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By aladdinoficial

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O que fazer quando você é um cara gay preso no armário, incompreendido no colégio, e ainda se apaixona pelo s... More

IMPORTANTE
BOOK TRAILER
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 50
BOOK TRAILER 2
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
OI TURMA, AQUI É O ALADDIN (VÍDEO)
CONVOCANDO TODAS AS VADIAS
LIVRO NOVO
INSTA

Capítulo 49

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By aladdinoficial

Fiquei deitado na cama por mais alguns minutos. 

A sensação de tranquilidade era tão boa que eu gostaria de ficar ali por mais algumas horas. Peguei o celular que estava sobre o criado e conferi a tela. Já eram nove da manhã.

Fui até o banheiro do outro lado do corredor e me aprontei como sempre. Tomei um banho e escovei os dentes meio preguiçoso. Vesti uma camisa de tonalidade amarela e uma bermuda jeans desbotada para combinar. Penteei os cabelos castanhos no velho estilo de sempre e conferi a barba que estava regular.

Desci as escadas normalmente esperando encontrar minha mãe lá embaixo. Andei um pouco e já podia ouvir o som da tv nos meus ouvidos. Sorri levemente esperando ver a mulher de sempre, mas algo me assustou. Uma cabeça loira se concentrava na tela plana. Ela remexia um pouco e eu podia ouvir uma risada baixa.

Minha mente congelou rapidamente, eu não podia acreditar naquilo.

– Alexia?

A garota se vira levando um susto ainda maior que o meu. Ela se levanta do sofá apressada e vejo seus lábios sorrirem em minha direção.

– Oliiii. – Alexia grita animada.

Me aproximo rapidamente e ela faz o mesmo. É como se tudo voltasse a ser como no colegial. Como se nós dois acabássemos de nos encontrar na porta da escola.

O corpo pequeno da garota se encontra com o meu. Nos abraçamos como dois amigos que não se veem a muito tempo. Reparo que seu cabelo loiro agora está na altura dos ombros, mas de resto ela está completamente igual. Nos separamos depois de longos segundos e eu encaro seus olhos castanhos esverdeados ainda surpreso.

– Eu não posso acreditar! – Digo.

– Eu queria fazer uma surpresa. – Ela fala. – Também vim passar as férias aqui. – Ela completa me deixando animado.

Nos movemos até o sofá em que ela estava sentada e percebo que uma animação de comédia passa na tv.

– Mas como você já estava aqui? – Pergunto curioso.

Alexia faz cara de esperta e eu acho graça. Ela cruza as pernas como uma dama e reparo seu vestido branco bonito.

– Sua mãe estava aqui até pouco tempo. Ela teve que sair para comprar alguma coisa e me deixou aqui.

Faço um sinal de concordância com a cabeça.

– Estou muito feliz que esteja aqui. Tenho tanta coisa para te falar.

O rosto da garota se ilumina e eu lembro dos pequenos raios de sol na janela pela manhã.

– E eu quero saber de tudo mesmo! – Ela fala eufórica.

Durante todos esses meses que ficamos distantes ela não havia mudado nada. Eu admirava essa sua qualidade de ser tão plena apesar de tudo. Pensei em todas as loucuras que eu revelaria para ela e meu estômago se revirou em uma mistura de ansiedade e pavor.

De repente ela me olha com surpresa. Assim que percebo do que se trata ouço sua voz chegando até meus ouvidos.

– Você furou a orelha? – Ela pergunta ainda mais animada.

Sua mão direita vem direto sobre o pequeno brinco preto que eu uso.

Dou uma risada. Seriam essas férias maravilhosas?

(...)

– Você e a Bárbara melhores amigos? – Alexia parece não acreditar.

Resolvemos almoçar juntos na mesma lanchonete em que nos vimos pela última vez. Assim que chegamos contei a ela toda a minha história na minha nova cidade. Ela escutou tudo fazendo altas caras e bocas e indagando a todo momento. Muitos minutos se passaram até eu falar de todas as pessoas e todas as situações, mas o que grudou na cabeça dela não foi sobre Izi, Nicolete ou Luca.

