O chefe bonitão

By KimSeuk97

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Baekhyun estava louco atrás de um emprego, aluguel atrasado e pouco dinheiro na conta, estava a um passo de a... More

O meu passado me condena
Uma peça do destino
Lembre-me de morrer
Joia, smoking e estresse
Não bebam crianças
Sem memórias e com dívida
Lavando roupa suja
Coney Island: o pesadelo
Mr. Músculos
Desperdício de comida
Desembarcando o caos
Precisamos conversar, Baekhyun
Vamos para party
Adoro Chanyeol bêbado
Missão cumprida, pedido aceito
Os olhos que me perseguem
Kiss me! Kiss me?
Runaway Train
Não é o que parece
Maldita seja Helen
Foi por pouco, mas...
Pizzas e Epifania
A duvidosa decisão sobre a vaga
Planos
O que está acontecendo?

Meu corpo não me obedece

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By KimSeuk97

Se isso aqui é real, eu posso declarar que Suho é um mentiroso com a maior cara lavada do mundo.

Obviamente juntando os pedaços da minha memória e o que Suho falava no nosso relacionamento, ele não poderia ter sido carinhoso o suficiente para escrever bilhetes como os que eu recebia.

Eles pertenciam a Chanyeol, cada um deles que eu lia e ficava feliz eram dele... Quando Suho admitiu que era ele que escrevia era só um jeito mais simples de me conquistar. Aquelas mensagens que Chanyeol escrevia foram formando um caminho até o dia que ele se confessou para mim e eu o humilhei na frente de toda a escola...

Nossa, Baekhyun! Você pode ganhar o primeiro lugar de ser uma merda ambulante. Eu fui idiota e estava cegado pela aparência que eu tinha que manter para todas aquelas pessoas falsas que nem meus amigos eram... Eu deixei de ver, acho que, a única pessoa que me olhava de um jeito diferente. De um jeito especial que nem mesmo eu conseguia ver.

Continuei lendo os bilhetes e ficando cada vez mais mal, na fossa mesmo por ler mensagens tão carinhosas que não chegaram a ser entregues. Todas tinham um desenho bonitinho no final com uma carinha feliz... Eu sentei no chão e ficava alternando entre rir e chorar.

Depois de ver todas as pessoas que conviviam comigo tirarem as máscaras, eu comecei a chorar ao perceber que poderia ter sido diferente e que eu poderia ter dado uma chance para uma pessoa que gostava de mim, mesmo eu não sabendo o motivo.

A sensação é estranha, porque isso me moveu para o dia que eu fui o insensível de merda. Eu estava me sentindo fraco e vulnerável com a lembrança, estava me fazendo sentir uma ardência no peito não muito agradável.

2012

⇠⇠⇠

— Peraí... — escutei sua voz quando eu ia dar a volta por ele e continuar meu caminho. — Eu quero falar com você...

— Falar comigo? Por quê? — ele segurou meu pulso e estava querendo arrancar, mas estava com pena da timidez exarcebada dele em estar fazendo isso. — Olha, o que quer que seja não me interessa, nós nunca conversamos, não vai ser agora que vamos conversar. — estávamos no pátio e depois que paramos praticamente no centro do lugar, o nerd colocou as mãos no bolso levantando o rosto de forma muito lenta.

— Eu sei que nós nunca nos falamos, mas... Eu preciso falar o que eu estou sentindo, porque mesmo que você recuse meus sentimentos, eu não posso guardá-los para mim, pois senão eles morrem. — do que ele estava falando? Um aglomerado de pessoas já estavam observando a cena e eu estava achando tudo aquilo uma perda de tempo. — Eu preciso que você saiba que eu gosto de você, Baekhyun! — ele estendeu um envelope na minha direção e eu ergui uma sobrancelha segurando minha risada. — Todo esse tempo eu fiquei te admirando de longe e eu sei que é uma coisa completamente inusitada e... e... eu muito nervoso para falar tudo agora, mas se me der uma chance vou ter a certeza de falar sobre esse sentimento todos os dias.

— Por que você achou que eu queria escutar isso? — soltei uma risada incontrolada e andei alguns passos em sua direção, mesmo com toda sua altura, Chanyeol parecia pequeno agora. Peguei a carta da sua mão, dei uma olhada no envelope e em seu conteúdo. — Por acaso isso é uma carta de amor?

— Sim, eu a escrevi ontem quando decidi que iria me confessar. Você ficava tão feliz quando lia...

