Lolla
-Eu descobri uma coisa que você vai gostar de saber Lollita. - Let diz pelo telefone.
-Desembucha.
-Tem um enfermeiro novo na clínica onde foi feito o exame de DNA.
-E?
-E foi ele que fez o exame na Ana.
-Como você descobriu Viollet? - digo já sem paciência.
-Eu fui até a clínica com a desculpa de fazer um hemograma. Enquanto um rapaz coletava o sangue, inventei que tinha uma amiga gravida e que precisava fazer um exame de DNA pra confirmar a paternidade.
-Prossiga.
-Ele disse que era bem raro esses exames lá na clínica e que o último foi feito em torno de um mês. Então perguntei como ele fez o exame na mulher e ele disse que tinha sido o novato quem fez.
-Você tem uma imaginação muito fértil Let.
-Agora que vem a melhor parte.
-Você descobriu mais?
-Sim, só tem dois homens trabalhando naquela clínica, o restante são mulheres. Voltei quase na hora deles fecharem e fiquei aguardando dentro do carro em frente a clínica.
-Viollet acho que você esta se empolgando de mais com essa história de detetive. - digo dando risada das maluquices dela.
-Eu segui o cara e advinha onde ele foi?
-Não faço a mínima ideia.
-Ele entrou no mesmo prédio que nossa querida barbie oxigenada mora.
-Pode ser só uma coincidência.
-Sim, vamos ter que descobrir se é só coincidência ou uma bela armação daquela vagabunda.
-Let onde você esta? - pergunto.
-Em casa, porque?
-Daqui a pouco chego ai. Tenho uma ideia.
Desligo o telefone e vou para o quarto, Lucas esta mexendo no not sentado na cama.
-Oi.
-Oi anjo.
-Eu vou ter que dar uma saidinha rápida.
-Aconteceu alguma coisa? - pergunta preocupado.
-Não, é... só a Let que quer a minha ajuda, para comprar uma coisas.
-Ok, não demora. - diz me dando um celinho.
-Te amo.
-Também te amo anjo.
Pego minha bolsa, as chaves do carro e desço para garagem. O caminho todo vou pensando em tudo que Viollet me contou. Pode ser tudo só uma coincidência, mas eu duvido muito. Chego no meu antigo apartamento e encontro Let esparramada no sofá.
-E então Lollita, qual a ideia? - pergunta assim que eu entro.
-Oi pra você também Let.
-Oi! Agora fala!
-A Ana não te conhece, você vai até o apartamento dela, espera pra ver quem vai atender a porta, depois diz que você confundiu o apartamento.
-Mais e se for ela que atender?
-Eu não tenho plano B. - digo desanimada.
-Então o A vai ter que funcionar.
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BÔNUS VIOLLET
O que eu não faço pela felicidade de uma amiga. Olho para trás e vejo Lolla a baixada dentro do meu carro. Entro no prédio e passo pela portaria tentando não chamar atenção.
Chamo o elevado e paro no nono andar. Procuro pelo apartamento 394, é o último do corredor. Respiro fundo e toco a campainha. Alguns segundos depois escuto a porta destrancar.
-Pois não?
Puta que pariu...
-Oi! É desculpa, acho que estou no apartamento errado.
-Você é amiga da Ana?
-Eu? Não! Estou procurando a Karla! - digo o nome de uma das minhas amigas.
-Deve ser outro andar então, nesse não tem nenhuma Karla.
-Ah sim, obrigada.
Dou as costas e saio o mais rápido que eu consigo do prédio. Entro no carro e olho em choque para a Lolla.
-E então? Deu certo? - me pergunta ansiosa.
-Sim, foi ele quem atendeu a porta e confirmou que ela mora lá também. - conto tudo para Lolla.
-Ai meu Deus...
-E agora? O que você vai fazer?
-Eu não sei...
-Lolla, acho que já ficou bem claro o que ela esta tramando.
-Mesmo assim, ela pode alegar que o conheceu depois. Eu não tenho provas concretas que esse filho não é dele!
-Tem que ter alguma coisa que você possa usar contra ela. - digo já angustiada.
-Nada que eu saiba, e se esse filho for do Lucas, ele não vai me perdoar pelo que estamos fazendo. - Vejo minha amiga se desesperar.
-Me escuta, nós vamos dar um jeito, ela esta mentindo e nós vamos descobrir.
Ligo o carro e nos tiro dali, vou o caminho inteiro pensando em como desmascarar aquela víbora, quando uma ideia começa a se formar.
-Lolla? Eu já sei o que fazer. - dou um sorriso colgate na direção dela.
-Porque eu estou com um mau pressentimento?
-Só relaxa e deixa comigo.
Espero não ser presa no final dessa história...
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Beijokinhas no ❤.