Minha mãe puxou meu braço me forçando a sentar.
- Sente-se! Falou ela autoritária.
Sentei antes que ela me batesse.
- Por quê? Por que tentar matar o bebê?
- Não sei do que está falando mãe.
- Você colocou remédio no suco que me deu na noite em que o William veio aqui.
Eu tomei aquilo e quase morri.
- Eu não fiz nada. Prometo mãe.
Falei delicadamente.
- Allison! Fale a droga da verdade. Onde você leu sobre esse remédio?
Eu então comecei a chorar.
- Na Internet mãe. Sinto muito! Eu só estava com ciúmes. Eu achava que você me trocaria pelo bebê.
- Allison... Você sabe que isso é um absurdo! Sabe que eu não trocaria você.
Você é minha filha e eu te amo.
Esse seu temperamento me preocupa,
você pede para não voltar na psiquiatra mas faz coisas que me forçam a isso.
- Não mãe! Psiquiatra não. Eu só fiz essa besteira por ciúmes. Não vai se repetir.
Chorei mais ainda.
- Isso é inadmissível. Você quase conseguiu fazer mal a o bebê, e a mim também. Isso não é coisa que uma criança faça, você está de castigo.
Vou tirar o notebook de seu quarto por tempo indeterminado. E outra coisa,
a mamãe está namorando com o William e você vai aceitar calada. Não irá fazer nada, e tratar ele bem. Entendeu?
Prometa que não tentará nada contra o seu irmãozinho. Sim, será um lindo menino.
Respirei fundo chocada e respondi...
- Entendi e prometo. Era o Apocalipse!
Um menino! Só faltava agora ter a cara do falecido Dennis.
- Agora já para o quarto!
Eu levantei e fui para o quarto.
Eu tinha feito uma besteira, era nítido que uma médica saberia como agir quando estava prestes a perder um filho.
E saber que terei um irmão me deixou com mais vontade de me livrar dele.
Mas infelizmente eu terei que aceitar,
não tentar nada! Estaria muito na cara.
Então eu me preparei para fazer algo que eu não fazia a muito tempo...
Peguei meu diário.
"Querido diário, hoje meu dia foi uma merda! Está sendo uma merda e será uma merda! Terei um irmãozinho! ihuu (Alegria sem limites.) Estou odiando isso.
A notícia boa é que a Lee partiu dessa para melhor. Dizem que as crianças quando morrem, viram estrelas. Mas é crianças como a Lee? O que se tornam?
Acho que viram um cometa, um meteoro!
Amanhã não teremos aula, terá uma vigília para a coitadinha. Infelizmente eu terei que...
Minha avó chegou invadindo o quarto.
- Allison, eu só vim dizer que todos nós te amamos e não precisa sentir ciúmes.
O que está escrevendo?
- Nada vovó! Só sobre meu dia e pedindo perdão a Deus pelo o que fiz.
Tapei as palavras com a mão.
- Muito bem! Deus perdoa a quem se arrepende. Deixe-me ver o que falou para Ele.
- Não! Não precisa. SÓ eu e Ele podemos saber. A senhora não pode ver.
Ela me olhou um pouco desapontada, me deu um beijo na testa e se retirou.
"Velha metida." Eu pensei.
Diário, vou dormir amanhã tenho que ir me despedir da Marry Lee."
Apaguei e rapidamente já era hora de levantar.
A mamãe ia comigo na escola orar pela falecida.
Ela está um pouco indiferente comigo.
O céu estava lindo, o sol forte, o azul claro e brilhante, nuvens grandes e bonitas, os raios passavam pela janela e batiam em meus cabelos loiros e cacheados, dando um brilho lindo.
Peguei a vovó admirando o momento.
Tomei meu café e saímos em breve.
Eu, mamãe e claro... Annabelle.
Eu tinha que aproveitar que a Allison estava fora de casa, tinha que ver o que estava no diário. Minha neta esconde algumas coisas, eu sei! Algo me diz que aquele diário sabe o que é.
Terminei meu café, lavei a louça e subi.
Procurei no quarto todo, não achava o maldito diário, insisti e nada.
- Onde diabos está esse diário?
Allison estava escondendo, e muito bem.
E se precisa esconder, algo muito importante deve estar escrito nele e eu irei descobrir.