— Isso é alguma brincadeira, por acaso? — o cortei e olhei para o lado encontrando Peniel. — Por acaso, você programou essa ceninha?

— Não, sozinho amigo. — voltei a olhar para Chanyeol fechando o envelope e em seguida o rasgando.

— Não acredito que teve a coragem de confessar estar apaixonado por mim se eu nunca dei atenção para você, nerd. Como você acha que tem a capacidade de vir falar comigo assim? De achar que tem alguma chance, com Byun Baekhyun? — joguei o envelope rasgado no chão, tinha partido exatamente na metade. — Um nerd bobão, freakie*, provavelmente, deve ser lunático, por achar que algum dia eu iria simplesmente te abraçar e agradecer pela linda confissão na frente de todos. — o som das risadas dos outros alunos começaram a ecoar pelo pátio. — Nem para ser bonito...

— Mas eu estou sendo sincero sobre o que eu sinto, independente de aparência... São os sentimentos que importam, não? — ele falou fungando, estava segurando as lágrimas, querendo continuar com uma postura forte, mas eu via o quanto ele estava maleável. Câmeras estão apontadas para nós.

— Você acha que eu ficaria com alguém como você? Eu sou Byun Baekhyun. Eu não fico com pouca coisa e nem com um zé ninguém. Meu sobrenome me deixa fazer tudo e um pouco mais, não me contentaria com tão pouco. — vi os olhos de Chanyeol lacrimejarem em uma decepção pelas minhas falas, ele não me conhecia, pois se me conhecesse não iria nem ter peito para falar aquilo comigo. — quando ia me virar para ir embora, piso no envelope. — De uma forma educada, não posso aceitar seus sentimentos.

Depois que comecei a andar para longe, vi Chanyeol cair ajoelhando, completamente derrotado. Senti um pouco de pena, mas precisava fazê-lo enxergar seu lugar. Infelizmente as coisas são assim e uma pessoa como eu nunca fica com pessoas como você, Park Chanyeol. A aparência é mantida desse jeito e eu preciso dela.

2018

⇠⇠⇠

Continuo olhando para os bilhetes e lendo as mensagens em voz baixa, sentindo meus olhos arderem pelo choro e meu peito soluçar. Eu conseguia visualizar o quão fui injusto com os sentimentos de uma pessoa, até hoje eu não sei o que é uma verdadeira paixão, conheci apenas um pseudo amor que foi tão falso que quebrou. Comecei a guardar os papéis no anuário encontrando minha foto sorridente, tudo parecia estar perfeito, mal eu sabia que minha vida iria começar a mudar dali um mês.

— Eu esqueci uns documentos que tenho que analisar de hoje para aman... — escutei a voz de Chanyeol que tinha aberto a porta. Limpei minhas lágrimas rapidamente e desviei meu olhar para que ele não visse os meus olhos vermelhos para achar que fumei alguma coisa, porque como ele disse, o Baekhyun que ele conhece nunca chora. — O que é isso na sua mão, Baekhyun?

— Nada... Estou limpando, nunca vi tanto pó na minha vida... — peguei o espanador e comecei a batê-lo contra minha mão espalhando todo o pó que tinha acumulado ali. — Estou até com alergia, deveria limpar aqui mais...

— É o anuário de 2012... — ele comentou e eu não podia mais esconder, por estar de costas, apenas escutei sua voz movida por frustração. Ele deve odiar o fato de que eu peguei isso.

— É verdade? — eu tinha que confirmar. — Você era o meu admirador secreto? E não Suho? Cada um daqueles bilhetes, cada uma daquelas frases foram para mim, Chanyeol? — o olhei profundamente com meus olhos marejados abrindo o livro e tirando as folhas roxas de lá. — Eu quero mesmo não me sentir horrível por ter pisado nos seus sentimentos aquele dia. Eu pensei que o Suho tinha me mandado, essas mensagens tão sinceras e fofas, essa foi uma das grandes causas que aceitei ele namorar comigo... Então todo esse tempo tinha sido você? — ele não me respondia, mas eu conseguia enxergar a culpa branda que ocupava seus olhos um pouco arregalados.

