Ashton's P.O.V.
- Vai Ashton, diz pra mim! - Tommy, um dos alfas do grupinho de Bryan, já começa o dia me irritando profundamente com suas perguntas ridículas e inconvenientes.
- Dizer o que, garoto? - Sussurro baixo para que o professor não nos ouça.
- Diz pra mim como é ser um viadinho! - Ele ri, e eu apenas o ignoro.
Mesmo o ignorando, Tommy continua me cutucando, tacando bolinhas de papel e fazendo a mesma pergunta idiota. Garoto perturbado do cacete! Parece que eles sentem quando não estou bem e tiram exatamente esse dia para testar minha paciência de todas as formas, e pra melhorar hoje cheguei atrasado e não consegui lugar perto de Louis e Niall, então tive que me sentar aqui, perto desse embuste...
- Vai, viadinho. Me diz como é ser um viadinho. - Ele continua...
- Para com isso...
- Parar com o que? Você não é mesmo um viadinho?
- Me deixa em paz. - Viro para trás e o encaro.
Ele joga outra bolinha de papel na minha cara.
Não. Dá. Mais!
- CARALHO, PARA DE ME ENCHER O SACO, TOMMY! QUER SABER COMO É SER UM VIADINHO? PERGUNTA PROS QUE VOCÊ COME ESCONDIDO, SEU FILHO DA PUTA! - Berro e logo percebo a merda que acabei de fazer.
Todos da sala me olham perplexos, confusos e assustados, principalmente Niall, Louis e o bendito professor. Tommy mantém um sorrisinho satisfeito no rosto, parece que essa era a intenção dele desde o início, ainda mais pelo professor de geografia ser um dos mais rígidos do colégio.
Esse filho da puta me ferrou.
- Irwin, acho que o senhor gostará de fazer uma visita ao diretor, não? - O velho me pergunta com aquela mesma cara de mal amado.
- Mas professor...
- Mas nada, Irwin! Vá agora!
Me levanto completamente contrariado e saio da sala, mas não sem antes mandar Tommy ir se foder e de ouvir os risinhos da turma. Eu poderia simplesmente ir para qualquer outro lugar ao invés de ir a diretoria, mas sei que vai dar merda e eu já estou ferrado, então prefiro evitar maiores problemas.
Ando lentamente mas logo chego à sala dos diretores. Respiro fundo, bato na porta e espero até alguém permitir minha entrada, o que não demora tanto. Abro a porta e entro na sala já maquinando as desculpas que irei dar, entretanto, assim que entro fico completamente surpreso ao dar de cara com...
- Luke?! O que você está fazendo aqui?! - Pergunto confuso.
- Eu é quem deveria fazer essa pergunta, não? - Ele diz e me olha atentamente com aqueles lindos olhos azulados. - Vem, senta aqui. - Luke aponta para a cadeira vazia a frente da mesa e eu, sem hesitar, me sento.
- É que tinha um alfa me perturbando na sala e eu acabei me irritando e talvez, só talvez, gritando e xingando muito ele. Daí o professor me mandou pra cá. - Digo meio envergonhado.
- E o que ele estava fazendo?
- Tommy estava me cutucando, tacando bolinhas de papel e perguntando "Como é ser um viadinho?", daí acabei perdendo a paciência porque ele não parava!
Hemmings me encara por um instante e durante esse instante eu sinto uma imensa vergonha e vontade de sumir daqui. Ao mesmo tempo eu amo a sensação de ter o olhar dele sobre mim, mesmo que não saiba o que ele está pensando. Suas expressões são completamente neutras e indecifráveis, assim como quase tudo nesse alfa, e, sinceramente, isso é uma das coisas que mais gosto nele. Luke tem um ar misterioso as vezes, e acho que isso só o deixa dez vezes mais atraente...
- "Como é ser um viadinho"? - Ele pergunta e pela primeira vez vejo uma reação conhecida. Raiva. - Esse menino precisa ouvir umas coisas...
- Posso lhe fazer uma pergunta? - Pela primeira vez o encaro nos olhos sem hesitar.
- Claro. Faz.
- Você não é meio novo pra ser diretor? - Pergunto e ele ri.
