Guardião por Destino

By melorukidea

8.5K 1K 205

O psicólogo Lucas Feuerschütte tinha uma vida perfeita até uma terrível tragédia acontecer durante uma noite... More

CAÇA E CAÇADOR
INFERNO NA TERRA
VISITA INESPERADA
DIÁRIO DE UM URSO || PARTE 1
DIÁRIO DE UM URSO || PARTE 2
FEUERSCHÜTTE AND OLIOTI
HORA DE PARTIR
LUBA E T3DDY
EU ESTOU AQUI
CUIDAR É AMAR?
TENSÃO
O MOTIVO DELE SORRIR
REALIZAÇÃO
JUNTOS ESTAMOS, JUNTOS PERMANECEREMOS
AUTOCONTROLE
REINO UNIDO, PENETRAMOS EM VOCÊ.
O QUE É VOCÊ, OLIOTI?
CICATRIZES
SOMOS VOCÊ E EU CONTRA O MUNDO
TIRO CERTEIRO
IMPRUDÊNCIA
NOSSO AMOR NÃO É ÁGUAS PASSADAS
TUDO QUE É BOM DURA POUCO
NÃO CUTUQUE URSO COM VARA CURTA
QUANDO AS PEÇAS SE ENCAIXAM
HOMEM DE DOIS MUNDOS
VOCÊ NÃO PODE NOS SEGURAR
CONTIGO DO ANOITECER AO AMANHECER
UM MESTRE DO SEU PRÓPRIO TEMPO

RESILIÊNCIA

282 34 1
By melorukidea

Lucas estava completamente abismado.

O dono dos olhos castanhos estava em um péssimo estado. Suas roupas estavam manchadas de sangue e seus olhos estavam fundos, além do gigantesco machucado coberto de curativos mal feitos em seu pescoço que ele tinha a suspeita de que era o motivo pelo qual ele estava absurdamente pálido. — Mas o que diabos aconteceu com você?! — O psicólogo demandou mortificado, mas o rapaz apenas continuou a sorrir.

— É meio difícil de explicar, mas eu preciso que venha comigo, — ele respondeu, seu sorriso sumindo — acho que você está em grave perigo e preciso te levar para um lugar seguro.

Lucas franziu — Espera, o quê?

O rapaz suspirou — Olha, o que aconteceu com seu namorado duas semanas atrás... — Lucas enrijeceu — Eu sei que a polícia não lhe ofereceu respostas satisfatórias, mas eu posso te dizer o que aconteceu de verdade.

— Mesmo?! — Lucas ofegou, mas então franziu — Espera, como você pode saber?

— Eu estava lá — ele colocou a mão no pescoço e desviou o olhar. Parecia sem graça — E eu juro que vou te contar tudo, mas você precisa vir comigo.

O psicólogo balançou a cabeça — Você vai me desculpar, moço, mas apesar de estar interessado eu não vou simplesmente sair daqui com alguém que eu nem conheço-...

Um estrondo interrompeu Lucas, o assustando e deixando o rapaz à sua frente alerta. Lucas o ouviu xingar e logo estava sendo empurrado para dentro do consultório — Essa sala tem alguma porta de saída que não seja a principal?

— O que?

— Uma saída de emergência!

— N-Não! — Ele gaguejou. Não gostava do desespero na voz do moreno — Só tem a saída lateral que dá pras lixeiras e a principal, não tenho acesso dessa sala.

Ele pareceu escanear a sala por alguns segundos enquanto os estrondos continuavam. Lucas começou a sentir um desespero sem igual até o rapaz pegar a sua mão e começar a puxá-lo para a janela — Ei, o que está fazendo?!

O rapaz se virou bruscamente e o encarou com aqueles olhos intensos — Eu sei que tudo o que está acontecendo agora é confuso e que você está com medo. Eu também estaria se eu estivesse no seu lugar. Mas agora eu preciso que confie em mim — ele pediu, e Lucas se viu preocupado em quão fraco sua voz soava — Seus pais também estão em perigo. Precisamos ir até a casa deles e esperar reforços do meu pessoal, vou mantê-los seguros até que eles cheguem.

