Henry
No final do expediente, combinei com a Alice de irmos juntos para o meu apartamento. Dessa vez ela não reclamou pelo carro dela ficar aqui e agradeci mentalmente por isso. Não comentei sobre os problemas da empresa, não quero que ela se envolva com isso.
- Sinta-se em casa. - Falo assim que saímos do elevador privativo, para minha cobertura.
- Obrigada. - Vejo ela observar cada detalhe com admiração. - Seu apartamento é lindo.
- Obra da minha mãe, ela decorou o apartamento do Anthony e do Théo também. - Dou de ombros.
- Ela trabalha com isso?
- Não mais. Ela parou já faz alguns anos. - Percebo que Alice fica quieta e pensativa. - O que esta passando por essa cabecinha linda?
- A última vez em que estive aqui...
- Vamos passar uma borracha nesse dia tudo bem? - Seguro seu rosto entre as mãos olhando dentro dos seus olhos.
- Sim. - O sorriso que ela abre mexe com aquela coisa estranha que venho sentindo dentro do peito.
- Estava com saudade desse sorriso. - Suas bochechas se tingem de vermelho e no mesmo instante meu pau responde ficando em posição de sentindo. - Eu quero fazer uma coisa com você. - Passo o indicador pelos seus lábios.
- Então faz.
- Tenho medo de te assustar.
- Eu não vou fugir dessa vez.
- Vem. - Seguro sua mão e a levo até o meu quarto. - Lembra quando eu disse que gostava de algumas coisas diferentes?
- Uhum.
- Eu quero te amarrar... e te dar prazer com coisas diferentes. - Falo sem conseguir esconder a excitação em minha voz.
- Me... me amarrar? - Sinto um pouco de insegurança vindo dela.
- Eu não vou te machucar, só quero te dar prazer.
- Você é algum Christian Grey? - Pergunta de olhos arregalados.
- Não Alice. - Acabo sorrindo abertamente. - Não dou dominador, apesar de ser bem possessivo.
- Então nada de quarto vermelho da dor?
- Não.
- Mais você disse que quer me amarrar e usar... coisas.
- Não precisa ser praticante de BDSM para brincar bebê. - Tento explicar.
- Você vai me bater? - Sua voz treme um pouco.
- Vou te dar prazer.
- Eu vou sentir dor?
- Eu nunca te machucaria Alice.
Ela se afasta e começa a abrir os botões da camisa de seda azul, revelando o sutiã rendado preto. Cruzo os braços assistindo o show. Alice puxa o ziper lateral da sua saia, fazendo com que o tecido deslize pelo seu corpo. Observo minha loirinha apenas com uma langerie rendada minúscula, meias 7/8 e saltos "me foda". Meu pau pulsa ao ponto da dor dentro da calça.
- Meu Deus Alice. - Seguro firme em sua cintura e ataco sua boca com fome.
Levo ela até a cama, peço que suba e fique de quatro. Alcanço na última gaveta da mesinha ao lado da cama, três cordas finas. Junto suas mãos e prendo na cabeceira, afasto suas pernas a deixando bem exposta e amarro as outras duas cordas, uma em cada tornozelo e depois aos pés da cama. Alice se mantém quieta e consigo sentir sua tensão. Na mesma gaveta, pego uma venda e tapo seus olhos com cuidado.
- Não tenha medo. - Falo bem próximo ao seu ouvido e desço distribuindo beijos por toda sua coluna. Seu corpo relaxa um pouco. - Eu não vou te machucar, confia em mim?
- Confio...
Vê-la amarrada á minha cama e vestida desse jeito, me deixa louco. Tiro de dentro da gaveta, um chicote de montaria, a haste reta e a ponta de couro não machucam, apenas dão prazer se a pessoa saber usa-lo. Em pé ao lado da cama, passo a ponta do objeto pela sua coluna e Alice estremece assustada.
- Relaxa bebê, apenas sinta.
Continuo passando a ponta de leve, por suas costas, pernas e braços para que ela relaxe. Quando sinto a tensão abandonar seu corpo, acerto de leve sua bunda durinha, arrancando um gemido fraquinho dela. Acaricio o lugar e acerto o outro lado, faço isso repetidas vezes, Alice passa a se contorcer e gemer cada vez mais alto. Passo a ponta de couro, pelos seus seios envoltos pela fina renda e acerto os bicos rijos de leve. Agarro as laterais da sua calcinha e puxo, rasgando o tecido. Desço com o chicote e dessa vez acerto sua bocetinha, que já esta pingando com sua excitação.
- Hen... Henry! - Grita meu nome quando seu corpo inteiro treme em um orgasmo.
Tiro minhas roupas e subo na cama, me posiciono atrás dela e sou acolhido pelo calor da sua intimidade. Alice rebola me levando a loucura e acelero minhas investidas, suas mãos e pernas puxam as cordas com força. Solto seus tornozelos e me abaixo para soltar seus pulsos. Seguro seu rosto com carinho e beijo seus lábios suavemente. Por mais que eu goste de sexo bruto, não suporto a ideia de machuca-la. Sinto uma necessidade absurda de cuidar e proteger essa mulher.
- Vem comigo bebê... - Peço sentindo o orgasmo se aproximando.
- Amor...
Gozamos juntos e foi incrível como todas as vezes. Assim que recupero o fôlego, solto a venda que cobria seus olhos e Alice sorri toda mole para mim. Massageio seus pulsos e tornozelos, para que o sangue volte a circular.
- Eu te machuquei? - Pergunto receoso.
- Não. - Sua voz sai manhosa.
- Gostou?
- Sim! Acho que sou incapaz de mover um músculo se quer. - Acabo sorrindo em ver seu estado.
- Vamos dormir um pouco, mais tarde eu peço algo para comermos.
Me ajeito na cama e Alice se aconchega em mim. Aquela coisa estranha no meu peito, que sinto sempre que estou com ela, parece aumentar ainda mais e estou feliz com isso.