Valentina narrando
Acordo no sofá com uma intensa ressaca. Não maneirei nem um pouco na bebida ontem. Vou logo para o meu quarto procurar um remédio pra essa dor de cabeça e meu celular que não estava achando.
Acabo esquecendo que Guilherme estava dormindo no quarto, entro batendo à porta e ligando as luzes.
- Porra Valentina! Nem pra deixar o cara dormir! - acorda já reclamando.
- Primeiramente: você está no meu quarto! - digo abrindo a gaveta a procura de uma aspirina. - Segundamente: você dormiu aqui por que?
- Por que eu tava cansado! - levanta e põe a cueca - mas logo já vou ir embora, tenho que trabalhar a tarde.
Acabo não respondendo.
- Você dormiu aonde? - pergunta curioso.
- No sofá. - digo grossa - não estou de bom humor Guilherme, por favor, é melhor ir pra casa.
- Tudo bem, tchau pra ti - diz batendo o pé e fechando a porta com força.
Aquela foi a última vez que eu e ele transamos.
***
"Você tem que estar pronta as 22:00".
Camilla diz por mensagem, hoje era me aniversário, fazia 20 anos.
"Claro. Mas não vai me dizer mesmo aonde vamos? Vai que eu vá com uma roupa inadequada!".
"Vá como quiser. Seu irmão disse que não tem problema".
"Está com ele agora? Se sim, manda ele ir se foder. Agora beijinhosss, vou ir pro salão"
"Beijinhos!!"
Pego minha bolsa e a chave da minha linda BMW, como gostava dela! Espero o elevador para descer até a garagem. Logo estou dentro do meu bebê ouvindo uma musica e enfrentando o trânsito de uma bela sexta feira à tarde.
Faço no salão tudo o que tenho direito: Unha, pé, hidratação, massagem e algumas coisinhas a mais. Queria estar linda a noite.
Quando acabo, me despeço das meninas que me desejam um feliz aniversario e me mimam com algumas lembrancinhas. Elas gostavam muito de mim.
Me surpreendo quando vejo que o trânsito está tranquilo e que não demora muito pra eu estar em casa. Meu banho foi bem caprichado. Paço meu hidratante e um perfume forte, mas não enjoativo. Faço uma maquiagem simples que valoriza muito meu rosto. Jorge, o meu cabelereiro, havia feito um penteado lindo. Minha roupa também era de tirar o fôlego. Mamãe me deu antes de voltar para o Brasil.
Em falar nos meus pais, ligaram assim que acordaram. Estava com saudades, mas uma hora teria que sair das asas deles.
Quando o relógio marca 22:00, Camilla me liga e avisa que, ela e meu irmão, estão me esperando lá embaixo.
Chamo o elevador e espero colocando um chiclete de menta na boca. Queria tanto ir em um restaurante chique e comer algo como salmão. Me da até água na boca só de pensar.
As portas de metal se abrem e vou em direção a portaria. O porteiro me cumprimenta com um sorriso e logo libera minha passagem. Entro no carro sem dificuldades.
- Como você está linda! - diz Camilla.
- Thanks baby, você também tá uma delicia - digo rindo.
- Feliz aniversário maninha! - Caio me entrega um pacote pequeno. Um colar de diamantes. - Presente meu e dela - aponta para Camilla.
- Espero que goste - sorri.
- É lindo! - digo abraçando os dois de lado - obrigada!
Eles sorriem.
- Vamos para onde? Queria tanto jantar um salmão.
- Val - Camilla suspira - o lugar que vamos é diferente, mas temos certeza que irá se divertir.
Assinto mas receosamente. O louco do meu irmão é capaz de me levar até pra uma favela... Eu e minha boca grande. Ele para na frente do morro da favela da rocinha.
- Eu não vou subir isso aí, NEM MORTA! - digo tentando abrir a porta, mas a tentativa falha, estava trancada.
- Valentina. Se acalma. - diz Caio.
- ME ACALMAR? VOCÊ ME TRAZ NA MERDA DE UMA FAVELA NO MEU ANIVERSÁRIO! Eu não vou entrar aí.
- Vai sim. - diz Cami - Seu irmão me trouxe aqui no último baile. E é diferente do que falam por aí. Todos são simpáticos. Vamos Val, aproveitar, beber e fumar um se der vontade!
Penso um pouco, mas me deixo levar, precisava aproveitar, e algo me dizia que iria valer a pena.
- Tudo bem! - cedo e eles sorriem - mas... se eu não me sentir a vontade, eu vou pegar o carro e vou embora.
- Concordamos com isso - diz Caio - mas vai ter que ir com uma mente limpa e sem preconceito.
- Uhum. - digo receosa.
Meu irmão tenta subir com o carro mas um cara nos barra.
- De coé parceiro? - pergunta soltado fumaça do cigarro.
- Avisa o NL que o Caio chegou.
Ele fala com alguém em um rádio e logo faz um sinal pra liberarem a nossa passagem. Quanto mais perto desse baile, maior o barulho e o cheiro de drogas. Quando desci do carro, consegui ver mulheres vestidas inadequadamente, pessoas usando drogas, homens armados e muita putaria. Aquilo com certeza não se encaixava no meu mundo.
Camilla chega mais perto de mim e segura meu braço sussurrando.
- Dê uma chance pra esse lugar. - e dito isso vai pro bar com meu irmão, e me deixa ali, sozinha.
