4 Rules - larry

cindigyc

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Primeira regra: Você tem que se divertir. Mas querido, quando terminar seja o primeiro a cair fora. Segunda... Еще

É importante saber que...
Prólogo
me ensine umas coisas...
o beijo dele
o gosto do álcool nunca foi tão bom
sempre tem como piorar
a razão deu lugar a raiva
o que você está fazendo comigo?
primeira regra
briana (intrometida) jungwirth
tão quente como o fogo
não sou bom o suficiente?
segunda regra
raiva
me desculpe...
terceira regra
o que estou sentindo?
talvez eu saiba a verdade
quarta regra. part I
quarta regra. part. II
aquele silêncio
namorada?
cada ação tem uma reação
egoísta
experiencias
that xx
4 rules
peça
eu te amo
somos apenas Lou e Haz
epílogo. sempre foi você. part I
epílogo. sempre foi você. part II
epílogo. sempre foi você. part III

tão frio como o gelo

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cindigyc

N: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHH! VOLTEI!!

Gente, eu não aguentei ver vocês cheios de teorias no capitulo anterior e fiquei ansiosa pra postar kkkkkkk.

______________________

Harry

Eu juro que tentava prestar atenção na aula de Geografia, mas mesmo que meus olhos estivessem totalmente concentrados no professor, minha mente estava concentrada em outro lugar.

Eu tentei evitar esses tipos de pensamentos durante esses dias que passaram, mas era em vão, a cada minuto minha mente voava para as lembranças de Louis beijando todo o meu corpo, me marcando, sua pele nua contra a minha, a expressão esfomeada que ele tinha, seus olhos penetrantes em mim, suas mãos me tocando, sua boca me acariciando tão intimamente, seu corpo, droga! O corpo. Ele tinha o corpo maravilhoso... Era tão delicado como se pudesse quebrar, mas ele não iria. Ele era forte, mesmo que a aparência não demonstrasse isso. Mas a maneira que ele me coloca em seus braços demonstrava. Ele nu na minha frente... pensar nisso fazia minhas bochechas corarem fortemente, mas também fazia me lembrar da minha boca nele, e eu não achava que seria tão bom, mas era. Era ótimo ver como ele ficava e os sons que soltavam de seus lábios, as coisas que ele falava pra mim enquanto eu fazia. Era tão bom que eu tinha vontade de fazer mais. Droga! Por que eu fico pensando nessas coisas? Agora eu tô com um problema no meio das pernas!

Agradeci mentalmente por dessa vez estar sentado no fundo da sala, e assim ninguém poderia ver o meu "problema". Bufei e fiz um bico involuntário. Eu tinha que afastar esses pensamentos de mim, eu não os tinha porque queria, eles apenas invadiam a minha mente.

— O que? — O professor parou sua explicação e olhou diretamente pra mim. Sua pergunta fez todos olharem pra trás curiosos, e eu automaticamente coloquei minha mochila em cima do meu quadril, só por garantia.

— O que o que? — Perguntei nervoso. Será que ele percebeu alguma coisa?

Eu acho que as pessoas estão vendo um pimentão vermelho ao invés do meu rosto.

— Por que esta me encarando com o olhar agoniado e com um bico nos lábios, Styles?

Ele estava claramente confuso e eu mais nervoso ainda.

Não acredito que eu continuava a fingir prestar atenção no que ele falava enquanto pensava em Louis e tinha um problema entra as pernas no qual eu não conseguia parar de pensar ou resolver.

— E-Eu... Eu — Abria os lábios e fechava novamente, estava com muita vergonha, o olhar que davam sobre mim e os risinhos não ajudava. — Me desculpa...

— Pelo o que? — O professor me perguntou, me olhando estranho. — Esquece. Só preste atenção enquanto eu falo. —Assenti rapidamente e logo os olhares não estavam mais sobre mim.

Louis ainda me traria muitos problemas.

...

