Good Enough |l.s|

By larryoi

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Harry está em um relacionamento abusivo e não sabe disso. Seus amigos tentam o ajudar, mas o mesmo insiste em... More

Prólogo + avisos.
One.
Two.
Three.
Four.
Five.
Six.
Seven.
Eight.
Ten.
Eleven.
Twelve.
Thirteen.
Fourteen.
Fifteen
Sixteen.
Seventeen.
Eighteen.
Nineteen.
Twenty.
Twenty one.
Twenty two.
Twenty three.
Twenty four.
Twenty five.
Twenty six (part I).
Twenty six (part II).
Twenty seven.
Twenty eight.
Twenty nine.
Thirty.
Thirty one.
Thirty two.
Thirty three.
Thirty four.
Thirty five.
Thirty six.
Thirty seven.
Epílogo.
Fanfic nova!

Nine.

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By larryoi

*ATENÇÃO: Esse capítulo contém menção de abuso sexual. Ler ou não, fica por conta e risco de cada um.

Narrador's Pov.

Assim que Harry pisou dentro de casa, seu coração estava acelerado. Ele não tinha aquela intimidade com Louis, então achava que não deveria ter passado dos limites daquele jeito.

Ele trancou a porta e subiu as escadas indo em direção ao seu quarto. Entrou no cômodo e viu Tyler sentado na cama. Ao lado do loiro, tinha uma garrafa de uísque pela metade.

- Ty? Por que ainda está acordado? - Harry perguntou tirando a jaqueta jeans.

- Estava te esperando. Por que não atendeu minhas ligações? - o loiro disse rouco deixando o copo sobre a escrivaninha e se levantando.

- Eu dormi no meio do filme. - Harry disse rindo baixo e Tyler parou em sua frente.

O loiro ficou olhando o mais novo por um tempo e o puxou pela cintura. Assim que Tyler se aproximou para beijar Harry, o garoto de olhos verdes sentiu o cheiro do álcool.

- Ty, podemos dormir? Eu estou tão cansado que nem o filme eu consegui assistir direito. - Harry virou um pouco o rosto para o lado, não queria beijar o namorado sabendo que ele estava num estado quase bêbado.

Tyler riu debochado e Harry franziu o cenho, não entendendo o tom debochado na risada do namorado. O loiro voltou a olhar para o de olhos verdes e começou a falar ainda com um tom debochado.

- Você foi assistir filme com os seus amigos ou foi se encontrar com outro cara? - Tyler perguntou e Harry arregalou os olhos.

- O que? Eu fui para a casa do Niall e todos estavam lá, que suposição é essa? - Harry perguntou indignado.

Harry viu o mais velho balançar a cabeça em negação ainda sorrindo. Sentiu o aperto em sua cintura se intensificar, sentindo até machucar um pouco.

- Você acha que eu sou estupido, não é? - a mão de Tyler que não estava na cintura de Harry, subiu para os cabelos do mesmo, puxando fortemente e fazendo com que o mais novo não conseguisse mexer a cabeça. - acha que eu não estou sentindo esse perfume impregnado em você?

Harry engoliu em seco, o perfume de Louis havia ficado em si e ele nem ao menos percebeu aquilo.

- É o meu p-perfume. - o mais novo tentou.

- Eu conheço os seus perfumes. - Tyler fechou o sorriso e puxou mais forte o cabelo de Harry, fazendo com que o mesmo choramingasse de dor. - me diga, com quem você estava?

- Ty, tá machucando... - Harry disse baixo.

- ME FALA CARALHO! - o mais velho gritou irritado.

- E-eu estava com os meus a-amigos, e-eu juro. - o garoto de olhos verdes sentiu lágrimas quentes escorrerem por suas bochechas.

- Eu ja sei. Como não pensei nisso antes, não é? - o loiro disse como se tivesse lembrado de algo. - você estava com o Tomlinson, acertei?

- N-não é isso que você está pensando, amor... Por fa-vor... - Harry suplicou segurando o braço do namorado.

A próxima coisa que o mais novo sentiu foi seu corpo sendo jogado com força na cama. Viu Tyler tirar a própria camiseta a jogando de lado. O loiro olhou Harry encolhido e se deitou por cima do mesmo, apertando seus pulsos. Harry estava extremamente assustado e confuso com as atitudes do namorado.

- Ty... - Harry tentou e sentiu um tapa forte atingir seu rosto que imediatamente começou a arder.

- CALA A BOCA. - Tyler gritou mais uma vez e Harry apenas se calou ainda chorando baixo. - que feio mentir pra mim Harry.

- Eu não n-menti. - Harry choramingou.

