Medida Certa | camren [Conclu...

By jennie_xp

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Camila tem seu coração completamente protegido atrás de um parede de puro concreto e aqueles que tentarem se... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capitulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56-Final

Capítulo 44

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By jennie_xp

Capítulo 44

De manhã pediu o café enquanto Camila ainda dormia.

- É, esse remédio te derrubou mesmo, meu amor... – olhava para ela completamente apagada na cama. De bruços, os cabelos espalhados pelo travesseiro, vestia apenas calcinha.

Ficou em cima dela e beijou-lhe a nuca, massageou levemente com uma das mãos. Cheirou seus cabelos para chamá-la bem baixinho.

- Querida, acorde. – deu outro beijo na nuca. – O dia está lindo.

Camila respirou fundo, puxou o braço de Lauren e beijou sua mão. Virou-se ainda sob o corpo da morena e deixou que ela se encaixasse entre suas pernas, só aí abriu os olhos e se deparou com o mais lindo verde.

- Bom dia. – sorriu de forma meiga.

- Oi lindinha, como está o pulso?

- Dói ainda, mas bem menos que ontem. – olhou para o braço. – Esse protetor está ajudando, assim não forço.

- Me sinto culpada, acho que fui eu quem te causou isso. – beijou a mão machucada. – Te puxei com força ontem. Sou uma besta enjambrada.

- Não foi amor. – riu. – Nem sei o que significa enjambrada, mas você não é.

- Significa ser sem jeito e bruta.

- Nunca! Você é delicada... – beijou o queixo. – Carinhosa... – outro beijo na ponta do nariz. – E extremamente cuidadosa comigo, além de mãos precisas. – piscou o olho e sorriu.

- Isso eu posso dizer que tenho mesmo. – não foi nada modesta. – Tem um suco maravilhoso de morango com guaraná nos esperando e um pãozinho quentinho com queijo brie que você gosta.

- Hum... – a chef fechou os olhos e respirou como se aspirasse o cheiro da comida. – Tenho muita fome, ontem o jantar... ei, como eu saí de lá? – perguntou totalmente confusa.

Lauren deu uma risada alta se divertindo com a carinha de Camila.

- Você dormiu amor. – saiu de cima dela e lhe estendeu a mão para ajudar a se levantar. – Jantamos, ficamos conversando e você desmaiou. Te trouxe no colo de lá aqui.

- Jura? Ô amor, que peso. – vestiu um hobby.

- Imagina, você é super leve.

Lauren passou o braço em volta da cintura dela e foram para a varanda comer.

Desceram para encontrar com as meninas e foram caminhar na praia. Lucia debaixo de muito protetor solar e um boné. Camila também se precaveu e fez questão passar o protetor em Lauren também.

- Não é porque moramos no Rio que não precisa de protetor. Você é muito branquinha e além disso o sol faz mal essa hora.

- Tá bom querida, já me conformei em andar toda melada desse negócio. – resmungou.

- Depois eu tiro tudo. – cochichou no ouvido dela.

- Ui. – sorriu à declaração.

- Está melhorando o pulso, Camila? – Lucia perguntou.

- Sim, acho que à noite já não devo precisar.

- Ah que bom, assim aproveita melhor a viagem.

Lauren lembrou que à noite as duas tinham outros planos. Veronica era mais morena e nem precisou de tanto filtro solar, por conta disso não despreocupava de Lucia. Sempre checava para ver se não precisava passar novamente. Caminharam pela orla, tomaram água de coco, suco e quase no meio da tarde é que resolveram almoçar. Lauren quis dar um mergulho e deixou as três conversando. Camila a admirava correndo pela areia e mergulhando na onda.

- Me diz, como se conheceram? – Vero perguntou.

- A primeira vez foi na inauguração de um restaurante. Foi antipatia à primeira vista. Ela me chamou de cozinheira. – fez uma careta e riu depois.

As duas caíram na gargalhada.

- Parece a cara dela fazer isso.

- Depois nos encontramos por acaso algumas vezes, coisas do destino. – Camila discorreu o assunto, contou tudo com detalhes fazendo as duas rirem das trapalhadas dela e de Lauren – Por fim ela me convenceu de que era o amor da minha vida.

- E é? – Lucia perguntou.

