Floresta do Sul

By InTheClows

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• Livro I • Segundo livro já disponível: Colina do Sul. Chloe Lidell. Desde a barriga foi destinada a algo gr... More

Prólogo
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXIII
Agradecimentos
Informações sobre o livro II
Curiosidades FS
Aviso extremamente importante
NOVIDADES DO LIVRO EM PAPEL
Aviso (leiam todos, inclusive os que ainda nao terminaram de ler, por favor)
Atualização Completa e Colina do Sul
Ainda há alguém aqui?
Por todos vocês

Capítulo XXII

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By InTheClows

Me olhei no espelho grande e um tanto quebradiço do banheiro e sorri diante do resultado. O vestido não ficara nada mal, o tamanho certo, minhas pernas, agora com mais músculos, expostas por baixo do tecido transparente e brilhante. Um frio leve passava pelo tecido fino, mas não me importei.

Levei tempo, mas consegui trançar os cabelos em uma coroa atravessado o alto da cabeça, e passei um pouco de pó no rosto, que Laurien havia me emprestado mais cedo. Selena me presenteou com um batom vermelho vivo, que deu uma cor chamativa, porém graciosa, ao meu rosto pálido.

Os cabelos soltos atrás caíam em cascatas em minhas costas, e calcei os saltos que Selena também me presenteara. Eles eram pretos, com tiras de cetim amarradas até os tornozelos. Uma batida na porta me tirou de diante do espelho, e andei com devido cuidado para não acabar pisando no vestido.

Abri a porta devagar e não consegui reprimir o enorme sorriso que atravessou meus lábios diante daquela imagem.

Os cabelos platinados estavam brilhantes e a parte da frente do cabelo estava presa para trás, enquanto o resto solto quase alcançava o maxilar. O terno azul marinho bem cortado com uma camisa preta por baixo, e as golas perfeitamente ajeitadas, mesclando a preta com a azul. A calça acompanhava a cor do terno e as botas eram de um usual negro.

E, encarando Rhys, percebi que ele me olhava com a mesma admiração e descrença, além da falta de palavras.

– Não sei por onde começar. – Confessa, me olhando de cima a baixo mais uma vez. – Nada do que eu disser poderá descrever o quanto você está deslumbrante. – Eu ri, corando um pouco.

– Eu poderia dizer o mesmo. – Rhys sorriu torto.

– Mas... – Ele começa, correndo os olhos por mim pela quarta vez. – Falta algo. – Ele tira a mão que estava atrás das costas.

Uma flor azul estava em suas mãos. Ele se aproximou e delicadamente a encaixou em cima de minha orelha direita. Sua mão roçou de leve a pele sensível e reprimi um tremor.

– Perfeita. – Ele diz me analisando. Mais uma vez.

– Posso dizer o mesmo de você, Rhys.

– Eu sei. – Ele responde, sorrindo convencido, me fazendo soltar outra risada. – Então, senhorita – Ele me estendeu o braço, que aceitei saindo e fechando a porta atrás de mim. –, temos um evento para ir, e não podemos nos atrasar.

Apenas sorri em resposta e descemos os degraus curtos da varanda, caminhando na rua vazia calmamente. O sol estava perto de se pôr, o céu estava limpo e sem nuvens. Quase não podia se dizer que em um ou dois dias, neve estaria caindo.

Andamos pelas poucas ruas em silêncio, até chegar onde as pessoas estavam reunidas. Era uma rua grande e larga, a maior dali. Lâmpadas recarregadas com luz solar estavam dispostas em paredes, já acesas. Mesas grandes estavam encostadas em um canto, em frente as casas, repletas de todo tipo de comida. Cordeiro assado, caldos de feijão, e muitas outras coisas exibiam seus cheiros apetitosos.

No outro canto oposto, haviam pessoas tocando violino, cistres e até harpas. Apesar dos instrumentos um tanto melancólicos, a música era animada e várias pessoas já formavam rodas no meio da rua e dançavam, alegres. A decoração envolvia flores e pedras de diversos tipos.

– E então, o que acha? – Rhys pergunta ao meu lado, ainda parados no início da rua.

– É lindo, animador... feliz.

– De fato. – Ele sorri ao meu lado e começamos a andar para mais perto da festança. – Um dos melhores dias do ano.

– Bom, se todos os anos são assim, posso concordar.

Chegamos mais perto e Peter e Patrick nos avistaram. Eles vieram nos cumprimentar radiantes, em seus ternos pretos e gravata brancas. Cumprimentei Laurien e Selena, e com isso Rhys e eu acabamos nos separando.