- Na verdade sou o vice. Josh é o diretor. - Diz simples e organiza uns papéis em sua mesa.
- Josh é o diretor? - Pergunto, ainda mais perplexo.
Gente, o que está acontecendo nesse colégio?
- Sim. Surgiram as vagas, um amigo nos contou e nos candidatamos, ganhamos e cá estamos nós. - O loiro se levanta e vem até o outro lado da mesa, se sentado nela bem de frente para mim.
Se eu corei? Talvez.
Afinal, teria como eu não me sentir envergonhado com um cara tão bonito sentado tão próximo de mim?
- P-Posso fazer outra... Outra pergunta? - Acabo gaguejando por conta da proximidade do alfa. Ele apenas acena positivamente com a cabeça. - Você é hetero?
Luke me olha, arquea uma das sobrancelhas e ri. Gargalha, na verdade.
- O que é tão engraçado? - Questiono confuso com sua reação.
- Você ainda tem dúvidas sobre minha sexualidade, Ashton? Não percebeu que na casa de Louis eu estava dando em cima de você? - O de olhos azuis se aproxima perigosamente de mim, e eu me sinto paralisar na cadeira.
- Eu percebi, mas queria confirmar pra saber se retribuo ou não. - Decido deixar um pouco o status de ômega e a timidez de lado e investir da mesma forma que ele.
- Então isso quer dizer que o interesse é recíproco? - Se aproxima ainda mais, apoiando suas mãos nos braços da cadeira.
- Digamos que seja... O que você vai fazer?
A proximidade entre nós é tanta que já posso sentir a respiração de Luke bater contra a minha, e mesmo tentado a descer meu olhar para sua boca eu não me atrevo a deixar de olhar em seus olhos. Hemmings leva uma de suas mãos a minha bochecha e a acaricia, e com isso eu automaticamente fecho os olhos para apreciar mais seu toque que vai descendo até meu queixo, pescoço e logo sua mão está segurando minha nuca com força, mas não o suficiente pra me machucar. Sei que é apenas meu instinto primitivo de ômega mas não posso negar que gosto da sensação que ele me causa, como se eu fosse o dominado e ele o dominador. Sentir que ele tem controle sobre mim me agrada demais!
Luke me puxa para mais perto e sem delongas cola sua boca a minha, mas assim que ele o faz alguém bate na porta.
- Vá se foder! - Ele geme frustrado e se afasta, mas volta, morde e chupa meu lábio inferior e só então se levanta. - Isso não acabou, Irwin!
- É claro que não acabou, Hemmings... - Rio também frustrado, mas não tenho muito o que fazer...
(...)
- E ai, Ash? - Niall chega correndo ao meu lado, junto de Louis.
- O que aconteceu lá na sala do chefe? - Agora é Louis quem pergunta.
- Vocês não vão acreditar... - Digo e os arrasto para o local que sempre ficamos durante o intervalo.
- Já pode nos dizer, amado. - Horan insiste assim que chegamos.
- Não me diga que você foi suspenso?
- Claro que não, Louis! - Falo. - Os antigos diretores saíram, vocês souberam?
- Não. - Os dois dizem em uníssono.
- Pois eles saíram, já houve uma votação que eu nem sabia ter acontecido, e os novos diretores são Luke e Josh! - Ambos ficam chocados com a notícia que lhes dou.
- Espera, deixa eu ver se entendi... Os irmãos de Harry são os novos diretores? - Tomlinson pergunta, visivelmente confuso.
- Sim!
- Mas gente, quanto tempo eu dormi? Eles não são muito jovens? - Ao mesmo tempo que o irlandês fala, Harry aparece junto de seus irmãos.
Os dois alfas mais novos mantém um sorriso satisfeito no rosto enquanto Harry mantem uma expressão muito, muito irritada, que só suaviza um pouco quando Louis levanta e anda (praticamente corre) até ele. Luke e Josh vem até mim e Niall e surpreendentemente se sentam conosco debaixo da árvore, Josh ao lado do irlandês e Luke ao meu lado. Logo o casal Larry se junta a nós.