Eu saboreava meu delicioso sorvete de morango e aquilo era a única coisa que me deixava feliz no momento, porque eu estava parado no corredor a dez minutos, vendo várias pessoas saírem das salas pra irem embora, menos Louis. Talvez ele ainda não tivesse chego da casa do seu tio Jimmy. Talvez fosse mais um dia sem ele, e aquilo me deixava triste. Primeiramente porque eu sempre sentia falta dele quando ficávamos sem nos ver. Em segundo lugar porque ele não me avisou que iria, como sempre avisava. Ele nem se quer mandou uma mensagem nesses dias. Já eu lhe enviei algumas, nas quais ele ignorou. Ele chegou até a visualizar, mas não respondeu. Eu não queria pensar que ele estava me ignorando, mas era o que eu acabava imaginando e aquilo me deixava triste.

Será que ele se arrependeu do que fizemos? Aquilo realmente me deixava mal. Eu não queria que ele se afastasse de mim. Nunca. Por nada.

Bufei tristemente quando notei que eu era o único parado naquele corredor.

— É... Ele não tá aqui... — Acabei pensando alto demais.

— Falando sozinho? — Dei um pulo pela voz.

Olhei pra trás e vi que era Joe, com um sorriso enorme no rosto.

Abaixei a cabeça. Eu ficava meio acanhado ao lado dele pela maneira que ele me olhava.

— Não... ah, O-Oi. — Levantei o olhar, e acenei timidamente. Ele soltou um risinho.

Joe acenou com a cabeça e encarou algum ponto do meu rosto. Seu dedo parou no canto do seu lábio, apontando pra ele.

— Ta sujo. — Joe disse.

— Ah! — Soltei. Percebendo que eu me sujei com o sorvete.

Estava pronto pra pegar um lencinho, mas senti a mão de Joe no meu queixo. Ele levantou minha cabeça e me fez olha-lo.

— Deixa que eu limpo. — Sussurrou. —Eu mal tive tempo de responder, seu dedo já limpava o canto da minha boca.

Ele me encarava em todo o processo e aquilo me fez corar demais. Acabei desviando o olhar.Lá estava seus dedos novamente me fazendo olha-lo e boom! Simplesmente aconteceu.Ele me beijou.

Os lábios dele estão encostados no meu. Ele está me beijando realmente.

Eu sinto que vou cair no chão. O que está acontecendo? Por que ele fez isso?

É alguma brincadeira?

Eu senti a língua dele pedir passagem e foi aí que eu acordei pra realidade. Separei meus lábios do dele, e sem perceber, eu já estava correndo pra fora do colégio. Meus olhos enchiam de lágrimas. Por que um garoto popular me beijou? Ele estava filmando? Joe está brincando comigo?

Eu senti me puxarem e logo eu estava parado em frente ao azulado novamente.

— Ei. Me desculpa! Eu não deveria ter feito isso. Eu esqueço que você não é igual as outras pessoas.

Joe me segurava e eu virei meu rosto pro outro lado, não queria que ele visse minhas lágrimas.

— Me solta. Por favor...

— Só me desculpe, ok?

— Por que você não me solta e sai correndo pra contar pros seus amigos? Por que fez isso? Apostaram com você? — Perguntei magoado.

Ele me olhou como se eu fosse louco.

— Claro que não. Eu te beijei por impulso. Eu não sou o tipo de pessoa que magoa alguém. Eu fiz porque eu quis te beijar.

Arregalei os olhos.

Oh.

Ele quis me beijar? Realmente?

— De qualquer forma... v-você não pode sair beijando as pessoas assim.

— Me desculpa, eu realmente errei. Não vou mais fazer isso, ok? — Ele parecia realmente arrependido. Olhei em seus olhos e assenti devagar.

— Pode me soltar agora?

— Oh, me desculpe. — Ele me soltou.

Eu dei uma última olhada pra ele e virei as costas, totalmente envergonhado com aquilo.

— Harry?

Suspirei e me virei novamente para Joe.

— Sim?

