdes podia tocar em uma humana, e mais confuso ainda em ver uma alma sangrar, mesmo sem ter sangue. Foi quando uma lâmpada estourou atrás de sua cabeça e ele sorriu e arregalou os olhos, batendo na própria coxa e erguendo mais uma vez os indicadores, agora para as duas garotas, que o encararam como se ele fosse louco.

- Mas é claro! Vocês duas são soulmates...

— Nós somos o que? — Lern e Camila perguntaram em uníssono, fazendo com que Louis rolasse os olhos nas órbitas.

— Aí meu Deus... Como é que eu posso explicar pra vocês... — começou a andar de um lado para o outro, uma de suas mãos em seu queixo, dando a entender que ele estava pensando em uma solução. — Já sei! Olha só, você é o caroço do angu da Camila... — apontou para Lern. — E a Camila é a sua metade da laranja. — apontou para latina.

— Mas como ela vai ser a minha metade da laranja, se eu sou um caroço de angu? — a morena tombou a cabeça para o lado, sua testa franzida. Louis suspirou frustrado em ver que sua explicação não tinha levado em nada, mas logo se pôs a pensar novamente.

— Eu estou tentando simplificar pra vocês, mas não vai ter jeito. — disse por fim, as mãos na cintura enquanto encarava o casal a sua frente. — Vocês duas sã-

— Por que isso está trancado? — uma voz do outro lado da porta de metal atrapalhou a fala de Louis. — Cabila, você está aí? — Karla reconheceu que era Ally quem a chamava, e foi correndo para abrir a entrada do banheiro. — Ah, oi. — sorriu. — O Sr. Prescott bandou vir te chamar. Estabos formando grupos para o trabalho e ele não quer te deixar de fora.

— Trabalho? Que trabalho? — indagou pasma, não se lembrava de trabalho algum.

— Ora, o trabalho sobre aquele conteúdo que ele estava explicando lá na sala. Você não ouviu? — Camila negou, ela já andava ao lado de Allyson pelos corredores. Louis e Lern logo atrás, conversando sobre algo aleatório. — Bom, não se preocupe. Dinah já deixou claro que você irá fazer conosco, bas o Sr. Prescott disse que a decisão era sua, e não dela. É por isso que eu estou aqui.

— Não me diga que ela está fazendo escândalo? — questionou, dando-se conta do que a loira queria dizer.

— Veja você besbo. — murmurou, ambas já estavam próximas a sala e com um certo receio, Camila abriu a porta.

— ...se eu estou dizendo que ela vai fazer comigo, é porque ela vai. — Dinah estava de braços cruzados ao lado de sua carteira, toda a sala olhava para ela naquele momento.

— Mas a decisão não é sua, eu não posso deixá-la no seu grupo sem o consentimento dela. — Sr. Prescott parecia cansado de rebater, suas feições eram de tédio enquanto ele tinha a mão sustentando o queixo. — Agora se fizer o favor de se sentar Srta. Hansen, eu agradeço.

— Não até o senhor colocar a Karla Camila no meu grupo. — o homem, que estava sentado em sua mesa, respirou fundo. Parecia pedir ajuda ao universo para suportar o furacão Dinah, quando Camila pigarreou. — Pronto, aí está ela. Agora a coloque no meu grupo.

— Umpft, você é muito irritante garota. — espalmou as mãos no rosto, levando-as até seus cabelos e os arrumando. Após isso, ele encarou Camila, que se mantinha em silêncio ainda na porta da sala. — Srta. Estrabão, pelo amor de Deus, me diga se a senhorita quer fazer parte do grupo da Srta. Hansen.

— Sim, senhor. Quero sim. — respondeu rapidamente, para o alívio do homem que parecia revoltado com a situação. Dinah lançou um sorriso convencido para o professor, que negou e foi fazer a seguinte inquirição da latina ao grupo da morena de madeixas loiras.

— ...e foi assim que o Lula Molusco abraçou, pela primeira vez, o Bob Esponja. — Louis entrava na sala ao lado de Lern, que ouvia atentamente a história do rapaz. — Entendeu?