– Você está maravilhosa! – Selena diz com Laurien em seu enlaço, concordando. – O vestido é perfeito!

– Obrigada, mas vocês duas são a alma da noite.

De fato as roupas de ambas chamavam bastante atenção. Laurien estava com um vermelho exuberante, que ia até o meio das coxas, as costas com poucas tiras de cetim atravessadas, deixando grande parte da pele exposta. Selena usava um vestido lilás pálido, alças trançadas, a saia era grande e estufada, até o chão.

– Gostei do que fez no cabelo. – Selena comenta. – Depois poderia me ensinar.

– Claro. – Respondi, apesar de que eu mesma me surpreendi por conseguir fazer aquilo.

– Bom, mas agora venha. – Laurien me puxa, assim como Selena. – Não vamos deixar de aproveitar o melhor da festa, a comida.

Selena e eu rimos e acompanhamos Laurien até a mesa grande. Me servi de cordeiro assado, arroz e purê de batata.

– Se estiver saboroso – Laurien comenta, jogando os cabelos loiros para trás. –, foi eu quem fiz. Caso não, foi Selena.

– Está tudo saboroso. – Digo colocando uma grande quantidade de purê na boca. Selena cutuca as costelas de Laurien com o cotovelo.

– Foi eu quem fiz. – A loira declara e eu sorrio, enquanto Selena revira os olhos.

Depois que acabamos de comer, continuei conversando com elas por quase uma hora. Quando me cansei, fui me sentar em uma das cadeiras solitárias, um pouco afastada da roda de dança animada. Procuro Rhys com o olhar, mas há muitas pessoas passando e andando e dançando e conversando; e não consigo localizar ele.

Então, como se sentisse que eu o procurava, ele apareceu na minha frente, segundos depois. Um sorriso nos lábios, a mão estendida.

– Então, senhorita. – Não posso evitar o sorriso também. – Me concederia a honra desta dança?

Aceito sua mão e controlo os arrepios no corpo. Me levantei devagar, o vestido se esvoaçando com o vento suave.

– É claro.

Rhys me conduz até a roda de dança sorrindo de orelha a orelha. Eu mesma não estava diferente. Era o ato mais afetuoso que estávamos tendo em público, e aquilo com certeza renderia bastante conversa pelo resto da semana, já que todos sabiam que em todas as festas Rhys não aceitava dança e apenas ficava sentado, observando.

Tentei impedir que meu coração se explodisse em milhões de faíscas de felicidade ao encarar a verdade que Rhys já havia jogado para cima de mim. Laurien mesmo contara que ele jamais participava. E aqui estávamos nós.

Como se por uma ordem silenciosa de Rhys, os músicos trocam a música animada para outra mais melancólica, suave e calma. Rhys calmamente colocou as mãos quentes em volta da minha cintura, me puxando para mais perto. Passei os braços pelos seus ombros, e os acomodei ali. A pele musculosa de seu braço roçava as minhas costelas pelo tecido fino do vestido. Não pude controlar os arrepios àquela altura.

Então, começamos a nos mover, devagar. Eu sabia dançar, pelas aulas de etiqueta, mas Rhys... Rhys era gracioso, elegante e suave, como se dançasse a vida toda.

Ficamos nos encarando enquanto dançávamos, ignorando os olhares curiosos e estupefatos das pessoas ao redor. Dançamos em perfeita sincronia, o céu negro salpicado de estrelas brilhantes acima de nós, a brisa suave balançando meus cabelos de leve e acariciando nossos rostos. Rhys ainda sorria, e eu também. Não havia nada que tiraria meu sorriso naquele momento.

Nos mexemos no ritmo da música, suave e calma, assim como os olhos de Rhys estavam agora. Pareciam nuvens alegres, banhadas de luz, amor e desejo. Com certeza, meus olhos deviam transmitir a mesma coisa.

Levei certo tempo para perceber que estávamos inteiramente colados, os passos lentos e calmos não faziam uma parte do corpo, sequer, se afastar. O burburinho, apesar de que várias pessoas também dançavam, era audível, mas tanto eu quanto Rhys ignoramos, os sorrisos ainda reluzentes em nossos rostos próximos.

Em algum momento a primeira música acabou, e outra tão suave quanto a primeira começou em seu lugar. E dançamos. Dançamos por volta de cinco músicas, sem dizer uma palavra, sem nos importar com nenhum daqueles olhares, sem deixar o sorriso sumir do rosto.

Mesmo depois que paramos, Rhys manteve um braço ao redor de minha cintura, enquanto caminhamos para um lugar qualquer. Os olhares se atraíram para mim, e para aquela mão ao meu redor.