Lucas se pegou assentindo e permitindo que o rapaz lhe conduzisse para fora do seu escritório pela janela, que era larga o suficiente para permitir que saíssem por ela — ele nunca pensou que ficaria agradecido com sua decisão de adiar a instalação das grades.

𝐿𝓊𝒸𝒶𝓈

Os barulhos que vinham do consultório ficaram ainda mais altos, e eu não consegui evitar sentir um pavor terrível. Enquanto o estranho me arrastava na direção de um AUDI branco que estava estacionado do outro lado da rua, eu conseguia apenas me perguntar o que estava acontecendo com minha vida. Primeiro perco Well em um ataque misterioso, e agora um cara aparece na minha porta dizendo que minha vida e a da minha família estavam em grave perigo. O que mais faltava acontecer?

O estranho cambaleou enquanto me puxava e teve que parar por um segundo para recuperar o fôlego. Percebi que o ferimento em seu pescoço voltara a sangrar, o que me deixou ainda mais apreensivo — Moço, tem certeza que deveria estar de pé? Talvez devesse ir ao hospital...

— Eu estou bem, não se preocupe comigo.

— Mas você está sangrando...?

Ele olhou para mim com os olhos arregalados e colocou a mão no pescoço e provavelmente sentindo a umidade, já que xingou baixinho — Merda, eles vão saber onde estamos agora.

Meu coração acelerou — Eles quem?!

Mas antes que ele pudesse responder, ouvimos uma voz de sotaque carregado gritar de dentro da minha sala — Eles estão ali!

Me virei e ofeguei quando eu avistei mais de meia dúzia de caras visivelmente estrangeiros saindo do meu consultório. O moreno xingou novamente ao meu lado, se pondo à minha frente e empurrando algo contra o meu peito — Pegue meu carro e vá para a casa dos seus pais. Se esconda lá e não saia!

Arregalei os olhos — O que? Mas e você?!

— Eu vou ficar e segurá-los enquanto der.

— Você tá maluco?! Tem uns quinze caras!

— Doutor, por favor! — ele suplicou enquanto tirava duas armas da cintura. Espera. Como eu não as notei antes?! — Eu preciso que esteja seguro. Agora vá!

Eu abri a boca pra contestar, mas antes que pudesse dizer alguma cosa ele já tinha partido pra cima dos caras distribuindo golpes e balas. Balancei a cabeça e corri até o carro, abrindo a porta com dificuldade devido à minhas mãos trêmulas. No momento em que entrei no carro, avistei um dos caras vindo em minha direção com a boca aberta e mostrando suas presas.

Espera. Presas?!

Gritei horrorizado quando ele fez que ia me atacar, mas antes que ele pudesse, sua cabeça explodiu com um estouro doentio. Só não vomitei porque estava muito ocupado berrando novamente, mas assim que o cara tombou eu avistei o estranho com a arma levantada na minha direção. A fumaça saindo do cano da arma deixando claro que ele tinha acabado de salvar a minha vida. De novo.

Ele voltou à batalha, mas seus movimentos estavam demasiadamente lentos, apesar de permanecerem precisos. Haviam vários homens ao chão, mas pelo menos sete ainda estavam de pé. Como diabos esse cara sozinho conseguiu derrubar tantos enquanto tem um ferimento horrível?! Isso é impensável!

Em meio à luta, ele pareceu notar que eu não tinha saído do lugar ainda. Vi seu cenho franzir e sua boca abrir, provavelmente para me dar a ordem de me mexer, mas antes que pudesse um dos caras o agarrou por trás e... Meu Deus, ele foi mordido bem em cima do machucado de novo!

Assisti horrorizado o estranho urrar de dor e reagir imediatamente, socando o indivíduo repetidas vezes e, assim que se desvencilhou do homem, virar e o atingir com tiros à queima-roupa, se pondo à lutar novamente. Eu não acreditava em meus olhos. Quem é ele? Por que essa gente tinha presas? Por que estão atrás de mim?! Eu nunca fiz nada pra ninguém, poxa!