— Tá, mas quem é Lula Molusco? — indagou, suas sobrancelhas unidas em dubiedade. Louis a encarou incrédulo, ele havia mesmo perdido cinco minutos da sua não-vida falando algo que Lern nem sabia o que era?

— Se você não estivesse morta, eu juro que te mataria. — falou, batendo em sua testa e rindo da bagunça que era sua nova alma amiga.

Tão logo ambos se sentaram no chão e engataram em uma conversa sobre coisas bobas, sempre ao olhar atento de Karla que, disfarçadamente, procurava saber se Lern estava bem e estava à seu alcance. E assim como a garoa que caía ao lado de fora de Ruffalo, as aulas passaram rapidamente e o sinal para o intervalo soou por todo o colégio. A latina foi praticamente arrastada por Dinah até o refeitório, sendo seguida por Ally e por Normani, na qual Lern e Louis tiveram que correr para não perdê-las de vista.

Quando finalmente os seis, incluindo as almas vagantes, estavam respectivamente sentados na mesa com a coloração vermelha e desbotada do movimentado refeitório, Karla começou a comer de forma tranquila, mas logo sua tranquilidade foi ao fim quando percebeu o olhar avaliativo que a polinésia a lançava.

— O que foi? — perguntou, enquanto terminava de mastigar um pedaço de seu sanduíche de frango.

— Onde eles estão? — começou a olhar ao redor da mesa, embaixo dela, e em cima dela. Allyson, Normani e Camila a encaravam como se ela estivesse enlouquecendo.

— Eles quem?

— Os seres que estão em volta da sua áurea. — voltou o olhar para a latina, que pareceu ter dificuldade para engolir seu lanche naquele exato momento.

— De que diabos você está falando, linda? — Hamilton, que estava sentada entre Jane e Brooke, questionou erguendo as sobrancelhas.

— Cala a boca Mani, que a conversa ainda não chegou até você. — respondeu firme e grossa, sem deixar de encarar Camila. — Vamos lá, eu sei que eles estão aqui.

Louis estava gargalhando ao lado de Allysson, mas não por causa do pequeno questionamento que a polinésia fazia a cubana, e sim por causa da baixinha ao seu lado, que pela quinta vez, tentava espirrar mas não conseguia. Lern estava a frente de Tomlinson, e também estava rindo de Brooke.

— Eu... Realmente não sei do que você está falando. — Camila respondeu dando de ombros, sua atenção agora no garoto de olhos azuis que fazia cócegas no nariz da baixinha ao lado de Normani.

— Ok, então... — os olhos de Dinah estreitaram-se mostrando sua desconfiança, ao mesmo tempo em que mordia de forma voraz seu sanduíche de carne. O silêncio logo reinou na mesa, todas pareciam concentradas demais em se alimentar, até que Karla engoliu em seco quando Louis ameaçou derrubar o chá de Allysson.

— Não faça isso! — exclamou, chamando a atenção das garotas na mesa. Normani, que estava prestes a dar uma mordida em sua maçã, encarou Camila com o cenho franzido.

— Mas é saudável. — falou, dando de ombros. Jane ergueu as sobrancelhas duas vezes seguidas, e sorriu de canto, ela ainda tinha o olhar avaliativo sobre a latina a sua frente.

— Ah... Er.. Tem razão, desculpe. — sorriu amarelo, fuzilando Louis que prendia a risada com uma das mãos, não muito diferente de Lern, que também tentava se segurar.

Tão logo o intervalo acabou, assim como as aulas e por fim, as garotas estavam no Golf de Dinah. Louis havia conversado com Lern e Camila, um pouco antes de se aproximarem do veículo branco, e os três decidiram que seria uma boa ideia que Louis fosse até a casa de Karla, para explicar-lhes o que era "soulmate". Naquele dia, Jane deixou Ally e Normani primeiro em casa, para logo então seguir para sua, o que deixou um ponto de interrogação enorme na cabeça de Camila.