– Eu não acredito que você se rendeu a aquela maluca paranoica. – Alexia fala com ar convencido.

Dou risada da situação porque sabia que seria assim. As duas nunca se deram muito bem e eu não esperava nada diferente.

– Olha só para você, está falando como a própria Barbie. – Debocho.

Os olhos de Alexia me fuzilam transtornados e eu acho ainda mais engraçado. No fundo eu sabia que se eu podia ser amigo da Barbie ela também conseguiria.

Ela parece resistir de se estressar e cai na risada também.

– Eu não acredito que ela arrumou alguém que a ature. – Alexia comenta sorrindo em referência a Felipe, outra coisa que eu havia acabado de contar a ela. Assinto com a cabeça.

– Sim, e eles são uma graça juntos. Pelo menos quando ela não está gritando com ele.

Alexia dá risada. Alguns segundos se passam e ela me encara curiosa.

– Então você e o Luca se entenderam de vez. – Ela afirma meio maliciosa.

Dou um gole no refrigerante. Sempre que alguém falava de nós dois eu acabava ficando tenso.

– Estranho né? – Pergunto dando uma risadinha tímida.

Alexia passa os braços por cima da mesa.

– A paixão é estranha. Não devemos tentar entendê-la. – Ela dispara sonhadora.

Reflito sobre aquelas palavras e percebo a grande realidade delas. Alexia move o corpo para trás com uma expressão misteriosa. A encaro com um olhar duvidoso e ela se entrega.

– Eu também arrumei alguém! – Ela quase grita.

Vejo suas mãos rapidamente encontrarem seu celular sobre a mesa e ela procura algo apressada na tela.

– Olha só que homem!

Ela direciona o aparelho em minha direção e eu analiso rapidamente. Uma foto dela abraçada com um garoto alto e loiro. Dou um sorriso e ela parece satisfeita.

– Vocês terão filhos lindos e loiros.

Alexia dá uma gargalhada.

– Eu sei.

Comemos meia hora depois. Barbie me manda uma mensagem pedindo (ou melhor: ordenando) para que nos encontrássemos em uma praça a poucos minutos daqui. Ela indagou que precisava filmar um vídeo, mas não conseguia sem a energia de nossos corpos por perto. Luca e Felipe estariam lá também então eu não tive problema em concordar com o "pedido".

Converso com Alexia sobre tudo e ela se sente meio nervosa. Tento acalmá-la, mas depois percebo que ela estava preocupada com sua aparência e não com os outros. A elogio de todas as formas enquanto ela arruma o cabelo tentando passar uma imagem melhor. No final ela deixa natural como sempre e saímos do estabelecimento.

Caminhamos até a tal praça durante alguns minutos. O estalar das pequenas botas de Alexia soam aos meus ouvidos e eu me sinto feliz por estarmos apenas saindo juntos como antes. Avisto algumas silhuetas se formando perto de um banco de aço comprido e nos apressamos.

Barbie volta seu corpo em nossa direção e sua expressão se transforma. Com certeza ela não esperava por Alexia que já se aproximava confiante. A ruiva passa a mão pelos cabelos e seu olhar malicioso surge em seu rosto. Felipe nos encara normalmente e Luca está sentado sobre o banco sorrindo em minha direção.

– Oi pessoal, trouxe uma surpresa. – Comento animado.

Alexia e Luca se cumprimentam primeiro e depois eu apresento Felipe a ela. Os dois trocam pequenos sorrisos e logo as antigas rivais estão frente a frente.

– Olha só o que os ventos sopraram para cá. – Barbie dispara.

– Barbie, quanto tempo. – Alexia usa seu melhor tom esnobe.

A ruiva devolve o sorriso peculiar e coloca uma das mãos em sua cintura. Ela usa uma camiseta branca com uma palavra estampada em rosa e uma saia preta curta completa seu look.

– Não é? Senti saudades. – Barbie contra-ataca.

As duas dão sorrisos exagerados e eu percebo Felipe confuso. O rosto de Barbie se ilumina propositalmente e ela segura o braço de Felipe.

