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Passar um tempo com a Katy e o amigo dela foi bem divertido. Mas eu tinha que voltar pra "casa". Andei pensando muito e achei melhor eu falar com o Itan que sei sobre a história dele e do Jayden, do Sr.Marcos. E que não contarei a ninguém.
Minha melhor opção é essa.
(...)
Chego em casa e vem aquele silêncio. Nesse horário eu devia estar no clube de basquete. Então não sei se tem alguém em casa.
Subi as escadas e checo o quarto do Itan. Não tinha ninguém. Vou ao escritório do Sr.Marcos e também não havia ninguém.
Um barulho bem pequeno em baixo do piso estava começando a me perturba. Coloquei as orelhas no chão e ouvi uma conversa. Eu não conseguia entender muito bem, mas tenho certeza que uma das vozes era do... Itan.
Itan: Ele ainda não falou?
Xxx: Tá quase lá.
Itan: Diga quem mandou você. FBI? — Silêncio. — O que foi? O gato comeu a sua língua? — Riu. — Ou melhor, arrancaram ela? — Riram.
Xxx: P-Plofavlor, nlão me macluquem. — Disse com as palavras meio embaralhadas.
Itan: Desculpe eu não entendi. Repita.
Xxx: Eu nlão–
Itan: Fala de uma vez! Você não quer me ver irritado, quer? — Gritou.
Tirei minha cabeça do piso e me levantei com a pernas bambas. Minhas pernas estavam tremendo e eu mal conseguia andar.
A-Aquilo era o Itan..? N-Não pode ser... Não pode ser...
Ouço passos na porta de entrada e umas conversas.
Me afasto com medo e acabo esbarrando em um vaso de porcelana que caiu e fez um barulho enorme.
Itan: Quem está aí?! — Gritou.
Pensei em fugir, mas aí ele viria atrás de mim, então eu apareci na escada e o Itan ficou meio branco.
Itan: O que tá fazendo aqui? Não era pra estar no clube de basquete? — Perguntou.
Mia: Sai mais cedo. — Sorri nervosa.
Itan: Saiu cedo?
Mia: E-Eu não estou me sentindo muito bem.
Itan: Por isso está tremendo? — Ele falava enquanto limpava um líquido vermelho de suas mãos com um pano branco. Ele percebeu que eu estava olhando e logo disse. — É sorvete. — Riu. — Se me tivesse me dito que estava me casa eu te levava junto. Ainda dá pra lamber os meus dedos, você quer? — Brincou e lambeu o líquido vermelho da mão.
Uma ancia de vômito veio forte pela garganta e meu corpo se arrepiou todo. Eu engoli e sorri.
Mia: N-Não, n-não quero, obrigado. Não estou me sentindo muito bem..
Itan: Sério?
O ácido subiu de novo pela minha garganta e acabei vomitando ali mesmo no corredor.
Itan subiu as escadas rápido e segurou meu cabelo.
Minhas mãos tremiam só de saber que as mãos deles com aquele sangue estavam em mim.
Itan: Vem, vai lá tomar um banho, vou fazer algo pra você tá? — Falou e eu concordei.
Ele me levou no banheiro e saiu. Tirei minha roupa e apenas molhei o meu corpo.
Por um segundo quando molhei meu cabelo vi sangue descer e cobrir todo o box do banheiro, mas era apenas coisa da minha cabeça. Minhas mãos e pernas tremeram que eu derramei o creme no chão. Acabo escorregando e batendo as costas no chão.
A porta do banheiro se abriu e o Itan entrou com os olhos fechados.
Mia: Ei..!
Itan: Não se preocupe, não vou olhar. — Me cobriu com a toalha e me levou pro quarto.
Ele logo sai e eu me seco e visto uma roupa. A primeira coisa que veio a minha mente era:
"Eu tenho que sair daqui!"
Eu estava com medo de mais de encarar o Itan e ele descobrir que eu sei a verdade.
Itan volta com um prato de mingau de arroz e me dá.
Itan: Você comeu algo na escola que fez mal?
Mia: N-Não eu estou bem, pode ir. — Sorri.
Itan me olhou estranho e logo saiu.
Pude suspirar aliviada, mas ele abriu a porta de novo.
Itan: Come tudo okay? Depois eu volto e te vejo. — Sorriu e saiu.
Deixei o prato no criado mudo e fui até o guarda-roupa. Peguei umas blusas e uns shorts e enfiei na minha mochila.
Peguei meu celular e meu carregador. Eu não planejava nada naquele momento, eu so queria sair dali o mais rápido possível.
Liguei pra minha mãe e contei que estava passando mal e ela me deixou ir lá.
Uns 10 minutos depois eu comi a comida do Itan. Desci as escadas com o prato e ele estava jogando.
Itan: Aonde vai? — Se virou pra mim.
Mia: Na minha mãe.
Itan: Minha Sogrinha. Opa que eu também vou. — Sorriu.
Mia: Não! — Falei e ele parou. — É uma noite pra garotas Itan.
Itan: Vai dormir lá? — Perguntou.
Mia: Sim. Só esse sábado e domingo. Segunda eu volto. — Sorri.
Itan: Ah se é assim eu te levo então. — Saiu antes deu responder. Ele pegou as chaves e saiu.
Entrei no carro e fomos até a casa da minha mãe. No caminho eu tentei conversar com o Itan normalmente mas eu estava muito nervosa e fria com ele.
Ele me ajudou a descer do carro e bateu na porta da casa da minha mãe.
Silva: Itan! Boa noite. — O cumprimentou.
Itan: Boa Noite. Principalmente pra vocês duas. — Sorriu.
Silvia: Noite das garotas! Foi meio que na última hora, por que a Mia me ligo–
Mia: Avisando que eu poderia ir sim na sua casa. Eu desmarquei na quinta por que queria um descanso. Mais minha mãe é prioridade!
Itan: Quem dera eu tivesse a minha mãe ainda viva. — Sorriu. — Bem... A Mia está aqui, então eu já vou indo. Tchau. — Me deu um beijo na bochecha. — Tchau Sogrinha! — Acenou e sair de carro.
Silvia: Agora deu pra ser mentirosa?
Mia: Não é nada. — Sorri.
Silvia: Vocês brigaram? Algo de errado não está certo? — Brincou. — Tudo bem, se não quer me contar não vou obrigar. Entra. — Me puxou.
É claro que eu não podia contar o que eu ouvi naquela maldita casa. Eu tinha que fazes 3 coisas, mas apenas uma delas eu tinha certeza que era a coisa certa.
1° - Ficar calma.
2° - Achar um jeito de resgatar aquele homem. <-- Coisa certa.
3° - Falar com o Jayden.
➥ Continua