Casamento Arranjado [Completo]

By MM_Autora

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Ela sempre sonhou em casar por amor, mas ao descobrir que foi prometida em casamento para unificar os negócio... More

Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36 (BÔNUS)
Capítulo 37
Capítulo 38 (BÔNUS)
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59 (Bônus)
Capítulo 60 (Bônus)
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77 (Bônus)
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80 (Bônus)
Epílogo
Playlist

Capítulo 68

22.2K 2.1K 250
By MM_Autora

  Não posso dizer que o velório de Ferdinando Seymour não foi triste. Porque foi.
  O homem era realmente um cretino, mas não merecia morrer apunhalado pelas costas. O outro motivo é bem óbvio, Fera já havia me alertado sobre isso. Ferdinando era realmente odiado.
  Seu velório foi o mais triste ao qual eu já compareci. Ninguém foi capaz de ir prestar suas solidariedades a família, muito menos se despedir do homem.
  O velório de Ferdinando Seymour contava apenas com a presença de Ian, Dorian, Pietra, Virgínia, eu e o padre. Até os empregados da mansão se recusaram a comparecer.
  Além disso, foi triste ver que tanto Dorian quanto Ian, estavam sofrendo, mas eles não conseguiam exteriorizar isso. Estavam sofrendo em silêncio.
  Dentre todos ali presentes, apenas Virgínia chorava e lamentava a morte do marido. Era terrível ver uma pessoa sofrendo a morte de seu único amor.
  O clima na mansão Seymour era de tristeza e silêncio, apesar de ninguém ter tocado no assunto novamente, sei o que todos estão pensando. Porque eu mesma não consigo pensar em outra coisa.
  Vagando pela mansão, resolvi ir para a biblioteca. Faz algum tempo que eu não vou até lá.
  Para a minha surpresa, Dorian estava lá.
  Ele não me ouviu chegar, estava debruçado na lareira observando o fogo consumir algum pedaço de papel. Em sua mão esquerda havia um copo de uísque pela metade e sua roupa estava amassada.
- Dorian! -chamei.
  Ele se virou abruptamente e limpou o rosto. Não pude ter certeza, mas acho que eram lágrimas.
- Helena!
  Dorian se sentou em um dos sofás e eu no outro, fiquei olhando para ele. Agora ele é meu noivo, é ele quem eu preciso consolar, é dele que eu preciso cuidar e proteger. Pode não parecer, mas Dorian é extremamente sensível.
- como está se sentindo? -perguntei.
  Ele me encarou por alguns segundos antes de falar:
- bem. Eu acho!
  Ele estava sério, parecia não querer companhia.
- olha, eu só quero saber como você está a respeito de tudo isso...- falei me referindo a morte de seu pai.
- eu não sei. Não consigo sofrer com isso, mas ao mesmo tempo me sinto culpado por não estar sofrendo! - disse ele franzindo a testa.
  Eu me levantei e peguei o copo de uísque de sua mão e bebi em um gole só. Precisava de coragem.
  Ele sorriu sem vontade de minha atitude.
- onde estava naquela noite?-perguntei diretamente.
   Eu precisava saber a resposta.
- como é? -perguntou ele confuso.
- onde estava na noite da morte de seu pai?
- eu estava na...
- não minta pra mim Dorian. Sei que não estava na taverna. Onde você estava?
- está me acusando de matar meu próprio pai?-perguntou ele indignado.
- não foi isso que eu disse. Só quero saber onde estava...
- droga Helena! Meu pai era um cretino, mas era meu pai! Eu nunca faria isso!-disse ele com raiva.
  Ele parecia sincero, mas...
- onde estava?- insisti.
- como sabe que eu não estava lá? -perguntou ele.
- tenho minhas fontes. Onde estava Dorian? -perguntei séria.
- você não vai gostar da resposta! -disse ele abaixando a cabeça.
- fale de uma vez!- falei irritada.
- eu estava no celeiro! -disse ele sem graça.
- no celeiro? -perguntei incrédula.
- sim, no celeiro! -confirmou ele.
- como assim? Dorian, se estiver mentindo pra mim...
- não estou. O celeiro tem uma cama de feno bem confortável se você não quiser ser visto com as empregadas pelos corredores...
- DORIAN SEYMOUR! -briguei indignada.
- eu avisei que você não ia gostar! -disse ele sorrindo.
  Revirei os olhos e comecei a sair da biblioteca quando ele gritou:
- ESPERA!
  Me virei para olhar pra ele.
  Ele veio até mim e falou:
- me perdoa!
- pelo que?-perguntei confusa.
- por ter criado toda essa confusão. Desculpe ter te beijado naquela noite sem sua permissão. Eu sei que estraguei tudo entre nós! - disse ele esfregando a mão nos olhos.
- não tem que me pedir desculpas.