— Isso não muda agora, eu era um adolescente com a ideia na cabeça que alguém poderia gostar de mim pela minha sinceridade, pelos meus sentimentos verdadeiros, mas agora... — ele veio até mim tirando o livro da minha mão, fechando com força. — Nada muda que descubra isso, pois meus sentimentos por você estão completamente resolvidos. — ele colocou na prateleira mais alta sem nenhum esforço. — Por acaso começou a desenvolver sentimentos por mim, Byun? Por que eu finalmente estou com a aparência que deseja?

— Não! Não pense assim! — falei limpando mais uma vez meus olhos para acabar de uma vez por todas as lágrimas. — Eu estou me sentindo mal por reviver o momento que eu te tratei daquele jeito quando se confessou para mim. Eu estava ruim por não perceber que era única pessoa que não ligava para quem eu era, o que eu fazia. Que queria conhecer um lado meu que nem mesmo eu sei se conheço... — cocei meu pescoço achando que ele deve estar pensando ter encontrando um louco, doido de pedra, por falar essas coisas aleatórias.

— Isso é verdade... Eu acho que naquela época eu criei expectativa sobre um Baekhyun legal de uma vez que te vi longe de todo mundo, não querendo provar para ninguém que você era perfeito. — ele foi até sua mesa pegando uma pasta de arquivos. — Não fazendo seu joguinho de popularidade ridículo, longe de ter que ser mal o tempo todo para as pessoas estarem na sua. — aquilo era verdade, por mais chateado que pudesse ficar ao admitir, era a mais pura verdade, nua e crua. — Naquela época, eu queria conhecer um Baekhyun que não dava o que os descolados queriam, que pelo menos uma vez, fizesse o que realmente queria fazer. Tenho certeza que a maioria dos sorrisos que abria no colégio não era por estar feliz de verdade...

— Eu... Eu... — suguei meus lábios para dentro da boca sem saber o que responder. No fundo do meu coraçãozinho eu sabia que o que ele dizia era verdade, mas eu não queria admitir que eu fui um alguém que viveu para os outros. Viu!? Acabou de admitir, sua anta! Momentos que eu não me sentia confortável, mas simplesmente abria um sorriso fingindo estar confortável para deixar os outros alegres em minha festa. Quantas vezes já tinha feito isso? Mil quem sabe? — Desculpe-me, Chanyeol... Eu... — Baekhyun você tem que se desculpar, mas não em um momento funrreca como esse... — Na minha programação, eu estou querendo que os funcionários possam ver os fogos de artifício e eu queria conversar com você nesse tempo. Poderia fazer isso?

— Espero que seja no intervalo de todos, pois não podemos perder minutos sequer de filmagens. — Chanyeol comentou já indo em direção a porta. — Mas posso te acompanhar em uma conversa sim. Claro, se ela for interessante de ser escutada. — vi um pequeno sorriso na lateral dos seus lábios e aceitei aquilo como um sim! Eu iria preparar o discurso de desculpas perfeito! Com direito a balões escrito sorry, tenho certeza que ele vai me perdoar em um piscar de olhos, ou assim espero com toda a fé que tenho no bom Deus!

⇠⇠⇠

No dia seguinte, fomos avisados que teríamos que apresentar oralmente os nossos planejamentos para Chanyeol e uma equipe e a tarde eles nos dariam a resposta de qual tinha ganhado para ser usado na filmagem da propaganda. Ficamos ensaiando pela parte da manhã, eu dei meus toques finais e fiz uma rápida apresentação online para deixar tudo esclarecido. Cada hora iria na sala de reuniões ser julgado e depois de todas, Chanyeol daria a palavra final.

O que Chanyeol tinha falado comigo no dia anterior tinha me feito ficar com insônia, me fazendo relembrar vários momentos que estava do jeito que ele descreveu. Eu também fiquei impressionado como ele sabia isso de mim sem nem mesmo conversar comigo... Eu fiquei com uma pulga atrás da orelha e como Kyungsoo dorme feito uma pedra, eu fiquei sozinho querendo desabafar com alguém, então eu só consegui roer as unhas de nervoso por ficar pensando como eu deveria pedir desculpas para ele...

Eu estava com duas missões:

1-Pensar em um puta pedido de desculpas;

2-Terminar de lembrar tudo o que eu fiz com Chanyeol na noite em que bebi.

Bom que já faço um pedido de desculpas tudo de uma vez, um pedido para mil cagadas! Sou um gênio.

