Para sempre, Juliet

By EllenLopez-

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Eu sempre fui invisível, mas você me enxergou, Evan. Em meio a uma multidão, você me notou, como se eu fosse... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25 - Evan
Capítulo 26
Epílogo
Agradecimentos
Tarde demais, Mary
OLHOS DE DIAMANTE

Capítulo 17

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By EllenLopez-

Noite estrelada, a lua crescente em todo seu esplendor brilhava no céu na companhia das estrelas, mas ainda assim, a única a se destacar era a lua.

Tão bela, brilhosa, e singela. Em dias chuvosos, as nuvens cobrem-na e o céu fica com cores leves. Totalmente diferente do azul escuro que estamos acostumados a ver.

E com você, Evan, não era diferente.

Você era a lua em meio as estrelas, único, belo, e esplêndido. O único a receber destaque em meio a vasta imensidão de pessoas, você simplesmente resplandecia.

E assim como a lua, em momentos chuvosos todo o seu brilho era apagado. E no céu que era meu coração, a luz se apagava e sobrava apenas a imensidão de escuridão.

E foi numa noite estrelada, que aquilo aconteceu.

Em um dos jogos, você estava lá no campo em ação. Aber estava na reserva, apenas esperando uma chance para mostrar do que era capaz.

E eu estava na arquibancada, torcendo por você feito uma legítima fã. Eu admirava cada lance seu, o seu olhar confiante e desafiador ao lançar a bola dentro do gol, e quando você fazia um, corria até a parte mais próxima de mim e fazia o nosso símbolo secreto.

Apontava para a cabeça, depois para o coração, e finalmente para mim.

Havíamos combinado já havia passado semanas.

E hoje, fazem anos.

Mas eu me lembro como se fosse ontem.

Você estava deitado em minha cama, assistindo a um filme cujo tema é um astro de futebol que se apaixona pela técnica do time.

— Queria que tivéssemos um símbolo nosso, sabe? Você me dar sorte.

— Como assim? De onde você tirou essa ideia? — perguntei.

— Olha nesse filme, o símbolo dele é levantar as mãos pro céu e logo em seguida para a amada. Desde então ele tem tido muita sorte nos jogos.

— Você sabe que não sou crédula.

— Nem eu sou, Juliet. Mas a verdade é que quero que você saiba a cada momento, mesmo numa ocasião como o jogo, que você sempre está comigo. Não é para me passar sorte, e sim para me motivar.

— E como seria isso? Digo, você sabe que não sou a pessoa mais criativa do mundo. — sorri. — E nem você.

— Ah, é mesmo mocinha? Pois saiba que eu já escrevi dois livros, mas ainda são projetos engavetados.

— Você... Escrever um livro? — ironizei. — Conta outra, Evan.

— E por que não? Só porque sou um jogador de futebol não posso ser intelectual? — você sorriu. — Acorda, Juliet.

— Estou curiosa, sobre o que é o livro?

— Tem uns dragões que são os animais de estimação de um dos Deuses da história… E tem também a mulher que o Deus vai se apaixonar, a coisa que ele mais se arrepende na vida.

— Clichê. — afirmei.

— Nem todo clichê é ruim. A nossa história é um clichê, senhorita Juliet. A diferença é que não há ninguém escrevendo isso, pois coitado do suposto escritor dessa nossa história. Nós somos pessoas complicadas, complexas… E você não tem noção da dificuldade em aprofundar os personagens. — Ao terminar de falar, você aproximou as mãos de minhas bochechas e apertou-as. — Mas infelizmente essa conversa vai ter que ficar para outra hora, pois agora tenho que pensar num símbolo para nós.

Você colocou as mãos no queixo e olhou para o teto. Não demorou para que tivesse uma ideia.

— Já sei! Vamos lá. — Você apontou os dedos para a cabeça, depois para o coração, e depois para mim.

— Não entendi.

— Na minha mente, no meu coração, você. Quando eu fizer isso, saiba que estou falando que te amo, e que você é parte do que eu sou agora.

