Submissão - Série Domados ▪ L...

De JheQueiroz

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...Enquanto ela fala, fico observando seu jeito. Clark é tímida e não consegue me encarar por muito tempo sem... Mais

SÉRIE DOMADOS
P E R S O N A G E N S
P R Ó L O G O
C A P Í T U L O 1
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
EPÍLOGO

CAPÍTULO 2

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De JheQueiroz

Alice

Não consigo explicar o que esse homem desperta em mim. É uma sensação completamente nova, nunca senti isso antes. Anthony ligou pedindo que eu o substituísse na reunião, tudo que eu precisava fazer, era apresentar alguns desenhos aos seus dois sócios. Depois de me preparar psicologicamente por uns trinta minutos, reuni toda minha coragem, respirei fundo e fui até a sala de reuniões. Assim que entrei, já me deparei com um par de olhos castanhos me encarando. Fiquei paralisada, porque puta merda que homem gostoso.

Inalei o ar bruscamente e o cheiro dele envolveu meus sentidos. Tendo plena consciência do meu estado de retardamento mental, cumprimentei ele e o outro sócio igualmente gostoso e me sentei. Iniciaram a reunião e me esforcei para prestar atenção. Eu já tinha visto fotos dos dois, mais nenhuma delas fez jus a realidade. Anthony, Théo e Henry, poderiam facilmente serem confundidos com modelos.

Quando chegou a hora da minha apresentação, levantei com as pernas bambas e comecei a mostrar os detalhes dos desenhos feitos por Anthony, ele é o arquiteto da equipe e fica responsável por esta parte. Por um milagre não dei nenhum vexame e tudo correu bem. Eu sentia os olhos dele me queimando e minha pele em chamas, em um dado momento acabei derrubando minha caneta no chão, me abaixei para pega-la e quando levantei, os olhos dele estavam cravados no meu decote. Devo ter ficado mais vermelha que um tomate maduro.

Para o meu alivio assim que a reunião acabou, o senhor Bennett saiu correndo, até parecia que estava sendo perseguido por uma assombração. Me despedi do outro sócio e vim para minha sala, mas como as coisas nunca se resolvem da maneira mais fácil e tranquila na minha vida, Anthony também conhecido como Thony, meu chefe e amigo, ligou explicando sobre um pequeno problema no projeto em Paris. Sua volta seria adiada e como ele sabe da minha competência, confiou o próximo projeto em minhas mãos, me deu mais algumas instruções e desligou. Fiz uma pequena dancinha comemorando a oportunidade.

Meu único problema, seria ir até o escritório do senhor Bennett pegar uma copia do contrato para que eu pudesse analizar as propostas sugeridas. Depois de me preparar psicologicamente mais uma vez, juntei minha coragem e fui até lá. Como eu desconfiava, no fundo o príncipe era um sapo daqueles bem verrugentos. O homem me desvalorizou e como não sou de levar desaforo pra casa, o coloquei no seu devido lugar e sai de lá com a cabeça erguida.

Por mais que ele seja um deus grego, toda aquela arrogância me tirou do serio. Henry é um homem muito bonito, moreno, olhos castanho claro, rosto fino e extremamente gostoso. É um excelente profissional e muito adimirado, mas isso não da o direito dele menosprezar ninguém.

Desde que me conheço por gente, sempre sonhei em ser arquiteta. Enquanto meninas da minha idade brincavam com suas bonecas, eu desenhava castelos com giz de cera. Meu conto de fadas, era uma princesa independente, que desenhava seu próprio castelo. Conforme eu fui crescendo, esse sonho foi crescendo junto comigo. Entrei na universidade e cursei arquitetura, me formei com honras e consegui um estagio em uma das empresas mais prestigiadas e cobiçadas da Europa. Então, não vou abaixar a cabeça pra ninguém que queira menosprezar meu trabalho.

Tenho passado dias difíceis devido á saúde delicada da minha mãe, estou esgotada emocionalmente e acho que acabei descontando um pouco no senhor Bennett. Sei que esse problema em Paris vai trazer algumas complicações á empresa, mas trouxe também a oportunidade de mostrar o meu trabalho. Amanhã mesmo já vamos dar inicio ao projeto e eu não poderia estar mais ansiosa.

Pego o contrato e começo a ler atentamente, se trata da reforma e ampliação de uma galeria de arte. Como eu sou arquiteta, depois de conversar com a dona da galeria e ter uma ideia central do que ela quer, vou criar um novo lugar para que fique com uma aparência moderna e despojada. Já ajudei Thony em alguns projetos, mais essa vai ser a primeira vez que faço tudo sozinha. É uma grande oportunidade e vou dar o meu melhor para que tudo fique perfeito.

