Casamento Arranjado [Completo]

By MM_Autora

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Ela sempre sonhou em casar por amor, mas ao descobrir que foi prometida em casamento para unificar os negócio... More

Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36 (BÔNUS)
Capítulo 37
Capítulo 38 (BÔNUS)
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59 (Bônus)
Capítulo 60 (Bônus)
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77 (Bônus)
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80 (Bônus)
Epílogo
Playlist

Capítulo 63

22.3K 2.3K 148
By MM_Autora

- Nossa!-disse Fera surpreso.
- eu disse que a história era longa!
- eu não acredito que Ian fez isso. Ele sempre me pareceu tão correto, tão íntegro. Muito diferente daquele cafajeste do Dorian. Estou surpreso que ainda esteja por aqui. Se eu te conheço bem...
- eu não tive opção Fera. Eles não me deram opções. Ninguém me perguntou se era isso que eu queria. Ninguém teve a decência de perguntar se eu estava feliz. Nenhum deles se importa. Meu pai, o Senhor Seymour e Ian... Nenhum deles é melhor que o outro.
- isso é triste. Confesso que cheguei a pensar que você e Ian sentissem algo um pelo outro...
- ninguém ama sozinho!
  Fera ficou em silêncio.
- você o ama?-perguntou ele.
- não! -respondi diretamente mentindo para mim mesma.
- sabe Helena, a maioria das atrocidades feitas pelos homens é em nome do dinheiro, e não do amor como muitos pensam.
- o dinheiro não traz felicidade.- falei pensativa.
- não, mas ele traz uma falsa sensação de poder e felicidade. O dinheiro ilude as pessoas e destroe muitas vidas. A minha vida é o exemplo mais concreto disso...
- Por que as mulheres são tão humilhadas?-perguntei irritada. - Por que não podemos escolher nosso próprio caminho? É tão errado assim querer ser feliz?
- infelizmente a sociedade é extremamente intolerante, por mais que as coisas mudem algum dia, ainda existirão aqueles que não aceitarão tais mudanças, que não tolerarão as diferenças. Ainda existirão pessoas infelizes enquanto as diferenças forem mais fortes que a humanidade em si.
- que bonito isso Fera... - falei emocionada.
  Toda aquela bebedeira está me deixando tonta e emotiva, mas não vou parar. Não agora. Quero esquecer meus problemas pelo menos por uma noite.
- você quer ir pra casa?-perguntou ele.
- não. Não quero voltar agora.
  Surgindo não sei de onde, Doc apareceu com um jogo de baralho e um saco de moedas.
- minha noite foi bem produtiva! -disse ele.
  Ele parou por alguns segundos e me encarou bem, tentando enchergar meus rosto coberto pelo capuz.
- boneca? O que faz aqui?- perguntou ele surpreso.
- estou tentando esquecer algumas coisas...
- veio ao lugar certo. Aquele pato veio com você? Estou louco para depenar ele hoje. A sorte sorriu para mim essa noite.
- eu vim sozinha!
- O QUE?-gritou ele.
  A taverna inteira ficou em silêncio e todos olharam para nós, incluindo Lorenzo e Carmem.
  Escondi meu rosto antes que eles pudessem me reconhecer.
- shh! -falei pro Doc.
- O QUE ESTÃO OLHANDO? -gritou ele.
  Todos voltaram a seus afazeres e nos esqueceram.
- o que você tem na cabeça? -perguntou ele irritado. - Podia ter morrido...
- Ah Doc, eu já ouvi esse sermão hoje...
- na verdade ela quase morreu!-Disse Fera.
- vamos mudar de assunto. Não quero falar sobre isso. Já entendi que não deveria ter vindo sozinha, mas já estou aqui...
- você é uma idiota irresponsável! - disse Doc.
- e você um velho rabugento!
- ei, magoou! -disse ele.
- desculpa!
- ela está bêbada? Não está? -perguntou Doc.
  Fera afirmou com um movimento de cabeça.
- ei Doc, quer depenar um pato?-perguntei tendo uma ideia.
- claro que sim...
- aquele lá! -falei apontando para Lorenzo. - Ele é absurdamente rico e um idiota. Arranque as calças dele hoje...
- seu pedido é uma ordem! -disse ele indo até a mesa onde Lorenzo estava jogando.
