Kiss me

By ezanatto

60.1K 3.1K 2.7K

Ele sempre tivera a certeza de que existia uma mulher feita pra ele no mundo, e apesar de ter namorado e se a... More

Capítulo 1 - Amor Platônico
Capítulo 2 - Queimando
Capítulo 3 - Infeliz Coincidência
Capítulo 4 - Festa do Pijama
Capítulo 5 - Coragem Líquida
Capítulo 6 - O amor vence
Capítulo 7 - Um só
Capítulo 8 - Aposta
Capítulo 9 - Um aperto de mãos
Capítulo 11 - Deus deve estar me punindo
Capítulo 12 - Saudades
Capítulo 13 - Apenas um pedaço de carne
Capítulo 14 - Você merece mais
Capítulo 15 - Conversa de travesseiro
Capítulo 16 - Certeza
Capítulo 17 - Dez semanas
Capítulo 18 - Londres
Capítulo 19 - Apenas respire
Capítulo 20 - Preces
Capítulo 21 - Patagônia
Capítulo 22 - Doze semanas
Capítulo 23 - Mil razões
Capítulo 24 - Oficialmente
Capítulo 25 - No topo da montanha
Capítulo 26 - Feliz aniversário
Capítulo 27 - Futuro marido
Capítulo 28 - Na alegria e na tristeza
Capítulo 29 - Meu coração, meu lar
Capítulo 30 - Outro tipo de felicidade
Capítulo 31 - Dois presentes
Capítulo 32 - Sete Montanhas
Capítulo 33 - A ruptura
Capítulo 34 - Nada vai acontecer
Capítulo 35 - Sonhos
Capítulo 36 - Destino
Capítulo 37 - Francês
Capítulo 38 - Comida mexicana
Capítulo 39 - 21 de janeiro de 2019
Capítulo 40 - Família
Epílogo - Nossos sonhos

Capítulo 10 - Tudo

1.5K 87 20
By ezanatto

Na ida para Dublin eles tinham optado por voos separados para não correr o risco de serem reconhecidos e causar comoção, mas na volta não se deram ao trabalho. Sam normalmente era reconhecido com facilidade, mas Cait se misturava ao ambiente como um camaleão.

O dia seguinte foi de gravações intensas, mas como começaram muito cedo, terminaram cedo também, e quando chegaram em casa o sol ainda estava alto. Nos últimos dias as temperaturas vinham beirando o negativo, mas naquele dia em especial, o sol tinha dado as caras e dispensado o uso dos casacos térmicos, aquecendo tudo em que tocava.

– Querida, coloque uma roupa confortável e me espere pronta, sim? – Sam falou, deixando Cait atônita à porta de seu apartamento.

– O que? Porque? Onde vamos? – ela perguntou, confusa.

– Surpresa. Apenas se troque, coloque um tênis e pegue mais um casaco, está bem? – ele depositou um selinho em sua boca e foi em direção ao elevador – Em uma hora eu passo aqui.

– Ahn, ok?! – ela aceitou, achando graça – Não vai me obrigar a correr 10km, né?

– Até logo – ele disse, com um sorriso bobo estampado na cara enquanto as portas do elevador se fechavam.

Enquanto Caitriona se trocava, ele começou os preparativos. Ele tinha tido a ideia no carro, enquanto dirigia para casa, o sol batendo no rosto dela, tão linda, tão leve, tão feliz. E o dia estava lindo demais para ser desperdiçado dentro de casa, pensou.

Pegou uma cesta – que tinha recebido dias antes com presentes de fãs – e colocou algumas comidas, um bom vinho e uma toalha grande e xadrez dobrada por cima. Ele mesmo se trocou, colocando um tênis confortável e um casaco bem quente. Levou tudo no carro e quando deu uma hora, pontualmente, bateu à porta de Cait.

Ela estava impaciente, ele percebeu.

– Vai me contar agora? – perguntou, deixando-se ser conduzida até o elevador.

– Ainda não – ele riu, beijando o topo de sua cabeça.

– Heughan, odeio surpresas – disse, fazendo beicinho.

– Se eu contar, estraga – respondeu, rindo dela.

– Odeio você – falou impulsivamente, esticando-se para beijá-lo e provar que sentia o extremo oposto do que dizia.

A Escócia era um país cinzento, chovia quase todos os dias, aquela garoa fina que deixa o cabelo de qualquer um arrepiado, mas hoje o sol estava presente com toda sua magnitude, deixando tudo mais bonito. Quando saíram da auto estrada e entraram numa estrada menor, se afastando da cidade, Cait arquejou com a vista. O verde era ainda mais vibrante, as montanhas ao longe brilhavam sobre um céu tão azul e aqui e ali podiam-se ver pequenos riachos, escorrendo por entre as encostas montanhosas. Realmente, era uma paisagem de tirar o fôlego.

Ele estacionou no topo de uma montanha. Já haviam estado ali, é claro. Tinham gravado ali há quatro anos, ela jamais se esqueceria da sensação maravilhosa que era estar naquele lugar.