Acho que as pessoas estão achando super estranho o fato de um professor e dois diretores estarem passando o intervalo com três alunos, já que não param de olhar pra cá nem por um segundo. Eu acabo ficando envergonhado, contudo Luke percebe e repousa uma de suas mãos na minha coxa, apertando levemente e sorrindo para mim. Sei que pode não ter sido nada demais, mas esse pequeno gesto me passou confiança e um pouco de conforto.
- Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? - Niall é o primeiro a se pronunciar.
- Eu também gostaria muito de saber! - Harry praticamente fuzila os irmãos com o olhar.
- Não nos olhe assim, nós apenas queríamos trabalhar perto do nosso belo irmão mais velho. - Luke diz e sorri amarelo, ganhando um tapa do cacheado.
- É Harry, relaxa... Agora nós somos seus chefes, isso não é ótimo? - Josh fala para ele, mas isso sem tirar seus olhos de Niall, que está entretido comendo biscoitos.
- Posso fazer uma pergunta? - Louis pede.
- Claro. - Os três dizem em uníssono. A conexão entre eles é algo inegável e só mostra que eles realmente são irmãos.
- Quantos anos vocês tem?
- Eu tenho vinte e dois, mas você já sabe. - McCants diz.
- Eu também, sou apenas alguns meses mais novo. - Josh continua.
- E eu tenho dezessete. - Luke termina e choca a todos nós. Bom, menos aos irmãos.
- Dezessete?! - O olho incrédulo.
- Sim, ué... Por quê?
- Porque vocês só haviam falado que Harry é o mais velho, mas nenhum de nós esperava que você fosse ter nossa idade. - O irlandês de olhos azuis reponde.
- Isso é um problema pra você, Ashton? - Hemmings me olha tão profundamente que quase esqueço de o responder.
- Não... Claro que não! Só fiquei surpreso porque não parece...
- Como você conseguiu se tornar o vice diretor tendo praticamente a mesma idade dos alunos? - Horan faz a pergunta que todos queríamos.
- Luke sempre foi muito avançado, e surpreendentemente conseguiu completar o colegial com quatorze anos, e em três anos conseguiu terminar a faculdade de professor. Ele é um garoto prodígio! - Harry responde pelo irmão.
- É, desde sempre ele foi o mais inteligente, responsável, sério... Ele sempre cuidou mais de nós do que nós dele, e também Harry conta que no orfanato em que eles moravam quando crianças o Luke era o terror das irmãs e por isso resolveu cuidar do alfinha, mas ele que passou a cuidar de Harry e depois de mim. - Josh completa.
Luke mantém a cabeça baixa enquanto ouve os elogios dos irmãos, sempre com um sorrisinho besta no rosto. A coisa mais linda do mundo! Vejo como a relação desses três é forte, mesmo que não haja nenhuma ligação de sangue entre eles. Eles se amam!
- Então, acho que dei sorte... - Acabo pensando alto e o mais novo ouve.
- Sorte? - Me olha curiosamente, mas não o respondo.
- Então, mudando completamente de assunto... Louis, fala sobre o seu heat. - E com a pergunta de Nialler só falta o casal maravilha cuspir a água que beberam mais cedo.
- O quê? Por quê? - Os dois quase gritam, e é tão hilário que todos caem na gargalhada.
- Gente, relaxa... Sexo é uma coisa super normal, e o heat de um ômega é outra coisa mais normal ainda!
- É Josh, mas isso é uma coisa íntima minha e dele, não é algo pra ser exposto assim! - Harry murmura.
- Mas nós somos seus irmãos! - Luke fala indignado.
- É, e nós somos seus melhores amigos, Louis!
- Ai, tudo bem... - Tomlinson revira os olhos. - O que vocês querem saber?
Eu e os meninos nos entreolhamos e como se todos tivessem chego a um acordo, Niall pergunta.
- Quantas vezes vocês transaram?
- Nós não contamos, mas foram muitas. - O alfa mais velho diz simples, sem rodeios.
- Assim que eu gosto!
- Okay, minha vez... - Digo. - Louis, qual foi a sensação de passar o heat com um alfa pela primeira vez?
- Foi... Muito bom... - Ele responde baixinho, vermelho feito um pimentão por conta da vergonha. - Façam outra, por favor...
- Ok, sou eu agora! - Luke para pra pensar. Ele, antes, estava com uma expressão divertida no rosto, mas de repente ficou sério. - Vocês usaram camisinhas, não é?