Eu te abracei.

E naquela noite, foi isso que você fez.

Correu pelo campo, seus cabelos negros estavam extremamente rebeldes por conta da grande ventania.

Fez o sinal, e eu sorri.

Quando faltavam apenas alguns minutos para o final do jogo, Aber finalmente pôde entrar em campo.

Os cabelos loiros encaracolados estavam balançando com o vento, dando a ele um ar sério. Ele soava frio, mas eu sabia que ele iria mostrar que era capaz.

E mostrou.

No final do jogo, os jogadores correram na direção dele e o abraçaram, agradecendo por ter feito o gol decisivo da noite.

Após o jogo terminar, você e Aber vieram em minha direção. Abracei ele e o parabenizei pelo jogo magnífico, ele estava eufórico de felicidade e eu também.

— Posso dormir em sua casa hoje? — você perguntou. — É que a noite está fria, e pensei em levar algumas coisas para comermos enquanto assistimos uma série legal.

Fiquei extremamente feliz.

— Claro que pode!

— Então me espere, tenho que ir no vestiário tomar banho e tirar essa roupa suada.

— Não demore. Vou te esperar do lado de fora, pois o segurança quer todo mundo fora daqui.

O campo da faculdade não podia ficar aberto até tarde, afinal nunca se sabe quem pode entrar lá.

— Pode deixar.

Eu e Aber fomos para o lado de fora.

— Estou tão cansado, vou para casa. Quer uma carona?

— Não… Falei ao Evan que iria esperá-lo, e além do mais, ele não vai demorar.

— Tudo bem. Boa noite Ju. — Aber deu um beijo em minha testa e foi para garagem.

Estava tarde e frio na rua. Eu estava sozinha esperando por você.

Os postes estavam iluminado o caminho, e a lua me encarava. Mas logo, o céu escureceu e percebi que uma chuva estava prestes a cair.

E começou a chover.

Passaram-se cerca de vinte minutos, e eu continuei te esperando. Mesmo na chuva.

Afinal, eu havia deixado meu carro na garagem de casa. Não era como se eu tivesse outra opção.

O tempo estava passando, e percebi que já haviam se passado cerca de uma hora e nada de você.

A chuva estava interferindo no sinal do telefone, me impedindo de chamar um táxi. E para o meu azar, nenhum transporte urbano estava passando na rua.

A minha sorte era que nada relacionado a violência acontecia naquelas ruas. Pois sabe-se lá o que poderia ter acontecido comigo.

Estava muito frio, e meus dentes estavam se batendo um contra o outro.

Tentei me abrigar numa lona de uma loja que estava fechada. Me sentei ali naquela fachada.

Até que você apareceu.

Seu estado não era dos melhores, sua roupa estava suja de terra, e quando entrou em contato com a água, se transformou em lama.

— Ju… Juliet, me desculpe. — você falou.

Eu não respondi, não era capaz pois os meus dentes continuavam a se chocar um contra o outro, por conta do frio. Eu estava tremendo.

— Vou tirar você daqui.

Você me carregou, e me levou até seu carro. Lá dentro, você ligou o aquecedor e me deu um capote seco.

— Bryce com o humor filha da puta dele, trancou os jogadores na horta da faculdade, como uma espécie de trote fora de época. Eu não tive culpa. — você estava visivelmente irritado.

— Você nunca tem. — Apesar da dificuldade em falar, essas foram as únicas palavras que fui capaz de pronunciar antes de me virar para o lado com o intuito de não olhar para você.

Você tentou se aproximar.

— Não! — gritei. — Apenas me deixe em paz.

Evan, eis aqui o nono motivo pelo qual nós não demos certo.

Eu esperava mais de você do que você realmente era capaz de me dar.

E isso me decepcionou em escalas inimagináveis.

Afinal, por menor que fosse a besteira que acontecesse, o estrago causado era ainda maior.

E nós bem sabemos, Evan, que toda ação tem uma reação.

Não é apenas uma lei da física, é uma lei da vida.

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