Sentado na mesa de reunião, Tim já tinha se apresentado esquecendo alguns pequeníssimos detalhes recordados por Chanyeol e logo comecei a pensar que meu planejamento devia estar bem cu se o critério de exigência do Chanyeol continuasse elevado assim. Helen começou a falar e ficou falando, falando, falando e falando... O planejamento dela estava bom, mas sairia bem caro para o orçamento que estava pré programado para gastarmos.

— Obrigado, Helen. — Chanyeol fechou uma pasta e abriu outra. — Sua vez, Baekhyun.

Levantei vendo um olhar convencido de Helen que ela já tinha vencido... Coitada.

— Boa tarde senhores. — cumprimentei todos e entreguei um resumo da minha programação na mão de cada um dos homens e ao entregar de Chanyeol abri um sorriso para que ele reconhecesse minha eficiência em fazer o que ninguém tinha feito. — Apesar de minha programação ser simples, eu pensei no processo mais prático e direto para termos um maior aproveitamento da luz solar na filmagem. O pensamento que estava tendo enquanto realizava o planejamento foi trazer um bem estar para quem vai estar trabalhando no local, pois uma equipe bem disposta trabalha muito mais que uma cansada.

" Pensei desde a entrada até a saída. Contratei uma vã para levar a equipe necessária para as filmagens por um preço acessível e que não tira nem metade do orçamento. Além de conseguir que um restaurante de frango frito entregue em Coney Island, consegui um bom preço para pagar a comida favorita da equipe. Para aqueles que são vegetarianos pedi a entrega de outro lugar, todos dispostos a entregar o número exato de marmitas para todos da equipe. Encontrei um local que servirá como camarim para os modelos e já aluguei para sexta feira, deixando sábado em aberto para caso aconteça algum imprevisto. E por último para não perdermos viagem, pensei que poderíamos observar a explosão de fogos de artifício no céu dessa maravilhosa praia. Qualquer dúvida estou a disposição e maiores detalhes sobre locais, deixei nessa folha de rascunho, como endereço, telefone e os gastos. Obrigado pela atenção."

Eu arrasei! Posso até chorar de emoção, minha mão está suando para cassete? Está, mas só sei que quebrei tudo e pela sobrancelha arqueada de Park Chanyeol, eu finalmente tinha feito alguma coisa certa... Essa sobrancelha arqueada... me lembrou...

Eu andava por um lugar bonito.... Cheio de quadros... Eu ficava olhando de perto, querendo tocar, mas sempre tem uma mão me impedindo de tocar nos vasos e obras de arte... Depois de estar observando uma peça, eu canso de ter uma mão me puxando e seguro aquela mão, entrelaçando meus dedos aos dela e arrastando aquela pessoa até um lugar.

Um ambiente aberto ao lado.

Com sofás e poltronas e uma mesa de mármore no centro.

Eu joguei essa pessoa no sofá, que agora estava claro que seria Park Chanyeol e montei em cima dele... E foi nesse instante que essa demônia de sobrancelha arqueada chegou para me causar o pânico.

Chanyeol com mão na minha cintura.

Eu tirei e as prendi em cima da sua cabeça e mais uma vez fui me aproximando de seus lábios e...

Apaguei no seu peito.

— EU LEMBREI, Por...! — gritei erguendo a mão para os céus e recebendo olhares estranhos dos homens e mulheres que estavam ali. — Desculpe-me, eu lembrei que deixei a janela do meu apartamento aberta e estou com medo que chova...

— Podem esperar em suas mesas que vamos discutir alguns pontos aqui e tomaremos a decisão em poucos minutos. — Chanyeol falou passeando o olhar até mim. Nós saímos e ficamos ansiosos para receber a resposta. Qualquer hora minha unha iria ficar só o sabugo, minha vida desde que encontrei novamente com Chanyeol só me causavam nervosismo, ansiedade e pânico.

Mais fatos para serem acrescentados na lista:

1-Tentei beijar Chanyeol;

2-Vomitei no smoking dele e no de Jerry;

3-Dancei coladinho com meu chefe;

4-Acordei na casa dele;

5-Cheirei o pescoço dele que nem um cachorro;

6-Montei no colo dele;

7-Tentei beijá-lo de novo;

Por que minha boca parecendo imã para ficar sendo atraída pelos lábios do Park Chanyeol? Meu corpo parece que tem detector para problema e quando ele apita, que ele quer mesmo ir naquela direção. Isso nunca aconteceria, não poderia acontecer e eu não queria... Pronto, acabado, ponto final, finalizou, concluiu, desfecho, terminou.