— Temos um trabalho pra fazermos, esqueceu?

Droga! O trabalho!

O professor tinha colocado eu e Joe em dupla pra fazermos um trabalho para amanhã. Mas acabou de me beijar. Como ficaria confortavelmente com ele na minha casa?

....

Eu achei que seria totalmente estranho ficar horas com ele no meu quarto depois daquele beijo que ele me deu, mas não foi bem assim. Joe ficou o tempo todo concentrado no trabalho e só falava pra falar algo sobre o mesmo ou pra ainda pedir desculpas por ter me beijado, no final, eu acabei achando graça daquilo e depois do trabalho até assistimos um filme de comédia juntos, o que fez nós dois rimos até a hora dele ir embora.

______________

Ok. Eu tinha passado na casa de Louis e a mãe dele havia me dito que ele tinha chego desde ontem e que foi pro colégio sim.

Ok.

Aliás, ele tinha acabado de sair de casa para ir pras aulas, que a mãe dele me disse e ok.

A dias atrás ele tinha ido pra casa do tio dele sem me avisar e está tudo ok.

Ele não me mandou mensagens e não respondeu às que eu enviei e continua tudo ok.

Ok.

Isso não significava nada, certo? Não mesmo. Estava tudo bem. Ele só deve estar ocupado.

...

Talvez não esteja tudo ok porque Louis chegou atrasado em uma das aulas que tínhamos juntos e ao invés de pelo menos me dizer um oi ele ignorou totalmente meu sorriso repleto de saudades e passou direto por mim, se sentado na última cadeira. Ok. Talvez ele estivesse de mal humor e nem tivesse me notado? Ok.

...

Eu sai da sala e desci as escadas do colégio em um súbita pressa. Acabei esbarrando em algumas pessoas e ouvindo elas reclamarem, mesmo que eu pedisse desculpas. Quando cheguei no refeitório ainda havia poucas pessoas, nem todos os populares estavam na mesa. Só Louis, Cara, Bobby e Niall. Eu sorri porque finalmente teria um tempo pra falar com Louis.

Corri até ele totalmente animado. Eu estava morrendo de saudades dele. Ainda mais de apertar suas bochechonas e ouvir ele reclamando disso. Meus braços envolveram a cintura dele, o abraçando. Meu rosto se encostou em suas costas. O cheiro bom dele invadiu minhas narinas e eu fiquei ainda mais feliz com aquilo. Como eu sentia falta do cheio dele! Ele era tão quentinho. Dava vontade de abraça-lo pra sempre.

— Que saudades, Lou! — Eu disse animado e carinhoso. Eu o abraçava como se ele fosse um urso.

Suas mãos foram parar em cima das minhas, ele logo desentrelaçou meus braços da sua cintura, se virando de frente pra mim. Eu sorri maior pra ele achando que ele iria me abraçar de frente.

— Hum... Eu tenho que ir ali. — Foi a unica coisa que ele disse.

Nem um "oi". Nem se quer um olhar. Ele apenas se virou e andou até uma mesa, indo falar com algumas garotas. Eu olhei pra cena desacreditado, com o coração doendo. Ele tinha acabado de me ignorar?

Eu apenas fiquei ali, encarando a cena como um perfeito bobo. E não era só eu. Cara, Niall e Bobby também olhavam para Louis. Porque ele nunca faria aquilo. Ele diria também que estava com saudades de mim. Ele me abraçaria e me apertaria até eu estar resmungando. Ele me encheria de beijinhos só pra me ver envergonhado na frente de todos.
Mas agora ele apenas me ignorou. Como vem fazendo.

Aquilo me dói muito. Mas eu não posso ser egoísta. Talvez ele só esteja ocupado?

Ok.

_________

Kendall <3:
Ei. Eu, Zayn e Hanbin estamos indo ao cinema, vamos?

Eu:
Nesse frio congelante? Se eu sair de casa eu viro pedra.

Kendall <3:
Dramático. É só vestir um casaco grosso.