— Por que você não está me levando para casa? — indagou, ao ver que já haviam ultrapassado o número 31 de Bon Ville.

— Você tem que pegar aquele remédio com a minha mãe, lembra? Para sua garganta. — a loira respondeu indiferente, manobrando seu carro para o quarteirão onde a casa número 39 ficava. Logo ao estacionar, Dinah travou as portas do carro, impedindo que a latina saísse. — Certo... — murmurou, se virando em seu assento para encarar Camila. — Ou você me mostra o que está com você, ou a minha mãe me mostra. E eu lhe garanto que você não vai gostar dos métodos da minha mãe para fazer isso. — disse, deixando uma latina extremamente amedrontada nos bancos traseiros de seu carro. — E aí, como vai ser?

Camila olhou para sua esquerda e viu Louis, que tinha um sorriso no rosto. Olhou para sua direita, e viu Lern, que negou com a cabeça várias vezes.

— Ok, vocês querem aparecer para ela? — perguntou, suspirando em seguida.

— Por mim, tudo bem. — o garoto respondeu, dando se ombros.

— Eu não, tenho medo da sua amiga. — Lern disse, as esferas esverdeadas encaravam Dinah.

— Tá, então... Só o Louis vai aparecer. Tudo bem para você? — o moreno de olhos azuis assentiu, ficando visível para a polinésia logo em seguida. Jane quase caiu do banco onde estava, e prendeu a respiração por breves segundos.

— Oi, prazer. Me chamo Louis Tomlinson.

***

— Onde você está? — Keana questionou sem paciência para a pessoa no outro lado da linha.

Eu estou aqui no clube. Josh e Bonnie estão me enchendo de perguntas sobre as novas sequências. — respondeu, uma vez em que Keana suspirou desapontada. — Não fique triste, ok? Juro que quando puder, eu te ligo e vou correndo te encontrar.

— E será que pode ser quando Josh é Bonnie te liberarem? — indagou, brincando com uma mexa de seus cabelos castanhos.

Depende, vamos no cinema hoje? — a outra pessoa perguntou em um ar manhoso, remexendo o coração de Keana.

— Amor... — repreendeu — Você sabe que as pessoas podem ver e des-

Desconfiar, já sei, já sei. Até quando nós vamos ter que nos esconder? Eu já estou me cansando disso, Kea!

Você sabe que Ruffalo é cheio de pessoas ruins. O que vão dizer sobre nós? — afundou o rosto em seu travesseiro, ela estava deitada em sua cama, vestida em uma camisola de seda. — Meu pai é o prefeito da cidade, o que vão dizer na prefeitura sobre a filha dele?

Que a filha dele gosta de.. Aí, Bonnie! "para de falar com suas vadias e presta atenção em mim."

— Estou te atrapalhando, não é? É melhor eu desligar. — falou, mas estava desejando imensamente que seu amor lhe pedisse para ficar.

Certo, então não vamos nos ver hoje, né? Você não quer ir no cinema... — Keana respirou pesadamente. — Ok, ok, se você não me quer, eu não posso fazer nada.

— Mas é claro que eu te quero, idiota. Eu quero tanto que estou te desejando agora aqui comigo, mas você está aí, e eu não posso fazer nada. — resmungou, ouvindo risadas do outro lado da linha. — Você acha graça, né? Vai ver o que é engraçado quando eu começar a te ignorar.

Não é como se você já não fizesse isso.

Silêncio.

— Bom... Até qualquer dia, já que você não vir aqui hoje. — disse por fim, bufando pela falta de insistência de seu amor.

Grrrr, eu só vou hoje aí porque te amo, agradeça por eu ser tão idiota por você. Bye, darling.

Bye, sunshine.

E com um sorriso, Keana esperou as horas passarem e a noite chegar para ver seu amor. Um pouco antes das 22h:00, Keana se dirigiu até o banheiro para tomar um banho, logo ela estava à caminho de seu closet. Tinha acabo de vestir seu short moletom e uma regata branca quando ouviu batidas em sua janela. Correu em passos largos e a abriu, dando de cara com quem ela mais amava no mundo.