EU ESTAVA SOB EFEITO DE ÁLCOOL, NUNCA ESSA BOQUINHA PEQUENINA E PERFEITINHA AQUI QUIS ENCONTRAR COM A DO CHEFE!

— Tomei uma decisão depois de escutar todas as opiniões. — Chanyeol apareceu no lugar onde ficavam nossas mesas. — Byun Baekhyun seu planejamento foi o mais bem aceito por toda a equipe, irei conversar sobre pequenas mudanças no meu escritório, por favor, me acompanhe. — fechei minha mão e fiz um yes ao lado da minha cintura, comemorando internamente a alegria de ter divado e finalmente ter sido reconhecido por alguma coisa certa. — Vocês dois, fizeram bons planejamentos, mas encontramos falhas que precisaram ser corrigidas, não sendo muito adequados ao que estamos procurando.

— Com todo respeito, mas o meu estava impecável, senhor. — Helen prontamente virou seu rosto para mim e eu mostrei a língua. É infantil? É, mas bem que essa competição que estamos tendo é, então estou quite com a criança interior. — Frango frito para a equipe? Isso não parece profissional quanto minhas marmitas orgânicas.

— Seu orçamento estourou, Helen. E, Baekhyun fez uma pesquisa sobre a preferência de todos os contratados e todos pareceram muito satisfeitos com sua decisão. — toma trouxa! Quando Chanyeol falou isso soou extremamente interessante esse jeito de defesa, tomando partido de mim... Quem me viu, quem me vê... — Vocês vão ficar responsáveis pela recepção e receberão uma cópia do planejamento feito por Baekhyun para estarem a par de como vai ser o programa de sexta. Vamos, Baekhyun.

Quando entrei no escritório, vi Chanyeol fechando a porta e eu comecei a estranhar e dar alguns passos para trás quando o vi fechando as persianas pretas que vedavam a parede de vidro do seu escritório. O vi abrindo o botão do seu paletó e um botão da sua camisa social. Pegou um controle e apontou para o ar condicionado, estava mesmo calor aqui.

— Você então lembrou de tudo, Baekhyun? — bendita voz grave e rouca de Park. Ele andava em minha direção passando a língua no canto dos lábios e esfregando lentamente uma mão na outra. — Desde sua segunda tentativa de me beijar até você ter montado em mim? — falar isso em voz alta não é legal, Park! Me faz sentir um desesperado!

— O que o álcool pode causar na cabeça das pessoas, né? — falei andando para trás até sentir a cadeira atrás de mim. — Estou preparando um excelente pedido de desculpa para você, não se preocupe! Vou desculpar de uma vez por todas por tudo o que fiz, você vai ver! Planejar o melhor pedido de desculpas. — mordi um pouco a pele do lado da minha unha no polegar. Próximo demais! Senhor, estabeleça uma distância entre Park Chanyeol e eu... Não tenho autocontrole dos meus hormônios. Eles tem suas próprias opiniões sobre um homem de aproximadamente 1,87 com um corpo que parece ser delicioso embaixo desse tanto de roupa, um sorriso sacana no rosto e essa bendita língua no lábio. — Por que está ficando tão perto?

— Por mais que peça desculpas, as consequências do que fez naquela noite não sumirão. — ele fez um não com o dedo indicador. — Nunca se deixa uma pessoa excitada e depois simplesmente dorme em seu peito... — meus olhos arregalaram de um jeito que achei que meu globo ocular poderia saltar para fora. Bati no meu ouvido algumas vezes para saber se eu tinha escutado direito... — Você acha isso certo?

— Acho que não escutei muito bem... Mas seja o que for, você está certo... Só afasta um pouquinho, porque está difícil de respirar aqui... — estávamos separados por um palmo. — Vamos voltar a falar do cronogr...

— Não acha que deveria sofrer um pouquinho, Baekhyun? — de repente, a temperatura no escritório dispara. Ar condicionado de merda, facilita minha vida para eu não suar. Sinto Chanyeol segurar meu pulso do meu braço baixo e puxá-lo para cima, deixando minha mão ao lado do meu rosto.

Estou sentindo uma tensão ali, uma faísca que meu corpo está liberando e eu estou me sentindo bem e ao mesmo tempo mal. Vai entender. Ah, Senhor, porque o cheiro desse homem impregna nas minhas narinas desse jeito? Perfume amadeirado, meu preferido. Ele me reposicionou e eu continuei andando para trás até sentir um peso me bloquear e eu cair em cima do sofá.