Eu:
Eu estou com milhares de cobertores em cima de mim e não está adiantando.

Eu:
Como vocês vão sair de carro nessa neve?

Kendall <3:
Vamos a pé mesmo. Não é tão longe.

Eu:
Tem que ter coragem. Coisa que eu não tenho.

Kendall <3:
Aaah! Por favor... :(

Eu:
Não posso :( eu tenho que ensaiar com o Louis.

Kendall <3:
Ensaiar o que?

Eu:
A peça pro teatro...

Antes de Louis sumir, e antes de acontecer o que aconteceu no meu quarto com ele, havíamos marcado de ensaiar hoje pra peça. Já que a professora faria sempre uma avaliação semanal dos alunos para nos instruir a melhorar.

Enquanto esperava Kendall responder, abri a janela da minha conversa com Louis.

Eu:
Que horas você vai vim aqui?

Enquanto esperava a resposta, entrei no meu Instagram. Ia passando as fotos até que vi uma que me chamou atenção.

Louis havia postado uma foto em uma casa. Ele estava sentado em uma poltrona e havia uma garota sentada com ele, devido ao pouco espaço ela estava quase em seu colo. A garota estava escondendo o rosto no peito de Louis e ele tinha as mãos repousadas em sua cintura. Ele olhava pra ela e a foto havia sido espontânea. Alguém havia tirado, ele gostou e postou.

Bom, parece que ele não está em casa. Ele havia esquecido do que marcou comigo. E ok. Tudo bem. Acontece. Mas por que eu estava novamente sentindo uma dor enorme no meu coração? Eu só queria que ele estivesse agindo como sempre. Mas entendo que ele esteja ocupado demais pra mim. Eu respeito isso.

Olhei a minha mensagem com o Louis, mas novamente ele não tinha respondido. Apenas visualizado. E nesse momento eu deixei as lágrimas caírem.

Ele estava realmente me ignorando?

________________

Quando você está com pressa, estressado e triste, e ainda atrasado pro colégio, não saia de casa sem estar devidamente vestido pra enfrentar a neve lá fora, não corra porque você pode cair várias vezes e se sujar de neve, e principalmente, não ande em cima de um lago congelado. Jamais.

Porque eu fiz tudo isso, e agora, por não ter pensado direito, senti o chão abaixo de mim se rachar lentamente. Eu se quer tive tempo de correr pra fora do lago congelado, pois assim que pisei mais forte pra sair dali, o gelo se rachou, e eu senti me afundar na água tão fria que eu achei que viraria uma enorme pedra de gelo.

Eu senti todos os meus sentidos parando, a água congelante parecia vários tiros no meu coração. A minha sorte é que aquele lago era raso, pois se fosse fundo eu duvidaria que eu conseguiria sair dali.

Eu me taquei no chão ao lado do lago. Minha respiração estava pesada e eu estava me sentindo azul de tanto frio que eu estava sentindo.

Eu sou muito idiota.

Até as lágrimas que saíram dos meus olhos eu achei que iam congelar, de tão frio que estava.

Eu não sei de onde tirei forças, mas consegui me levantar do chão e andar tremendo de volta pra minha casa. Eu agradeci aos céus pelos meus pais já terem saído para trabalhar, porque senão eles não deixariam eu voltar pro colégio e me levariam em um médico, porque eu estou a cada segundo espirrando e tenho certeza que ficarei doente, mas eu não podia me preocupar com aquilo no momento, eu sabia que era questão de minutos até meu nariz começar a entupir e eu ter febre, mas eu tinha uma prova importante e ainda tinha que apresentar um trabalho com o Joe.

Eu arranquei as minhas roupas o mais rápido que eu pude, e não sabia se me sentia aliviado por não ter mais a roupa molhada e congelante em mim, ou me sentia pior por estar nu e sem nenhum pano para me esquentar.

