Capítulo 43
Pra surpresa delas o dia seguinte amanheceu sob forte chuva e o tempo acabou esfriando. Em total preguiça Lauren se recusou a sair da cama.
- Amor, o que você quer fazer lá fora com essa chuva? – resmungava enquanto Camila tentava arrancá-la da cama.
- Vamos, está linda caindo no mar.
- Quem? Eu ou a chuva?
- A chuva, Lauren. Levanta anda! – parou de puxá-la e foi saindo pelo quarto. – Quero fazer amor com você na chuva, mas pelo visto não vou conseguir. – tirou o roupão e saiu nua do quarto.
A morena arregalou os olhos, foi como se tivesse tomado um choque de ânimo. Deu um pulo da cama e foi atrás da namorada. Desceu as escadas e encontrou-a sentada no sofá do varandão olhando a chuva cair. Tinha os braços envolvendo as pernas, que estavam dobradas e usava apenas uma calcinha. Olharam-se e nada disseram. Lauren se aproximou e esticou os braços pra ela pra que se levantasse. Pegou-a no colo, fazendo agarrar sua cintura com as pernas e dali foram pra piscina, debaixo de uma chuva torrencial. Em minutos estavam molhadas, antes mesmo de entrar na água. Começaram a se beijar e o clima esquentou. As mãos ganharam vida, Lauren sentou na escada dentro da piscina e inclinou o corpo de Camila para alcançar seus seios e chupá-los como gostava. A menor agarrava seus cabelos e gemia excitada. Apesar da chuva forte o dia estava claro e as gotas de água faziam o corpo de Camila brilhar na claridade do dia. A calcinha que usava estava totalmente molhada e há muito atrapalhava as intenções da morena. Sem pensar, arrancou-a num puxão e jogou longe. Instintivamente Camila abriu mais as pernas e se entregou sentindo o toque da outra e seus dedos penetrarem de leve seu sexo.
- Isso... assim... – rebolava enquanto pedia.
- Diz que me ama... – sussurrou ao ouvido dela.
- Eu te amo. – a voz saía doce e suave. – Eu te amo muito... Lauren...
Lauren se excitava só de ouvir sua voz. Não demorou para fazê-la gozar. Sentiu seu corpo pesar e se aconchegar em seus braços. Colou sua testa na dela e assim ficaram, em silêncio, sentindo a respiração descansar e a chuva cair.
Camila quem resolveu falar primeiro.
- Quando faço amor com você, sinto que minha alma muda de cor, se é que isso é possível. – sorriu.
Lauren a abraçou forte, como se quisesse colar seus corpos um no outro.
- Eu te amo com todas as minhas forças, não sou mais dona de mim, pertenço a você, porque vivo por você.
Beijaram-se com delicadeza, carinho, as línguas se tocando e os lábios buscando o toque macio.
- Acho que vamos dar o bolo em nossas amigas. – Camila falou ao fim do beijo.
- Elas vão entender, se é que estão lembrando da gente.
- Gostei delas, me identifiquei com a situação. É a primeira vez que tenho contato com um casal gay que não seja Dinah e Cris.
- Acho que você gostou foi de saber que tem gente que prefere ser mais reservado como você. – beijou a ponta do nariz dela.
- É que a gente acaba se identificando. Às vezes pensamos que só nós estamos passando por uma situação e, no entanto é o contrário.
- Notei que ficou mais solta depois que as conheceu, você até me deu um beijo em público.
- Já tinha feito isso antes. – brincou passando a palma da mão no rosto dela.
- Sim, mas fez de uma forma mais solta, sem olhar para os lados depois do beijo.
- Eu olho para os lados? – colocou o dedo na boca num gesto inseguro.
- Penso que faz de forma involuntária, é o seu jeitinho desconfiado mesmo. Jeitinho que eu adoro. – mordeu o queixo dela e avançou pelo pescoço.
Camila empurrou os ombros da morena e fez sinal de negativo com a cabeça. Num movimento se desvencilhou dela e foi nadando de costas para o meio da piscina. Tinha um olhar safado que deixava Lauren maluca. A morena foi nadando devagar com os olhos fixos nos de Camila. Chegou mais perto a ponto de quase encurralar a chef num canto.
- A menos que saia da piscina, você não tem pra onde ir. – levantou uma sobrancelha.
- Quem disse que estou fugindo de você? – veio sorrindo com malícia. – Hoje não vamos sair, quero você só pra mim. – passou os braços em volta do pescoço dela e foi empurrando para que ficassem no meio da piscina.
- Aqui não dá pé, não é? – Lauren segurava o riso.
- Se atreva a rir que eu faço greve de sexo até o fim da viagem.
- De forma alguma vou rir da sua deficiência de estatura. – olhou pra cima. – Até por que, eu adoro ser maior que você.
- Ah é? Você não é tão mais alta do que eu! E eu consigo te dobrar.
Com beijos no pescoço e mordidas deliciosas, Camila foi levando Lauren para fora da piscina. Deitaram em uma cadeira na beirada, ainda chovia. Inverteu a posição ficando ao contrário para fazer um meia nove. Lauren abriu as pernas e deixou que ela a penetrasse com a língua, enquanto chupava seu clitóris com vontade. Apertava a bunda dela cada vez que lhe tocava um ponto mais sensível. Camila sentiu as pernas de Lauren se enrijecerem, era sinal de que estava pra gozar. Parou de penetrá-la pra se concentrar somente no clitóris e chupar com extrema delicadeza. Sentiu o gosto incrível de quando gozava. Foi girando o corpo novamente até ficar totalmente em cima dela. Beijou o colo, o pescoço e só então reparou que a chuva tinha cessado.