  Senti uma força me puxando para baixo e quase caí da cadeira.
  Comecei a rir.
- você bebeu o suficiente para hoje! -disse Fera tirando o copo da minha frente.
- NÃO! -falei alto.
- está na hora de ir. Vou te levar pra casa.
  Antes que eu pudesse levantar, alguém puxou meu capuz.
- eu sabia que era você. Quem mais estaria com esses injeitados? - disse uma voz irritante.
  Olhei bem para a dona da voz. Carmem estava com uma combinação preta e vermelha, tinha os cabelos loiros presos no alto e usava um batom vermelho vibrante e um sapato de salto extremamente alto e preto.
- e o que você tem a ver com isso mesmo? Ah é, nada!-respondi.
- o que faz aqui? Esse lugar é meu. Não aceito sua presença em meu local de trabalho. Esta chamando a atenção dos meus clientes.
- não tenho culpa se você está velha e não os agrada mais.- falei indiferente.
- você não se contenta com nada não é? Já tirou de mim o Dorian, o Ian, Fera e agora quer meu precioso Lorenzo? É por isso que veio? Está atrás dele?
- ficou maluca? Eu não tirei nada de você. Você que não conseguiu satisfaze-los.
  Não precisei de outro argumento. Carmem me pegou pelos cabelos e me jogou no chão, pulando em cima de mim e me arranhando com aquelas unhas vermelhas.
  Dei um tapa em sua cara o que a deixou ainda mais irritada. Ela pegou os meus cabelos e começou a tentar bater minha cabeça no chão, mas eu agarrei os cabelos dela e pra minha surpresa ele saiu de sua cabeça, era uma peruca.
  Fera, vendo que as pessoas estavam começando a nos observar e que a briga não ia parar, me arrancou dos braços de Carmem e me tirou da taverna por uma porta que eu nunca tinha reparado.
- você definitivamente atrai confusão! -disse ele rindo.
- essas coisas sempre acontecem comigo. É impressionante! -falei.
  Eu estava toda arranhada, parecia que tinha brigado com um gato com raiva. Isso vai ser difícil de explicar.
  Fera me acompanhou de volta a mansão. Ficamos parados ali na porta por alguns segundos em silêncio.
- obrigada Fera. Por tudo.
- não tem problema Helena. Só não saía de casa a noite desacompanhada. Eu posso não estar por perto da próxima vez...
  Sem pensar muito no que estava fazendo eu abracei Fera e o beijei.
  Fera se assustou com meu movimento brusco, mas correspondeu ao beijo de forma simples. Eu não senti nada de extraordinário naquilo. É como se fosse... Não sei, esperava sentir alguma coisa.
  Me afastei dele sem graça.
- encontrou o que estava procurando? -perguntou ele sorrindo.
  Fiquei confusa com a pergunta.
- eu sei o que estava fazendo Helena. Você queria saber se é capaz de sentir por outro homem o que sente por Ian.
  Fiquei em silêncio, cheia de vergonha.
- sinto muito por ter te usado! -falei de cabeça baixa.
- não adianta procurar o que você já encontrou.
- eu sei... É só que...
- Ninguém ama sozinho! -disse ele entendendo.
- é... Me desculpe por isso. Eu só queria ter certeza. Ainda somos amigos?-perguntei envergonhada.
- claro que somos Helena. Se precisar de mim para qualquer coisa, sabe onde me encontrar...
- claro que sei... Obrigada!
- disponha. Mas agora preciso ir, tenho um corpo pra enterrar...
  Arregalei meus olhos e lembrei do homem no beco.
- até mais Helena. E não saía de casa sozinha novamente!
  Depois que Fera se foi, eu fui para o meu quarto silenciosamente, não quero que ninguém saiba que eu saí.
  Infelizmente, nada é tão fácil quanto parece.
  Ao entrar no meu quarto, vejo uma forma sentada em um sofá.
- onde estava?
- não é da sua conta! -respondi.
  Ian estava com uma expressão sombria e seus punhos estavam cerrados.
- onde você estava Helena? -perguntou ele irritado.
- eu já disse que não é da sua conta.
- precisamos conversar! -disse ele.
- não, eu não tenho nada pra falar com você. - retruquei.
- mas eu tenho. E você vai me ouvir!

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