- Eu sei o que você precisa amor, só precisa que eu te mostre que não tem motivos pra me trair com aquele tatuador de quinta. - o loiro disse baixo, logo depois mordendo o lóbulo da orelha do mais novo.

Harry ainda confuso, não teve tempo de perguntar o que aquilo significava. Tyler rasgou sua camiseta e começou a deixar chupões por toda clavícula do garoto de olhos verdes.

- Para... Tyler, p-por favor. - Harry tentou empurrar o namorado.

- Fica quieto. Você vai aprender a nunca mais me trair. - Tyler disse.

No tempo que se seguiu depois daquela frase, Harry teve certeza que foi o pior momento de sua vida. Aquilo machucava como o inferno, mas depois do primeiro grito que Harry deu, ele entendeu que se quisesse que aquilo acabasse logo sem se machucar mais ainda, teria que ficar calado.

Harry nunca pensou que poderia se sentir tão machucado tanto física quanto emocionalmente. Ele se sentia a pessoa mais suja do mundo. Tudo aquilo o fazia repensar a sua vida e se perguntar porque o seu namorado faria aquilo com ele. Ele amava Tyler e sabia que o loiro o amava também, sabia que o namorado apenas estava bêbado, mas Harry não podia negar que aquele era o pior momento de sua vida.

Quando Tyler terminou o que fazia, ele caiu para o lado na cama e apenas dormiu. Harry olhou para ele conferindo se ele estava dormindo mesmo. O mais novo se levantou da cama sentindo muita dor em seu corpo, principalmente em suas partes íntimas. Ele andou lentamente, ainda nu, até o closet e pegou roupas para que ele pudesse vestir, assim como sapatos.

Harry foi até o banheiro do corredor e se trancou lá e abriu o chuveiro na água fria. Pegou a esponja e começou a esfregar com força todo o seu corpo, se sentindo extremamente nojento. Lágrimas de desespero rolavam por seu rosto enquanto ele tentava se limpar de todas as maneiras possíveis e impossíveis.

Depois de praticamente uma hora no chuveiro, ele se secou e se vestiu rapidamente. Saiu do banheiro e logo desceu as escadas saindo de sua casa. Harry andou todo o caminho de sua casa, até o prédio de sua mãe. Ele parecia alguém sem vida, apenas perambulando pelas ruas à noite, sem ao menos saber que horas eram ou se importar se poderia ser assaltado. As lágrimas já haviam parado e ele apenas se sentia anestesiado de sua própria mente.

Ele passou pelo porteiro que o deu boa noite e subiu as escadas. Não queria encarar sua própria imagem nos espelhos do elevador. Ao chegar no andar em que sua mãe morava, tocou a campainha duas vezes e esperou um pouco. Não obtendo resposta, começou a bater desesperadamente na porta.

Louis estava na sala em seu apartamento, que era ao lado do de Anne, conversando com a mãe que tinha ido passar o fim de semana com ele e havia levado suas irmãs junto.

- Você tá ouvindo isso? - Johannah disse colocando a xícara sobre a mesinha e olhando em direção a porta.

- Ouvindo o que mãe? - Louis perguntou terminando seu chá.

- Essas batidas, acho que estão vindo do corredor. - a mulher se levantou e Louis pode ouvir as batidas.

Johannah abriu a porta e viu um garoto abaixado em frente à porta do apartamento ao lado. Quando Louis passou pela mãe e viu a cena, franziu o cenho, pois Anne e Des haviam viajado no dia anterior. Ele chegou um pouco mais perto e arregalou os olhos quando reconheceu Harry ali.

- Harry? Meu Deus Harry! - o de olhos azuis chegou perto do mais novo que o olhou e se encolheu pra longe. - o que aconteceu com você?

- L-Louis, não me toca por favor. - o garoto falou baixo e viu uma mulher mais velha se aproximar e também agachar ao seu lado.

- Querido, me chamo Johannah. - a mulher sorriu para Harry. - os vizinhos viajaram. Venha, você precisa de um copo de água ou um chá.

Harry olhou para a mão da mulher que estava estendida em sua direção e suspirou a pegando e levantando do chão. Louis mandou um olhar de agradecimento a mãe. Eles entraram de volta no apartamento e Jay chamou Louis com o olhar. A mulher disse a Harry que iria preparar um chá para ele e pediu que ele esperasse na sala.

- Você o conhece? - Jay perguntou a Louis.

- Sim, ele é filho dos vizinhos e hm... Meu amigo. - Louis disse enquanto a mãe fazia o chá.

Jay olhou para o filho sabendo que tinha algo a mais, porém não quis pressionar Louis, sabia como o filho era, então preferiu que ele o contasse quando quisesse. Ela terminou o chá e os dois voltaram para a sala vendo o menino encolhido no canto do sofá.