- tenho sim. Eu fui um imbecil e estava bêbado. Mas Helena, eu nunca escondi o que sentia por você. Só que você nunca deu importância a esse sentimento. - disse ele sorrindo.
- sinto muito Dorian, mas eu sempre tive você como um amigo. Não imaginei que tudo que você dizia fosse real, pensei que você estivesse brincando comigo!
- esse é o problema. As pessoas sempre acham que eu não tenho sentimentos. - disse ele.
- não foi isso que eu disse!-falei.
- mas foi isso que eu entendi!-respondeu ele.
- Dorian...-falei acariciando seu rosto.
  Dorian fechou os olhos e suspirou, depois pegou minha mão que estava em seu rosto e a beijou suavemente.
- não me dê esperanças e depois as tire de mim Helena! -disse ele.
- não vou!-sussurrei.
  Eu me aproximei mais dele, até ficarmos colados um ao outro.
- Helena, o que está fazendo? -perguntou ele confuso.
- somos noivos agora Dorian. Estou te dando uma chance... -sussurrei.
  A respiração de Dorian acelerou e suas mãos seguraram minha cintura delicadamente.
- tem certeza disso?-perguntou ele.
  Não respondi com palavras, apenas lhe beijei.
  Esse beijo foi diferente do primeiro. Ao contrário daquele, esse eu queria e estava preparada para isso.
  O corpo de Dorian era quente, assim como os seus lábios. Seu beijo tem sabor de uísque, mas não é ruim. É um beijo voraz, faminto e insaciável. Suas mãos percorriam meu corpo e minhas mãos estavam em torno de seus ombros, enlaçadas uma a outra atrás de sua cabeça.
  Nos separamos e vi uma brilho no olhar de Dorian.
- Se eu souber que anda se agarrando com qualquer uma por aí...- ameacei.
- eu sou todo seu Helena. Sempre fui!-disse ele.
  Deixei a sala me sentindo um pouco menos culpada em relação à Dorian, mas mesmo assim, não estou completamente feliz com essa situação.
  No fundo, eu gostaria que Dorian estivesse mentindo sobre onde estava na noite da morte de seu pai, mas sei que ele está dizendo a verdade. E essa certeza, faz com que eu duvide de Ian, que mentiu e não sei o motivo.
  Eu estava distraída no corredor e não percebi Ian vindo em minha direção até eu esbarrar nele.
- era você mesmo quem eu estava procurando! -falei.
- já me encontrou. - disse ele desanimado.
- é, encontrei!
- Helena, eu queria...
- não fale agora. Eu preciso saber o por que você mentiu!
- do que você tá falando? -perguntou ele sério.
- por que disse que estava comigo na noite da morte de seu pai?-perguntei séria.
- pra te proteger! -disse ele com um suspiro.
- não preciso de sua proteção! -respondi.
- ah não? Você daria conta das acusações de Pietra?-perguntou ele irritado.
- sim. Sempre dei conta dela!-respondi.
- não pareceu se importar com a mentira na hora. Por que?
- para te proteger! -respondi.
  Ele ficou em silêncio. Estava surpreso de mais com minha resposta.
- onde estava naquela noite? -perguntei séria.
- na biblioteca, estudando amostras de vinho que eu trouxe da França.
  Ficamos em silêncio, nos encarando até que ele disse:
- onde você estava?
- está duvidando de mim?-perguntei incrédula.
- se você tem o direito de me acusar, eu também tenho. Você foi a última a ver meu pai.
- Está certo. Mas não fui eu. Nós brigamos e eu o deixei vivo e fui para o meu quarto. Não saí de lá a noite inteira.
- acredito em você! -disse ele aliviado.
- então por que perguntou?
- porque era meu pai, e apesar de tudo... Eu o amava!-disse ele tristemente.
  Nesse instant, eu vi a sinceridade no olhar dele.
  Comecei a me afastar antes que pudesse falar alguma besteira, mas não fui rápida o suficiente.
- Helena?
- sim!- respondi friamente.
- sabe que não é mais obrigada a casar com Dorian. Podemos ficar juntos de novo!-disse ele segurando minhas mãos.
- não Ian. Não podemos! -falei me afastando.
- claro que sim. Nada mais nos impede! - disse ele determinado.
- a morte do seu pai não muda nada. Não vou tirar o pai de uma criança por mero capricho. Eu tenho princípios Ian.- falei determinada.
- capricho? Pensei que sentisse algo por mim!-disse Ian indignado.
- pensou errado Ian. Sinto muito!
  Antes que minhas lágrimas me entregasse, saí de perto dele. Sei que vai doer mais em mim do que nele, mas é o certo a se fazer.
  Não quero mais sofrer, se é pra ter um casamento arranjado de verdade, que seja com Dorian então, pelo menos dele eu sei o que esperar.
  E esse assunto da morte de Ferdinando tá só começando. Alguém nesta casa está mentindo, e eu vou descobrir quem.

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