- Completamente. Sou louca por ela, não sei mais viver sem a presença de Lauren. Eu sempre dizia que os opostos se distraem e não atraem, mas tive que dar o braço a torcer. Ela é a pessoa mais diferente que conheço. Nos completamos em diferenças. – sorriu.

- Quando conheci Lucia a primeira coisa que me falaram foi da nossa diferença de idade.

Camila olhou pra Veronica parecendo não entender.

- Pode não parecer, mas sou quinze anos mais velha que ela.

- Jura?

- Verdade. – Lucia concordou.

- É que tenho pele de bebê. – brincou a outra. – Todo mundo dizia que a Lucy iria me dar trabalho, por ser mais nova, que uma hora ia cansar e quatro anos de namoro se passaram. Cá estamos casadas em lua de mel.

- As pessoas têm mania de interferir na vida dos outros com opiniões próprias. Sempre achei que opinião a gente só dá quando solicitado. – Camila falou. – Vocês namoraram quatro anos?

- E a distancia. Ela no Sul e eu no Espírito Santo.

- Eu namoro há pouco tempo, vai fazer um ano agora.

- E já casou? – as duas perguntaram ao mesmo tempo e rindo.

- Pois é... esse lance de que casais gays casam rápido é verdade. – riu. – Mas não me arrependo. Não casamos no papel, simplesmente estamos morando juntas. Ela ainda tem o apartamento dela. Se mudou pro meu porque preciso de uma cozinha maior.

- Lauren faz tudo que você quer, não? – Vero falou.

- Faz. – Camila olhou para ela nadando e sorriu timidamente. – É por isso que sou dela.

- Ah que bonitinha! Vocês duas são lindas juntas. O casal mais bonito que já vi nesses meus anos de sapatice. – Vero brincou. – Não pela beleza física, mas pelo carinho e servidão que uma tem com a outra.

- Servidão? – Camila a olhou intrigada.

- É, são cúmplices e se olham como se fossem entidades uma pra outra. Deve pensar que estou viajando, mas vejo assim.

Camila olhou novamente para o mar pensando naquelas palavras. O tempo havia passado e ela tinha se dado conta de que amor não era raro, mas um presente de Deus. E era grata por senti-lo, amar e ser amada era uma sensação indescritível. Lauren saiu da água sacudindo os cabelos e não teve quem não percebesse. Ela realmente chamava a atenção, os homens babavam e até algumas mulheres. O corpo molhado, o rosto sério, mas num meio sorriso, os cílios compridos, molhados, faziam seus olhos ficarem mais verdes. Camila percebeu os olhares de cobiça e se levantou para ir ao encontro dela, levando uma toalha nas mãos.

- Se enxuga querida. – entregou a toalha e deu um beijo demorado nela.

Para espanto das pessoas que acabaram despistando os olhares das duas. Voltaram de mãos dadas, Lauren passou rapidamente num chuveiro pra tirar a água salgada do mar e sentou em uma cadeira, onde Camila sentou em seu colo. Vero e Lucy estavam rindo e Lauren quis saber.

- Que foi gente?

- Estamos rindo da tua namorada enciumada. Você saindo da água, ela mais que depressa foi marcar território. – e recomeçou o riso.

- É amor? – Lauren olhou pra Camila querendo rir.

- Turista é cara de pau, olha mesmo, não tá nem aí se a esposa tá do lado.

- A dela ou a minha? – a morena ria.

- As duas!

- Ô gatinha, não fique brava. Nem percebi, vim olhando só pra você. – a abraçou. – Ela tem um ciúme velado às vezes, não é de comentar, só fica com essa carinha de brava. Eu já saio quebrando tudo se for preciso.

- É bem a sua cara. – Vero falou.

- Lauren não quebra nada, ao menos não na minha frente, mas fica brava mesmo. – riu a mineira.

Ainda conversaram a tarde toda, Camila gostava de estar perto das meninas. Não sabia se era o ambiente diferente, mas ao vê-las juntas conseguia acreditar que era possível ser um casal gay e viver na sociedade ao mesmo tempo. Aos poucos seus conflitos internos iam diminuindo. Falavam justamente sobre isso, as diferenças existiam por parte da sociedade, aceitá-las ou não dependia de cada um.

- Saber que tem pessoas com o mesmo problema, nos conforta. É um instinto do ser humano. – Veronica falou.

- Sentir-se melhor quando alguém está no mesmo barco. – Camila completou.