- Eu vou deixar vocês conversarem e vou descansar. Boa noite querido, prazer em conhecê-lo. - Johannah sorriu para Harry e saiu corredor a dentro.

Louis olhou para Harry que bebia o líquido quente devagar. Harry tinha uma expressão triste e assustada, e por algum motivo que Louis não sabia qual era, ver o mais novo daquele jeito o deixou instantaneamente triste.

- Quer me contar o porque de estar aqui a uma da manhã sendo que eu te deixei em casa a pouco tempo? - Louis perguntou devagar.

- Eu apenas... Apenas queria ver a minha mãe. - Harry mentiu e Louis suspirou.

- Eu não vou te forçar a me contar. - o mais velho disse.

Depois de ouvir essas palavras, Harry começou a chorar baixinho. Ele não merecia o amor de pessoa que Louis era, definitivamente não. Ele era o culpado de tudo de ruim que acontecia em sua vida. Ele não merecia Louis, não merecia Jesy, Niall, Zayn, Liam, Perrie e principalmente não merecia Tyler.

Louis não sabia o que fazer, ele tinha medo de chegar perto do mais novo e ser rejeitado mais uma vez. E ele também não sabia ao certo o que dizer para Harry.

- Minha mãe diz que abraços são bons para que você possa chorar tudo o que precisa. - Louis comentou e Harry o olhou.

O garoto de olhos verdes olhou para o chão, sua mente estava uma bagunça de excesso de culpa. Ele não queria que Louis tivesse raiva dele também. Harry depois de vários minutos calado, se arrastou no sofá devagar, até estar perto do mais velho.

- Você não vai sentir nojo de mim... Vai? - Harry perguntou baixo.

- Por que eu sentiria nojo de você? - o de olhos azuis perguntou vendo  Harry brincar com os próprios dedos. - ok, você ainda quer um abraço?

O mais alto apenas olhou para Louis e assentiu. Ainda com um pouco de receio, Harry chegou mais perto de onde Louis estava sentado. O mais velho o abraçou devagar sentindo Harry tremer um pouco em seus braços.

- Se sente melhor? - Louis sussurrou e Harry negou com a cabeça.

Por mais que o abraço de Louis trouxesse uma sensação boa para Harry, ele não iria conseguir esquecer o que aconteceu. E de certa forma, mesmo sabendo que não estava fazendo nada demais, tinha um pequeno sentimento de traição em si, fazendo com que ele se afastasse ligeiramente de Louis.

- O-obrigado... - Harry agradeceu baixo.

- Quer conversar sobre alguma coisa? - o mais velho perguntou se virando de lado e ficando de frente para o de olhos verdes.

- Você não está cansado? Eu posso ir embora. Posso ligar pra Jesy ou pro Niall, não quero ficar te privando de algo... - Harry tentou e Louis balançou a cabeça.

- Eu não estou com sono Harry, você pode ficar aqui o tempo que precisar. E se você veio pra casa da sua mãe, é porque não quer ir pra casa de mais ninguém. - o de olhos azuis disse e Harry abaixou a cabeça.

- Obrigado de verdade Louis, eu fico te devendo uma. - o mais novo disse.

- Para com isso, eu faria algo assim pra você sempre. - Louis disse e quis se bater por ter dito em voz alta.

- Você é uma pessoa muito boa. - Harry disse sorrindo pequeno, deixando uma covinha a mostra.

Louis achava Harry uma das pessoas mais fofas do mundo, o sorriso do garoto mais alto era a coisa mais linda que o mais velho já tinha visto. Ele poderia ficar admirando a beleza de Harry pro resto de sua vida sem cansar.

Harry acabou pegando no sono sem ao menos perceber, ele estava extremamente cansado e o silêncio que Louis fez, foi apenas um empurrãozinho para que ele acabasse dormindo. O mais velho levou Harry para sua cama o deixando lá, tendo certeza que ele estava confortável e quente. Logo Louis pegando algumas coisas e fechou a porta voltando para a sala.

O de olhos azuis apenas se deitou no sofá pensando o que poderia ter acontecido para que Harry estivesse na porta da casa de sua mãe de madrugada, não deixando de pensar que poderia ter algo com o que Niall e Jesy disseram. Suspirou e se virou tentando dormir, se Harry quisesse e se sentisse a vontade, ele contaria para Louis.

*****

Um capítulo um pouco pesado, mas isso realmente pode vir a acontecer em relacionamentos abusivos.

Lembrando que eu sempre estarei disposta a conversar e/ou ouvir (no caso ler) desabafos de vocês.

Feliz natal amores!

All the love. xx

xxBeaxx

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