- Nem vi que tinha parado de chover. – riu.
- Estava muito bom.
- Também gosto de chuva.
- Não me referia à chuva. – Lauren abriu os olhos pra ela. – Falava de você.
- Hum, então eu consegui te satisfazer por hoje? – mexeu nos cabelos da morena.
- Por hoje, não. Por agora, mas o agora já passou e você não gozou que eu sei.
- Como sabe? – Camila franziu a testa ficando curiosa.
- Sei de tudo que acontece no seu corpo quando fazemos amor. Você arrepia... – alisou o braço dela e a pegou para que ficasse sentada de frente. – Seus olhos se fecham ficando semicerrados... – olhou pra ela e baixou a cabeça para beijar o pescoço. – E o seu cheiro muda. – cheirou seu pescoço e começou a lamber. Desceu com a língua para os seios e passou direto pra barriga.
Rapidamente tirou a almofada onde estava sua cabeça e colocou embaixo da bunda de Camila fazendo-a ficar com o sexo na altura de sua boca. Viu seu sexo molhado e nem quis saber de preliminares. Levou a boca e chupou, sugando aquele líquido de gosto ímpar. Camila se apoiava nas laterais da cadeira, hora se agarrava às pernas de
Lauren e a arranhava. Não conseguiu mais segurar e gritou quando o orgasmo chegou. Seus braços amoleceram, então se deixou cair exausta. Lauren continuou beijando o local recomeçando com as carícias quando a chef pôs a mão entre as pernas.
- Não amor, deixa eu sair dessa posição. – riu.
Lauren a puxou pela mão, ela sentiu uma leve dor, mas nada que incomodasse.
- Agora sim, me sinto satisfeita.
- Cafajeste! – deu um tapa no ombro dela. – Ai, doeu mais em mim que em você. – esfregou o pulso da mão esquerda. – Acho que dei mal jeito.
- Ué, será que foi a posição? – Lauren tomou o pulso dela.
- Já, já passa.
- Falando em passar, a chuva se foi. Vamos sair com as meninas?
- O que você acha?
- Podíamos aproveitar que temos companhia, gostei delas.
- Estou com o número do quarto onde estão, vou ligar pra marcar alguma coisa.
Depois de um banho mais que demorado, Camila ligou e marcaram de se encontrar onde as meninas estavam.
Antes de sair reclamou novamente do pulso.
- Será que torci?
Com calma Lauren olhou, mexeu um pouco e ela sentiu mais dor. Comparou com o outro pulso da mão esquerda e realmente parecia um pouco mais inchado.
- Que tal se eu chamasse um médico? De repente se imobilizar melhora.
- Nossa que chato isso. – resmungou fazendo carinha de criança triste.
- Calma amor, pode ser uma coisa à toa.
Antes de saírem, chamaram no hotel e eles enviaram um médico que foi muito atencioso e disse que Camila tinha tido uma leve torção, mas que com analgésico e uma imobilização ela ia melhorar em alguns dias.
- Nossa que ótimo! Na minha viagem de lua de mel. – falou em português para o médico não entender.
- Vai ficar boa em pouco tempo. – Lauren beijou-lhe a testa.
Assim que o médico saiu elas foram se encontrar com as amigas. O chalé delas era próximo e foram andando mesmo.
- Ih, machucou? – Veronica perguntou quando abriu a porta.
- Uma leve torção, fiz arte hoje à tarde.
- Acho que você tá usando demais essa mão. – Lucia veio brincando.
Todas riram, mas Camila ficou tímida, achou a frase meio descabida no momento. Jantaram com as meninas conversando sobre vários assuntos. Como havia tomado o analgésico, Camila teve sono e durante a conversa foi se encostando em Lauren até que dormiu.
- A outra apagou. – disse Veronica.
- Ela tomou um remédio e deve estar fazendo efeito. Acho que é a deixa para irmos.
- Tadinha, vai acordá-la. – Lucia olhou penalizada.
- Imagina, vou carregando meu neném. – Lauren a pegou no colo e se despediu das meninas. – Amanhã nos vemos na praia.
- Vai moça, carregando a bela adormecida. – riu Veronica.
Saiu com Camila no colo e pouco antes de chegar ao chalé, viu ao longe algo parecido com uma tenda. Ficava no meio da água, em uma parte onde não tinham ondas. Estavam iluminado e muito bonito. Haviam outros um pouco mais distantes e achou muito interessante. No chalé, deitou Camila na cama, tirou a roupa dela e a cobriu, por conta da chuva a temperatura caiu um pouco. Aproveitou o seu sono e ligou para a portaria, queria saber o que eram aquelas tendas. Informaram que eram alugadas à parte para casais ou um grupo de pessoas que queira passar a noite. Era servido um jantar e lá tinha uma mesa que ficava em cima de uma plataforma de vidro e ao lado uma cama de casal. Deixou um alugado para a noite seguinte, levaria Camila lá para passarem a noite. Empolgada com a ideia foi dormir animada. Estava planejando algo especial e isso era o que faltava para incrementar tudo. Abraçou a namorada e adormeceu contando as horas para o dia seguinte.