- Claro! E quem quer andar sozinho? Enfrentar todas as dificuldades de uma vida, ainda mais sendo “diferente”. – Lauren fez aspas com as mãos. – Penso que essa diferença está na nossa cabeça e não é fácil tirar. A sociedade impõe demais, tudo depende de onde e com quem você está.

- Não entendi. – Lucia olhou confusa.

- Camila era uma pessoa mais fechada, concentrava-se no trabalho, não queria ter um relacionamento. Tinha medo de se envolver, pois havia sofrido no passado com a rejeição dos pais e a traição de um amor. Ela não é uma pessoa amarga ou ranzinza, a vida a fez assim. – puxou a namorada mais pra perto. – Quando nos conhecemos ela era extremamente tímida e mesmo quando ficávamos sozinhas, ela tinha um certo pudor.

- Tinha vergonha e medo, achava que alguém iria ver e me julgar.

- Ficava sempre medindo as consequências, nada podia sair do planejado. Ai de mim se encostasse nela em público, levava um olhar fuzilante. – riu fazendo as outras rirem.

- E como as pessoas não desconfiavam? Quem conhece a sua agência e você, sabe das suas preferências... – Lucia falou.

- Quase não aparecíamos em público e quando isso acontecia, sempre tinha alguém junto. Ainda acho que algumas pessoas comentavam, mas nada que desse repercussão. Isso só aconteceu depois do incidente no programa.

- Por isso te suspenderam. – Vero não perguntou e sim constatou.

- Ahan. E eu me dei férias e estou aqui curtindo uma lua de mel maravilhosa ao lado da minha namorada e boas amigas que encontrei. – sorriu.

- Então vamos brindar! – Vero levantou o copo sendo seguida pelas demais. – Um brinde aos casais felizes seja de que forma são. O que importa é o amor!

Brindaram e continuaram o papo animado, rindo e contando casos da vida de cada uma. Quando começou a anoitecer Lauren manifestou a vontade de ir embora, tinha compromissos. Não queria fazer alarde, seria tudo uma surpresa para Camila. Vero percebeu certa ansiedade na morena e ao se levantarem comentou baixinho:

- Que pressa hein?

- Tenho planos.

- Espero que deem certo então.

- Vai dar. Siga um conselho meu, vá à recepção e peça para lhe indicarem uma noite romântica, leve Lucia para namorar. – piscou o olho e saiu.

Subiram cada casal para seu chalé e pensando que apenas tomariam banho, Camila perguntou.

- Amor, quer que eu encha a banheira pra você?

- Não, vamos tomar banho no chuveiro e descer, temos um jantar nos esperando.

A mineira olhou surpresa e num meio sorriso.

- Ah é?! Não sabia desse compromisso hoje à noite.

- Está livre senhorita? – a morena se aproximou.

- Pra você, sempre.

- Então vou levar minha princesa para um passeio romântico.

- O que devo vestir? É alguma coisa muito chique?

- Vista-se para sair pra jantar. Seremos só nós duas.

Tomaram banho e Camila colocou um vestido branco com o mesmo decote na frente e atrás, era justo até a cintura preso numa espécie de cinto e depois mais soltinho até os joelhos; não colocou sandálias de salto, pois Lauren tinha avisado que o jantar seria na praia.

- Salto e areia não combinam. Está bom com essa rasteirinha? – mostrou à namorada. – Pareço mais baixa. – fez um bico.

- Linda como sempre. – Lauren apareceu vestindo uma calça cargo branca também e uma blusa verde claro.

Ambas estavam mais bronzeadas e o branco lhes caía bem naquele momento.

- Me sinto mais morena. – Camila brincou.

- Está maravilhosa, vamos senão resolvo ficar por aqui mesmo. – sorriu com malícia.

Desceram no carrinho e pararam na recepção para que Lauren pudesse saber as coordenadas do local aonde iam. O funcionário explicou e elas saíram novamente no carrinho, andaram por uns dez minutos apenas e pararam numa espécie de porto. Havia um pequeno barco esperando e o funcionário foi dispensado, pois Lauren queria ir sozinha com Camila. Não teve dificuldade em remar, já que a água era calma e a tenda era bem próxima.

- Que lugar lindo. – Camila olhava em volta. – Vamos jantar aqui?

- Não só jantar... – e a encarou com um olhar sugestivo.

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