Agarrei o volante e dei partida no carro. Eu tinha que sair dali antes que outro daqueles monstros tentasse me atacar, mas eu me vi hesitando. Meus olhos se moveram na direção do rapaz. Sua camiseta branca já manchada de sangue, agora estava completamente vermelha. Eu não sabia ao certo se era sangue dele ou dos caras, mas depois daquela mordida eu tenho certeza que o ferimento está sangrando absurdamente, e se ele continuasse lutando naquele ritmo ele desmaiaria em poucos minutos, e ainda restavam quatro caras.

— Merda! — praguejei e pisei no acelerador.

𝒪𝓁𝒾𝑜𝓉𝒾

Eu realmente estava odiando aquele vampiro filho da mãe no momento.

Graças àquela maldita mordida eu estava quatro vezes mais lento que o normal. Se não fosse isso, já tinha despachado esses merdas há muito tempo!

O pior é que eu acabei deixando minhas espadas no carro quando saí com pressa pro consultório do doutor. Que ótimo. Ou eu poupava balas ou só ia ter punhos e chutes para lutar com um bando de caras com presas e super velocidade. Estou amando esse dia à cada segundo que passa.

Depois de derrubar mais um, ouvi o grito do doutor. Me virei em alarde e avistei um dos malditos indo em sua direção — Ai caralho! — Mirei e atirei, acertando o canalha na cabeça antes que pudesse alcançar o carro. A visão de miolos estourando provavelmente ia ser mais um trauma pra pilha do doutor, mas não deu pra evitar. Ou era mais um trauma ou a vida dele. Não deu pra arriscar.

Mas quase que minha cabeça rola já que desviei no último minuto do ataque de um dos vampiros que tentou me pegar distraído. Se eu tivesse me mexido um segundo mais lento tinha sido tarde demais, e eu estava ficando mas lento à cada gota de sangue que eu perdia. Ferrado é pouco pra me descrever.

— Hoje não é meu dia — reclamei enquanto dava uma coronhada na cabeça de um e um pontapé nas costas de outro. Mas meus esforços estavam começando a se provar inúteis, já que os vampiros passaram a desviar e se defender das minhas investidas com facilidade.

Foi então que notei que o doutor não tinha saído do lugar ainda. Se ele continuasse aqui iam atacar ele com certeza!

Abri a boca para mandá-lo ir de uma vez, mas antes que pudesse uma dor aguda no meu pescoço me interrompeu e me fez urrar de dor. Um dos vampiros se aproveitou do meu momento de distração e mordeu bem em cima da outra mordida. Merda!

Lhe soquei diversas vezes até que me soltasse, e assim que consegui me desvencilhar do encosto, usei o resto das minhas balas em seu peito para afastá-lo de vez. O problema é que agora eu estava perdendo o dobro de sangue enquanto ainda restavam quatro caras.

Quatro caras, e eu estava sem balas e sem ideias.

Passei a tentar usar as minhas armas como porretes, mas eu já estava muito lento. Os vampiros pareceram notar, já que além de desviar com facilidade eles passaram a sorrir debochadamente. Dois tentaram uma investida, que eu desviei com muito custo, e depois de socar a cara de um e chutar o peito do outro, meu corpo falhou de vez. Caí de joelhos e minha visão ficou turva, o que significava que eu não ia durar muito tempo.

Mas ao ouvir um cantar de pneus, eu relaxei consideravelmente. Ao menos o doutor conseguiria escapar. Os vampiros riram e deram um passo na minha direção, então eu apenas fechei os olhos e esperei. Esperava que a perda de sangue deixasse meu corpo dormente o suficiente pra que eu não sentisse que estava por vir.

O que, pra minha surpresa, foi um baque surdo e gritos ao invés da minha morte.

Abri os olhos confuso e a primeira coisa que vi foi o meu carro. A porta do passageiro se abriu e o doutor esticou sua mão — Vem!

Levei um segundo pra processar o que tinha acabado de acontecer, e quando a ficha finalmente caiu, não consegui evitar o sorriso que se alastrou em meus lábios.