Rapidamente peguei uma toalha e me enxuguei o máximo que eu pude. Logo depois vesti uma boxer e uma calça, coloquei três meias diferentes e um par de tênis seco. Vesti umas quatro camisas, casaco e luvas. Sequei meus cabelos com o secador pois não acharia que conseguiria deixa-los secar naturalmente, porque eu estava com muito frio. E ainda perdi alguns minutos procurando meus óculos, porque as lentes caírem dos meus olhos quando cai no lago.

Agradeci novamente por ontem eu ter deixado meu material no meu armário do colégio, senão eles estariam ensopados.

Estava espirrando demais e meu rosto parecia que ia quebrar de tão sensível ao frio. Quando eu finalmente sai de casa, eu tomei cuidado por onde eu andava.

Quando cheguei no colégio os corredores estavam vazios, o que indicava que todos já estavam na sala. Eu tive que implorar pro professor deixar eu fazer a prova, e fiquei feliz quando ele deixou. A cada minuto que passava, eu me sentia cada vez mais doente. Eu não conseguia andar direito sem sentir meu corpo doer ou parar de espirrar constantemente. Eu já estava ardendo em febre e só queria estar na minha cama e dormir o dia inteiro. Minha sorte era que a apresentação do meu trabalho com o Joe foi na aula seguinte, e depois disso eu não ficaria mais pras outras aulas.

Eu tenho certeza que ficaria uma semana ausente do colégio, porque eu me sentia horrível.

Eu tive sorte novamente quando Kendall disse que a mãe dela iria lhe buscar de carro e que era pra eu ir com elas. Eu não acharia, de qualquer forma, que eu iria conseguir andar até a minha casa.

...

Eu andei o mais depressa possível pelos corredores vazios para guardar meu material no meu armário. Kendall e sua mãe já estavam me esperando e eu não aguentava ficar mais um minuto naquele colégio. No momento eu estava preferindo a minha mãe cuidando de mim como um bebê e me entupindo de remédios.

Levei um susto quando fechei meu armário e me virei pronto pra sair dali, mas vi Louis no dele, pegando seu livro pra próxima aula que teria.

Ou ele era cego, ou novamente estava me ignorando.
E não, eu percebi que não estava nada ok.

Caminhei hesitantemente até ele e cutuquei suas costas. Ele olhou pra trás para ver quem era, assim que seus olhos bateram em mim, ele se virou pra frente novamente e tacou seu livro no armário, com um tanto de grosseria, e começou a procurar outro. Soltando um "fala" de seus lábios.

Ele se quer iria olhar pra mim?

— Lou... — Chamei hesitantemente. Eu nem olhava mais para as suas costas. Olhava para os meus dedos revestidos pelas luvas. — Como você está?

— Ótimo. — Ele respondeu simples.

Eu assenti mesmo que ele não estivesse vendo. Fiquei alguns segundos em silêncio, sem saber o que falar.

— Como foi no seu tio? Como ele está? — Tentei puxar assunto. Ele apenas continuou de costas pra mim.

— Legal e ele está bem. — Ele respondeu rápido e curto. — Porra! — Gritou e eu me assustei um pouco, dando uns passos pra trás e vendo ele irritado enquanto revirava as tralhas que ele insistia em colocar dentro do armário. Eu sempre dizia pra ele arrumar aquilo, mas ele não me escutava.

— Lou...— Chamei novamente. Ele finalmente achou seu livro e fechou o armário, se virando pra mim.

Eu acho que preferia que ele ficasse de costas, pois ele me olhou com um olhar estranho, que ele nunca havia me lançado antes.

Eu agradeci naquele momento por estar com o rosto um pouco abaixado, porque ele não via como eu estava vermelho e sem graça com aquilo. E principalmente, ele não via que eu estava triste.

— O que está acontecendo?

Perguntei finalmente. Eu não estava aguentando toda essa indiferença. O que tinha acontecido com ele?

— Como?

— Você tá estranho desde que foi pro seu tio... desde que voltou anda estranho. Você está realmente bem?