Muitos olhares param sobre mim e quando percebo, não consigo mais ver meu irmão e minha amiga. Vou em direção ao bar e peço varias doses de tequila e vodca. Não era aquilo que estava acostumada a beber, mas dava para o gasto.
- Como se chama? - pergunta uma mulher, que por sinal é muito bonita, ela bebida um kit.
- Valentina... - viro mais um shot - e o seu?
- Maju! - sorri - você veio sozinha?
- Hoje é meu aniversário e meu irmão decidiu me trazer aqui pra comemorar, mas já sumiu.
- PARABÉNS!!!! - diz ela me abraçando - desculpa a empolgação, mas podemos ficar juntas até seu irmão te encontrar, e curtimos o baile!
Pensei um pouco mas logo concordei, ela parecia ser uma pessoa legal e não que quisesse meu mal.
- Vamos dançar - ela puxa minha mão e rebolamos até o chão com uma musica qualquer do Mc Lan.
Dançamos mais algumas musicas e logo ela me chama para irmos ao camarote. Estranhei um pouco mas assenti pegando mais um shot e deixando descer rasgando.
Liberam de primeira nossa passagem, ela vai em direção ao cara muito bonito e o dá um selinho.
- Esse aqui é o meu marido e sub do morro. - ela sorri pra ele - o nome dele é Luan, mas prefere que o chamem de LL.
- Satisfação em te conhecer - sorri e abraça de lado Maju.
- Igualmente - sorrio de volta - sou a Valentina!
O rádio dele apita e ele pede licença e se retira.
- Olha, eu já volto, uma amiga lá em baixo me chamou. Não vou chamar ela pra cá por que já te trouxe. Mas fica a vontade. - manda um beijo no ar e logo a perco de vista.
Fico meio sem jeito de ficar aqui por que não conheço ninguém, e nem aqui de cima consigo procurar meu irmão e a Camilla. Odeio eles.
Um cara alto e moreno, cheio de tatuagens e muito lindo se aproxima de mim.
- Quem que é tu? - pergunta com uma cara de bravo me intimidando, e olha, não estava dando certo. Eu havia bebido demais e tudo o que eu queria fazer era rir da cara dele. E sem querer, saiu uma risada. - de qual foi?
- Desculpa - rio um pouco mais. - Sou a Val.
- Satisfação, NL - repara melhor em mim - por que prazer só na cama.
Levando as sobrancelhas. E saio dali rebolando, sem que ele possa falar mais nada. Vou até o bar do camarote e bebo mais uns 4 ou 5 shots de tequila, eu estava caindo de bêbada, mas isso não me afetava.
Comecei a dançar, segurando na barra de ferro que tinha lá, uma hora não consegui segurar e escorreguei, mas mãos firmes seguraram minha cintura.
Ele me virou e encarei os olhos de NL. Ele se aproximou de mim e me beijou. Me deixei levar. O beijo estava bom. Quente. Ele apertava minha cintura, minha bunda, e eu, segurava forte sua nuca e seus cabelos. Senti uma corrente elétrica passando por todo meu corpo.
- Me leva pra sua casa. - ele me encara - tudo bem, pode me levar.
Eu precisava de outra pessoa. Uma pessoa que não pensasse só no seu prazer. E NL me passava essa segurança.
- Vamos. - ele segura minha cintura e me ajuda a descer as escadas.
Avisto Maju que vem até mim e me tira dos braços de NL.
- Ela está bem? - pergunta preocupada e eu rio.
- Sim. - ele a encara com os olhos impacientes e ela percebe o que iria acontecer.
- Vai indo pra sua casa que eu levo ela depois.
Vejo ele se afastando. E ela me põe em um sofá pra conversar comigo.
- Eu já entendi o que iam fazer. Primeiro: Ele é dono do morro e não te prometo que vão ter filhos e viverem felizes. - assinto rindo - segundo: Isso aconteceu comigo e com Luan, e eu voltei grávida pra casa. Por favor usem camisinha. Terceiro: é virgem?
- Não sou, não se preocupa. - ela procura meu telefone.
- Vou anotar meu telefone e amanhã você me liga. Vou te levar até lá, e divirta-se, já ouvi coisas boas vindas dele - ela me ajuda a levantar e me leva a uma casa muito bonita. A mais bonita do morro, por sinal.
Ele estava sentado na varanda de casa fumando um resto de baseado.
Maju sorri, pisca e vai voltando para o baile.
- Sua casa é muito bonita - digo cambaleando - você até que tem bom gosto.
Ele nem me da ouvidos. Se aproxima de mim e me beija. Aquele beijo é de tirar o fôlego. Ele me pega no colo e sobe as escadas como se eu fosse uma pluma, e não deixa nossas bocas ficarem uma da outra. Me joga na cama e eu tiro sua camiseta, logo, estamos despidos e trocando mais carinhos. Ele faz um caminho de beijos até chegar em minha intimidade e a ataca gentilmente, eu gemo de prazer.
- Olha só, prontinha pra mim. - ele sorri e pega a camisinha, coloca em seu membro (que aliás é enorme), e logo está dentro de mim.
Ele investe forte mas sem que eu me machuque, nós nos beijamos e logo chegamos ao nosso clímax juntos. EU FINALMENTE HAVIA GOZADO.
Terminamos com um beijo e pegamos no sono.
Nicolas Ortega, 27 anos
***
Oi oi gente!!!! Espero que tenham gostado desse capítulo. Estava meio receosa ao escrevê-lo mas o resultado ficou bom, eu espero.
Logo mais teremos surpresassssss, beijinhos!