P.O.V Ari
A boca dela estava na minha.
No começo fiquei em choque, mas então não resisti.
Meus braços se ergueram pra rodear seu pescoço e abri minha boca pra dar passagem a sua língua que procurou a minha.
Era um beijo meio selvagem mas ao mesmo tempo muito doce. Seus lábios eram macios nos meus e sua língua exigente mas delicada na minha boca.
De repente me peguei caindo. Só então percebi que fomos parar no sofá.
Separei nossos lábios pra rir, mas quando tentei falar ela voltou a me beijar.
Não conseguia pensar direito. Só agora me dava conta do quanto eu queria aquilo. Do quando ansiava por aquele beijo, por aquele momento.
Quando Liz me interrompeu o beijo pra tomar ar eu a puxei de volta. Queria mais, muito mais.
Queria ela.
Não sei quanto tempo ficamos ali. Só sei que quando paramos de nos beijar eu simplesmente não me lembrava dos xingamentos que estavam na minha cabeça quando abri a porta.
Fiquei abraçada a Liz, sentindo o calor do seu corpo, ouvindo sua respiração. Ela não tirava os olhos de mim e eu também não conseguia tirar os meus dela.
Liz: Me desculpa.
Eu: Porque?
Liz: Ter demorado pra perceber que eu estava apaixonada por você. Por ter invadido sua casa. E por te roubar um beijo.
Ari: Um? Eu não contei, mas tenho certeza que foram vários.
Ela deu aquele sorriso lindo.
Liz: Desde a primeira vez que conversamos eu senti algo diferente. Eu me apeguei a você mais rápido do que me apeguei a qualquer pessoa. Só que não percebi o quanto até você se afastar. Eu senti a sua falta nos meus ossos. Eu estava sofrendo por estar longe de você. Eu achei que era saudade de amiga, mas minha mãe me fez perceber que na verdade eu estava era apaixonada por você. E te peço desculpas pela demora pra perceber.
Ela ficou me olhando. Meus Deus que olhos lindos. Podia ver naquele olhos que era a mais pura verdade cada palavra que ela dizia. Respirei fundo.
P.O.V Liz
Ela respirou fundo e olhou nos meus olhos, esses olhos que são minha perdição.
Ari: Olha Liz, eu não sei exatamente em que momento eu percebi que estava apaixonada por você. Quando senti aquele embrulho no estômago quando você beijou o Avan na cena eu não sabia o que era. Depois você ficou com uma cara perplexa perguntando se eu tava apaixonada por você. Eu não sabia como te responder. Tinha medo de como você iria reagir se eu falasse que sim, mas não podia falar que não. Não conseguia falar que não. E aí comecei a me sentir perdida na sua presença. Então me afastei pra tentar por a cabeça no lugar e... Bem, que bom que você tá aqui. Desculpa também por tudo isso.
Abracei e beijei minha pequena de novo.
Ela correspondia aos meus sentimentos e isso era o melhor presente que eu podia ganhar.
Ficamos muito tempo naquele sofá e cheguei a conclusão de que tava tarde.
Eu: Tá tarde. É melhor eu ir.
Ela me puxou pelo pescoço.
Ari: Não vai não. Dorme aqui.
Sorri. Liguei pra minha mãe e avisei que ia dormir lá.
Foi a primeira noite que dormi abraçada com minha pequena na cama dela. Eu queria ir além mas não iria apressar as coisas. Iríamos ter muito tempo.