- Acho que não...
- Não, não usamos. Por quê? - Seu irmão questiona.
- Harold, você tem problemas?! - O loiro parece se alterar e ninguém entende, nem o próprio Harry.
Antes que o alfa de olhos verdes possa dizer qualquer coisa, o sinal toca e na mesma hora Luke se levanta e vai embora. Todos ficam sem entender o motivo da reação negativa, mas no fundo tenho quase certeza de onde ele quis chegar...
~*~
Harry's P.O.V.
Hoje foi um dia super... Estressante...
Primeiro descubro que Luke e Josh fizeram a idiotice de virarem os novos diretores do colégio, e por mais que digam que estão aqui apenas pra me dar assistência e ajudar a proteger Louis, sei que no fundo dois ômegas também foram um dos motivos desses idiotas terem feito isso. Ah, por falar em Luke, depois da conversa que tivemos hoje, mais especificamente depois daquela pergunta sobre camisinhas, ele ficou super estranho comigo, irritado, e eu ao menos entendi o motivo desse drama todo, então decidi ignorar. Se ele quiser que venha até mim, eu é que não vou ficar correndo atrás!
Depois do colégio decidi trazer Louis ao cinema para ver um filme de terror que entrou em cartaz recentemente, "Corra" o nome. Muito bom, por sinal! Eu e o pequeno decidimos pegar a sessão das cinco horas, e como não se passavam das duas da tarde nós ficamos rodando pelo shopping. Passamos em algumas lojas de roupas, Louis comprou um novo celular para si já que o antigo começou a dar problemas por conta da chuva de dias atrás, fomos a uma restaurante muito charmoso e, pouco antes de termos de voltar ao cinema, sentamos numa espécie de fonte que fica no meio do shopping e passamos um bom tempo conversando. Louis, mesmo sendo jovem, tem um ótimo papo e por vezes se mostra bem mais maduro do que outros adolescentes de sua idade, mais maduro até mesmo que eu! Eu amo conversar com esse garoto, assim como amo estar com ele, pensar nele, falar dele...
Nem vou continuar pois sei que posso ficar dias apenas falando de Louis Willian Tomlinson!
Por volta das quatro e cinquenta voltamos ao cinema e já nos dirigimos direto à sala nove. Nos sentamos e logo os trailers pré filme começam, e eu os aproveito para finalmente roubar uns beijos de Louis, já que por ser tímido não quis me beijar em público.
- Hazz, o que você está fazendo? - Ele pergunta já ofegante por conta do primeiro beijo, mas também não reclama quando eu o ignoro e apenas o beijo de novo.
Sinto quando o ômega leva uma de suas mãos até minha nuca e segura em meus cachos, puxando-os levemente. Louis parece se segurar para não fazer tudo o que tem vontade, mas não o julgo, eu estou na mesma situação...
- Será que as pessoas vão se incomodar se eu te colocar no meu colo? - Pergunto entre o beijo e ele ri.
- É claro que sim, Harold... E nem pense nisso! - O mais novo se afasta de mim e se ajeita na cadeira.
Não demora muito para que o filme comece. Louis tenta bancar o durão, mas toda vez que leva um susto se agarra ao meu braço ou tapa os olhos com as mãos. Eu não consegui prestar atenção no bendito filme um segundo sequer, apenas fiquei observando o belo menino de olhos azuis ao meu lado e, vez ou outra, rindo de suas reações. Ele consegue ser extremamente fofo mesmo quando não tenta!
Assim que o filme termina eu decido o levar para casa, e mesmo ele insistindo para ficarmos mais, eu nego. Louis não entende o quão perigoso é para ele ficar na rua até altas horas, mas afinal, o pobre ômega sequer sabe que tem um maníaco por aí querendo acabar com sua vida a todo custo, né!
- Por que você quer tanto ir embora? Não são nem dez da noite! - Mesmo reclamando feito um idoso, ele entra no carro e logo dou a partida.
- Eu já te expliquei, Lou... Eu estou muito cansado e também hoje ainda é segunda, amanhã você tem aula, e comigo ainda. - Rio. A parte do cansaço é a mais pura mentira, mas ele não precisa saber.