Sam abriu a porta pra ela e pegou a cesta no porta-malas, escolhendo um lugar para esticar a toalha e sentou-se.

– Surpresa – ele disse, sorrindo e chamando-a para se sentar ao seu lado.

– Eu devo admitir que dessa surpresa eu gostei – sentou-se, deixando que ele a abraçasse.

O vento era frio e agitava seus cabelos, mas o calor do sol a mantinha aquecida; além disso, tinha Sam, que ardia como uma fornalha ao seu lado. Sua fonte de calor própria, pensou.

– Você é um homem intrigante – ela disse, pegando uma uva e oferecendo a ele, que prontamente abriu a boca.

– Porque? – ele perguntou, com a boca cheia. Tinha trazido duas taças e o vinho favorito de Cait.

– Porque quem é que pensaria em vir fazer um piquenique no topo de uma montanha em plena segunda-feira, depois de um dia inteiro gravando?

– Um homem que ama as montanhas, e ama sua companhia – falou simplesmente, entregando uma taça a ela – A nossa montanha.

– Nossa? – questionou, bebericando da própria taça.

– Eu chamo de nossa desde que gravamos aqui –ele deu de ombros – Naquele dia, mesmo com tanta gente em volta, eu senti como se fossemos apenas você e eu aqui em cima.

– Eu também senti – admitiu.

– Sempre que posso venho aqui, sento nesse mesmo lugar e penso em você. É muito bom poder estar aqui com você finalmente. Quero dizer, com você... bem, junto com você...

– Como um casal, você quer dizer? – sorriu ante a dificuldade dele em encontrar as palavras certas para o que estava sentindo.

– Isso. Eu estou muito feliz com você – falou, acariciando a maçã de seu rosto enquanto a observava ternamente.

– Eu também estou, meu amor – declarou.

– Eu tenho uma coisa pra você – ele levantou-se, correndo até o carro. Caitriona viu que ele pegava algo de dentro do porta-luvas – Comprei faz uns dias já, mas estava esperando o momento certo.

– Por favor, não me diga que é uma aliança – riu, ao ver que ele tinha uma caixinha retangular nas mãos.

– Não, daria muito na cara... mas eu queria que tivesse um pedacinho meu contigo o tempo inteiro, por isso comprei isso – abriu a caixinha, que continha uma delicada gargantilha de ouro. A correntinha em si era de ouro, super fininha, e o pingente era uma bolinha de ouro branco, cravejada com pequenos diamantes. O sol incidiu sobre o pingente, fazendo com que brilhasse ainda mais enquanto ele erguia os cabelos dela e a ajudava a fechar o presente.

– É lindo, Sam – ela disse, segurando o pequeno pingente entre o polegar e o indicador. Pegou o celular e abriu a câmera frontal, usando-a como espelho para admirar a gargantilha – Você tem muito bom gosto.

– Ficou linda no seu pescoço – ele aproveitou que tinha erguido o cabelo dela para beijá-la na nuca, roçando o nariz em seu pescoço nu. Ela tinha cheiro de rosas e baunilha, e ele teve vontade de mordê-la ali mesmo, mas contentou-se com outro beijinho.

– Muito obrigada – falou, virando-se para ele, nariz com nariz, testa com testa, olhando no fundo de seus olhos azuis, da cor do céu naquele dia ensolarado.

– Pode parecer cedo pra você, mas pra mim, não é – ele disse, sem desviar o olhar, segurando-a pela cintura – Eu quero passar cada dia da minha vida contigo, quero ter meia dúzia de filhos e ficar velho e caquético ao seu lado. E só não enfio uma aliança no seu dedo agora mesmo por causa daquele maldito contrato.

Enquanto falava, ele percebeu que ela se retesou, afastando-se um pouquinho dele, mas não disse uma palavra. Ele só podia concluir que ela ainda achava cedo demais para qualquer uma daquelas ideias e se contentou em aproveitar o momento. Tinham tempo pra pensar em casamento ou filhos. Era o agora que importava.

– Eu te amo – ela disse, finalmente. Era tão bom poder dizer aquilo, poder ouvir aquilo depois de quatro anos de sentimentos reprimidos. Até poucos dias eles pensavam que jamais poderiam ficar juntos, ambos pensavam que a amizade um do outro era tudo que teriam, e agora eles tinham um ao outro, corpo e alma, sorrisos e beijos, e amor. Eles tinham tudo. 

Continue Reading

You'll Also Like

833K 25K 30
Você e sua mãe tinham acabado de se mudar para a casa do seu padrasto e foi então que você descobriu que teria um meio-irmão, você só não esperava sa...
659 56 15
Paulo Gabriel do time brasileiro, sim, ela é uma garota, a mãe dela sempre quis um filho homem para ser um grande jogador de futebol, mas acabou tend...
Molotov By Miss

Short Story

12.6K 2.6K 7
"Ela se sentia uma bomba, líquido inflamável preso naquele corpo vítreo. Álcool, gasolina, molotov... Ela queria queimar, como naquela noite." ©2016...
1.2M 125K 61
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.