— Você veio mesmo. — se afastou do batente da janela, dando espaço para que seu amor entrasse. — Pensei que tivesse zangado comigo.

— E eu zanguei, mas estava com saudades, então... — disse após entrar no quarto e entrelaçar os braços ao redor da cintura da morena. — Você é tão estúpida.

— E você é pior ainda. —  levou a boca até os lábios carnudos, e aos poucos caminhou com seu amor até a cama. Levou as mãos até os fios castanhos, se deleitando com o entrelaçar de línguas entre o beijo. E assim foi até o entardecer, quando, como sempre, seu amor foi embora as cinco da manhã.

***

— Você acha mesmo que eu posso sumir? — Lern indagou, enquanto olhava para o nada.

Ela e Camila estavam deitadas na cama da latina, a morena com a cabeça sobre o peito de Karla, recebendo um cafuné gostoso na cabeleira negra. A mais baixa respirou fundo antes de responder:

— Não, claro que não. — disse firme, mas a única coisa que rondava sua mente era a incerteza naquele instante.

— Mas se caso aconte-

— Você não vai sumir, Lauren! — interrompeu a fala da garota em seus braços, logo fazendo com que o silêncio - desagradável - se instalasse no cômodo.

Ambas estavam falando sobre o que Louis e Dinah haviam dito mais cedo à elas, quando os quatro estavam na casa da polinésia.

[...]

12h:45m

— Você podia ter me avisado, não é? — Dinah falou com a mão no peito, depois de levar um baita susto. — Prazer, Dinah Jane. — Se recompôs e encarou o par de olhos azuis.

— Como você sabia que estávamos com Camila? — Louis questionou, a latina ergueu as sobrancelhas, ela também queria saber.

— É coisa de família. — respondeu com pouco caso. — Vamos entrar?

Os quatro já adentravam a casa da polinésia, Louis e Lern com um pouco mais de cuidado por causa do grau de sensibilidade que Milika tinha para seres do segundo plano. Mas para sorte das almas e o estranhamento de Dinah, a anfitriã não estava em sua residência.

— Matka! — (mãe) chamou, mas não obteve resposta. — Que estranho, ela nunca sai sem avisar. — murmurou para si mesma, enquanto se sentava no sofá da sala, sendo acompanhada por Camila e Louis. Lern estava olhando os porta-retratos à cima da estante próxima a porta. — Então, dá pra me explicar como diabos você arrumou uma alma?

— Qual das duas? — a loira deu de ombros. — Bom, eu conheci Lern depois de brincar com uma espécie de tabuleiro improvisado, sabe? Aqueles que aparecem nos programas e nas séries paranormais.

— Você estava brincando com seres do outro plano? — perguntou incrédula, comendo alguns biscoitos da vasilha no meio da mesa de centro.

— Não exatamente, quer dizer, eu pensava que essas coisas não existiam. — contou, colocando uma de suas mexas castanhas atrás da orelha.

— E agora anda falando com o vento, que nem uma maluca. — Dinah negou, rindo em seguida. — Qual o nome da outra alma?

— Lern Jergui. — respondeu, Jane fez uma careta ao ouvir tal coisa. — Eu sei, é estranho, mas é assim que ela lembra de ser chamada quando era viva.

— Ela não tem memórias, então não tem como dizer o nome real. — dessa vez foi Louis quem comentou, ele tinha as pernas dobradas, uma sobre a outra, e o braço curvado, sustentado o rosto com a mão e o corpo com o cotovelo no joelho.

— Oh, então é uma garota? — indagou de boca cheia, um ar risonho em sua fala. — Ela é bonita?

— Bastante. — Camila respondeu, após olhar para a morena de olhos verdes que encarava os pequenos desenhos que estampavam as paredes da sala de Dinah.

— E sabe a maior? — Louis questionou exasperado, na qual Jane apenas negou de forma curiosa. — Elas duas são soulmates.