- É, eu sei... - Ele concorda. Contrariado, mas concorda.
- Eu prometo que vou te recompensar depois, amor.
- Hm... E eu vou cobrar! - Tomlinson aproveita que paramos em um sinal vermelho e se estica para me roubar um beijo rápido.
O sinal abre e nós seguimos nosso caminho até a casa dos Tomlinson-O'brien, que é consideravelmente longe do shopping, e passamos todo o tempo conversando. Em um momento olho para o retrovisor e percebo um carro meio suspeito que está há um bom tempo atrás de nós, praticamente desde que saímos do shopping... Isso me faz lembrar que esse mesmo carro estava nos seguindo mais cedo quando estávamos indo!
"Só pode ser brincadeira!" penso comigo.
- Louis, se importa se eu for por um caminho diferente? - Pergunto, e ele me olha confuso.
- Não... Mas por que?
- Eu... Eu só quero passar mais um tempinho com você... - Disfarço e ele parece não acreditar muito, mas quando sorri vejo que deu certo.
Decido tomar uma rua totalmente diferente, apenas para ter cem por cento de certeza de que esse carro está realmente nos seguindo, e o resultado sai como o esperado. Levo o mais novo pra casa um pouco apressado, mas não o suficiente para que ele perceba que há algo de errado. Louis está completamente alheio aos perigos que anda correndo, mas por mais que eu queira contar toda a verdade sobre mim e sobre o tal "anônimo", eu não consigo... É como se o medo me impedisse de seguir em frente toda vez que decido dizer a verdade e, por mais que me doa dizer, a cada dia que passo sustentando essa enorme mentira sei que tenho mais chances de perder o meu ômega...
Meu ômega! Eu vou protegê-lo, e nunca irei desistir dele!
Por fim chegamos a casa dos Tomlinson-O'brien. Levo Louis até a porta de sua casa e lá me despeço dele, e mal o garoto entra eu já vou direto para o outro carro, um celta preto, e abordo diretamente o motorista. Um homem grande, pele clara, cabelos castanhos, não mais que uns quarenta anos... Bonito por sinal, e alfa.
- Por que está nos seguindo? - Digo entrando no lado do passageiro e já sacando a arma que fica escondida na barra da minha calça.
- Opa, se acalma, amigo... - O homem levanta as mãos quando aponto a arma para sua cabeça. Parece que consegui o pegar de surpresa, ele estava completamente despreparado.
- Amigo é o caralho! Vou perguntar apenas mais uma vez. - Engatilho a arma. - Por que está nos seguindo?
- Tudo bem, tudo bem... Eu digo! Fui contratado pra ficar de olho em você e no seu ômega... - Gosto bastante quando o ouço dizer "seu ômega", mas agora não é hora de distrações!
- Dirige. - Falo, entrando no carro sem cerimônias.
- O quê?
- VAMBORA, DIRIGE! - Grito e rapidamente ele liga o carro, começando a dirigir sem rumo.
Decido mandar uma mensagem para Luke pedindo para que ele vá buscar meu carro na frente da casa de Louis, afinal ele vai achar estranho o fato de ter deixado lá. O homem dirige para uma parte mais deserta da cidade, já está bem escuro e por quilômetros só se encontram nós dois aqui.
Perfeito!
- Me responda uma coisa: Quem te contratou?
- E-Eu não posso dizer... - O cara começa a suar e gaguejar, o medo é algo evidente em sua voz.
Como alguém contrata um amador desses pra ir atrás do melhor assassino de aluguel de Londres?
Tá de sacanagem!
- Ah, você pode sim, ou então não vai mais ver a luz do dia!
- Eu... E-Eu não posso, se disser ele me mata...
Vejo que isso não vai chegar em lugar nenhum, então só me resta uma opção...
- Me desculpe. - Digo e atiro no meio da testa do cara, fazendo seu sangue voar para toda parte dentro do carro.
Infelizmente eu não poderia deixar que ele vivesse e levasse qualquer informação para o "anônimo", e por mais que isso tenha me doído, foi algo necessário...
- Josh... - No segundo toque meu irmão já atende. - É, é o Harry. Preciso que se livre de uma encomenda fora do catálogo e que limpe tudo por aqui...