Ele passou as mãos nos cabelos e franziu o cenho.

— Estranho? Eu estou bem...

— Tem certeza? Eu sou seu melhor amigo, você pode me contar o que quiser...

Ele soltou uma risada estranha. Igual a que Christopher soltava quando debochada de mim, ou igual a qualquer uma das garotas desse colégio que não gostava de mim. Aquilo me deixou pior.

— Eu tô bem.

Foi tudo que ele disse. Arqueando uma sobrancelha pra mim, como se perguntasse se eu tinha mais alguma coisa pra falar. Eu apenas assenti pra ele e abaixei a cabeça. Ele entendeu isso como um não e passou por mim.

Eu senti meus olhos marejarem. Por que ele estava tão frio?

Eu entrei na sua frente, e olhei pra ele através das lentes do meu óculos. Louis parou de andar e me encarou.

— Eu te fiz alguma coisa? — Ele pareceu não entender, então retornei a falar. — Eu te fiz alguma coisa que te deixou chateado? — Ele pareceu pensar e desviou o olhar. — Se eu te chateei me desculpa, não foi minha intenção.

Ele me olhou dentro dos olhos e isso me deixava mais acanhado. Peguei nos braços dele e me aproximei mais, o corpo dele pareceu ficar tenso e eu só queria um abraço ou que ele falasse o que aconteceu.

— Por que está perguntando isso? Eu estou normal.

— Normal? Pode está normal com os outros, mas não comigo. — O soltei e o encarei sério. — Você não me avisou que ficaria uns dias fora, você não fez questão de responder minhas mensagens. Você voltou e nem me deu um "oi", parece sempre estar ocupado para mim, mas não para os outros. Você até preferiu sair ontem, ao invés de ir até a minha casa e fazer o que combinamos. Você nem se quer enviou uma mensagem dizendo que não iria. E mais uma vez não respondeu a que eu te enviei.

— Você está me cobrando? O que é isso? Por que tá agindo como uma namorada ciumenta?

— E-Eu não estou —

— Ora, Harry. Eu só passei uns dias fora e não respondi algumas das suas mensagens, isso não significa nada. Eu estou normal. Não fique agindo como se fossemos algo. Não é porque tivemos algumas pegações que eu te deva avisar cada mínimo passo meu.

Ele falou realmente aquilo?

Meu coração acelerou e eu me senti a pessoa mais triste do mundo. Eu não acho que eramos algo. Eu apenas acho que somos melhores amigos. Eu apenas senti falta dele como sempre senti. Mas antes ele não reclamava. Eu apenas queria um "oi" como mensagem. Eu queria apenas que ele me desse um mínimo sorriso quando eu o vi. Eu apenas queria que ele avisasse que não iria na minha casa.

Ele realmente falou que nos "pegamos"? Era isso que significava pra ele? Pegação? Nada? A mesma coisa que ele fazia com outras pessoas?

Mas ok. Talvez eu realmente tivesse errado. Eu não deveria ouvir meu coração que dizia que era mais que uma "pegação" e eu realmente não deveria ficar lhe sufocando. Pois era o que Briana havia me dito: Uma hora Louis cansaria de mim. Talvez ele já estivesse cansando.

Naquele momento não importava mais o que Louis havia me dito no meu quarto, quando, segundo ele, estávamos nos pegando, porque naquele momento ele estava indo contra tudo que disse naquele dia. Ele estava cansado de mim.

Eu não queria demonstrar o quanto aquelas palavras e indiferença dele me magoou. Eu apenas assenti.

— M-Me desculpa... — Foi tudo o que eu disse com a minha voz quebrada, mas que tentei não demonstrar, Louis não percebeu.

Eu dei as costas pra ele e deixei que as lágrimas caíssem.

E ao longe eu escutei um "Harry!" Mas eu não voltei com o seu chamado. Eu não queria a pena dele. Não mesmo. Eu apenas corri, mesmo com o meu corpo ardendo em febre, para o carro da mãe de Kendall. 

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