— Tá de brincadeira?! — a loira tinha os labios entreabertos e segurava um biscoito a centímetros da boca. — Está falando sério? — Tomlinson assentiu, a latina apenas observava a conversa dos dois. — É por isso que a mamãe disse aquilo quando você quis saber sobre o seu amor... Como foi mesmo? — estalou os dedos de forma impaciente, tentando se lembrar. — "Perdeu seu amor antes mesmo de conhecê-lo."

— Espera, espera. Então você e ela não se conheciam? — Louis perguntou a Camila, que negou. — Isso explica bastante coisa.

— Chocada que seu amor é uma garota, isso é incrível! — Jane bateu palminhas. — A minha mãe não me diz quem é o meu amor, é uma tal de política contra decepções ou coisa assim, mas eu queria muito saber quem vai me fazer feliz pro resto da vida.

— Política contra decepções? — Louis franziu o cenho, Lern já pairava em direção à eles.

— É, como eu posso explicar... A algum tempo atrás, alguém foi até um Lord, essas pessoas que conseguem ver quem é o nosso soulmate e tal, e deu dinheiro à ele para que ele o dissesse o nome do soulmate da namorada. Quando a pessoa descobriu que não era o amor da vida da companheira, ficou louco e acabou fazendo coisas horríveis contra ela. Depois disso, houve uma reunião com todos os Lords da corte e foi declarado a proibição da revelação de nomes em qualquer sessão que seja. Minha mãe é uma Lord e é proibida de dizer o nome do soulmate da própria filha, a única coisa que ela me diz é que estou bastante próxima do meu amor e que é só olhar para o lado que eu vou o encontrar, mas todas as vezes que eu olho para as pessoas ao meu lado, eu só vejo a Ally ou a... Normani, só que a Mani tem uma obsessão tão grande por Shawn Mendes que eu até desisti. E a Ally não gosta de garotas, então... — comeu mais um biscoito, e se ajeitou no estofado do sofá. — Mas me diga, Karla Camila. Em qual hospital sua namoradinha está tratando do coma?

— Ela não está em coma, ela nem sequer lembra onda está o próprio corpo, e olha que já vão fazer uns dois anos que ela morreu. — Karla respondeu emburrada, mas não deixou de dar espaço para que Lern senta-se ao seu lado.

— Isso é impossível, uma alma não passa tanto tempo desconexa de um corpo, muito menos sem ter tido contato com sua outra metade. — Dinah murmurou, os três pares de olhos a sua frente atentos nela.

— Foi a mesma coisa que pensei. Não tem como ela ficar tanto tempo vagante assim, se ela não estiver em coma. — Louis pronunciou, apontando o dedo indicador para Jane. Camila e Lern estavam começando a achar que aquilo era uma mania do garoto. — E agora sabendo que elas não se conheceram, as coisas ficam mais estranhas ainda.

— Ou Lern está em coma, ou... — Hansen pensou, mas não havia outra opção para achar a solução daquele caso. — Ou nada, ela tem que estar em coma.

— Se ela não estiver em coma, algo muito errado está acontecendo. — Louis falou por fim, pegando uma das almofadas cor de rosa no canto do sofá e abraçando. — Nenhuma alma pode morrer sem conhecer o caroço de seu angu.

— Ou a metade da sua laranja. — Dinah completou, piscando para o moreno de olhos azuis.

— De que porra vocês estão falando? — Camila, que até agora se mantinha calada e escutava a conversa dos dois, perguntou exasperada, fazendo com que Louis e Jane se assustassem. Lern tentava pegar um dos biscoitos de Dinah, que estavam sob a mesinha de centro em uma vasilha.