Passo a tarde toda analisando o contrato, quando olho o relógio vejo que já passou e muito do meu horário de ir embora. Guardo minhas coisas, pego minha bolsa e saio da sala. Assim que chego ao estacionamento, encontro o lugar praticamente vazio. Não que eu seja uma medrosa de carteirinha, mais costumo ficar nervosa em lugares assim, ainda mais quando vejo que uma lâmpada próxima ao meu carro começa a piscar. Sinto um calafrio e acelero o passo, procuro as chaves na bolsa e parece que resolveram brincar de esconde esconde comigo.

A luz pisca de novo e meu coração começa a bater descontroladamente no peito. Respiro fundo para controlar minha paranóia e encontro a bendita chave. Minhas mãos começam a tremer e derrubo tudo no chão, me abaixo para pegar a bolsa e acabo chutando as chaves para debaixo do carro. Mais que inferno! Escuto um barulinho e a abençoada lâmpada estoura, grito a plenos pulmões com o susto. Sem que eu perceba já estou chorando, ando sobrecarregada essa semana, a preocupação com o trabalho junto da situação delicada da minha mãe, estão acabando comigo.

Sento no chão e encosto no carro, coloco o rosto entre minhas mãos e choro. Ninguém sabe da minha vida pessoal, sou uma mulher adulta capaz de lidar com meus problemas sozinha. Meu pai faleceu há cinco anos e minha mãe foi diagnosticada com câncer há um ano e meio. Tentamos todos os tipos de tratamentos possíveis, mas nenhum resolveu, cada dia que passa ela fica mais fraca. No começo da semana, os médicos me chamaram no hospital e disseram que a qualquer momento eu posso perde-la. Mamãe é tudo que eu tenho e não quero ficar sozinha.

- Alice? - Levanto a cabeça assustada e dou de cara com o senhor Bennett ajoelhado na minha frente. - Você esta bem? Aconteceu alguma coisa? Alguém te machucou? - Ele segura meu rosto procurando por algum ferimendo e vejo real preocupação em seu olhar. Seu toque é suave e envia uma carga elétrica por todo meu corpo.

Só consigo negar balançando a cabeça, um nó gigantesco impede que eu pronuncie qualquer palavra. O senhor Bennett me olha realmente preocupado e envolve meu corpo em seus braços, confesso que fiquei surpresa, mais tudo que eu preciso agora é de um pouco de consolo. Deito a cabeça em seu peito e choro baixinho.

Não sei quanto tempo ficamos ali, sinto sua camisa completamente enxarcada pelas minhas lágrimas e meu rosto queima de vergonha. Não tenho coragem de me mover e parece que Henry também não esta com pressa. Agora que estou um pouco mais calma, tenho plena consciência do seu corpo forte, do seu cheiro másculo... Para com isso Alice! Ele é seu chefe! Forço meu corpo a sair do seu abraço e não consigo encara-lo.

- É... obrigada. Desculpe por colocar o senhor nessa situação, não costumo agir como uma maluca. - Explico um pouco envergonhada.

- Você esta bem? - Ele pergunta ignorando minhas desculpas.

- Sim, eu só preciso ir pra casa. Obrigada por tudo e me desculpe pelo transtorno. - Abaixo um pouco e pego as chaves do carro, minhas mãos ainda estão tremendo mais tenho quase certeza que não é pelo mesmo motivo de antes e sim pelo homem na minha frente.

- Senhorita Clark, não posso deixar que para sua casa, dirigindo nessas condições. Você acabou de ter uma crise nervosa, se dirigir assim provavelmente vai acabar causando ou sofrendo um acidente. Venha, eu a levarei para casa. - Diz tirando as chaves da minha mão. Eu apenas o encaro incrédula.

- Senhor... eu agradeço pela sua preocupação, mais eu posso dirigir perfeitamente, não se preocupe.

- Alice, eu disse que vou leva-la até a sua casa. Você não esta bem, então não discuta. Agora vamos, entre no meu carro e pare de reclamar. - Ele sai andando e me deixa parada completamente em choque.

O que tem de bonito, tem de arrogante. Onde já se viu, querer mandar em mim desse jeito? Como se estivesse escutando meus pensamentos, Henry para e olha para trás com uma sobrancelha levantada. Reprimo minha vontade de manda-lo a merda e encaro meu destino.

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