Era a primeira vez que passavam mais do que algumas horas separados desde que Sam voltara da Patagônia. Como Caitriona não podia viajar de avião e a promoção da quarta temporada já tinha começado, Sam fora sozinho para os EUA. Claro que os fãs estavam estranhando, e nas redes sociais tinham milhares de teorias para o fato de Sam estar promovendo a série praticamente sozinho, ainda mais depois do anúncio do noivado. Sophie, Richard, John, Lauren e César estavam o acompanhando, mas isso não diminuía os rumores. Tudo que ela poderia fazer sem colocar o bebê em risco, faria, mesmo que isso significasse viagens de cinco horas a Londres ou convidar o repórter em questão para entrevistá-la nos sets de gravações.
Foram sete dias separados. Além das entrevistas, Sam também tinha várias coisas do MPC para resolver em Los Angeles, e por isso a viagem acabara se estendendo mais do que gostariam.
Quando Cait o levou até o aeroporto, ele saiu do carro dando milhares de recomendações, ligava via facetime todos os dias e exigia que ela lhe mostrasse a barriga. Ela apenas revirava os olhos para ele. Era um pai bobão mesmo.
Enquanto ele estava fora, Cait aproveitou para resolver tudo que podia sobre a construção da casa e o casamento, que aconteceria na semana seguinte. Era um tanto quanto apressado, mas seria uma cerimônia pequena e ela queria que acontecesse antes de o inverno chegar. A construção, por sua vez, ia de vento em popa. Eles esperavam se mudar antes do Natal, uma vez que o bebê era esperado para o meio de janeiro.
Ela o esperava dentro do carro, estacionado na frente de uma das saídas do aeroporto, quando o viu. Sam tinha aquele sorriso de tirar o fôlego, os olhos azuis brilhando de felicidade, ansioso para vê-la. Entrou no carro e sentou-se no banco do passageiro, jogando a pequena mala para o banco de trás, enquanto se esticava em direção à ela. Nenhuma palavra era necessária, quando seu olhar já dizia tudo. Ele sentira saudades dela da mesma forma que ela sentira dele.
Ele envolveu-a num abraço forte, puxando-a para si, colando sua boca na dela, abrindo seus lábios com o toque de sua língua, num beijo quente, urgente, faminto. Mas o resto de seu corpo reagia de forma totalmente diferente: ele a abraçava com cuidado, como se pudesse se quebrar, a mão direita apalpando a barriga saliente e rígida, como se quisesse ter certeza de que o bebê ainda estava ali.
Foram para casa conversando amenidades, enquanto Cait dirigia. Sam sempre ficava nervoso com ela ao volante, considerando seu histórico de ser péssima motorista, mas ela era razoavelmente cuidadosa e tinha mudado muito desde que descobrira a gravidez, andando mais devagar e ficando mais atenta ao trânsito.
– Você perdeu o ultrassom de 20 semanas – ela comentou, enquanto entravam no apartamento, soltando as chaves do carro sobre o aparador na entrada, junto com a pequena bolsa de couro que carregava. Cada dia mais ela usava vestidos rodados, que ajudavam a esconder a barriga sem levantar suspeitas.
– Eu sei. Queria tanto ver o bebê – ele fez beicinho, seguindo-a para dentro – Alguma novidade?
– Temos mãozinhas, e pézinhos e.. você não vai acreditar – ela disse, sorrindo, enquanto apoiava uma das mãos nas costas, distraidamente, fazendo com que a barriga ficasse mais evidente – mas ele é muito inquieto, Sam! Fica mexendo as mãozinhas, colocando o dedo na boca... é lindo demais.
Ele apenas parou no meio do corredor, observando-a boquiaberto. Sam não conseguia acreditar que ela estivesse tão diferente em apenas uma semana. Parecia que ela tinha um brilho diferente nos olhos, um sorriso mais aberto. E a barriga! Como tinha crescido nos últimos dias.
– Porque tá me olhando assim? – ela perguntou, curiosa. Tinha colocado uma chaleira de água esquentar para um chá, pois a médica tinha pedido para diminuir o consumo de café, seu vício.
– Eu estou – ele começou, escolhendo as palavras com cuidado – completamente apaixonado por você, Caitriona Balfe, e mal posso esperar para poder te chamar de esposa na semana que vem – e também estava ardendo de desejo! Como gostaria de possuí-la ali mesmo, deitá-la no chão, e fazê-la queimar com o mesmo fogo que o queimava. Mas não podia. Não colocaria o bebê em risco por algo tão ínfimo quanto o desejo.
Ele sentou-se em uma das cadeiras da mesa de jantar, tentando se acalmar, se distrair, pensar em qualquer coisa que não fosse o que estava pensando naquele momento. Claro que ele já estava duro! Nem se lembrava quando tinha sido a última vez em que fizeram amor, e por mais que temesse pelo bebê, ele a desejava muito e cada dia mais, conforme o corpo dela se transformava para carregar seu filho, adquirindo novas curvas e formas.
Caitriona aproximou-se silenciosamente por trás e pôs-se a massagear seus ombros daquele jeito que só ela sabia fazer. Ele estava cansado, tenso da viagem, mas também estava tomado pelo desejo, e seu toque só fazia piorar.
– Sam – ela abaixou-se, falando bem perto da orelha, sua respiração fazendo com que todos os pelos do corpo dele se eriçassem em resposta. Como se precisasse de mais algum incentivo, ela deu-lhe um beijo na nuca, quente e molhado.