— Olha só, se você gritar comigo de novo, eu costuro a sua boca. — a loira ameaçou. — Vê se presta atenção no que eu vou te explicar. — tapou a vasilha, no exato momento em que Lern estava prestes a pegar um biscoito. — Cada um de nós nascemos com a metade da alma de alguém, que no caso, é o nosso amor. Em algum momento das nossas vidas, nós encontramos o nosso soulmate e nos completamos, ele com a  nossa metade da alma, e a nós com a metade da alma do nosso amor. Enquanto não encontramos nosso soulmate, nós não podemos morrer, entende? Quer dizer, não podemos morrer por causas naturais, planejadas por Deus e etc. Porque se morremos, levamos a metade da alma do nosso amor conosco...

— O tornando uma pessoa sem sentimentos, ou seja, um heartless. — Louis continuou. — E isso é algo que Deus não quer para os filhos, é injusto. Pois se você morrer, a sua metade nunca vai ser feliz, o que quer dizer que enquanto uma alma não encontrar a outra, a morte não terá vez. Depois que você e seu soulmate se conhecem e tem um relacionamento, como tem que ser, caso algo aconteça com você, Deus não deixará que você leve a metade da alma dele, talvez só um pedacinho do coração, mas nada que o faça não superar a sua perda. Afinal, você teve a oportunidade de dar amor e ser amado intensamente e isso já te faz ser uma boa pessoa. — terminou por fim, olhando para Camila, que parecia confusa.

— O que queremos dizer, é que você e Lern não se conheciam antes da morte dela, e mesmo assim, ela não teve o descaso final e nem você se tornou uma heartless. Isso só pode querer dizer que ela está em coma, mas tudo se dificulta se ela nem sequer lembra onde está o corpo dela. — Dinah disse, Karla assentindo.

— Tirando o fato de que nenhuma alma passa mais de uma semana sem ter que seguir até a luz ou as trevas. Lern tem que ter um corpo para sustentá-la, se não vai acabar sumindo. O problema é que ela nem sabe o próprio nome para que eu possa, sei lá, ver se ela está no mesmo hospital que eu, ou até perguntar para o Sebastian. — Lern estava tentando abrir a vasilha de biscoitos quando desviou à atenção para o que o garoto dizia.

— Hey, hoje eu descobri dois novos nomes. — contou orgulhosa, sentando-se ao lado de sua adoração novamente.

— Então nos diga! — Louis exclamou, Karla agora tinha os olhos presos em seu fantasma amigo, e Dinah estava com o cenho franzido ao ver os dois falando com o nada, mesmo sabendo que a outra alma cujo andava com Camila, estava ali entre eles.

— Eu tive duas visões, e em uma delas o Harry me chamava de Laur. — contou, Camila a encarando surpresa.

— Espera, então você conhecia o Harry?

— Pelo que disse a minha visão, sim. — deu de ombros, Camila ainda parecia surpresa com tal fato. — E na out-

— É sério mesmo?

— Cala a boca e deixa ela terminar de falar. — Tomlinson berrou, jogando a almofada que segurava no rosto da latina.

— Bom, como eu estava dizendo... Na outra, eu vi um homem que acompanhava uma mulher grávida, acho que eram os meus pais, não sei... Eu só sei que.. Que o homem falava que Lauren estava chegando, e como era uma visão minha, provavelmente ele estava falando de mim. — terminou de contar, se encolhendo ao ver o silêncio que se fez presente.

— Então seu primeiro nome é Lauren? — Louis questionou, Lern mais uma vez deu de ombros.

— É um nome lindo. Combina com você. — Karla falou sorridente, vendo que seu amor estava se incomodando com o silêncio que insistia em se manifestar. — Vou te chamar assim agora...

***

[...]

5h:09m

— Me desculpe por gritar com você. — pediu baixo, ambas não haviam dormido  e parecia que o sono não faria morada tão cedo. — Eu sei que você está assustada com tudo isso também. — Lauren levantou a cabeça para encarar Camila. — Mas eu prometo que vamos dar um jeito, ok? Eu não vou deixar que nada te aconteça, muito menos agora que eu sei que você é o amor da minha vida. — beijou os lábios rosados, logo voltando a encarar as órbitas esverdeadas de seu amor. — Não se preocupe...

— Eu vou proteger você.

***

Bye!

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