Pelo visto eu não sou o único maluco dessa história.

𝐿𝓊𝒸𝒶𝓈

Eu não faço ideia do que estou fazendo. Eu já devia estar longe dali, devia estar indo verificar se meus pais estavam bem e levá-los para um lugar seguro. Eu devia ter ido embora.

Mas quando vi o rapaz cair de joelhos, alguém que estava dando tudo de si para proteger alguém que nem conhecia, e ficar à mercê daqueles mostros, só consegui reagir de uma forma. Pisei fundo no acelerador e fui pra cima dos caras.

Um pareceu ter notado que eu estava me aproximando e pulou longe no último minuto, mas consegui acertar três em cheio. Os três gritaram, mas eu os ignorei completamente e abri a porta do passageiro, encontrando o olhar surpreso do moreno e estendendo minha mão pra ele — Vem!

Ele pareceu precisar de um segundo pra digerir o que estava acontecendo, e quando finalmente entendeu, sorriu fracamente. Senti minhas bochechas queimarem involuntariamente. Eu não tive tempo pra perceber antes, mas como diabos alguém conseguia parecer tão lindo enquanto coberto de sangue e praticamente morrendo?

Espera, aquilo eram covinhas...?

Ele agarrou minha mão e eu me xinguei internamente por deixar minha mente vagar. O puxei pra dentro e ele grunhiu de dor — Desculpa! — me desculpei rapidamente. Não esperava ter puxado com tanta força, adrenalina era uma coisa louca.

Ele apenas balançou a cabeça e fechou a porta, gesticulando pra que eu andasse. Eu não demorei pra obedecer e mais uma vez pisei no acelerador. Eu estava ofegante e tentando não deixar o fato de que estava tremendo afetar a minha direção. E até estava conseguindo, até eu olhar no retrovisor e avistar o bendito louco que sobrara correndo atrás da gente em uma velocidade absurda.

À pé!

— Mas o que diabos está acontecendo?! — o rapaz do meu lado pulou com o meu tom. Provavelmente estava quase perdendo a consciência, o que não ajudava nem um pouco nos meus nervos. — Estamos sendo seguidos!

Ele olhou para trás — Merda — ralhou, estendendo sua mão até o banco de trás e puxando alguma coisa . De canto de olho o vi pegar uma de suas armas e colocar balas do tambor. Logo apertou um botão no painel que fez com que a capota do carro abrisse. Eu não estava preparado para o vento gelado que atingiu meu rosto, tampouco pro moreno se apoiar no banco do carro e abrir fogo contra o cara que nos seguia com o carro em movimento .

— Virgem Maria...! Você vai cair pra fora! — gritei desesperado, mas ele apenas praguejou e continuou a atirar.

— Estou tonto, minha mira não está precisa. Merda.

— Está me ouvindo?!

Ele suspirou e se virou pra mim — Se eu deixar esse cara vivo, ele vai saber onde seus pais moram. Precisamos ganhar tempo! — outro tiro.

— Você está morrendo, quer fazer o favor de parar quieto um minuto!

Antes que pudéssemos continuar discutindo, o cara conseguiu nos alcançar e pulou na parte traseira, quase me fazendo perder o controle do carro. Gritei alarmado e o moreno desviou de um soco — Vocês não vão escapar, Lorde Godric vai fazê-los pagar de uma forma ou de outra!

— Pode até ser, mas por enquanto, muito obrigado por sua cooperação! — o moreno disse sarcásticamente, apontando a arma pro cara e acenando com a mão livre — Tchauzinho.

Ele atirou, e pelo retrovisor, eu vi o corpo do cara cair pra fora do carro e ficar pra trás. Ofeguei e apertei o volante. Já tive mais que o suficiente de tiros por hoje, muito obrigada!

Ele voltou a sentar no banco e travou a arma, jogando-a no banco de trás e acionando o botão para fechar o capô. Ele encarou a mão por uns segundos e franziu — Não sei você doutor, mas é meio estranho ter dez dedos em uma mão.

— Como você ainda está acordado?! — questionei estupefato.

