Henry
- Eu sinto... sua falta. - Meu coração acelera em ritmo de samba dentro do peito.
- Você...
- Eu errei Henry, você esteve do meu lado quando eu mais precisei, cuidou de mim, foi carinhoso e gentil. Fiquei com tanto medo de você me fazer sofrer que na primeira oportunidade joguei tudo pro alto. - As lágrimas transbordam dos seus olhos sem cessar. - Me perdoa...
- Shhh... - Coloco o indicador em seus lábios a silenciado. É tão bom sentir sua pele novamente. - Eu senti tanto sua falta bebê. - Abraço Alice apertado, inalando o cheiro do seu perfume.
- Achei que nunca mais iria escutar você me chamando assim. - Sinto seu sorriso na curva do meu pescoço e meu corpo todo se arrepia.
- Vamos esquecer o que passou, o importante é que estamos juntos agora.
Alice se afasta e olha dentro dos meus olhos, a imensidão azul me hipnotiza como se fosse a primeira vez. Não sei nomear o sentimento que esta transbordando meu peito agora, mas sei que é bom... muito bom. Suas mãos delicadas seguram o meu rosto, uma de cada lado, enquanto ela cobre minha boca com a sua. Nosso beijo é calmo e nos faz gemer com o contato das nossas línguas.
Me levanto do chão e coloco ela sentada na minha mesa, suas pernas me rodeiam sem pararmos o beijo. Preciso sentir o seu calor, preciso saber de verdade que ela voltou pra mim.
- Alice...
- Eu quero você, por favor me faça sua outra vez. - Diz enquanto tenta arrancar meu cinto.
Não preciso de mais confirmações, estamos inteiramente vestidos e nunca senti tanto tesão em toda minha vida. Tiro meu pau pra fora e ergo sua saia, afastando a calcinha para o lado a penetro lentamente. Suas mãos arranham minha nuca e puxam meu cabelo. Aperto suas coxas com força e acelero o ritmo.
- Deus! Como eu senti falta disso. - Minha voz sai rouca pelo prazer.
- Henry...
- Você é tão apertadinha bebê.
Alice me puxa pelos cabelos de encontro a sua boca, para abafar os nossos gemidos. Pouco me importa se alguém entrar na minha sala agora e nos pegar assim, na verdade eu queria abrir a porta e mandar que todos vissem que ELA. É. MINHA. PORRA!
- Henry... amor eu vou gozar... - Meu peito sofre outro abalo ao escuta-la me chamando assim.
- Goza pra mim bebê. - Acelero o ritmo enquanto minha loirinha se desmancha á minha volta e gozo também.
Ficamos parados tentando recuperar o fôlego, não quero sair de dentro dela. Preciso dessa conexão para saber que esta tudo bem. Alice distribui pequenos beijos por todo meu rosto e mais uma vez, aquela coisa estranha no meu peito parece aumentar.
- Desculpa por te chamar daquele jeito. - Sua voz sai pequenina.
- Alice...
- Escapou sem eu perceber. - Levanto seu rosto para que possa ver seus olhos.
- Não se desculpe por isso. Eu... eu gostei. - Confesso e um sorriso tímido abre em seu rosto.
- Estamos bem?
- Estamos. - Beijo sua boca de novo, mais ela me interrompe com os olhos arregalados. - O que foi?
- Henry... a porta, eu não tranquei a porta! - Diz desesperada.
- Ninguém veio aqui e se tivessem visto, iam me poupar o trabalho de dizer que você é minha.
- Ai meu Deus... - Ela esconde o rosto na curva do meu pescoço e tenho que sorrir com seu jeitinho tímido.
- Só estou sendo sincero.
- Você é maluco, isso sim.
- Sim, maluco por você. - Tento beija-la, mais ela me impede outra vez.
- Preciso voltar ao trabalho.
- Não!
- E você também.
- Estraga prazeres. - Faço um bico emburrado e ela ri da minha ação.
Saio de dentro dela encerrando a conexão e me sinto completamente vazio. Como é possível eu ter me tornado dependente dela? Vamos até o banheiro da minha sala e nos limpamos, Alice arruma suas roupas, me da um beijo e vai embora. Volto ao trabalho com um sorriso idiota estampado no rosto. Algumas horas depois Théo liga dizendo que precisamos conversar, pelo seu tom de voz sei que não é boa coisa, então pego meu celular e ando até a sua sala.
- Posso saber o motivo de você estar sorrindo tanto? - Pergunta assim que me sento.
- Não é da sua conta. - Respondo bem humorado pela primeira vez em dias.
- Tem á ver com uma certa loirinha?
- Talvez...
- Ok, acho melhor eu ficar de fora dessa. Estamos com problemas. - Sua expressão fica séria.
Théo, Anthony e eu, temos personalidades bem parecidas, mas jeitos de agir diferentes. Eu sou o mais serio dos três, Théo é o palhaço e Thony o certinho. Então quando meu amigo faz essa expressão séria, é porque a coisa realmente não esta nada boa.
- O que houve? - Pergunto ficando preocupado.
- Encontramos três projetos com alterações. - Meu sangue gela nas veias.
- Que tipo de alterações?
- O tipo que levaria as estruturas a desabar. - Puta que pariu! - Separei uma pequena equipe de confiança, para rever todos os projetos dos últimos seis meses, alguns já estavam em andamento e esses três só estavam esperando aprovação.
- Isso é um absurdo!
- Seja lá quem esteja fazendo isso, tem acesso as plantas. - Ai é que esta o problema.
- Muita gente tem acesso as plantas Théo. - Me levanto e começo a passar as mãos pelo cabelo compulsivamente.
- O filho da puta sempre altera as colunas de sustentação, não o suficiente para chamar atenção, mais depois de toneladas de construção em cima de colunas fracas e mal posicionadas, tudo vem abaixo. - Vejo que meu amigo esta tão puto quanto eu.
- E agora?
- Já mandei que parassem as obras que estavam em andamento e cancelei esses três projetos para revisão. Apenas minha equipe e nós, estamos sabendo disso.
- É o melhor a se fazer.
- Temos que bolar um plano para pegar o desgraçado. - Théo também se levanta.
- Não conseguiram nada que pareça suspeito, pelas câmeras de segurança?
- Não. Henry, seja quem for, esta disposto a matar vidas para nos prejudicar. São projetos de prédios residenciais e empresariais, centenas de pessoas estariam correndo risco de vida em um lugar comprometido desse jeito.
- A minha única pergunta, é porque?
- Eu também me pergunto a mesma coisa.
Saio de lá com a cabeça cheia, não temos inimigos. É claro que muitas empresas de construção não gostam muito de nós por termos feito sucesso tão rápido, mas não consigo pensar em ninguém que queira nos prejudicar a esse ponto. Esse desgraçado é um doente mental por colocar tantas vidas em risco.