E eu achei que Rhys em algum momento tiraria ela dali, se afastaria, perceberia que cometeu um erro. Mas ele permaneceu ao meu lado o tempo todo, até as pessoas começaram a se dispersar, cansadas da dança e da conversa. A comida já havia evaporado, talvez Rhys e eu tenhamos ficado horas dançando, não sabia dizer. Fiquei completamente alheia a tudo aquilo enquanto estávamos flutuando nos olhares um do outro.

Conversamos um pouco com Patrick e Peter, e a rua foi ficando cada vez mais vazia. Rhys me puxou, e falou tão perto do meu ouvido que os cabelos de minha nuca se arrepiaram:

– Venha, quero te mostrar uma coisa.

– Mais um lugar inusitado da floresta? – Ele sorri.

– Mais ou menos isso, você já conhece, mas preparei algo.

Estiquei os lábios e deixei que ele pegasse minha mão, lanternas e então saímos pelo portão rumo a densa e escura floresta.

***

O caminho fora silencioso, mas Rhys andou com os dedos entrelaçados aos meus. As estrelas e a lua cheia novamente nos ajudavam, acima de nós. Ouvi os passos calculados e respirações pesadas de animais da floresta em alguns momentos, mas não tive medo.

Chegamos perto da Grande Árvore, Rhys passou para trás de mim, tapando meus olhos.

– Ei! – Protesto sorrindo.

– Continue andando.

Obedeço devagar enquanto ele me guia. Sinto a grama macia afundar sob meus saltos, sinto o cheiro das flores, sinto as borboletas ao nosso redor. Sei que as folhas da árvore estão se desprendendo e caindo em uma cortina folhosa, sobre nossos cabelos. Mas quando paramos e Rhys, por fim, liberta minha visão, algo novo, preparado, está ali.

Um edredom grande e macio estava esticado sobre a grama, entre as raízes. Duas lanternas estavam em cada lado do edredom, presas ao chão, viradas para o alto, batendo sua luz nos galhos grandes, fazendo a claridade se espalhar para baixo. Frutas, vinho e pães jaziam em uma bacia de madeira bonita e antiga. O edredom estava coberto de folhas que caíam da árvore, e as borboletas voavam ao redor, convidando.

Olho para Rhys sem palavras, tentando enviar sinais telepáticos do quanto eu havia amado o gesto, o que ele preparou para mim, para nós.

Ele sorri satisfeito e pega minha mão, me puxando.

Nos sentamos de pernas cruzadas sobre o edredom branco e cinza. Rhys serviu vinho em duas taças de vidro para nós. A luz das lanternas no chão era o suficiente, mas Rhys também havia, de alguma forma, colocado outras lanternas presas a alguns galhos acima de nós, deixando o ambiente ainda mais claro quando ele as acendeu.

Beberiquei o vinho delicioso, enquanto Rhys sorriu.

– Obrigada. – Eu disse baixinho. – Não esperava por isso.

– Achei que merecia mais do que só a Festa de Inverno, já que não participou de muitos eventos.

– Não que isso seja um evento. – Aponto sorrindo. Ele sorri também.

– Bom, talvez seja. Um evento particular, e você é minha única convidada.

Tentei disfarçar o rubor nas bochechas, bebericando o vinho. Um silêncio suave se instalou, mas não durou muito.

– Chloe... – Meus dedos dos pés se encolheram dentro do salto diante daquela voz. – Quero te contar uma coisa.

Bebi um longo gole do vinho, esperando ansiosa, ouvindo meu próprio coração bater rápido.

— Me apaixonei por você. — Sussurra e meu coração para de bater. — Me apaixonei por você desde que a vi com aquela cesta no palácio, se preocupando com aquelas mulheres, se colocando em risco. Me apaixonei quando conseguiu me fazer cair com um chute, e quando correu pela floresta com seus saltos assassinos. Quando lutou contra o ataque, quando você não teve medo de mim. Quando não esperou que eu fosse algo mais do que já sou. Sei a pressão que sofreu no castelo... mas saiba que você sempre foi perfeita para mim do jeito que é, um orgulho para mim desse jeito. — Ele respira fundo enquanto eu estou completamente paralisada, a taça já vazia repousava ao meu lado. — E no entanto, apenas depois de semanas eu entendi isso. Eu entendi... Eu entendi que amo você. — Faz uma pausa. – Eu amo você. – Repete baixinho, um sussurro só para mim. Nosso segredo. Meu

Ele me olhava intensamente, e eu retribuía. Cada letra daquela frase se assentando em meu corpo, me marcando, marcando o mundo, o meu mundo. Rhys era meu mundo. Não importava quantas noites eu precisasse passar em claro, treinando, para se um dia ele precisasse que eu o salvasse novamente. Não importava o que ele dissesse de ruim, não importava suas mudanças de humor. Não importava nada. Que viesse um exército, que o rei escondesse por mais mil anos o que está fazendo, seja lá o que for, se Rhys estivesse ali, comigo, do jeito que fosse, não importava nada.