Ele deu de ombros, reencostando no banco — Força de vontade, talvez. Mas acho que ter ficado o dia inteiro perdendo sangue e comendo barrinha de cereal não me fez muito bem.

— O dia inteiro?! — arregalei os olhos. Estava ficando difícil dirigir enquanto eu continuava tentando checá-lo — O que você estava fazendo ontem pra conseguir se machucar desse jeito? E o que eram aquelas coisas?

— Se não se importa doutor, vou responder sua perguntas mais tarde... estou com um pouco de sono...

Engoli em seco — Não não, você não pode dormir! — virei a cabeça por um segundo e vi que ele já estava fechando os olhos — Moço, ei!

— Uhm... — ele piscou, — oi...

— O que estava fazendo ontem? Continua conversando comigo, você não pode dormir!

Ele bufou — Tá tá... aqueles eram vampiros... e ontem eu estava os chutando de sua humilde residência.

Arregalei os olhos — Tinha vampiros na minha casa?

— No teto na verdade. Três. — Piscou várias vezes — Bem babacas.

Eu fiquei em silêncio. Então ele está me protegendo desde ontem?

Então ele já estava machucado por minha culpa?

— P-por que...? — gaguejei, e ele virou a cabeça pra mim — Por que está fazendo isso...? Nem nos conhecemos...

Ele me encarou por uns segundos e então suspirou — Estou compensando por não ter conseguido chegar à tempo.

— Do que está falando?

— Duas semanas atrás, naquela noite — enrijeci e apertei o volante. Só a menção daquela noite já foi o suficiente pra fazer meus olhos encherem d'água — se eu tivesse... chegado... a tempo... seu namorado não... teria...

O olhei alarmado — Era você? — perguntei surpreso, lembrando da silhueta que veio em minha direção antes que eu apagasse, logo após barulhos de tiro. Ele no entanto, estava prestes à apagar! — Ei!

— Sinto... Muito... — foi a última coisa que ouvi antes dele se calar de vez. O desespero bateu imediatamente.

Diminuí e estacionei no acostamento, ligando o pisca-alerta e tirando o cinto. Ele tinha cuidado do último vampiro (não acredito que estou dizendo isso) então imagino que estivéssemos à salvo por agora.

Peguei sua mão e medi seu pulso. Estava terrivelmente fraco. Praguejei baixinho e peguei o celular, digitando o mais rápido que uma pessoa em pânico conseguiria. Levei o telefone ao ouvido e toquei seu rosto, que muito pra minha aflição, estava gélido. Ele não tinha muito tempo!

Alô? Ouvi a voz do Otto do outro lado da linha, e tive que me segurar pra não começar a chorar.

— P-pai, eu preciso que você prepare a clínica. — pedi, não conseguindo evitar o quão trêmula minha voz soou — Me diz que você ainda tem aquele estoque reserva de sangue pra transfusões que o hospital deixou com você.

Sangue? Preparar a clínica? ele imediatamente pareceu assustado — Filho, o que está acontecendo? Você tá bem?

Eu tô levando alguém praí, e-ele tá perdendo muito sangue!

Otto respirou fundo do outro lado da linha — O hospital não levou o estoque ainda, mas Lucas... no que você se meteu dessa vez?

Não sei, paizinho, — eu olhei para seu rosto pálido e acariciei o seu cabelo desgrenhado, aflição reinando em meu peito — eu realmente não sei.

Continue Reading

You'll Also Like

104K 3.7K 36
❝ if I knew that i'd end up with you then I would've been pretended we were together. ❞ She stares at me, all the air in my lungs stuck in my throat...
982K 24.7K 23
Yn a strong girl but gets nervous in-front of his arranged husband. Jungkook feared and arrogant mafia but is stuck with a girl. Will they make it t...
439K 13.2K 96
Theresa Murphy, singer-songwriter and rising film star, best friends with Conan Gray and Olivia Rodrigo. Charles Leclerc, Formula 1 driver for Ferrar...
1.2M 53.4K 99
Maddison Sloan starts her residency at Seattle Grace Hospital and runs into old faces and new friends. "Ugh, men are idiots." OC x OC