Estávamos lá. Todos chorando, a mãe da vítima ainda desesperada pela perda da filha amada e querida.
Eu fui em sua direção e a abracei.
- Sinto muito Sra. Lee.
- Obrigada, Allison.
A minha mãe começou a falar coisas bonitas para ela.
Eu fiquei parada e quieta esperando minha mãe vim.
A Annabelle estava um pouco mais pesada hoje, tive que colocar meu diário dentro dela, não confio na minha avó sozinha. Ela está me rondando muito.
Tenho sempre que lembrar de deixar meus segredos bem guardados.
A cerimônia começou, todos oravam e cantavam, era deprimente.
Estava chato, eu queria ir para casa.
- Olá Allison! Eu estou bonita?
Olhei para o lado e a Lee estava bem do meu lado. Com um ferimento horrível na cabeça que ainda sangrava.
Minhas mãos tremiam, meus lábios secaram de medo.
Eu não podia tirar meu olhar dela.
- Você fez isso comigo! Sua idiota inútil!
Odeio você. Você pagará cada crime que cometeu.
Ela falava, estava pálida, mais branca que o comum.
Então ela começou a fumaçar, saia fumaça de todo o seu corpo, sua pele começou a borbulhar como se estive derretendo, o cabelo começou a cair, a pele ficando em carne viva, os olhos estouraram, saia agora uma gosma nojenta deles.
Ela começou a gritar, gritava muito,
e do nada um fogo intenso tomou conta dela, a cobriu. Lee estava em chamas, literalmente derretendo. Então ela sumiu me deixando trêmula de medo.
Apertei forte a mão da minha mãe que marcou minhas unhas em sua pele.
- Allison tudo bem? Ela perguntou.
- Sim mamãe! Só quero ir embora.
- Então vamos filha. Sei que você está abalada.
Sairmos e formos em direção ao carro.
- Larissa! Alguém gritou.
Era a professora Julia.
- Larissa preciso falar com você um
assunto bem delicado e sério. Posso ir na sua casa hoje? Quero falar a sós com você. Disse ela um pouco aflita.
- Claro Julia! Hoje as 20:00! Espero por você.
- Até lá então! Tchau Allison!
- Tchau sra. Julia.
"O que ela queria com minha mãe?"
Eu não parava de me perguntar.
"Será que ela descobriu algo?"
O dia demorou para passar, o William chegou na minha casa eram 19:00 é estava ajudando a mamãe a fazer o jantar. Então finalmente a Julia chegou.
Ela entrou, encarou o William como se não estivesse esperando uma recepção coletiva.
Minha mãe sempre muito simpática,
ofereceu jantar.
- Não obrigada! Vi que está bem ocupada e não queria atrapalhar. Volto amanhã.
- Não Julia, por favor. Fique e jante conosco, fiz o suficiente.
Disse a mamãe.
- Não precisa. Eu já jantei. Amanhã volto!
Nossa comversa pode ser amanhã.
A mamãe tentou mas a Julia recusou,
não ficou e foi embora.
Todos acharam estranho, mas ela era muito tímida.
O jantar estava uma delícia, tive que aturar todas as besteiras do namorado da mamãe, que tentava o tempo todo se aproximar de mim.
Acreditem... Eu fui até bem simpática.
O William foi embora, todos estavam satisfeitos, tive que aturar o casal se beijando, foi nojento.
Era hora de dormir. Beijei a vovó e a mamãe e subi.
Tirei o diário de dentro da Annabelle,
escondi em outro lugar, notei que mexeram no meu quarto, eu estava sendo investigada e sabia disso.
Então, abracei minha boneca e dormir.
Era de manhã, levantei para ir à escola
e a mamãe e a vovó estavam sentadas na sala vendo o jornal, quietas, até mesmo surpresas.
Então ouvi a notícia que dizia...
"Jovem de 28 anos é encontrada morta e amarrada perto do lago central.
A vítima identificada como Julia Roberts,
professora da melhor escola da cidade,
fora brutalmente assassinada a facadas.
A polícia não têm suspeitos, todas as testemunhas dizem que a Julia era uma pessoa sem inimigos e querida."
"Aí meu DEUS..." Foi o que pensei!