Luto, mas não consigo fazer as lágrimas de emoção retrocederem. Rhys sorri carinhoso e seca cada uma com o polegar, delicado. Ainda estou sem palavras quando ele tira algo do bolso.

– Certa vez você disse que a palavra que sempre usava quando pensava em nossa situação era "estranho." – Ele estica a corrente pequena de ouro. – Foi adequado. Nos primeiros momentos eu também a usava para descrever meus sentimentos, então...

Não era uma só corrente. Eram duas, iguais, com as letras cursivas e bonitas, de ouro sólido, formando aquela palavra. A nossa palavra. Que ambos usamos quando não sabíamos a real natureza de nossos sentimentos, puros e verdadeiros. Em torno da última letra bem curvada do meu pingente, havia também uma borboleta esculpida no ouro. Na dele, com a corrente um pouco mais grossa, havia uma espada.

Rhys se levantou calmamente, e agachou atrás de mim, afastando os cabelos do pescoço e abrigando a corrente. Seus dedos roçavam minha pele, fazendo leves cócegas, enquanto ele prendia o colar que eu nunca mais iria ousar tirar.

Rhys voltou para minha frente, analisando. E sorriu. Peguei a outra corrente de suas mãos e fiz a mesma coisa, enquanto ainda tentava fazer alguma palavra sair de meus lábios. Quando terminei e o encarei, ele estava muito perto, seu hálito fresco se condensando ao meu.

– Amo você. – Sussurro. – Com todos seus defeitos e estranhezas, amo você.

Vi quando o brilho de amor e desejo explodiram em seus olhos, e ele sorriu antes de pegar minha cintura e com um movimento rápido, me colocar em seu colo enquanto seus lábios abordavam os meus com urgência.

Eu sentia tanto a falta daqueles lábios. Dias, semanas, meses, anos, qualquer que seja o tempo que havia passado desde nos beijamos pela última vez, parecia ter sido a há uma eternidade.

Em meio ao beijo ele me deitou delicadamente sobre o edredom, e seu corpo cobriu o meu, com suavidade. Nos beijamos, com amor e fúria, e quando nos separamos para tomar fôlego, vi chamas e desejos em seus olhos. E fiz o favor de devolver o mesmo olhar desesperador.

Rhys foi delicado, plantando beijos suaves em minha clavícula enquanto minhas mãos acariciavam seus cabelos macios.

Ele se levantou um pouco, pegando meus pés e cuidadosamente desamarrou as tiras de meu tornozelo, e retirou os saltos de meus pés lentamente. Suas mãos deslizaram por baixo do tecido transparente do vestido, subindo por minhas pernas, coxas e cintura, deixando um rastro de chamas em cada canto da pele exposta e tocada.

Nossas roupas não demoraram para sumir depois disso.

– Amo você. – Ele sussurrou em meu ouvido repetidas vezes.

E naquela noite, fomos até as estrelas.

***

Rhys ainda dormia quando acordei, estávamos abraçados e enrolados no edredom, como uma lagarta em um casulo, pronta para ganhar asas.

Admirei o rosto tranquilo e adormecido do homem que eu amava, daquele a quem eu havia entregado meu coração e alma.

Me desenrolei do edredom com calma e delicadeza para não acordá-lo, e vesti o vestido largado e amontoado entre as roupas de Rhys. Sorri pegando uma maçã, admirando o anjo adormecido ao meu lado.

Uma marca no início de suas costas descobertas me chamou atenção. Larguei a maçã de lado e me aproximei devagar. Afastei um pouco o edredom e tentei reprimir o ódio e o aperto em meu coração quando vi uma cicatriz enorme cruzando as costas de Rhys, como se um chicote de ferro e três pontas houvesse rasgado aquela carne sem pudor. Quem teria feito aquilo...

Me afastei quando ele se remexeu e começou a abrir os olhos lentamente. Ele sorriu para mim e escondi aquela fúria do olhar, sorrindo de volta.

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minha vida em poemas. perdi minha outra conta "eulihvicentim". sou uma jovem que ama escrever e ler poesias, e tem um sonho de ser poeta/escritora.