— Por que... que... que... que. — gagueja mesmo Baekhyun, assim não mostra poder com sua voz.

— Então quer mesmo dizer que você ter tentado me beijar foi por que estava bêbado? — vi Chanyeol levantando a perna e pousando seu joelho com ela dobrada do lado da minha cintura. — Então esse olhar descendo e subindo pelo meu corpo não significa nada? — não, claro que não! É só meu imaginário fértil adolescente da 'mão do alívio' tomando conta dos meus pensamentos agora... Imaginando que existe um senhor corpão embaixo dessa roupa formal. Peito duro, belos braços, barriga definida. — E essa boca aberta é simplesmente surpresa de eu estar tão perto de você, mesmo que eu supostamente te odeie?

— Estamos indo pelo caminho errado aqui... — coloquei minhas mãos na minha frente e logo vi meus pulsos sendo segurados em cima da minha cabeça. Tô fudidoooooo, meu corpo não está reagindo do jeito que deveria.

Ele deveria estar chutando o saco do chefe e saindo correndo gritando assédio. Mas não, ele estava gostando bastante. Meu estômago está retorcendo, minha pele está quente, meu coração acelerado como se eu tivesse corrido quilômetros e meu cérebro deu um bug por conta da confusão de hormônios.

A pior parte é que, apesar de todo protesto interior, estou seriamente em condição de pedir para experimentar o sabor desses lábios aqui que me encaram e estão esticados em um sorriso.

Instintivamente eu fecho meus olhos e minha boca forma um biquinho...

— Baekhyun! — abri meus olhos rapidamente e encontro um Chanyeol estalando o dedo bem em frente ao meu rosto. — Está distraído a ponto de não me responder por um bom par de minutos. Que biquinho era esse? Por acaso tentando ter sua terceira tentativa de me beijar? — peraí, o que tinha acabado de acontecer aqui? Nada disso tinha acontecido? Eu simplesmente fantasiei com ele, bem aleatoriamente? — Está tentando reviver a cena daquela noite na sua imaginação, Baekhyun?

— Estava pensando em filhotinhos muito fofinhos de cachorro. Quero beijar todos na ponta do focinho. — boa saída! Cachorros são a resposta para tudo. — Vamos continuar com o cronograma. — balancei minha camisa social para tentar fazer o calor dissipar um pouco.

— Tem certeza que deseja continuar com o cronograma? — eu deveria estar fantasiando de novo... Pisquei várias vezes e me belisquei. Ele abaixou um pouco e falou no meu ouvido. — Você precisa fazer muito mais do que fazer um biquinho para eu ter vontade de te beijar, Byun Baekhyun. — ele depois saiu tirando o cronograma que tinha das minhas mãos. — Vamos continuar falando da programação.

Eu me rendo, Deus pai todo poderoso.... Eu posso me entregar a loucura totalmente, porque já não estou sabendo separá-la da realidade. Eu estou escutando falas aleatórias carregadas de uma tensão sexual que não deveria existir, principalmente, vinda de mim ou de Chanyeol. Está tudo errado e eu estou acreditando que estou ficando louco sem nenhuma dificuldade.

O que ele tinha acabado de falar? Eu preciso fazer muito mais do que um biquinho para que ele queira me beijar.... Então ele não descarta a ideia de me beijar?

Ai! Para de pensar nessas coisas, Baekhyun. Seu cérebro vai dar perda total se ficar querendo criar teorias da conspiração.

— Certo! Vamos focar no cronograma. — como se aquilo fosse fácil.

⇠⇠⇠

Todos que participariam do processo de filmagem já esperavam a van na entrada do prédio. Todos iriam nesse veículo, menos Chanyeol que iria no carro na frente. Entrando, fomos conversando baixo com quem nos acompanhou no banco e eu comecei a conversar com Tim, que era uma pessoa agradável e comunicativa e pude passar um bom tempo até chegar em Coney Island.

Os funcionários começaram a tomar suas posições e minha primeira responsabilidade era estar ao lado do Chanyeol para conversar com o diretor. E ao me aproximar do meu chefe que já conversava com o homem de cabelos grisalhos nem tive tempo de apreciar a vista, pois encontrei um Suho também olhando na minha direção e ao me aproximar já o escutei dizer:

— Olá de novo, Byun Baekhyun.

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