– Caitriona – ele falou num sussurro, tentando se controlar – O que está fazendo?
– Tentando dar um pouco de atenção para meu futuro marido – ela sussurrou em seu ouvido, ele gemeu em resposta, enquanto ela mordiscava a ponta de sua orelha.
Ela enterrou uma das mãos em seus cabelos, puxando sua cabeça para trás com força, beijando-lhe o pescoço. Ele apenas ofegou. Cait deu a volta na mesa, parando em frente a ele, que tinha os braços cruzados, tentando conter qualquer impulso de tomá-la como desejava.
– Cait, pare de brincar comigo – Sam falou, enquanto ela se sentava no colo dele, uma perna de cada lado, um sorriso muito zombeteiro em seu rosto.
– Eu senti saudades – ela disse, passando um braço por trás da cabeça dele e colando os lábios nos dele em seguida. Em uma fração de segundos ele perdeu o controle, segurando-a pela cintura, enquanto entregava-se naquele beijo quente.
– Não podemos – ele protestou, mal conseguindo se manter longe dela tempo o suficiente para falar – Cait, o bebê...
– Shiiii – ela fez, silenciando-o com o dedo indicador sobre os lábios – Podemos sim.
Ele esticou o braço esquerdo, colocando a mão sobre o peito dela e empurrando-a meio centímetro para trás, colocando entre eles apenas espaço o suficiente para que ela pudesse ver seu rosto com clareza. Ele tinha uma das sobrancelhas levantadas em questionamento.
– Como assim? – ele finalmente perguntou.
– Surpresa! – ela disse, sorrindo e esticando-se para dar um selinho – A médica disse que estou liberada.
– O que você quer dizer com "estou liberada"?
– Acho que estou sendo muito clara aqui, Sam – ela disse, pegando uma das mãos dele e levando para dentro do vestido, até que a encontrasse molhada.
– Você tem certeza? – se antes disso já estava queimando, agora só conseguia imaginar como a faria sentir prazer naquela noite. Foram meses sem sexo. Meses. E finalmente poderia tê-la. Mas tinha medo. Medo de prejudicar o bebê, ou machucá-la de alguma forma.
– Eu confio na Dra. Carina, Sam, e se ela disse que está tudo bem, então está tudo bem – Caitriona falou, de forma prática. Ainda haviam os 20% de risco, mas sexo não faria diferença alguma, segundo a médica, nessa altura do campeonato.
– Então... – Sam pareceu ponderar por um momento. Já tinha imaginado os inúmeros cenários que poderiam se desenrolar. Pensou em fazer ali mesmo, no chão da sala, ou sobre o balcão da cozinha, talvez contra uma parede qualquer, ou no sofá... mas não!
Ele virou-a em seu colo, sentando-a de lado, de forma que pudesse passar um dos braços sobre suas pernas, o outro apoiando sua coluna enquanto se levantava, carregando-a até o quarto, sob protestos.
– Porque é que que você está me carregando, Sam Heughan? – ela disse, quando ele entrou no quarto, esticando a mão para alcançar o interruptor e acender a luz – Não, deixa apagado – ela pediu.
– Estou treinando para o casamento – ele disse, sorrindo. Deu de ombros, deixando a luz apagada como ela pedira. Depositou-a com muito cuidado sobre a cama. Estava escuro no quarto, e com a pouca iluminação proveniente das janelas, podia ver apenas sua silhueta contra os lençóis brancos da cama que dividiam.
Ele tirou a camiseta de forma apressada, largando-a no chão, junto ao montinho que se formara aos seus pés quando tirou as calças. Caitriona continuava deitada, apenas observando. Ele conseguia ver que ela sorria, mas não muito mais do que isso, enquanto seus olhos se acostumavam com a escuridão do quarto. Deu a volta na cama, indo por trás dela. Abriu o zíper do vestido de forma ágil, retirando-o facilmente enquanto se ajoelhava na cama, observando os contornos de seu corpo nu. Os seios estavam definitivamente maiores, os mamilos duros, a barriga tomando forma.
Ele depositou um beijo molhado ao lado de seu umbigo, e foi descendo, beijando todo o caminho, e quando finalmente alcançou-a, beijando e mordendo, estimulando-a com a língua enquanto agarrava um de seus seios, só podia ouvir seus gemidos, ecoando pelo cômodo. Ele puxou-a, ajudando-a a colocar-se de quatro, bem na ponta da cama. A altura era perfeita. Introduziu seu membro duro usando apenas os instintos para encontrar o encaixe. Ela gemeu em resposta.
– Oh Sam – ele conseguiu identificar seu nome em meio às coisas sem nexo que ela murmurava enquanto ele a penetrava, concentrado apenas nos movimentos de vai-vem, num ritmo constante.
Com uma das mãos agarrando firmemente seu quadril, Sam usou a outra para alcançar seu clitóris, massageando-o enquanto a possuía. Eventualmente os gemidos se tornaram gritos, seguido pelo silêncio que acompanhava o orgasmo, quando nenhum ruído poderia fazer jus ao que estavam sentindo, como se perdessem o controle de seus corpos.
Ela finalmente deitou-se de lado, puxando-o para a cama. Sam esticou o braço para que ela pudesse se aninhar em seu peito, um sorriso de satisfação em seu rosto.
– Eu senti sua falta – ela disse, traçando círculos em seu peito, enquanto se entregava aos braços de morfeu, levando Sam consigo, para seus sonhos.