– Esse é meu novo namorado. – Ela dispara convencida. Não consigo prender uma risada com a palavra "novo". – Ele é o garoto mais inteligente da faculdade. – A ruiva completa deixando Felipe constrangido.

Alexia sorri de leve como se admirasse.

– Eu tenho um novo namorado também, mas ele não pôde vir. – Ela fala como se lamentasse. – Ele teve que fazer uma viagem de negócios com os pais super ricos dele. – Ela solta uma risadinha para descontrair.

A expressão de Barbie parece pesar um pouco por saber disso, mas ela não deixa a peteca cair. A ruiva prega os olhos no vestido de Alexia como se estivesse admirada.

– Eu adorei seu vestido! – Ela fala animada demais como sempre com uma mão sobre o peito.

Luca revira os olhos para a toda a situação e me olha impaciente.

– E eu amei sua saia! – Alexia rebate.

Reviro os olhos para as duas também e chamo Luca com as mãos.

– Bem, claro que vocês duas tem muita coisa para conversar. Vamos deixar vocês sozinhas. – Falo já saindo dali.

Luca me segue apressado e eu consigo ver uma expressão de súplica no rosto de Felipe. Infelizmente ser namorado de Barbie rende coisas assim.

Luca e eu nos afastamos enquanto ainda ouço os elogios baratos que as garotas trocam. Caminhamos dando risada da situação até outra extremidade. Encontramos uma fileira de bancos de madeira reunidos em círculo e nos sentamos em um deles.

– Não quero nem imaginar essas duas juntas durantes todos esses dias. – Luca brinca.

Assinto com a cabeça e prefiro não pensar nisso agora.

Viro o rosto em direção aos olhos azuis e Luca sorri gentilmente para mim. Dou um pequeno soco de brincadeira em seu ombro e ele me olha assustado revidando o golpe da mesma maneira. Sinto um cheiro agradável e sei que ele vem dos cabelos do garoto ao meu lado. Hoje ele está usando uma camiseta regata azul simples e uma bermuda caqui bege. Eu ainda me perguntava por que tudo que ele vestia caía tão bem em seu corpo.

– Sabe, eu andei pensando sobre o que você falou. – Luca comenta olhando para o céu.

– Ah é? Sobre o que exatamente?

Luca continua encarando as nuvens que se movimentam lentas.

– Sobre meus pais.

Relaxo o corpo sobre o banco ainda o encarando. Seus olhos agora serenos repousam sobre os meus.

– Eu não sou um bom filho. – Ele fala tranquilo.

Respiro profundamente me sentindo mal. Eu nunca quis que ele se sentisse assim em relação aos seus pais.

– Não fala bobagem Luca. – Digo calmo. – Você sabe que isso não é verdade.

Luca dá uma pequena risada sarcástica.

– Tudo bem, não precisa mentir. – Ele fala despreocupado. – É até meio engraçado eu querer pais incríveis sendo um filho ruim.

Por algum motivo aquele assunto tinha se fixado em sua mente e eu me senti culpado. Não havia praticamente ninguém por perto então passei meus braços sobre os ombros dele o confortando. Ele repousou sua cabeça contra meu corpo fechando os olhos.

– As famílias tem problemas, é normal. – Passo os dedos de leve sobre as ondas negras de seu cabelo. – Tudo vai ficar melhor porque vocês se amam. – Completo dando um beijo rápido em sua cabeça.

Alguns segundos se passam. Uma brisa tranquila atinge meu rosto e eu me pergunto se irá chover mais tarde.

– Ultimamente eu só tenho certeza de nós dois. – Ele fala baixinho.

Luca já não parecia o garoto com a vida perfeita que eu costumava me queixar. Ele era apenas mais alguém que enfrentava problemas reais como eu. Eu sempre pensei que éramos tão diferentes, mas talvez estivesse errado no final das contas.

Um sentimento confuso começou a se criar dentro de mim me deixando preocupado. Eu senti como se outra pessoa estivesse nos meus braços e eu tive medo disso ser algum tipo de sinal. Luca se afastou e sorriu de leve. Os olhos azuis continham mais um mistério indecifrado.


[Obrigado por ler]

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